Meus dias e os seus continuaram. Você crescia, e a cada dia, se parecia cada vez mais comigo. Era inegável a semelhança. Pegamos eu e minha mãe uma foto minha e tentamos enganá-lo dizendo se passar por uma foto sua. Você era inteligente, menino. Você entreviu nosso engodo. Rimos e nos abraçamos. 

Eram tempos felizes.

Eram tempos...

Era uma corda bamba hirsuta em que caminhávamos em direção à…

Em direção à que, menino?

Quando não ríamos, havia aquela névoa sombria pairando, escondendo-se por detrás de cada sorriso. A cada passo para frente, uma pegada sangrenta para trás.

Precisávamos correr mais rápido.