Table for two escrita por Florence


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá gatitas, estou tão feliz que vocês ainda estão aqui...
Voltei com um cap bem maior dessa vez, me perdoem, mas achei que cortar ele ao meio nao ia ficar tao legal, então esta ai....



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Quando despertei, estava sozinha naquela imensa cama. Me espreguicei e lentamente as lembranças do dia anterior, foi invadindo minha realidade.

A primeira certeza que me atingiu foi que eu o amava. Amava tanto que poderia morrer por aquela verdade. Amava tanto que tinha certeza que até agora eu não sabia o significado daquele tipo de amor, era muito mais do que físico, era algo que marcava minha alma. É claro que eu não havia me dado conta naquele momento, ou aqui em Nova York, desde quando eu colocara meus olhos em Edward eu já havia me apaixonado, mas aquele sentimento crescia cada dia mais e eu sentia como se fosse explodir.

Ele havia sido um romântico galanteador no dia anterior, fizera todas minhas vontades e me deixou totalmente confortável, me encantava e surpreendia em cada minuto, olhava para mim como se eu fosse sua maior realização e quando me beijava era como se estivesse adorando a algo muito precioso.

Quando me levantei da cama, vi Edward falando ao telefone, enquanto olhava pela janela para a cidade logo abaixo, eu andei até ele e o abracei, encostando meu rosto em sua costa. Sua camisa estava aberta, então minha mão estava na pele do seu abdômen, pude sentir o cheiro de sabonete e o seu perfume. Edward virou para mim, e passou um braço pela minha cintura, enquanto depositava um beijo suave em minha testa.

—Certo, levarei em consideração. Até logo. –ele disse terminando a chamada. –Bom dia, meu amor.

Eu sorri e olhei para cima.

—Bom dia. –disse ronronando.

—Dormiu bem?

—Muito bem. –beijei seu pescoço. –Estou pensando, o que fez você acordar tão cedo?

Edward apertou minha cintura, com uma mão de cada lado.

—Totalmente contra minha vontade, srta Swan.

—Então devemos voltar agora mesmo. –mordi o lóbulo de sua orelha e sua mandíbula, quando cheguei ao seus lábios escovei minha língua neles.

Ele me virou de modo que me deixou com a costa encostada na parede, e pressionou seu corpo contra mim.

—A única coisa que vai me fazer soltar você nesse exato momento é... –Edward beijou a pele logo abaixo da minha orelha, e chupou de leve, sua mão, encontrou o bico do meu seio e torceu entre seus dedos. –Eu terei você a noite inteira na minha cama, e... –ele me beijou. –Carlisle já está me esperando.

Edward segurou meu cabelo em suas mãos, e forçou sua língua na minha boca, ele me puxou para seu colo, e caminhou comigo, enquanto me beijava com paixão. Quando ele parou de andar, me aproximou de uma bancada, onde me colocou sentada e então se afastou de mim.

—Hora de tomar banho, linda.

Eu gemi frustada. Edward se afastou para que eu pudesse descer, e então eu me virei para a pia, ele ficou em pé atrás de mim.

—Você já tem que ir? –disse escondendo a magoa em minha voz.

—Sim, vamos resolver algumas coisas antes. Só estava esperando você acordar. Pedi café da manhã para você, está na sala.

—Tudo bem, te encontro lá embaixo.

Estava prestes a entrar no boxer, quando ele segurou meu braço e me forçou a olhar em seus olhos.

—Ontem, foi um dos melhores dias da minha vida Isabella e eu prometo que faremos mais viagens como essa juntos. Mas, você sabia que nós iríamos vir aqui para trabalhar. –ele disse sério.

—Sim. –engoli em seco.

—Por que está chateada então?

—Só queria que as coisas fossem mais tranquilas.

Ele suspirou.

—Te vejo daqui a pouco. –disse contra sua vontade.

.

Não sabia o que me fizera sentir daquela forma, talvez eu havia idealizado demais e havia muito trabalho para fazer. Eu pediria desculpas a Edward.

Enquanto vestia a camisa de seda azul com a saia preta, tentava procurar motivos para me sentir melhor. Claro, havia muitos. Mas, também, havia algo diferente no olhar de Edward e então eu percebi que fora aquilo que me deixara chateada. Ele era outro homem naquela manhã, eu entendia sua atitude, porém eu queria proteger o que tínhamos.

Desci para o hall do hotel e encontrei o grupo, faltava apenas Jessica e Ângela, mas passado dois minutos elas se juntaram a nós. Carlisle nos deu algumas instruções sobre o que aconteceria naquele dia.

Na parte da manhã, haveria o coffe de boas-vindas e logo após já iniciaria a primeira parte da conferencia na sala central, onde várias empresas demonstraria seu produto, com dois objetivos, marketing/propaganda e vendas.

Na hora do almoço, nos reuniríamos em um restaurante organizado para todos os participantes, no mesmo local da conferencia.

Na parte da tarde, seria o horário da apresentação de Carlisle, onde cada um de nós tinha o papel a cumprir.

Enquanto caminhávamos para o carro, Edward apoiou a mão na base da minha coluna, e me conduziu até o audi preto que nos aguardava. Ele entrou logo atrás de mim, com Carlisle e Emmett. Eles conversavam enquanto trafegávamos pela cidade, Edward segurou minha mão o tempo todo e de vez em quando lançava olhares para mim.

Chegamos ao local do evento com certa antecedência, e imediatamente pude sentir a tensão dos três homens a minha volta. Eu não havia reparado até o momento, mas havia dois seguranças perto de nós.

Assim que pegamos nossas credenciais, nós fomos para a aérea do coffee e eu podia ter certeza que nunca havia visto tantas pessoas de nacionalidades diferentes e juntas. Fiquei perto das meninas enquanto discutíamos o que teríamos que fazer, nós repassamos todo o roteiro para que não houvesse erros. Ocupei minha cabeça de tal forma que esquecera do desentendimento com Edward mais cedo, vez ou outra ele me olhava e procurava algo em meu rosto, e enquanto eu o olhava podia sentir o quanto ele estava tenso. Eu queria reconforta-lo, queria tentar tranquiliza-lo, mas as palavras pela primeira vez me faltaram. E além disso, ele tinha Emmett e Carlisle, os três sabiam do que podiam acontecer e estavam muito atentos.

Me afastei um minuto para pegar mais café, e quando me virei, quase trombei em Edward.

—Céus... que susto. –suspirei, apoiando a mão no peito.

Ele pegou meu cotovelo e caminhou comigo na multidão, nos afastando da vista de qualquer conhecido e então olhou para mim. Os olhos azuis transmitiam tanta preocupação...

—Você está bem?

—Eu estou Edward, estou gostando muito de estar aqui.

Ele sorriu.

—Me desculpe, fui rude com você. Eu também queria que as coisas fossem mais leves e que não estivéssemos passando por isso no começo do nosso relacionamento.

—Nós vamos superar. –disse.

—Juntos.

 Eu suspirei, apoiei uma das mãos em seu peito e me aproximei.

—Juntos.

Ele me puxou para um abraço e beijou o topo da minha cabeça.

—Me prometa que não vai andar por ai sozinha.

—Não irei, estou colada em vocês.

Após beijar novamente meus cabelos ele me soltou e segurou minha mão. Nós caminhamos de volta para o local onde estávamos.

.

Na primeira parte da conferencia, houve o comitê de boas-vindas, com algumas saudações e vídeos promocionais. Depois foi iniciado de fato.

Várias empresas ministraram palestras sobre os produtos que eram produzido por elas, e nossa função era anotar os principais pontos abordados para avaliarmos posteriormente, e considerar para uma futura parceria.

O almoço foi servido em um restaurante local.

Nossa mesa ficava perto de um pessoal que era conhecido dos Cullen. E um deles me intrigou.

Ele era alto, pele morena e cabelos escuros, seu porte era atlético, mas não como o de Emmett, e ele parecia não desviar os olhos de mim.

Depois que almoçamos, tivemos duas horas livres, e todos nós ficamos no hall, concentrados, trabalhando e discutindo as ideias apresentadas até então. Infelizmente, o mesmo pessoal do almoço chegou no mesmo lugar minutos depois.

Desta vez, Edward não saiu do meu lado. Nós trabalhamos juntos como sempre fazíamos.

Quando resolvi buscar um suco no restaurante, fui surpreendida pelo mesmo homem que havia me deixado intrigada.

—Boa tarde, senhorita.

Virei para olhar e o homem estava ao meu lado no balcão.

—Boa tarde.

—Me chamo Demetri.

—Demetri.

Seus olhos encaravam minha boca e eu me senti constrangida, pensei seriamente em deixar para trás o suco, mas infelizmente Carlisle havia pedido um também.

—E o seu nome?

—Isabella. –disse.

—Isabella... –Demetri se debruçou sobre o balcão, virado para mim. –Você me chamou muita atenção durante o almoço. Trabalha na Cullen’s?

—Sim.

—Então é você que eu ouvi falar.

Franzi o cenho.

—Desculpe a pergunta, mas ouviu o que exatamente?

Demetri abriu um sorriso que expos todos seus dentes brancos, contente pela minha evidente curiosidade.

—Que Carlisle tinha uma ótima equipe, e que você se destacava.

—Bom, ele tem uma ótima equipe. –disse dando de ombros. Eu não queria ser rude, mas o homem estava me irritando.

—E você se destaca. –olhei para ele, e não disse nada. –Isabella, você não acha que merece um cargo melhor?

Cerrei os olhos e me controlei para não socar o rosto dele.

—Desculpe, eu acho que não entendi aonde o senhor quer chegar.

—Bom, talvez se você me deixasse te apresentar nossa empresa, posso garantir que tenho uma ótima oferta de emprego. Quem sabe se eu deixar meu telefone com você... –ele colocou próximo da minha mão um cartão com seu nome e telefone. –Nós podemos conversar melhor.

—O senhor não me conhece, e nem eu o conheço. Obrigada pelo convite, mas eu prefiro conhecer sua empresa através da conferencia.

Dei as costas a Demetri, sem pegar seu cartão, mas pude sentir seu sorriso e que aquele não seria nosso único encontro. O homem me causava calafrios, e eu não tinha uma sensação boa sobre aquilo.

Quando percebi, estava de volta ao hall sem os sucos.

—Droga. –murmurei agarrando os cabelos.

—Bella? –ouvi a voz de Edward, próximo a mim. Quando olhei ele estava saindo do elevador. –Você está bem? Esta pálida.

Edward me olhou preocupado e eu só sabia agradecer por ter o encontrado. Soltei todo o ar que estava segurando e o abracei, senti seus braços passando ao meu redor e fechei os olhos.

—Estou me sentindo um pouco zonza.

—Vamos sentar naquela poltrona.

Edward segurou minha mão e me apoiou para sentarmos, ele retirou os cabelos que estavam grudados no meu pescoço pelo suor.

—Quer me contar o que aconteceu? –disse suavemente.

—Você conhece alguém chamado Demetri?

Seus olhos de repente ficaram em chamas, e ele trincou os dentes.

—Demetri Volturi, estava muito próximo de nós.

—Sim, ele me encontrou no restaurante, disse que ouviu falar de mim e que eu me destacava na equipe de Carlisle. Perguntou se eu não achava que merecia algo melhor, e me deu o cartão dele, para que ele pudesse apresentar as opções de emprego.

Quando terminei de falar, percebi que Edward estava rígido, a mão que estava sobre sua perna fechada em punho, a mandíbula travada e a boca formando uma linha fina. Mas o pior eram seus olhos. Frios e raivosos.

—Filho da puta.

—Carlisle parecia o conhecer, e eu não entendi Edward porque ele veio com esse assunto...

—Os Volturi são uma grande potência na Inglaterra, mas fazem planos sujos e Carlisle nunca se aliou a isso.

—Então...

—Eu já posso imaginar porque o filho da puta foi atrás de você. Demetri gosta de uma boa concorrência, e ele tem a merda de uma ideologia, que para você ser bom, você tem que saber lidar com ela.

—Meu Deus.

Então eu entendi, ele não queria me ofertar emprego, queria concorrência com os Cullen. E nada melhor, do que a mulher que está com o futuro CEO.

Edward me abraçou forte e eu escondi meu rosto em seu peito.

—Infelizmente aonde tem os grandes empresários, também tem muita merda. Eu não queria te expor a nada disso. Mas, te excluindo de eventos como esse por medo, seria o meu maior erro. Você precisa ter essas experiências para crescer profissionalmente.

—Eu não quero deixar de participar dos eventos por causa disso. Sou muito grata, porque com sua vinda eu pude chegar nesse cargo, e eu não quero menos que isso.

Edward levantou meu rosto para o encarar.

—Não vou fazer isso com você, amor. E você vai crescer ainda mais conosco. Eu tenho muito o que aprender ainda com todos, antes de ser o CEO. Vamos aprender juntos. Muitos caminhos vão se abrir para você, existem situações nada agradáveis, mas, o que eu puder fazer para te proteger, eu farei.

—Você é uma pessoa tão boa. Eu te amo muito.

—Você tem um olhar muito bom sobre mim, isso faz a diferença. –ele riu e eu sorri.

—Modesto. –murmurei.

—Eu também a amo muito. Precisamos ir agora, tudo bem?

—Sim, estou bem.

.

A tarde, nós voltamos para a sala de conferencia. Enquanto Carlisle e Edward conversava com os árabes, nós fomos para as cadeiras. Emmett sentou ao meu lado e enquanto eu o encarava, achando a situação estranha, ele sorriu.

—Proteção anti Demetri.

Eu revirei os olhos.

—Não acredito.

—Bella, o cara é a ruindade em pessoa. Muito astuto, consegue tudo o que quer. –Emmett disse sério.

—Eu fico me perguntando como isso chegou até você.

Ele deu de ombros.

—Edward está preocupado sobre qual o real objetivo dele ter se aproximado de você. Prometi a ele que iria o ajudar a ficar olho.

Eu suspirei. Agora minha intuição sobre Demetri estava começando a fazer sentido, então agradeci por Emmett estar sentado ao meu lado.

—Ele é pior que o Mike?

Emmett gargalhou e eu arregalei os olhos, cutucando seu braço.

—Pelo amor de Deus Emmett, fique quieto.

—Você falou igual a Rose agora. –ele disse se recuperando e secando a lagrima que escorreu de seu olho.

—Não sei como ela não te matou ainda.

—Ela me ama, e nossa filha precisa de um pai. O amor supera tudo.

Nós rimos. Jessica e Ângela passaram na nossa frente para se acomodarem nas cadeiras ao meu lado. Emmett diminuiu o tom de voz quando voltou a falar.

—Mike é amador, Bella, Demetri não está para brincadeira, ele é muito perigoso. Edward não gosta do Mike desde o colégio, eles sempre brigaram e o Mike sempre o invejou. –ele parou por um instante para verificar seu celular, depois voltou a falar. -Teve uma vez que fomos para um acampamento e ele entrou no nosso dormitório para mexer nas coisas de Edward, juntamos o time de futebol e demos um susto nele.

—Vocês não foram expulsos? –perguntei incrédula.

—Não. –Emmett deu de ombros. –Não batemos nele, foi só um susto. Mike morria de medo, mas continuava fazendo merda. Porém, essa foi a última vez.  

—Edward tem raiva dele.

Emmett negou.

—Edward começou a ter raiva a partir do momento que Alice a levou na roda onde Mike estava. Não conte nada, mas desde quando você o buscou no aeroporto, ele já começou me encher com o assunto Isabella.

Eu sorri e balancei a maravilhada com aquela descoberta.

—Olha que sorriso de boba apaixonada. –Emmett me cutucou. –Meu irmão não merece tudo isso não.

O encarei enquanto ele ria.

—Vocês não muito parceiros né?

Emmett recostou na cadeira, e suspirou, ele sorriu quando voltou a falar.

—Sim, somos muito. E eu tenho muito orgulho dele.

Eu sentia constantemente a falta de Alec, e vendo a forma como os irmãos Cullen se tratavam, só me lembrava do que um dia eu tive. Alec sempre seria minha pior perda, aquilo doía mais que o inferno. Desviei o olhar de Emmett após sorrir para ele, e senti meus olhos encherem de lagrimas. Eu suspirei fundo. A culpa já não me invadia mais. Eu só sentia dor.

.

A parte da tarde foi tão tranquila quanto de manhã, Jacob havia feito comunicação para dizer que estava trabalhando muito no caso, mas que até agora não havia nada. Ele suspeitava que talvez a ação fosse do dia seguinte quando novos empresários chegariam ali, porque alguns deles, Jacob não havia conseguido informações pessoais e isso era suspeito.

.

Para o jantar, escolhi um vestido preto longo, que era justo ao meu corpo e abria uma fenda na perna, ele era sem mangas, simples mas elegante. Edward estava vestido com um terno preto e camisa azul escura, mas dessa vez ele resolveu deixar a gravata de lado.

Nós descemos para o hall que já se encontrava com um grande aglomerado de pessoas, aquele era o hotel de eleição para vários empresários que estavam participando da conferencia.

Antes do jantar ser servido, tivemos um coquetel, eu havia conversado durante um bom tempo com Ângela, a garota era doce e inteligente e poucas vezes nós tivemos uma conversa tão longa. Eu acreditava que depois daquela noite, nós nos aproximaríamos mais. Já Jessica, era um caso a parte, e me levava a um estado imenso de estresse. Ela me tratava com respeito na frente dos chefes e quando o assunto era empresa, mas tirando isso, mais nada restava. Além de tudo, eu nunca deixei de perceber seus olhares para Edward, ela era realmente fascinada nele.

Peguei outra taça de champanhe para tentar me acalmar, e tentei desviar meu pensamento. Seth havia me mandado inúmeras mensagens na noite anterior e eu ainda não havia conseguido o responder, mas ficaria para depois, eu tinha muita coisa para contar. Alice me telefonara naquela tarde e nós conversamos bastante. Estar longe deles, parecia que aumentava minha saudade, mesmo que eu já tivesse passado mais que dois dias sem os ver.

Senti um arrepio que desceu por todo meu corpo, quando um braço circundou minha cintura e lábios depositaram um beijo em meu ombro.

—Ei, amor.

Me virei para olhá-lo, e sorri.

—E ai, bonitão.

—Estou elegante? –ele disse com um sorriso fofo. Eu revirei os olhos.

Me aproximei dele e segurei na beirada do seu paletó.

—Eu diria que muito elegante e sexy.

Quando voltei a falar, estava na ponta do pé, para ficar próxima ao seu ouvido.

—Sabe o que eu quero fazer exatamente agora? –não esperei resposta. –Quero você, quero transar com você.

Edward apertou minha cintura, me puxando para mais perto do seu corpo.

—Espero que você esteja sem sono, porque vai ser difícil eu te deixar dormir.

Eu ri contra seu pescoço e vi quando sua pele se arrepiou, me afastei de leve para olhar em seus olhos.

—Promessas e promessas...

—Vamos agora? –ele disse sério.

—Edward, achei você irmão! –a voz de Emmett soou atrás de Edward e eu vi quando sua mandíbula travou.

—Espero que você tenha um motivo muito sério para me interromper.

Emmett riu.

—Cara, você vai ter que guardar o tesão para mais tarde.

Eu corei imediatamente, enquanto Edward se manteve passivo.

—Pois não?

—Carlisle quer falar conosco depois do jantar, urgente.

—Porra! Não é possível. Já deu por hoje não?

Emmett deu de ombros.

—Eu disse a ele, mas tudo que ele me disse foi: recado dado. É sério, irmão.

Edward murmurou algum xingamento que não ouvi, e os dois começaram a pensar e questionar as possíveis causas daquela reunião imediata.

.

Eu havia me arrependido no mesmo instante que pusera meus olhos no bar e avistara Demetri conversando com mais dois homens, estava indo até o banheiro e para meu azar, eu tinha que passar perto do bar. Mudei o rumo da minha caminhada, mas sabia que era em vão e quis correr no mesmo segundo que senti uma mão em meu braço. Tratei de retirar dali e virei para encara-lo.

—Isabella. Que honra te ver aqui. Você está admirável. –ele sorriu.

Meu estomago revirou e eu senti que poderia vomitar.

—Obrigada. Tenho que ir. –disse apontando para qualquer lugar. Mas, ele me barrou.

—Você esqueceu meu cartão.

—Ah não, eu não quis pegar. Não tenho interesse na sua oferta de emprego.

Percebi seus olhos se escurecendo e ganhando um brilho estranho.

—Eu posso te oferecer outras coisas além de um emprego, muito melhores e tenho certeza que sairia satisfeita.

Seu olhar era malicioso e cheio de luxuria, minha cabeça começou a girar. Eu precisava sair dali. Mordi minha bochecha internamente.

—Como eu disse, não estou interessada.

Quando me virei, sua mão tornou a segurar meu braço.

—Eu realmente estou disposto a fazer de tudo por você.

—Me solte agora. –disse, tentando libertar meu braço e lutando contra a vontade de chorar e gritar. –Se você não me soltar, eu não vou hesitar em lhe dar um soco.

Ele riu, e eu o odiei naquele instante. Mas, Demetri me libertou de seu aperto. Tudo aconteceu muito rápido, e quando percebi Edward estava perto de mim, me passando para trás de seu corpo e ficando no meio. Sua postura era defensiva e perigosa, ele estava pronto para fazer qualquer coisa. Segurei em seu braço, com medo do que pudesse acontecer.

—Olá Edward Cullen. –Demetri disse arrogante.

—Eu só vou dizer uma vez, nunca mais coloque suas fodidas mãos sobre a minha mulher. –ele disse entre dentes.

—Só se ela quiser.

Edward deu um passo à frente e eu o segurei mais forte.

—Nunca mais.

—Vamos Edward. –pedi baixinho.

Edward segurou a minha mão e nós andamos para longe dali, até chegarmos do lado de fora do restaurante. Ele me abraçou e beijou o topo da minha cabeça.

—Você está bem?

—Sim. Eu só quero ir para nosso quarto.

Edward suspirou e se afastou um pouco para me olhar nos olhos.

—Vamos subir, eu te deixo no quarto e vou para a reunião com Carlisle. Pode ser?

—Sim. Pode ser.

.

Eu estava sentada na poltrona, encarando Nova York lá embaixo. Suspirei enquanto bebia o resto de vinho que estava na minha taça. Nunca havia imaginado que seria daquela forma.

Nunca havia imaginado que eu pudesse suportar tanta coisa e que um evento como aquele pudesse ter muitos contras.

Nunca havia imaginado o que era ser forte por alguém, até eu ter que ser. Eu sabia que as coisas não estavam fáceis para Edward também, ele tinha que lidar com todos problemas da empresa e com um ladrão e assassino. Nada poderia ser pior do que ter todas informações sigilosas roubadas, ter a mãe quase assassinada e viver sobre um estresse intenso de que o autor de tudo isso talvez agisse ali em Nova York.

Eu queria tirar tudo aquilo dele, queria que ele fosse alguém com menos preocupações, mas eu não podia. Eu simplesmente não podia fazer nada.

Ouvi o click na porta e meu coração se acelerou, eu levantei na defensiva, aquela situação também estava me deixando cheia de paranoias. Suspirei quando vi Edward passando pela porta.

Ele levantou os olhos e me encarou, franzindo o cenho. Eu suspirei novamente.

Sem paletó, apenas com a camisa de botões dobrada até os cotovelos e a calça social, que marcava perfeitamente os músculos de toda sua perna, os cabelos estavam bagunçados como sempre, o rosto cansado, mas os olhos eram doces, era o homem mais lindo que eu já havia visto.

—Bella. –ele murmurou.

Deixou o paletó em cima do sofá e se sentou para retirar os sapatos.

—Tudo bem? –perguntou.

—Estou bem e você?

—Já estive melhor.

Ele se concentrou na sua tarefa e eu diminui a distância que estava entre nós. Ajoelhei na sua frente, e quando minhas mãos cobriram as suas ele levantou os olhos para me olhar. Eu quase chorei com a intensidade que via neles.

—Estou sendo um fodido com você. –disse baixinho. –Isso é o que mais me magoa.

Neguei com a cabeça, mas ele continuou a falar.

—É horrível eu se sentir inútil, não saber quais serão os passos daquele filho da puta, é horrível se sentir tão pressionado, aliás, uma atitude e ele acaba com a gente. Além de tudo, teve aquele fodido do Demetri e eu nem pude ficar com você. Sabe com quem estávamos agora? –eu não respondi, ele continuou. –Com o FBI. Eles estão na cola de Jeremy, assim como nós.

—Jacob acha que seja ele então?

—Sim, mas o cara é esperto, não deixa rastros. –ele bufou. –Depois que os policiais saíram, ligamos para Jacob.

—O que o FBI quer, Edward?

—A colaboração de Carlisle, querem pegar o Jeremy e por acreditar que ele possa estar envolvido nesse caso, o FBI vai entrar com tudo.

—Creio que ele não se opôs, né?

—Não. –disse entre dentes. Visivelmente ele não ia mais tocar no assunto e eu assenti. Edward olhava para algum ponto atrás de mim e eu desviei o rosto, não suportava olhar para seu rosto tão dolorido.

Sua mão, puxou de leve meu queixo fazendo o encarar.

—Apesar de tudo isso, nada me deixa mais triste do que estar te deixando magoada.

—Eu... eu, não estou. Não estou magoada com você. Eu só queria achar uma forma de acabar com tudo isso, livrar você disso.

—Você, já deixa tudo melhor, mais fácil de lidar. Eu a amo tanto.

Então, eu o desejei. Meu corpo ardeu naquele instante e eu soube que se não tivesse tudo dele, sucumbiria. Fique em pé, e curvei o corpo para ficar na altura do seu rosto, Edward me analisava buscando entender minha súbita mudança de comportamento.

—Seja meu esta noite, me deixa te amar.

Ele franziu o cenho e se colocou de pé, no segundo seguinte havia me agarrado e seus braços eram como garras em volta de mim.

—O que te faz acreditar que eu não sou eu?

—Nada. Eu só estou te pedindo para esquecer tudo lá fora e se concentrar em nós.

—Ora, Isabella, que pedido mais fácil de se atender.

E então, sua boca estava na minha, com muito fervor e avidez, e suas mãos começaram a passear por todo meu corpo, sob o cetim do robe preto que eu usava. Por baixo, vestia uma lingerie sexy e muito bonita que Alice havia me recomendado, dei graças a Deus por aquela sorte.

Seus toques não eram delicados, mas eram apaixonados e desesperados. Edward apalpou meu seio sob o tecido e eu gemi em sua boca. Me afastei um pouco para beijar o lóbulo de sua orelha, eu queria muito fazer algo por ele, talvez, um pouco de paixão e luxuria o deixaria melhor. Desci para seu pescoço, passando a ponta da língua suavemente e mordiscando sua pele, minhas mãos trabalhavam ao mesmo tempo, tirando sua camisa de dentro da calça e imediatamente começando a desabotoar cada botão. Enquanto a pele do seu peito era revelada, eu passei a unha de leve por ela, beijando e lambendo cada abertura nova. Até que estava em seu umbigo, onde rodei a língua ao redor dele, e ouvir Edward gemer.

—Gosta disso?

—Tudo o que você faz com a língua me encanta, Isabella.

Eu sorri e comecei a desabotoar sua calça, desci o zíper e a abaixei, passei a unha pela pele de sua coxa até abaixar sua calça aos tornozelos, quando subi de volta, beijei sua crescente ereção e fiquei em pé.

Os olhos de Edward queimavam e sua boca estava entreaberta, o peito subia e descia com velocidade.

—Você ainda está muito vestida.

Sorri. Subi a mão pelo seu peito e agarrei sua nuca, enquanto tomava sua boca em um beijo. Comecei empurrar seu corpo de encontro com a cama, e o fiz cair sentado.

—Quem decide isso, essa noite, sou eu. –eu disse.

Edward sibilou e murmurou algo que eu não consegui entender. Seus olhos arderam de paixão.

Puxei o laço do robe e ele se abriu, dando alguma visão do meu corpo, os olhos de Edward observaram o que puderam, antes da sua mão encontrar o meu traseiro e me puxar para perto. Levantei seu rosto e escovei meus lábios nos dele.

—Sem toque.

—O que? –ele piscou sem reação, e eu me afastei rindo.

—Você não vai me tocar até que eu peça.

—Isabella, você quer me matar ou...

—Para me ter, deverá seguir o que eu estou pedindo.

—Puta que pariu. Eu faço tudo o que você quiser.

Beijei sua boca levemente e dei uma visão privilegiada dos meus seios enquanto me afastava. Deslizei o robe pelos ombros e deixei que eles caíssem aos meus pés. Edward arregalou os olhos e tentou se levantar, eu o empurrei de volta para cama enquanto ele murmurava entre dentes.

—Sentado. –disse baixinho.

—Bella, eu preciso...

—Você terá. Gosta do que vê? –dei uma volta e parei de costa para ele.

—Porra sim. –ele rosnou. –Só a sua visão seria capaz de me levar ao limite.

Sorri de lado e desabotoei o sutiã, subi minhas mãos ao redor da cintura e segurei os seios. Eu ouvi Edward rosnar novamente. Estava gostando de testar seu autocontrole. Desci a calcinha, rebolando levemente.

Edward engasgou e tossiu.

—Eu estou parecendo a porra de um adolescente.

—Controle-se, ou vai perder o show. –disse sobre meu ombro.

Eu me sentia bonita e poderosa e sabia que poderia fazer aquilo. Queria leva-lo ao limite, faze-lo esquecer de qualquer coisa que não fosse aquele momento.

Desci minha mão para meu sexo e me toquei. Certamente, Edward sabia o que eu estava fazendo, ouvi rosnar novamente e me virei para ele.

—Está parecendo um cão raivoso.

Ele estava imóvel e eu sabia que se mexesse um musculo se quer, não se controlaria mais.

—Eu vou ter que comer esse travesseiro.

—Oh, não. Você vai ter que me comer.

Sua mandíbula ficou mais tensa e sua respiração mais difícil.

—Eu não sei quanto mais consigo aguentar. –disse entre dentes.

Subi a mão para meu seio, e com o dedo molhado da minha excitação, passei sobre o mamilo, então pressionei e puxei, suspirando satisfeita.

—Eu posso fazer muito melhor.

—Eu sei que pode.

No segundo seguinte, eu estava sobre ele. Certamente, meu autocontrole não era tao bom quanto o de Edward e eu precisava da suas mãos em mim.

—Use as mãos agora. –sussurrei com a boca sobre a sua.

Ele apalpou meus seios e suspirou agradecido, o beijei enquanto suas mãos faziam magias em mim. Edward desceu pela minha barriga e seus dedos encontraram meu sexo encharcado.

—Você é uma deusa, eu nunca vi nada mais lindo do que você.

Ele encontrou meu botão de tensão e começou circular, deliciosamente lento.

—Eu sinto que posso te dar o mundo. Me diga o que você quer, Isabella.

—Só você.

—Isso você já tem. –seus dedos agora esfregavam meu sexo e eu separei mais as pernas para lhe dar acesso. –Mas, que tal... gozar até esquecer seu próprio nome?

Eu gemi e ele continuou, agora introduzindo um dedo em mim.

—Você sabe como eu posso te fazer gritar meu nome, não sabe?

—Sim.

Nossos olhares não se desviavam um minuto se quer.

—Diga o que quer.

—Que você me beije.

Ele levantou a cabeça para encontrar meus lábios e então eu neguei.

—Aonde seus dedos estão.

Ele sorriu malicioso e eu senti todo meu interior se derreter.

—Você manda, Isabella. Mas, temos vários jeitos de fazer isso... –agora seus dedos estavam ganhando velocidade e eu sentia meu quadril ganhar vida própria. –Você pode deixar que eu escorregue e te encontre lá embaixo, pode sentar e me ver te lambendo ou pode sentar no meu rosto.

—Edward... –eu gemi.

—Vire-se sobre mim e me deixa sentir toda sua excitação em minha língua.

Fiz o que ele pediu, de modo que minhas pernas ficaram ao redor da sua cabeça e o meu rosto de encontro com a sua ereção. Eu sorri maliciosa, mas quando senti sua língua mergulhar em mim, tudo o que eu fiz foi gritar.

Edward separou mais ainda minhas pernas, e começou a fazer coisas incríveis com a boca em meu sexo, quando consegui recuperar um pouquinho da consciência, abaixei sua boxer e tomei sua ereção nas minhas mãos. Era tão lindo. Espalhei o liquido com o polegar e mergulhei-o na minha boca. Edward gemeu e cravou os dedos mais fortes em minha coxa, e então aumentou a velocidade. Parecíamos uma equipe, nossos movimentos eram semelhantes e sincronizados, meu corpo começara a convulsionar e eu sentia todo meu interior tensionando, apesar de nunca o abandonar, quando atingi meu limite, tirei seu membro da minha boca e segurei em minhas mãos, eu gritei, enquanto Edward lambia tudo o que restava de mim.

Não consegui pensar, no outro segundo, eu estava embaixo de Edward, com as costas na cama e ele sobre mim.

—Melhor do que gozar na sua boca, é fazer isso dentro de você. Eu não consigo mais esperar.

Edward levantou uma das minhas pernas até seu ombro e com a outra rodeei sua cintura, enquanto ele me penetrou de uma vez só. Eu gritei e ele rosnou. Não era gentil, era selvagem e libertador. Precisávamos daquilo.

Alcancei meu vibrador que havia deixado na mesa de cabeceira e coloquei entre nós, sobre meu clitóris.

—Ahhhhhhhh. –eu gemi.

Senti meu corpo reagindo a todos aqueles estímulos, parecia que cada terminação nervosa estava em ativa. Quando abri meus olhos, Edward estava olhando para mim, de forma intensa, como se eu fosse única, como se eu fosse a coisa mais linda que ele já vira, mas ao mesmo tempo, seu olhar era escuro de desejo e luxuria, ele dizia muitas coisas sem sentido e gemia alto. Edward intensificou os movimentos, e eu senti como se tivesse indo para outra dimensão, meu corpo tremia violentamente e eu não conseguia controlar. Senti quando ele tirou minha perna do seu ombro e colocou na sua cintura, então se debruçou sobre mim.

—Você é tão gostosa, porra.

—Ahh Edward.

—Merda...

Edward tomou minha boca num beijo, e eu senti que estava muito perto de atingir o limite, mas eu queria fazer aquilo com ele. Virei meu corpo sobre o seu e o montei, tirei o vibrador do nosso meio, e quando Edward se sentou de frente pra mim eu o senti muito profundo. Então rebolei em seu colo, subi e desci, e ele observava com muita admiração meus movimentos, não desviou nem um segundo o olhar e eu me sentia mais poderosa a cada segundo. O atrito entre nós era perfeito. Edward espalmou suas mãos em minha bunda e apertou, logo depois deu um tapa de leve. E continuou... continuou...

Até que eu não suportei mais e atingi o limite, Edward rugiu e me beijou, e eu senti seu corpo se tensionando e relaxando logo em seguida.

Nossos corpos caíram na cama, e a última coisa que eu me lembro foi de sentir um beijo no topo da minha cabeça e me aconchegar mais em seu peito.


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Notas finais do capítulo

UAU
ESTOU SEM FÔLEGO, E VOCÊS?
Meus amores, o capitulo ficou meio grande, mas porque simplesmente as ideias foram surgindo...
Tentei colocar um pouco de tudo, peço que não se preocupem tanto com esse invasor, por enquanto, ele não fará mal a nenhum deles, mas vai mexer na historia e dar a movimentação no enredo.
Jeremy é o pai da Tanya, e Jacob suspeita que seja ele. Mas, agora Demetri entrou na jogada e algo me diz que nao acabou por aqui.
Só eu estou com pena do Edward? O bichinho não tem um minuto de paz :(
Da Bella nem se fale, quero proteger meu casal :((((
Para compensar essa tensão, estou planejando um capítulo bem divertido entre a família Cullen.
Enfim, por hoje é só.
Um beijo a todas e comentem por favooooooooooooooooor ♥



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