Miraculous: Secret Wars EXTENDED escrita por ladyenoire
Notas iniciais do capítulo
Boa Leitura!!!
Era oficial, Gabriel Agreste tinha enlouquecido de vez. Mas Adrien não podia dizer que estava muito diferente.
Mas poderia culpar a si mesmo? Tinha acabado de descobrir que o pai era o terrível Hawk Moth, o vilão que aterrorizava a cidade espalhando o caos com seus akumas. Qualquer um no seu lugar surtaria.
Contudo, o problema maior veio quando descobriu a razão pela qual o seu pai era um terrível vilão... Sua mãe, Emilie Agreste. O grande objetivo de Gabriel, era trazê-la de volta à vida.
Adrien estava preparado para entregar o pai para as autoridades de uma vez por todas e talvez sumir do país, deixando tudo para trás. Mas quando descobriu a verdade, sabia que não podia ficar de braços cruzados.
A obsessão de Gabriel por conseguir os Miraculous, o custou sua sanidade. Porém, Adrien não deixaria que a mesma coisa acontecesse com ele. O loiro iria assumir as obrigações, o legado e o propósito do pai.
Adrien Agreste, seria o novo Hawk Moth. E faria o que fosse preciso para trazer a sua mãe de volta.
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Marinette andava apressada pelo corredor da empresa, quase tropeçando no mínimo umas três vezes e derrubando o café do seu chefe. Por sorte, conseguiu chegar antes que o elevador se abrisse e estendeu o copo descartável na direção do loiro.
— Bom dia, Marinette. – Adrien pegou o copo, dando um gole em seguida.
— Bom dia, Sr. Agreste. – ele riu.
— Pare de me chamar assim. Temos a mesma idade. – saiu andando até a sua sala, com a azulada logo atrás.
— É questão de profissionalismo. Outro dia, peguei o pessoal dos recursos humanos sugerindo que a gente tinha um caso. – os dois riram – Então ao menos na frente deles, preciso ser apenas a sua assistente e não a sua assistente barra amiga.
— Isso é bobagem. Nós não temos um caso. Entretanto... – parou de andar e virou rapidamente na direção dela, fazendo que ela quase batesse de frente com ele – Podemos sair para jantar hoje, o que acha?
— Esqueceu que eu faço faculdade à noite?
— Hum, um almoço então?
— Adoraria, mas você já marcou com os sócios de Hong Kong. – Adrien suspirou e entrou na sua sala, indo direto para a sua mesa.
— Quer saber? Largue os estudos. Te pago o dobro. – ela riu.
— Oferta tentadora, Sr. Agreste. Mas estou no sexto semestre, chorei muito até chegar até aqui e não vou desistir agora. – o loiro a encarou, se perguntando se a parte do choro era sério. Marinette sempre usava muita ironia, o que confundia a cabeça do Agreste, que não era acostumado que esse recurso. – E sim, eu realmente chorei. – explicou, parecendo ter lido a mente dele – Faculdade é muito desgastante!
— Imagino. Você cursa o que mesmo?
— Administração.
— Viu? Pode se formar e trabalhar comigo. – escorou a cabeça nas mãos – O que acha?
— Eu acho que primeiro preciso me formar. – Marinette colocou um bolo de papéis em cima da mesa dele – E você precisa aprovar esses contratos. Tem até o meio-dia, Sr. Agreste. – sorriu e se retirou da sala.
Adrien se jogou para trás na cadeira, dando um sorriso e girou, ficando de frente para a janela. Seria um longo dia.
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Luka corria apressado pela rua e passou pelas portas da empresa, indo direto para o elevador. Estava quase na hora de Marinette sair do serviço. E ele sabia que o chefe dela não ia muito com a sua cara, por isso mesmo gostava de aparecer por lá.
Irritar Adrien Agreste, era um tanto quanto gratificante.
— Adivinha quem é? – cobriu os olhos de Marinette.
— Hum... Não faço ideia. – ironizou.
— Uma dica, é o amor da sua vida. – falou próximo ao ouvido dela.
— Mentira, bolo de chocolate não fala. – Luka revirou os olhos e parou na frente dela – Ah, Luka. Era você. – disse risonha.
— Engraçadinha. – fez careta – Vamos almoçar?
— Vamos, é claro.
— Marinette, você... – Adrien saiu da sua sala e parou de falar assim que se deparou com o garoto de cabelos azuis. – Couffaine. – cumprimentou com um aceno breve com a cabeça.
— Agreste. – retribuiu o cumprimento, porém com um sorrisinho pretensioso.
— Você pode ver para mim se o carro já chegou? – disse para sua assistente, que vestia o casaco para sair.
— Vi sim. Já está lá em baixo, Sr. Agreste.
— Ótimo, muito obrigado. – Marinette apenas sorriu em resposta e pegou sua bolsa. Luka passou o braço por cima dos ombros dela e a conduziu até o elevador, sentindo o olhar de Adrien sobre os dois.
Assim que as portas do elevador se fecharam, Marinette deu uma cotovelada na barriga de Luka, o afastando.
— Ei!
— Muito bonito você me usar para irritar o Adrien. – cruzou os braços e balançou a cabeça em negação – E se eu for demitida?
— Você não vai. – Luka sabia que o Agreste não seria capaz de demitir Marinette – Aquele idiota nunca faria isso.
— Nunca entendi o que você tem contra ele.
— Não tenho nada contra o magnata adolescente. – a garota o encarou incrédula.
— Ah tá. – saiu assim que as portas abriram, com Luka logo atrás. Antes que avançasse, o garoto segurou a mão dela e a puxou para si, fazendo com que ela caísse sobre seu peito. – Luka! – o repreendeu, enquanto ele esboçava um sorriso. O garoto iniciou um beijo, porém Marinette se afastou e colocou o dedo sobre os lábios dele – Aqui não. Você sabe as regras.
— Regras... Até parece que o que temos é um tipo de jogo. – revirou os olhos, colocando as mãos no bolso e saindo ao lado dela. – Falando nisso, o que nós temos?
— Nada. – deu de ombros.
— O jeito como você pisa no meu coração, é diferente. – a azulada empurrou ele de leve.
— Para com isso. Você sabe que eu não quero um relacionamento e que você não me ama à esse ponto. – brincou.
— E se eu amasse? – Marinette parou de andar de repente.
Antes que pudesse pensar em como fugir daquela conversa, uma multidão de pessoas passa por eles correndo e gritando.
— Akuma! – disseram em uníssono e correram para dentro do beco.
Marinette e Luka foram para o beco mais próximo, se escondendo atrás das caçambas de lixo. Os kwamis rapidamente surgiram de dentro das suas bolsas.
— Trixx, let's pounce! – a garota foi a primeira a se transformar, saindo logo em seguida.
— Wayzz, shell on! – Turtle Boy saiu logo atrás de Foxy. – Vai avisar a Alya?
— Acho que não precisa. – apontou para a akumatizada, que lutava com Scarlet Bug.
— Precisamos ajudá-la. – Luka foi na frente, enquanto Marinette suspirava.
— Eu só queria almoçar! – lamentou e pegou sua flauta, indo atrás dos amigos.
— Tomem cuidado! – Scarlet Bug parou na frente dos dois, girando seu ioiô e fazendo-o de escudo. – O akuma está na varinha mágica!
— Varinha mágica? – Foxy indagou, vendo uma garotinha adorável. – Olha, que fofa!
— Peguem eles! – ela ordenou e uma estátua de cera do prefeito da cidade, avançou na direção deles.
— Mas o que... Retiro o que eu disse. Essa garotinha não é nada fofa! – a equipe se espalhou e Marinette saltou para trás, ainda sendo perseguida. – Ótimo, justo quem, ele escolhe! – ironizou, saltando em cima de um carro.
— A Marionetista pode controlar as estátuas do museu de cera! – Scarlet Bug alertou. – Precisamos da varinha!
— E como vamos pegar? – o herói usava seu escudo para se proteger das estátuas das celebridades locais. O que era um tanto quanto engraçado, ninguém acreditaria se Luka dissesse que lutou contra Jagged Stone.
— Um momento. Lucky Charm! – uma toalha vermelha com bolinhas pretas caiu na mão dela.
— Qual é o plano? – Foxy questionou, acertando sua flauta na estátua e a derrubando do veículo. Em seguida saltou e enfiou a flauta na cera, quebrando em vários pedaços. – Hawk Moth está criativo hoje. Ele apareceu?
— Talvez nem ele goste de trabalhar com crianças.
— Não, nenhum sinal dele. – Scarlet Bug enrolou a toalha no braço. Tinha que pensar em um plano o quanto antes, mas também precisava se proteger dos ataques. – Podem me dar cobertura?
— É claro.
— Foxy, preciso de uma distração!
— Sorte sua, sou ótima nisso! – Turtle Boy deu um sorrisinho, fazendo Scarlet Bug revirar os olhos – Mirage! – a heroína criou inúmeros clones deles, distraindo Marionetista e dando tempo suficiente para Alya pensar em um plano.
***
— Mas que droga! – Hawk Moth esbravejou, depois do trio de super-heróis derrotarem seu akuma mais uma vez. – Também, o que eu estava pensando em akumatizar uma criança? – bateu na própria testa. – Nooroo, dark wings fall!
Adrien sentou à mesa novamente e tomou um gole de água.
Já estava ficando fora de si, akumatizando a garotinha que chorava porque queria atenção da mãe no museu. Na verdade, foi a emoção negativa mais próxima que ele tinha sentido, embora não tenha sido nada eficiente.
Precisava estruturar um plano mais elaborado, contudo, dificilmente tinha tempo para isso.
— Está tudo bem, mestre? – o kwami questionou.
— Está sim. Apenas uma dor de cabeça.
— E os seus sócios? Não irá almoçar com eles? – negou com a cabeça.
— Eu cancelei. – estava estressado demais para tratar de negócios – Assim que a Marinette voltar do almoço, vou pedir pra ela reagendar. – massageou as têmporas – Agora só preciso de alguns minutos para me sentir melhor.
— Melhoras, mestre.
— Obrigado, Nooroo.
***
Luka se inclinou para dar um beijo em Marinette, porém a mesma colocou o indicador na frente dos lábios dele, o impedindo.
— Estamos na empresa, esqueceu?
— É. Claro. – suspirou. – Você tem aula hoje? – Marinette assentiu – Posso te buscar então? Depois quem sabe, a gente pode olhar um filme. – acariciou o rosto dela, que sorriu com o ato.
— Pode ser. – beijou a bochecha dele – Agora eu preciso ir. Tchau, Luka.
— Tchau.
Marinette foi para o elevador e acenou para o garoto enquanto as portas se fechavam.
— Porque não se entrega de uma vez pro Luka? Você gosta dele. – Trixx disse de dentro da bolsa, fazendo Marinette rir.
— É, eu gosto. Mas você sabe que eu tive experiências horríveis com relacionamentos e eu não quero apressar as coisas. – respondeu com sinceridade.
— Mas ele gosta de você também. Sabe disso. – Marinette não disse nada. No fundo ela sabia que Luka era a sinceridade em pessoa, principalmente quando se tratava de sentimentos. Inclusive, quando saíram para almoçar, ele havia sugerido que pudesse amar ela. Sorte que aparentemente ele havia esquecido da conversa.
Não é que ela não quisesse ser amada por Luka, o problema eram os traumas do passado. Para Marinette, era muito difícil esquecer os seus romances desastrosos.
Sem contar, que ultimamente estava muito ocupada com a faculdade, o trabalho e salvando a cidade. Não tinha tempo para namorar.
— Sei, mas... – as portas se abriram – Se esconde. – a kwami voltou para dentro da bolsa novamente e Marinette foi até a sua mesa. Ali tinha um bilhete de Adrien, dizendo para ir até a sala dele assim que chegasse. A azulada deixou suas coisas na mesa e bateu na porta.
— Pode entrar. – ouviu a voz do chefe, e assim o fez.
— Precisa de algo?
— Ah, Marinette. – sorriu ao notar que era a sua assistente – Sim. Será que você poderia encomendar o meu almoço? – ela fez uma careta.
— E o almoço com os sócios?
— Também preciso que remarque. Acabei cancelando, não estava me sentindo bem.
— Ok. Precisa que busque algum remédio?
— Já tomei. Obrigado.
— Tudo bem. – Marinette fez menção de sair, porém sua barriga roncou alto, fazendo ela arregalar os olhos. Com toda a confusão do akuma, sequer teve tempo de almoçar, pois tinha que vir trabalhar. Adrien arqueou a sobrancelha. – Desculpa, o dinossauro que tem na minha barriga, aparentemente acordou. – ele continuou com a mesma expressão de dúvida. – Era uma piada.
— Ah, claro. Não comeu o suficiente no almoço?
— Na verdade eu nem almocei. Houve uma confusão no centro com uma nova akumatizada, então eu meio que preferi me esconder. – mentiu na última parte. Adrien se recostou na cadeira e sorriu de lado. Que ironia.
— Certo, então encomende seu almoço junto com o meu.
— A-Ah, não... Não precisa.
— Claro que precisa. Senão, o seu... Dinossauro, não vai a deixar em paz. – a azulada riu. – Por minha conta.
— Tudo bem, eu acho. Mas não precisa se incomodar em pagar.
— Não é um incômodo. Pode ir agora.
— Certo. Obrigada, Adrien.
— Não há de quê, Marinette.
A assistente saiu da sala e foi até a sua mesa. Logo, encomendou o seu almoço e o de Adrien. E enquanto a comida não chegava, ficou fazendo algumas tarefas, como remarcar o almoço de Adrien com os sócios.
Só de pensar em todas as obrigações do garoto, já ficou cansada. Ambos tinham a mesma idade, era muito difícil de acreditar que ele já comandava uma empresa multinacional, enquanto ela se esforçava no estágio e ainda mais na faculdade. Sem contar o seu dever extra como Foxy.
Realmente, ser Adrien Agreste, não parecia ser fácil.
***
— Você nunca vai conseguir resolver a conta com essa calculadora! – Marinette alertou a melhor amiga.
— Eu sei, mas eu esqueci a minha científica.
— Tem no celular. É claro que na prova você não vai poder usar, mas por enquanto serve.
— É, você tem razão. – Alya desbloqueou o celular e começou a usar a calculadora correta. Porém, antes de continuar o exercício, encarou Marinette. – Você conseguiu comer alguma coisa de almoço? Luka me disse que foram direto pra empresa.
— Consegui sim. O Adrien também não tinha almoçado, então ele comprou almoço pra nós dois. – a morena lançou um sorriso sugestivo para Marinette, que demorou para notar, pois estava ocupada resolvendo o exercício. – Ah não, pode parando.
— A típica e clichê história do chefe rico e misterioso e da assistente atrapalhada e pobre.
— Não posso discordar da descrição que você usou para mim, mas eu te garanto que não tem nada entre nós. – gesticulou nervosa – Se você não lembra, eu e o Luka temos...
— Um caso mal resolvido e enrolado. É, eu sei. – suspirou – Você precisa resolver a sua vida amorosa, garota.
— Você fala como se fosse fácil.
— Não é fácil. Mas é necessário.
— É, eu sei disso. Mas... – Marinette deixou a frase morrer no ar e se recostou na cadeira, refletindo.
— Olha, não precisa decidir nada agora ou amanhã. Só que eu acho que você já precisa encaminhar as suas escolhas. – colocou a mão sobre o ombro da melhor amiga – O Luka gosta de você e lá no fundo você sabe que gosta também. Por que não dá uma chance? – a azulada sorriu sem humor e voltou a atenção para a questão do livro.
— Como você disse, não preciso decidir nada hoje.
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AAAAAAAAAAAAAA ADOREI!!!!!
Primeiramente, eu fiz uma pequena homenagem à minha pessoa (assim como Marinette da Terra-8, também estou no sexto semestre de administração hehehe).
Ao todo serão contadas a história de 10 Terras diferentes. A partir desse capítulo, não sei quando sairão novos, pois vocês ainda não viram as outras 4 Terras em ML: Secret Wars II. Talvez nem dê tempo para mostrar elas, mas quem sabe eu conte o oneshot mesmo assim. Ainda vou ver.
Muito obrigada por terem lido, nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo