A Escolha de Sophia escrita por Kurai
Notas iniciais do capítulo
A palavra do dia é tredo.
Dan era muitas coisas. Violento, ciumento, possessivo. Mas nunca fora tredo, nem antes, nem após o casamento dois anos depois.
Ao menos, eu acreditava nisso.
Juliet já tinha dez anos quando a criança apareceu pela primeira vez. Pierre tinha seis aninhos quando fugiu de casa, vagando confuso até achar-me.
Naquela época, Pierre ainda parecia uma garota, naturalmente.
Quando o atendi, sozinha em casa, Daniel no trabalho de meio-período e Juliet na escola, perguntou-me, o rostinho adorável e confuso, se era a casa do pai dele.
Daniel tivera um filho fora do casamento. E eu descobrira isso pela boca do próprio.
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Caso tenha ficado confuso: optei por não usar o nome de batismo do Pierre, porque tecnicamente é uma história contada em primeira pessoa pelo ponto de vista da Sophia, no futuro, e ela respeita que o nome de batismo tenha sido enterrado e se refere com o nome atual (Pierre é um homem trans).
Satiríase: "A ninfomania, durante o século XIX e início do XX, era considerada uma doença orgânica que acometia mulheres e podia ser diagnosticada a partir da observação de determinados comportamentos, tais como flerte, olhares sedutores e lúxuria desenfreada, bem como através da observação do corpo, principalmente da vagina e do tamanho do clitóris. Então, um conjunto de sintomas definia certas mulheres como insaciáveis sexuais e, portanto, aberrações. Já a contrapartida masculina da ninfomania, a satiríase, era diagnosticada com muito menos frequência, pois os mesmos comportamentos interpretados como desordens nas mulheres nem sempre constituíam uma doença para os homens." (FERREIRA, Carolina Branco de Castro, 2013).