Isabella

Eu: Rosalie, preciso de ajuda. Que salão você costuma a frequentar?

Eu respirava muito fundo e pausadamente enquanto digitava a mensagem aparentemente simples.

Rosalie: No de uma grande amiga na quinta avenida. Tem que marcar hora, mas se for uma emergência tenho certeza que ela abre uma exceção para mim.

Eu: é uma emergência.

A resposta demorou um pouco. Fiz o check in no hotel e quando já estava no quarto que ela me respondeu.

Rosalie: uma emergência do tipo "quero muito mudar" ou "eu mesma fiz e deu merda?"

Eu: do tipo A SUA SOBRINHA COLOCOU ÁGUA OXIGENADA NOS MEUS PRODUTOS DE CABELO!

Terminei de digitar chorando de novo.

Ela me ligou.

—Bella? - sua voz era cautelosa.

—Eu não fiz nada pra ela! E ela me odeia! E o Edward?! Ficou lá como um babaca sem fazer nada! Eu devia ir embora dessa cidade.

— Querida, eu não estou entendo. O que houve?

—Eu não consigo falar agora Rosalie. Será que essa sua amiga pode me atender? Meu cabelo está caindo!

—Respire, Bella. Me diga, onde você está?

Passei o nome do hotel para ela.

—Não fica longe do meu apartamento, chego aí em quinze minutos.

Desliguei o telefone o jogando na cama.

—Arght!- gritei com as mãos no rosto. Aquilo era surreal demais! Por que aquela pirralha tinha feito isso? Logo agora quando eu achava que tinha uma espécie de trégua entre nós? Que ela iria me aceitar por perto?

E a cara de Edward! Como ele podia ter reagido daquele jeito?! Melhor não ter reagido!

Eu queria apenas sumir de Nova York! Esquecer porque tinha ido lá para começo de conversa! Agora, olhando meu rosto vermelho e meu cabelo amarelo era difícil lembrar os motivos que trouxeram até aqui. Era difícil lembrar dos momentos bons com Edward. Aquele Edward de agora era um completo estranho para mim! Não parecia o mesmo homem que tinha arrumado uma briga numa festa só porque um cara passou a mão na minha bunda e jurou que foi um acidente. Tudo bem que agora era a filha dele e eu  até entendia -até certo ponto- ele querer ser neutro nessa história, mas se comportar como um completo palerma? Não mesmo!

Aquilo era demais! Sempre seria assim se eu escolhesse ficar? Renesmee em primeiro plano, sem receber broncas por mal comportamento, e literalmente ferrando comigo para se sentir melhor na vida?!

Eu não ficaria! Nenhum homem valia tudo isso, que eu me perdesse.

Não demorou para que Rosalie chegasse, eu tive que recusar cada ligação de Edward durante todo o meu tempo de espera. Quando ela chegou, arregalou os olhos para o meu cabelo.

—Por favor me diz que foi um acidente.

—Apenas me leve nessa cabeleireira. -Peguei minha bolsa passando por ela que me seguiu de perto.

—Não posso acreditar que Nessie fez isso.

Parecia discutir consigo mesma então fiquei em silêncio. -O que houve?

—Ela apenas acordou e decidiu que queria ferrar com meu cabelo já que não até então não tinha ferrado meu relacionamento com o pai dela. -Rosnei.

—Bella… eu sinto…

—Não diga que sente muito! -Me virei para ela exasperada. -Qual o problema com vocês Cullens?

—O que? -Ela me olhou completamente perdida.

—Edward é uma pessoa completamente diferente longe de vocês. Ele é - Parei sem saber um adjetivo que pudesse englobar o que Edward era para mim. - … incrível.

Rosalie revirou os olhos.

—Você está cega pelo amor. Entendo dessas coisas, estive assim por mais de dez anos!

—E agora é uma mulher liberta? - Debochei sem humor algum para ser paciente -em apenas alguns dias, não horas? Já esqueceu o seu parceiros de anos?!

Rosalie fez uma careta, mas me respondeu.

—Fingir que está tudo bem, que superou um relacionamento de anos em menos de três dias só prejudica você!

—Ok, eu sei que você está sobre muita pressão nesse momento, já que pode ficar careta. Apenas vamos ao salão.

Ela apertou o passo e tive que correr para segui-lá.

…

—Quanta maldade! Rosalie, se sua cunhada queria ficar loira, era só você trazê-la para mim!

A cabeleira de Rosalie estava horrorizada. Já tinha lavado meu cabelo com shampoo neutralizante e ele tinha finalmente deixado de cair. Eu estava controlando a vontade chorar.

—Já expliquei que isso não aconteceu de propósito. - Rosalie disse calma, estava fazendo as unhas.

—Se por ‘’de propósito’’ você quer dizer que eu não queria fazer isto com o meu cabelo. Mas a sua sobrinha quis! - Acusei. Rose pareceu sentir alguma dor.

—Eu estou muito envergonhada sobre Nessie. Não consigo entender o que se passa com ela!

—Então querida, o que vamos fazer aqui?- A mulher ergueu o cabelo amarelo e picotado. Eu quis chorar.

—Você devia ficar loira, quem fez isso imaginou que você ficaria feia, prove que você é linda que todas as formas imagináveis. -A manicure disse me olhando de forma intensa. As outras mulheres no salão concordaram.

—Então é isso, me deixei uma loira fatal. - Concordo. Com o coração revirando.

…

—Edward vai surtar. - Rosalie comentou já de volta ao hotel.

—A hora de surtar foi quando a filha dele fez o que fez.

—Devo lembrá-la que a filha dele é a sobrinha que tanto amo?

—Se a ama tanto assim, vá descobrir o que há de errado com ela, porque cada atitude mesquinha que teve comigo até aqui, foi um pedido de socorro a vocês!

—Bella… você diz umas coisas… - Ela suspirou, sem dúvidas sem me levar a sério. Seu celular tocou e ela levantou um dedo para mim pedindo de forma muda para que eu esperasse.

Eu não sabia porque era amiga de Rosalie aquela altura.

—Sério…? ...não, não é problema! Estou indo para ai agora! - Ela desligou o telefone. - Vou ter que deixar sozinha, a âncora de hoje sofreu um acidente doméstico e não vai poder ir ao ar.

—Nossa, algo grave?

—Parece que não, mas se machucou. Quebrou o nariz ou algo assim… - Ela disse ausente. -Vai ficar bem sem mim?

—Claro, Rose. - E naquele momento eu preferia ficar sozinha mesma, enquanto ignorava as inúmeras chamadas e mensagens de Edward. - Obrigado por vir, desculpe por ter sido um pé no saco.

—Bobeira, você está chateada e com razão. Eu vou conversar com Nessie. -Ela me beijou no rosto uma vez, e correu para fora do hotel.

Aproveitei o momento no elevador para postar no instagram a foto que o cabeleireiro tinha tirado de mim. Ela fez o trabalho completo ao mudar meu cabelo, brindando tudo com uma maquiagem perfeita. Eu estava fatal loira.  Hora de atualizar a internet sobre mim… postei a foto, feliz com a legenda simples e descritiva: ‘’Oi, meu nome é Isabella Swan, tenho 28 anos e sou a autora de ‘’meia noite com os vampiros’’.

—Ang vai surtar. - Sussurrei com o telefone em mãos, mal sabendo que quem surtaria seria eu. Logo que as portas do elevador se abriram, e eu vi quem estava sentado no corredor exatamente na porta do meu quarto. Edward.

—Como você entrou aqui?  -Sublinhei. Ele levantou a cabeça para me olhar, surpresa tomou sua expressão quando ele viu como eu estava. Eu não perderia a oportunidade de tirar uma com ele. - O que foi? sua filha cortou sua língua?

A acidez no meu tom pareceu acordá-lo. Ele se pôs de pé num pulo.

—Bella! Você… uau.

—É ‘’uau’’. Não fiquei careca por pouco. Agora posso entrar no meu quarto?

Ele me deu passagem para que usasse meu cartão de acesso.

—Você está linda.

—É eu sei. - Resmuguei. - Não te quero aqui Edward. E, de novo, como você conseguiu entrar aqui?

—Conheço a moça da recepção. - Ele deu de ombros como se fosse um caso banal.

—Ela poderia perder o emprego se eu fizesse uma reclamação.

—Mas você não vai fazer isso. É legal demais. -Ele entrou sem ser convidado.

Deixei passar, joguei a bolsa na cama, eu precisava de um banho, e conversar com Angela para decidir o que fazer.

—Bella….

mas tinha Edward parado no meio do meu quarto, os olhos implorativos.

—O que?

Eu não iria facilitar as coisas, ele que se virasse com as palavras.

—Eu sinto muito.

—Isso não muda nada. - Falei tranquila.

—O que Nessie fez… - ele retorceu os lábios. - Eu não entendo o que está acontecendo com ela!

—Então pergunte a ele ao invés de tentar adivinhar. - Dei de ombros. 

—Eu achei que estava tudo bem entre vocês.

—Por um momento eu também achei. - Confessei. - Mas sua filha Edward… ela é possessiva demais sobre você. 

—Não é assim. - Ele disse.

—Ela pintou a droga o meu cabelo porque você disse que gostava da cor e que era parecida com a dela. Por isso ela pintou o meu cabelo. Isso é um sério problema… que eu não sei um nome, mas um pisquiatra vai saber.

—Ela não precisa mais de um.

‘’mais de um?’’

—Como assim… ela já teve um? -Me sentei na cama. Edwar escolheu a cadeira a minha frente. 

—Eu não gosto de falar disso, foi uma época… muito ruim.

—Se não pode compartilhar essas coisas comigo, não podemos estar juntos. - Falei suave.

—Não é que eu não queria, só… doi lembrar. Eu quase perdi minha filha, Bella. - Agora seu olhar era sério. - Talvez depois disso tenhamos nos tornado muito permivies com ela, e isso complicou tudo.

—O que aoncteceu? -Falei de forma delicada.

Ele precisou de um tempo, ficou olhando as mãos, olhou em volta do quarto… por fim, se sentou aos meus pés no chão.

—Renesmee tinha de seis para sete anos, passava muito tempo na casa de Sasha. Rosalie estava começando a vida de repórter, eu tinha começado a faculdade de música, Tanya era estagiária na época… Sasha se ofereceu para ficar com ela durante o dia. Primeiro vieram as campanhas de lojas, ela pediu permissão para Nessie fotografar para marcas de roupa. Eu não queria deixar, achei que o clima poderia ser ruim para ela, mas vi que ela estava feliz e havia tantas crianças da idade dela… que cedi. Em algum momento minha filha começou a se achar gorda. E estava espelhando alguns comportamentos… agressivos. respondia, fazia birra quando lhe negamos algo. Eu… até hoje não entendo o que desencadeou aquilo.

Ele parecia perturbado, torcendo os dedos da mãos sem parar. Me sentei no chão junto dele, sem conseguir conter minha vontade de consolá-lo de alguma forma. Quando peguei suas mãos nas minhas, ele me deu um sorriso triste.

—Eu também queria esquecer sabe? Renesmee esqueceu.

—O que aconteceu? - sussurrei segurando suas mãos.

—Maggie, a prima dela também ficava lá naquela época. As duas eram muita unidas… eu percebia que Sasha trava Maggie diferente, sempre implicando com tudo sobre ela, desde o cabelo ao peso. Com Nessie era só um pouco com o peso… eu reclamei com Tanya e com a própria Sasha, elas eram só crianças! Mas Tanya parecia achar normal a mãe ser daquele jeito, e dizia que não tinha problema, as meninas ficariam bem. Um dia, eu tive que ficar na faculdade até tarde ensaiando uma peça, Tanya estava sofra da cidade, e as meninas estavam na casa da avó, passariam o fim de semana lá numa espécie de festa do pijama. Era onze e quinze da noite quando Kate me ligou, avisando que estavam no hospital com Renesmee… - ele engasgou, seus olhos estavam cheios de lágrimas presas que ele não deixava derramar, meu coração se apertou com aquela imagem, e seja lá o que aconteceu naquela noite, ainda o perturbava. - ela se cortou. Ela estava no hospital, porque pegou uma faca na cozinha, e tentou tirar gordura da bochecha. As bochechinhas coradas e gordinhas, ela fez um corte feio na bochecha, e outro na barriga! Kate tinha brigado com Laurent, por isso foi a casa da mãe tão tarde, entrou pela cozinha e encontrou Renesmee com a faca na barriga. Ela não tinha conseguido enfiar muito fundo, mas fez um corte feio. Ela tem a cicatriz na barriga, se você olhar bem consegue perceber.

—Edward… - eu não sabia  que dizer, era horrível demais. 

—Eu sempre me pergunto o que levou minha filha a fazer aquilo. Quando eu cheguei ao hospital, quando eu a vi… a frieza da minha filha, Bella. Ela estava com o rostinho enfaixado, sentadinha na cama com o olhar curioso. Eu perguntei ‘’por que você se machucou, filha?’’ e Ela me olhou curiosa ainda e disse ‘’Eu queria tirar a gordurinha, papai;’’ Não era como se ela sentisse dor. Os médicos fizeram mais e mais exames para saber se ela era insensível a dor, algo que a gente já saberia desde quando ela nasceu se fosse dessa forma. Então ela começou a terapia com um médico indicado por Sasha, que se sentiu muito culpada por tudo, por não estar prestando atenção direito a neta, e por fazer piadas sobre o peso dela. Completamente normal a uma criança!

—E o que aoncteceu depois? - Eu sussrrava ainda, meu coração batia forte imaginando o horror daquela situação.

—O psiquiatra do hospital disse que ela tinha caraceristicas de sociopatia, eu me revoltei contra aquilo, e estava convencido de que alguém tinha machucado ela, poderia até ter sido Maggie, mas todos foram contra mim. E ela me disse, ela me olhou como se fosse uma adulta no corpo de uma crinaça, e disse que ela mesma pegou a faca e se cortou. Eu fiquei muito apavorado com tudo, e Sasha tomou a frente. 

—Carlisle como médico não poderia…

—Ele estava na Africa na época. Sasha trouxe um pisquiatra especialista em crianças, Stefan Romani… ela começou um tratamento com ele, sessão três vezes por semana. Bella… ela voltou a ser a crinaça que eu conhecia. a frieza daquele dia nunca mais voltou, e ela se esqueceu daquele episodio. Ela trabalha com algum tipo de hiponose… 

—Para aí Edward… deixa eu ver se entendi. O psiquiatra hipnotizou Renesmee para que ela esquecesse daquele dia? Então a menina fria que te disse que usou uma faca para tirar um pedaço de si mesma, sumiu?!

Aquilo não fazia o  menor sentido!

—Eu sei que parece loucura, mas foi assim. A minha filha era uma criança doce e amável, então eu fiquei ocupado demais para ela, e deixei ela com...aquela mulher. tudo aquilo que ela viveu desencadeou aquele comportamento, Bella. ENtão depois desse episódio eu coloquei Nessie em primeiro lugar, sempre. E depois da terapia com o Dr. Stefan… tudo voltou ao normal. Claro, eu também não permi mais que ela passasse tempo na casa de Sasha.

—Edward, eu posso não entender muito dessas coisas, mas sei que você esquecer de algo não quer dizer que superou. Você não acha que ela possa.. .ter se lembrado? que ela possa, sei lá, sonhar ou coisa assim, e agora está tendo esses comportamento por conta disso?

—Não Bella, Renesmee é uma garota absolutamente normal. Talvez um pouco ciumenta e mimada, mas é só isso. Eu sinto muito pela forma como ela tem te tratado, isso não vai mais acontecer, eu prometo. Vou ser duro com ela.

—Edward, não quero que brigue com sua filha por minha causa. Preciso te lembrar que ela é quase uma adulta, sem responsabilidade nenhuma? Eu não sou ninguém para decidir como você deveria ter criado a sua filha, mas eu posso decidir o que eu não posso aceitar. E isso… assim… não serve para mim.

Ele me olhou, acho que tentando entender o que eu queria dizer com tudo aquilo.

Eu não desviei o olhar, Edward precisava entender.

—Bella… - ele pronunciou o meu nome de forma estrangulada. - Não posso perder você.

—Não sou seu molho de chaves para você me perder. - Eu sei fui dura demais aqui.

—Depois de eu te contar tudo isso?

—Me contar porque ficou desesperada para que eu perdoe o que sua filha fez comigo. - Me levantei começando a andar pelo quarto. Sim aquilo tinha me abalado, de uma forma que me deixou mais apavorada. - Você precisava ter lidado com isso na época, e até agora mesmo. Renesmee precisa de ajuda, tem algo nela… borbulhando. Ela é uma bomba relógio, se é por causa das menores que esse homem roubou dela eu não sei, mas vocês precisam fazer alguma coisa! E eu… eu to caindo fora.

—Por favor, Bella não faz isso. Agora você entende…

—Entendo o que? Que sua filha tem sérios problemas? E dessa forma eu posso perdoar se ela, sei lá, me jogar na frente de um trem? 

—Não seja absurda. - Ele revirou os olhos.

—Eu não estou sendo absurda, eu tenho instintos de proteção. Ela me empurrou naquele dia dos patins, Edward! E você sabia, é claro que sabia! E não fez nada! Não passou pela sua cabeça nem me avisar que sua filha pudesse ser… louca? - Eu não queria usar aquela palavra, também não achava que quem tinha problemas psicológicos eram loucos, mas eu não consegui pensar em outra no meio da minha raiva.

—Ela não é louca. - Ele rebateu.

—Que seja. Não é problema meu, nunca foi. 

Eu precisava me mover, agir. Comecei a meche na minha pequena mala para ter o que fazer, saparei uma muda de roupas para viajar.

—A onde você vai?

—Pro aeroporto, preciso estar logo na Califórnia.

—Não faça isso assim!

Ele fechou minha mala, me segurando pelos braços me afastou dela.

—Me solta. - Falei baixo completamente imóvel.

—Não até você me ouvir.

—Não precisa me segurar para isso. - O encarei séria, olhos nos olhos. Ele me soltou devagar, 

—Fica. Prometo que vai ser diferente, ele vai se desculpar.

—Não preciso das desculpas vazias dela. - Dei as costas para Edward, meu olhar sendo atraído pelo meu reflexo no espelho pequeno próximo a tv. Aquela menina tinha me mudado fisicamente. eu tinha me revelado aos meus leitores com a imagem de ‘’Isa’’ criada por ela. Era isso, naquele momento eu me sentia mais ligada a Renesmee Cullen, do que a Edward Cullen.

—... e você prometeu estar amanhã no almoço na casa dos meus pais. -Edward concluiu algo que ele estava falando e eu não tinha prestado atenção antes.

—Eu ainda vou. - Me virei falando para ele que pareceu surpreso. 

—Ah! Isso é maravilhoso, Bella! Você não vai se arrepender!

—Edward… - eu deveria frear aquela alegria dele, eu não iria lá por ele por até mesmo pelos seus pais. Eu iria para ver Renesmee e conversar com ela uma última vez.

—Eu venho te buscar amanhã…

—Edward isso não muda nada entre nós. - Falei séria.

 -Como assim?

—Estamos terminando, ok? - O olhou diversidade.

—É claro que não.

—É claro que sim. -Cruzei os braços. Ele me olhou divertido, achando graça de tudo.

—Tudo bem, amanhã falamos sobre isso. - Ele se precipitou para me beijar, virei o rosto e seus lábios deixaram um beijo demorado na minha bochecha, junto de um rastro de fogo e calor. - Eu não vou perder você. 

Ele sussurrou no meu ouvido fazendo todo o meu corpo se arrepiar. 

—Até amanhã, Edward. -Saí de perto dele, abri a porta a deixando bem aberta para que ele saísse.

—Aliás você está linda. - Ele sorriu para mim antes de sair.

Passei o resto do meu tempo na cama, pesquisando sobre sociopatia e traçando um perfil para Renesmee dentro daquilo. Falei com meus pais por telefone, troquei mensagens com Angela prometendo que ainda naquela semana iria para Los Angeles. Não fiquei surpresa quando ela me disse que Alice Cullen estava na cidade do pecado com Jasper.

Fiz uma live no instagram tendo um momento divertido com minhas leitoras, que queria saber sobre as gravações do filme que eu estava muito por fora, elas me mantiveram distraída de Edward que não parava de mandar mensagens. 

Edward: Bella, eu sinto muito mesmo por ter te envolvido na minha vida bagunçada.

Edward: mas eu te amo.

Edward: me perdoa?

Edward: vai ser diferente.

Edward: amanhã você não vai se arrepender.

Edward: ainda deve estar chateada né?

Edward: Seu cabelo ficou lindo.

Edward: eu te amo não se esquece disso.

Edward: Boa noite.

Ele estava tão diferente! Onde estava o cara confiante pelo o qual eu tinha me apaixonado? 

—Que bagunça você se meteu, Isabella? -Resmunguei. As coisas não podiam ficar daquele jeito! Eu não podia ficar daquele jeito, me sentindo ansiosa e nervosa sobre coisas não tinham a ver comigo! Eu precisava me afastar de Edward e de toda a sua bagagem.

…

Ele quis me buscar para ir a casa dos seus pais no dia seguinte, mas eu não permiti. Eu tinha falado sério quando disse que tudo entre nós tinha acabado, mas ele teimava em anular a minha palavra.

Dessa forma atendi o seu telefonema de manhã, dispensando a sua carona e escolhendo pegar um Uber para a casa dos pais dele. O dia estava fresco, então me permiti usar um jeans e uma camiseta, coloquei óculos escuros. Fui recebida por Esme a porta.

—Bella! Querida que bom vê-la! Onde está Edward?

—Hã… imaginei que ele já estivesse aqui. - Comentei entrando

—Pensei que viriam juntos. 

Ótimo, ela não fazia ideia.

—Esme… -como eu iria explicar para ela tudo o que tinha acontecido?

—Bom dia vovó! -A porta foi aberta revelando uma Renesmee de shortinho jeans e camiseta.

—Minha bebê! -Esme se precipitou para o lado dela, a pegando num abraço apertado. Edward atravessou a rua em passos lentos, seu rosto se iluminando assim que me viu.

—Ei. - Ele assentiu pra mim, mais contido. Aquilo me surpreendeu, mas não era o que eu queria?

—Oi. - Sussurrei subitamente tímida.

—Bella! - Carlisle apareceu de dentro da casa. -Finalmente vocês chegaram.

—Oi Carlisle.

—Olhe para você, está muito marinha! -Esme ralhava com a neta.

—Não estou vó. To normal. - A menina disse se desvencilhando dos braços da mais velha.

—Oi Isabella. - Renesmee disse polida. Os olhos tranquilo não transmitiam nada a não ser uma cordialidade contida.

—Oi Renesmee.

Carlisle e Esme olharam para nós com atenção.

—Não entendi, vocês não estavam juntos? - Esme perguntou.

—Bella saiu de casa. - Edward contou.

—Culpa minha. - Renesmee tomou a frente.

—Não estão se dando bem? - Carlisle disse em tom divertido. - Vamos para a sala conversar melhor.

Todos seguimos Carlisle para dentro, Esme lado a lado com a neta, pareciam sussurrar algo.

—Como foi sua noite? - Edward perguntou baixinho ao meu lado.

—Tranquila. 

—Bella eu amei sua mudança de visual. - Esme disse quando nos acomodamos.

—Obrigado, foi ousada mais eu gostei do resultado.

—Ficou muito bom. - Renesmee sorriu.

—Rosalie me levou a cabeleira dela.

—Rosalie sempre tem os melhores contatos. Por falar em filhas bem relacionadas, Edward. - A mãe dele o chamou. -Alice foi para a Califórnia como seu amigo. Estou preocupada.

—Não fique, Ali já esta bem velinha. 

—Mesmo assim, ela acabou de voltar de uma turnê pela Europa, e quando acho que ela vai passar um tempo conosco ela some com um namorado!

—Esme, eu te disse, Alice só mora conosco para não gastar com um espaço próprio. Ela quase nunca está em casa. - Carlisle disse divertido. Esme mantia uma expressão fechada.

—Ainda assim acho uma falta de consideração dela. E você querida, como vai? 

Esme me perguntou.

—Bem, me preparando para voltar a Los Angeles.

—Ah, mas já? Edward também?

—Não. - nós dois dissemos juntos.

—Ah que bom, então você não irá demorar. Vou ver como estão os preparativos do almoço.

Esme se levantou andando com sua elegância inconsciente para a cozinha. Edward parecia querer falar algo comigo, mas eu não o dei espaço, estava ali apenas para uma coisa.

—Renesmee. - A chamei. - Acho que da última vez em que estive aqui e fui ao seu quarto, esqueci uma lusa lá. Pode me acompanhar?

—Tudo bem. - Ela deu ombros se levantando. Claro que eu não tinha deixado nada ali, mas eu queria ficar a sós com ela.

—Vou com vocês. -Edward tentou se levantar.

—Filho, preciso de sua opinião sobre uns assuntos… pode vir comigo ao escritório? - Carlisle me salvou de dar um fora em Edward.

—Claro pai. - Ele aceitou meio a contra gosto.

Quando estávamos subindo as escadas para os quartos, Renesmee a minha frente, ela disse;

—Meu pai quer que eu me desculpe pelo seu cabelo. 

dise ainda de costas para a mim.

—O que você quer fazer? - Ela me respondeu com um mão na maçaneta da porta.

—Eu não queria que seu cabelo caísse. - Ela disse e pareceu sincera.

—Menos mal. Adentramos o seu grande e intocado quarto.

—Acho que você não tem nada para pegar aqui. -Ela cruzou os braços no meio do quarto.

—Não… não tenho. - Fechei a porta a chave. 

—Isabella, eu realmente não queria que o seu cabelo caísse. Era só para te dar um susto… era para ser engraçado. - Ela disse de forma nervosa.

—Eu poderia ter tido uma reação alérgica. Talvez morrido.

—Não seja dramática. - Ela zombou.

—Não estou sendo. Existem muitas pessoas alérgicas a produtos químicos como aqueles. meu cabelo cair foi sim uma reação alérgica. Pode ver como meu couro cabeludo está irritado.

—Não… não precisa me mostrar. Sinto muito. Eu não pensei direito.

—É o que parece. - suspirei. Caminhei para a sua cama grande. 

—Você ficou com muita raiva de mim naquela hora, porque está calma agora?

—Minha raiva não ajuda em nada, e só faz mal a mim. - Dei de ombros, mas na verdade eu estava surpresa com a calma que sentia. -Estou mais chateada com seu pai do que com você.

—Por que ele não me deu uma bronca esfera? - Ela debochou.

—Não, porque ele parece não entender a gravidade do seus problemas. -Suspirei.

—Eu não tenho problemas. 

—Você tem muitos problemas. É quase uma adulta, mas se comporta ocmo um bebê.

—Você não me conhece! - Ela pareceu com raiva.

—Acho que nignuém te conhece.

—Ok, Isabella. Vamos aos negocios. Meu pai pediu que eu me desculpasse, e eu estou fazendo o meu papael. Não quero a infelicidade dele, então me descupe pelo descolorante, mas me agradeça porque descobrimos que voc~e fica linda loira. E tenho uma oferta de paz: vamos fsazer uma festa de aniversãrio dupla.

—Hã? - o que awuela garota estava dizendo?

—É a condição do meu pai para me dar uma festa de aniversãro. ela tera que ser junto com você.

—Seu pai enloqueceu. - Aquilo era inacreditavel!

—Eu também acho. - Ela concordou impassivel. - Mas se é a condição dele eu vou aceitar. 

—Não vai armar de jogar o bolo em mim? - brinquei.

—Não estragaria um bolo… mas a ideia é tentadora.

—Isso é muito estranho,garota.

—Nem me diga.

—Não se preocupe, não quero uma festa de aniversário com você. falei sério quando disse que estou indo para Los Angeles, vou passar meu aniversário lá.

Ela me olhou desconfiada.

—E onde meu pai se encaixa nisso?

—Na minha vida? em lugar nenhum. Não quero mais nada com o seu pai.

Ela ficou um pouco abalada, mas era uma Cullen. Logo recuperou a compostura e me olhou fria.

—Se é o que você quer… ele já sabe?

—Sim, mas está fingindo que não.

—Ele parece gostar de você.  -Ela disse a contra gosto.

—Ele me ama. -Disse firme, ela que lidasse com isso. - Mas não é suficiente para manter nós dois juntos. Não agora.

Ela deu de ombros parecia querer dizer alguma coisa, mas não disse.

—Se cuide, Renesmee. 

Ela assentiu, eu quis acreditar que ela entendeu que o meu ‘’se cuide’’ englobava seu emocional, seu físico, tudo. Que ela devia tomar conta de si mesma. Mas eu não sabia se ela entendeu.