Quando a assombração voltou a sacudir os braços freneticamente, tentando se livrar do lençol fantasmagórico, Alice venceu o pânico paralisante. Correu para fora do quarto.

Costas apoiadas contra a porta fechada. Recuperando o fôlego.

— Você sabe que eu posso atravessar paredes, né?

Sobressalto. Berro. A entidade estava ao seu lado. Apavorada, Alice disparou pelo corredor.

— E voar também. Olha só!

O espírito deslizou pelo ar, dando piruetas atrás dela, murmurando Boo...

— Fique longe de mim, encosto!

A cabeça de Alice rodopiava, buscando uma exegese racional para aquela obra de terror que protagonizava pelo apartamento.

— Encosto? Poxa vida... Não precisa ofender.