A jukebox tocava alguma música nova para a pessoa que pagou por ela. Uma moeda e uma música brega de dois meses atrás iria se repetir para qualquer um ouvir, atraindo alguns estudantes para dançarem e ignorando o constante movimento das garçonetes que andavam pelo restaurante cheio.

Sendo uma nascida ali com um nome estrangeiro, Hana Song se mantinha entretida em algum ponto que não fosse aquela diversão tão enjoativa dos seus colegas de escola, ignorava até mesmo as meninas que se dirigiam ao local de dança ali e esbarravam suas longas saias em si, nem mesmo pedindo "desculpas" ou "com licença". Mas aquilo era detalhe, Hana prestava atenção em outra coisa mais chamativa e de seu profundo interesse.

A novata e estrangeira, Brigitte Lindholm. A aluna nova ali perto do campus e uma das filhas do professor de engenharia e que também era professor da Hana. Mas aquilo deveria intimidar a pequena figura da senhorita Song? Claro que não, só instigava ainda mais. Tinha sentado ao lado do lugar de frente para o balcão, do lado onde a ruiva de sardas tinha estado antes de ser chamada na própria folga para ajudar com o restaurante e a servir algo para aliviar o até então trabalho das suas colegas.

Hana Song não era nem um pouco boba. Sorriu marota, ocupando o lugar que não era seu.

Salto alto e um brilho nos lábios, lábia na língua e malandragem no ato, sem ser pega por ninguém, muito menos quando roubava um gole generoso do milkshake da até então veterana e estrangeira, Brigitte. Lambeu os lábios, adorava o gosto do morango e com o beijo indireto pelo canudinho, um segredo sujo, algo bobo de uma jovem que adorava provocar, quando tendo a atenção que queria e do olhar incrédulo por ter sido pega no ato.

Mas quem disse que ela não tinha uma cúmplice do ato ali feito? A resposta do seu sorriso com o corar de bochechas com sardas foi o suficiente, até mesmo quando a outra se aproximou e pareceu não ceder aos encantos da jovem Song.

"Deixe que eu lhe trago outro, senhorita" proferiu, atraindo uma risadinha de Hana "É por conta da casa".

Era bom saber que deveria se sentir acolhida.