Em todo lugar escrita por Artemis Stark


Capítulo 1
Parte1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/782096/chapter/1

PARTE 1

Olhou-se no espelho. Todo domingo, todo almoço de família era uma repetição de cumprimentos, dores, mágoas. Era reviver o merda de filho que era. Aquele que nunca completou realmente nada.

Suas notas eram razoavelmente boas, sem grandes destaques.

Quase pensara em jogar pelos Cannons, porém desistiu. A promessa de ser auror sem voltar para Hogwarts e, ao mesmo tempo, concluir seus ensinos falaram mais alto.

Contudo, depois de alguns anos como auror, largou a profissão e começou ajudar o irmão na loja.

Jogou novamente água no rosto, secou-o com a toalha e saiu do banheiro indo direto para o ponto de aparatação que havia no pequeno apartamento que morava.

— Sabe que não precisa me esperar aqui fora, Mione. – Rony disse com um sorriso sincero. Para Hermione aquele sorriso sempre lembrava o menino de 11 anos que conhecera pouco mais de dez anos atrás. Observou-a fechando o livro que lia e colocando-o de lado, sobre o banco.

— Tornou-se um hábito. – Rony empurrou o livro para o lado e sentou-se ao lado dela que deitou a cabeça sobre o ombro dele.

— Como andam as coisas? Malfoy?

— Viajando a trabalho. – os dois entrelaçaram os dedos e o ruivo soltou o ar pesadamente. Hermione mudou sua posição e, agora, olhavam-se. – Sabe que temos orgulho de você, não sabe?

— Hermione, por que tentar me convencer?

— Eu te amo, Ron. Sabe disso. A guerra fodeu com todos nós e precisa encontrar um jeito de se perdoar.

Ron ficou em silêncio, voltando sua atenção para o horizonte infinito que se estendia à sua frente. O cheiro da comida de sua mãe já alcançava o lado externo e aquilo sempre trazia boas recordações, apesar do peso que sentia.

— Sua família tem orgulho de você. – Hermione deu um beijo no rosto do ruivo e levantou-se, sabendo que ele precisava de um tempo a sós – Não pense que abandonou sua profissão por escolher ajudar George. Seu irmão precisava e precisa de você.

Ficou alguns minutos ainda sentado, mergulhado em seu pensamento, suas dores e escolhas. Soltou o ar e entrou na Toca, logo foi absorvido por abraços que davam um contorno ainda desconhecido para si.

Quando o almoço acabou, depois que todos ajudaram a organizar a cozinha enquanto Molly e Arthur descansavam, Rony preparou-se para aparatar, no entanto foi interrompido por um toque em seu ombro.

— Posso ir para sua casa?

Posso ir para sua casa?

Não era realmente uma casa. Era um apartamento pequeno em que ele nem sabia como cabia lá dentro. Na sala não havia quadros, apenas retratos dele, seus amigos e família: todos naquele infinito e ininterrupto sorriso, abraço, beijo. Felicidade. Havia um sofá que só não estava puído por conta de Hermione. Esse cômodo era integrado à cozinha, composta por um fogão, uma pia e pouquíssimos utensílios. A única prateleira cheia era a de bebida.

A pergunta de George não era incomum desde que começara a trabalhar na Gemialidades Weasley. Quando a ouviu pela primeira vez ficou estático, sem saber como responder.

— Sabe onde moro.

— Um colchão basta. Não consigo dormir sem Fred. Não hoje.

As palavras ditas no passado ainda eram marteladas frequentes em sua alma: seu irmão estava morto. Aquela era a semana do aniversário deles. Dele.

— Sim, claro. – respondeu e sentiu ser puxado pelo mais velho para um abraço e depois chegaram com um suave pop. Ron foi diretamente para o armário, encheu dois copos de uísque, enquanto George olhava o vilarejo pela janela. Ao longe, era possível ver o contorno da sua loja. Sorriu entristecido.

— Como está?

Ron viu o perfil do irmão, que, apesar de estar namorando com Angelina, em alguns momentos ficava recluso em sua solidão e tristeza. Não havia mais risadas espontâneas, objetos escondidos que causavam explosão.

— Indo. Altos e baixos, momentos bons, momentos fodas.

George lançou um sorriso triste, depois sorveu lentamente o liquido. Sentou-se em silêncio, sabendo que aquela seria sua cama nas próximas noites.

— Angelina está bem?

— Sim. Ela entende que preciso me afastar nessa semana – o silêncio pesado era interrompido pelo som do gelo, o gole da bebida que descia pesado pela garganta dos irmãos – Pare de se culpar. Nunca terei palavras suficientes para agradecer o que fez por mim.

— Foi uma saída covarde, George.

— Não foi. Sei que eu e... E Fred fizemos sua vida algo similar a passar o dia com Filch – Rony riu perante a metáfora – Então, ter você ao meu lado, ajudando com algo que idealizei com Fred é...  – bebeu novamente – Nunca poderei agradecer o suficiente.

Os dois se abraçaram e começaram a falar sobre o tempo em Hogwarts. Os bons tempos, os jogos de quadribol e a rivalidade com a Sonserina.

Longe dali...

Blaise organizou suas coisas no malão e olhou para o apartamento quase vazio. Sabia que tudo tinha acontecido muito rápido e, no fundo, que não duraria. Mas não queria pensar naquilo, não quando precisava entregar-se a qualquer coisa depois da guerra, depois de tudo que foi obrigado a fazer e de tudo que fora covarde por não fazer.

— Acabou? Acabou mesmo? – a voz o puxou de seus pensamentos.

— Sabe que sim. Estamos nos enganando há meses, tentando dar chance para o impossível.

— Sentirei sua falta.

Blaise calou-se porque não queria ser grosseiro. Se falasse, seria grosseiro. Não sentiria falta daquele apartamento, não sentiria falta dos Estados Unidos e nem sentiria falta daquela pessoa. Fora importante em um momento delicado de sua vida, só que precisava dar um fim. Abaixou-se e pegou o malão.

— Encontrará alguém melhor que eu. – saiu fechando a porta atrás de si. Desceu os degraus rapidamente querendo apenas livrar-se de tudo aquilo. Encontrou com Draco do lado de fora, de braços cruzados e um sorriso no rosto.

— Apostei que faria isso meses atrás. – foi até o amigo e o abraçou – A chave está pronta para nos levar. Poderá ficar comigo. – deu um soco amigável ao ver o sorriso de Blaise – Não enche, Blás! Você é gostoso, mas fazer o que se me apaixonei por uma grifinória teimosa?

— Traindo seus ideais... – puxou novamente seu amigo para um abraço lateral – Vamos embora logo.

Draco retirou uma pena do bolso e entregou ao amigo. Os dois foram puxados e reapareceram na ampla casa do loiro.

— Já deixei o quarto de hóspedes pronto para você. Hoje darei plantão noturno, porém tem jantar pronto na geladeira. Já conhece a casa, sinta-se à vontade. Hermione entregou seu currículo no ministério e devem entrar em contato em breve. – soltou o ar e sorriu – Está bem?

— Sim, Draco. Adiei por muito tempo o término com Andrew e estava na hora de encarar a realidade. – foi até o bar cheio de bebidas variadas e coloridas – Você trabalha hoje, mas eu não. – encheu um copo para si, bebeu lentamente e depois fechou os olhos. Abriu-os ao sentir a mão de Draco em seu ombro.

— Tudo ficará bem.

Blaise assentiu. Os dois conversaram sobre amenidades, sobre Hogwarts, quadribol e a rivalidade com a grifinória.

Assim que o amigo saiu para o trabalho, o homem foi até seu quarto, organizou suas coisas e tomou um banho.

 

 

Um mês depois...

— Hermione quer fazer uma pequena festa aqui.

— Que dia?

— Você estará presente. Geralmente são apenas os amigos dela, Blás. Ocasionalmente consigo arrastar Theo, mas ele está fora da Inglaterra. Você estará presente.

—--

— Fala sério, Mione.

— Você estará presente – ela afirmou, cruzando os braços – Precisa disso. Não sai desde que rompeu com Simas. – Rony rolou os olhos.

— Não começa.

— Fica carregando um peso que não é seu, que não é de ninguém na verdade. Venha, será divertido.

Ron assentiu, discordando em pensamento.

Sem dúvida todo o apartamento de Ron caberia apenas em um pedaço da sala de Draco Malfoy, porém aquilo não o incomodou como o incomodaria quando era mais jovem. Música tocava, algumas pessoas dançavam, cumprimentou seus irmãos com um aceno de cabeça. Harry aproximou-se:

— Ron! Ainda bem que veio. – desabafou, abraçando o amigo – Malfoy fez questão de chamar tantos sonserinos dessa vez que não sei como nenhuma azaração foi lançada. – Ron riu e bebeu um gole de sua bebida.

— Ou eu vinha ou Mione seria a Mione e lançaria pássaros em minha cabeça.

— Seu humor está voltando...

Os dois riram e Rony permitiu-se sentir-se leve, feliz e sem culpa por estar vivo. Logo sua irmã levou Harry para dançar, ou seja lá o que ele tentava fazer. O ruivo voltou a encher seu copo de uísque e viu várias garrafas cheias. Pegou uma delas e foi para fora. O som chegava abafado. Olhou para o céu estrelado ouvindo o som da música misturado ao som de animais como lobos, cães, ...

— Posso? – a voz grossa fez com que virasse para trás e assentiu, irritado por dividir sua bebida com ele. Concordou em silêncio – Obrigado. Draco me convenceu a ficar dizendo que não teriam sonserinos.

O ruivo não respondeu, continuou imerso em seus pensamentos. Então, depois de um tempo disse:

— Parece que foi enganado.

— Pois é.

Beberam sem trocar mais palavras, apenas na presença um do outro. Ron voltou a encher seu copo e ofereceu para Blaise, que aceitou. Depois disso, voltou a entrar, afinal queria ficar sozinho e se aceitasse qualquer companhia não seria de Blaise Zabini.

Seus olhos azuis correram rapidamente pela sala procurando por Hermione e rapidamente encontrou-a conversando com Angelina e George. Foi até lá, decidido a despedir-se. Como se houvesse captado seus pensamentos, Hermione interrompeu a conversa e foi até ele.

— Vamos dançar.

— Hermione!

— Sempre me deverá uma dança depois do que aprontou no nosso quarto ano. – Ron sorriu, colocou o copo sobre um aparador e envolveu a amiga pela cintura.

— Cada vez mais irônica....

— Sempre me surpreendo com um Ron que sabe dançar.

— Minerva foi a melhor professora. – respondeu, sorrindo. Hermione sorriu também.

Dançaram por algum tempo, até serem interrompidos por Draco:

— Weasley, minha vez.

O ruivo deu um beijo no rosto da amiga e afastou-se. Pegou seu copo, bebeu um gole do uísque que estava aguado por causa do gelo derretido, porém isso não o impediu de virar o conteúdo. Queria estar com a garrafa, queria estar em seu apartamento. Adorou dançar com Hermione, porém, de repente, o peso da guerra, das suas escolhas o consumiam na mesma batida da música dançante que levava todos para fora da dura realidade.

Voltou a encher seu copo, apoiou o corpo contra a parede apenas observando as pessoas que se sentiam leves. Teve inveja. Sabia que vinha, aos poucos, aceitando a si mesmo e suas escolhas. No entanto, por outro lado, o peso era avassalador.

— A sua garrafa ainda está cheia.

Blaise segurava a garrafa que antes estava com Rony. Era raro encontrar um homem mais alto que si, porém lá estava seu inimigo dos tempos de escola. Apoiado em uma parede, um dos braços cruzados em frente ao corpo. Se não acompanhasse as notícias sobre quadribol poderia pensar que ele realmente tinha seguido a carreira de goleiro.

— Obrigado, já enchi meu copo – com a cabeça apontou o bar repleto de bebidas.

O sonserino colocou a garrafa junto das outras, depois afastou-se subindo as escadas para seu quarto.

 

 

Outro mês depois...

George estava finalizando as compras dos últimos clientes, enquanto Rony reorganizava prateleiras por cousa de produtos espalhados.

— Obrigado, senhor Weasley.

— Boa noite, Timmy. – o ruivo sorriu para a criança que saía com uma sacola laranja e a mãe, sorrindo – Estamos fechando. – falou automaticamente ao ver mais uma pessoa entrar, porém, reconheceu quem era e achava pouco provável que estivesse lá como cliente – O que quer, Zabini?

O homem tirou um pergaminho de suas vestes. Ron reparou, então, que ele vestia vestes ministeriais. Pegou o documento e leu rapidamente, murmurando um xingamento.

— Estou trabalhando no Departamento de Execução de Leis em Magia e o estabelecimento de vocês foi denunciado por barulhos extremos.

— É uma loja de logros – Rony respondeu, sem muita paciência.

— Os barulhos ocorreram em horários inapropriados. Há diversas queixas sobre explosões depois da meia noite. – explicou, passando os olhos pela loja que, apesar de vazia, parecia cheia de vida.

— O que aconteceu? – George apareceu depois de acompanhar os últimos clientes para fora.

— Denúncia por barulhos fora do horário permitido. – Rony disse - Alguma multa? – cruzou os braços, irritado por aquilo.

— Não, apenas uma advertência. – Blaise informou – Em nome do ministério, espero que não se repita. – entregou outro pergaminho que Ron pegou sem abrir e colocou no bolso – Boa noite. – despediu-se e saiu.

— Porra, George! – exclamou ao ficar sozinho com o irmão.

— Foram apenas alguns testes. – defendeu-se com a mesma expressão usada para escapar das broncas da mãe.

— Lance feitiços silenciadores da próxima vez. – Ron olhou para a porta da loja e depois continuou seu trabalho. George apenas sorriu – Estou falando sério. A loja está lucrando bem, no entanto, não precisamos do ministério em cima de nós. - George continuou sorrindo e assentiu em silêncio, colocou as mãos nos bolsos da calça e seguiu para o caixa.

Despediu-se do irmão que colocou a capa e saiu na noite fria. Ron não queria voltar para sua casa ainda, então decidiu ir beber no Caldeirão Furado. Não importava o dia e o horário, o estabelecimento estava sempre movimentado. Cumprimentou Tom com a cabeça e sentou-se em uma mesa mais afastada, onde fez rapidamente seu pedido usual: uísque duplo. Tirou a capa, puxou alguns pergaminhos relacionados à loja e começou a lê-los.

— Todas as mesas estão ocupadas e preciso muito de um uísque. Posso sentar-me aqui? – Ron subiu seus olhos lentamente, irritado pela interrupção. Irritado também porque sabia quem era.

— Que tal esperar uma mesa esvaziar? – um bruxo apareceu, entregando um copo para Blaise.

— Vamos, Weasley.

— Está dizendo que se fosse eu a procurar uma mesa, você ofereceria um lugar para mim?

— De jeito nenhum. – sorriu e falou, depois de beber um gole – Mas eu sou da Sonserina e você, Grifinória.

Ron empurrou uma cadeira com seu pé e Blaise sentou-se, afrouxou a gravata que usava. Passou os olhos pelos pergaminhos, onde havia um símbolo que sabia ser da Gemialidades Weasley. O ruivo enrolou-os e guardou-os. 

— Ministério, então? – Rony disse, depois de um tempo.

— Sim. A Granger me ajudou a conseguir um cargo. – os dois beberam ao mesmo tempo, Rony ajeitou-se na cadeira, levemente desconfortável.

— Recebendo muita ajuda de grifinórios ultimamente... – levantou a mão para chamar o garçom, enquanto Blaise ria sonoramente.

— Uma garrafa. – Blaise disse, interrompendo Ron que pediria um copo. – Quer comer alguma coisa?

— Peixe e fritas.

— Dois, por favor – o garçom anotou os pedidos, com um floreio de varinha uma garrafa apareceu sobre a mesa, assim como novos copos e um balde de gelo.

— Eu já trabalhava como advogado no ministério norte-americano. – falou, depois que Ron serviu os copos – Não estão contratando novos funcionários aqui, então a ajuda da sua amiga foi mais que bem-vinda.

Rony assentiu, mas permaneceu em silêncio reconhecendo que tudo aquilo tinha passado muitas fronteiras que tinha estabelecido para si. Empurrou a cadeira para trás, pronto para levantar-se, mas, novamente, a voz de Blaise interrompeu-o.

— Você chegou antes. Eu posso me retirar. – os dois ficaram parados e Ron não sabia como continuar. A solução estava dada. No entanto, lembrou-se de Hermione. Sua melhor amiga e o melhor amigo de Blaise estavam juntos e, agora que o homem estava de volta à Inglaterra, sabia que seria inevitável encontrá-lo.

— Fique. – puxou a cadeira para frente e continuou a beber.

— Estou procurando um lugar para morar, se souber de alguma coisa.

— Claro. Torce para qual time de quadribol? – a conversa então foi para o esporte mágico, contratações, melhores jogadores e a conversa levou-os de volta a Hogwarts. A comida chegou, a garrafa esvaziando aos poucos.

— Foi uma surpresa encontrar você na loja dos seus irmãos. Achei que fosse auror.

Ron colocou os talheres sobre o prato, remexeu os bolsos e jogou alguns galeões sobre a mesa. Loja dos seus irmãos. Blaise notou a mudança na expressão e levou segundos para compreender o próprio erro: um dos gêmeos havia morrido na guerra.

— Weasley.

— Tenha uma boa noite, Zabini – Ron saiu rapidamente para o ar frio, sentindo raiva da guerra, de Voldemort, dos Comensais.

Blaise ouviu o som da aparatação e ficou parado do lado de fora, bravo consigo mesmo e com a capa do ruivo na mão. Chegou na casa de Draco e o encontrou lendo um livro.

— Voltando para casa com a capa do seu namorado? – perguntou, irônico.

 - É do Weasley. – Draco fechou o livro, arregalando os olhos – Não é isso. Apenas jantamos juntos. – Draco sorriu perante à confusão do amigo – Não é o que está pensando. – colocou a capa sobre o encosto do sofá e esfregou a nuca.

— Não? Então não jantou com o Weasley e voltou para casa com a capa dele?

— Sim, mas ainda assim não é o que está pensando. – sentou-se contando o que tinha acontecido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, minha primeira fic yaoi. Espero agradar rsrs A ideia surgiu após um post que vi no grupo do face. Seria one, mas ganhou corpo e resolvi dividir em duas partes + um epílogo.
Bjs bjs, Ártemis.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Em todo lugar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.