Miraculous: Secret Wars EXTENDED escrita por ladyenoire


Capítulo 6
Terra-8


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/781859/chapter/6

Era oficial, Gabriel Agreste tinha enlouquecido de vez. Mas Adrien não podia dizer que estava muito diferente.

Mas poderia culpar a si mesmo? Tinha acabado de descobrir que o pai era o terrível Hawk Moth, o vilão que aterrorizava a cidade espalhando o caos com seus akumas. Qualquer um no seu lugar surtaria.

Contudo, o problema maior veio quando descobriu a razão pela qual o seu pai era um terrível vilão... Sua mãe, Emilie Agreste. O grande objetivo de Gabriel, era trazê-la de volta à vida.

Adrien estava preparado para entregar o pai para as autoridades de uma vez por todas e talvez sumir do país, deixando tudo para trás. Mas quando descobriu a verdade, sabia que não podia ficar de braços cruzados.

A obsessão de Gabriel por conseguir os Miraculous, o custou sua sanidade. Porém, Adrien não deixaria que a mesma coisa acontecesse com ele. O loiro iria assumir as obrigações, o legado e o propósito do pai.

Adrien Agreste, seria o novo Hawk Moth. E faria o que fosse preciso para trazer a sua mãe de volta.

***

***

***

Marinette andava apressada pelo corredor da empresa, quase tropeçando no mínimo umas três vezes e derrubando o café do seu chefe. Por sorte, conseguiu chegar antes que o elevador se abrisse e estendeu o copo descartável na direção do loiro.

— Bom dia, Marinette. – Adrien pegou o copo, dando um gole em seguida.

— Bom dia, Sr. Agreste. – ele riu.

— Pare de me chamar assim. Temos a mesma idade. – saiu andando até a sua sala, com a azulada logo atrás.

— É questão de profissionalismo. Outro dia, peguei o pessoal dos recursos humanos sugerindo que a gente tinha um caso. – os dois riram – Então ao menos na frente deles, preciso ser apenas a sua assistente e não a sua assistente barra amiga.

— Isso é bobagem. Nós não temos um caso. Entretanto... – parou de andar e virou rapidamente na direção dela, fazendo que ela quase batesse de frente com ele – Podemos sair para jantar hoje, o que acha?

— Esqueceu que eu faço faculdade à noite?

— Hum, um almoço então?

— Adoraria, mas você já marcou com os sócios de Hong Kong. – Adrien suspirou e entrou na sua sala, indo direto para a sua mesa.

— Quer saber? Largue os estudos. Te pago o dobro. – ela riu.

— Oferta tentadora, Sr. Agreste. Mas estou no sexto semestre, chorei muito até chegar até aqui e não vou desistir agora. – o loiro a encarou, se perguntando se a parte do choro era sério. Marinette sempre usava muita ironia, o que confundia a cabeça do Agreste, que não era acostumado que esse recurso. – E sim, eu realmente chorei. – explicou, parecendo ter lido a mente dele – Faculdade é muito desgastante!

— Imagino. Você cursa o que mesmo?

— Administração.

— Viu? Pode se formar e trabalhar comigo. – escorou a cabeça nas mãos – O que acha?

— Eu acho que primeiro preciso me formar. – Marinette colocou um bolo de papéis em cima da mesa dele – E você precisa aprovar esses contratos. Tem até o meio-dia, Sr. Agreste. – sorriu e se retirou da sala.

Adrien se jogou para trás na cadeira, dando um sorriso e girou, ficando de frente para a janela. Seria um longo dia.

***

Luka corria apressado pela rua e passou pelas portas da empresa, indo direto para o elevador. Estava quase na hora de Marinette sair do serviço. E ele sabia que o chefe dela não ia muito com a sua cara, por isso mesmo gostava de aparecer por lá.

Irritar Adrien Agreste, era um tanto quanto gratificante.

— Adivinha quem é? – cobriu os olhos de Marinette.

— Hum... Não faço ideia. – ironizou.

— Uma dica, é o amor da sua vida. – falou próximo ao ouvido dela.

— Mentira, bolo de chocolate não fala. – Luka revirou os olhos e parou na frente dela – Ah, Luka. Era você. – disse risonha.

— Engraçadinha. – fez careta – Vamos almoçar?

— Vamos, é claro.

— Marinette, você... – Adrien saiu da sua sala e parou de falar assim que se deparou com o garoto de cabelos azuis. – Couffaine. – cumprimentou com um aceno breve com a cabeça.

— Agreste. – retribuiu o cumprimento, porém com um sorrisinho pretensioso.

— Você pode ver para mim se o carro já chegou? – disse para sua assistente, que vestia o casaco para sair.

— Vi sim. Já está lá em baixo, Sr. Agreste.

— Ótimo, muito obrigado. – Marinette apenas sorriu em resposta e pegou sua bolsa. Luka passou o braço por cima dos ombros dela e a conduziu até o elevador, sentindo o olhar de Adrien sobre os dois.

Assim que as portas do elevador se fecharam, Marinette deu uma cotovelada na barriga de Luka, o afastando.

— Ei!

— Muito bonito você me usar para irritar o Adrien. – cruzou os braços e balançou a cabeça em negação – E se eu for demitida?

— Você não vai. – Luka sabia que o Agreste não seria capaz de demitir Marinette – Aquele idiota nunca faria isso.

— Nunca entendi o que você tem contra ele.

— Não tenho nada contra o magnata adolescente. – a garota o encarou incrédula.

— Ah tá. – saiu assim que as portas abriram, com Luka logo atrás. Antes que avançasse, o garoto segurou a mão dela e a puxou para si, fazendo com que ela caísse sobre seu peito. – Luka! – o repreendeu, enquanto ele esboçava um sorriso. O garoto iniciou um beijo, porém Marinette se afastou e colocou o dedo sobre os lábios dele – Aqui não. Você sabe as regras.

— Regras... Até parece que o que temos é um tipo de jogo. – revirou os olhos, colocando as mãos no bolso e saindo ao lado dela. – Falando nisso, o que nós temos?

— Nada. – deu de ombros.

— O jeito como você pisa no meu coração, é diferente. – a azulada empurrou ele de leve.

— Para com isso. Você sabe que eu não quero um relacionamento e que você não me ama à esse ponto. – brincou.

— E se eu amasse? – Marinette parou de andar de repente.

Antes que pudesse pensar em como fugir daquela conversa, uma multidão de pessoas passa por eles correndo e gritando.

— Akuma! – disseram em uníssono e correram para dentro do beco.

Marinette e Luka foram para o beco mais próximo, se escondendo atrás das caçambas de lixo. Os kwamis rapidamente surgiram de dentro das suas bolsas.

— Trixx, let's pounce! – a garota foi a primeira a se transformar, saindo logo em seguida.

— Wayzz, shell on! – Turtle Boy saiu logo atrás de Foxy. – Vai avisar a Alya?

— Acho que não precisa. – apontou para a akumatizada, que lutava com Scarlet Bug.

— Precisamos ajudá-la. – Luka foi na frente, enquanto Marinette suspirava.

— Eu só queria almoçar! – lamentou e pegou sua flauta, indo atrás dos amigos.

— Tomem cuidado! – Scarlet Bug parou na frente dos dois, girando seu ioiô e fazendo-o de escudo. – O akuma está na varinha mágica!

— Varinha mágica? – Foxy indagou, vendo uma garotinha adorável. – Olha, que fofa!

— Peguem eles! – ela ordenou e uma estátua de cera do prefeito da cidade, avançou na direção deles.

— Mas o que... Retiro o que eu disse. Essa garotinha não é nada fofa! – a equipe se espalhou e Marinette saltou para trás, ainda sendo perseguida. – Ótimo, justo quem, ele escolhe! – ironizou, saltando em cima de um carro.

— A Marionetista pode controlar as estátuas do museu de cera! – Scarlet Bug alertou. – Precisamos da varinha!

— E como vamos pegar? – o herói usava seu escudo para se proteger das estátuas das celebridades locais. O que era um tanto quanto engraçado, ninguém acreditaria se Luka dissesse que lutou contra Jagged Stone.

— Um momento. Lucky Charm! – uma toalha vermelha com bolinhas pretas caiu na mão dela.

— Qual é o plano? – Foxy questionou, acertando sua flauta na estátua e a derrubando do veículo. Em seguida saltou e enfiou a flauta na cera, quebrando em vários pedaços. – Hawk Moth está criativo hoje. Ele apareceu?

— Talvez nem ele goste de trabalhar com crianças.

— Não, nenhum sinal dele. – Scarlet Bug enrolou a toalha no braço. Tinha que pensar em um plano o quanto antes, mas também precisava se proteger dos ataques. – Podem me dar cobertura?

— É claro.

— Foxy, preciso de uma distração!

— Sorte sua, sou ótima nisso! – Turtle Boy deu um sorrisinho, fazendo Scarlet Bug revirar os olhos – Mirage! – a heroína criou inúmeros clones deles, distraindo Marionetista e dando tempo suficiente para Alya pensar em um plano.

***

— Mas que droga! – Hawk Moth esbravejou, depois do trio de super-heróis derrotarem seu akuma mais uma vez. – Também, o que eu estava pensando em akumatizar uma criança? – bateu na própria testa. – Nooroo, dark wings fall!

Adrien sentou à mesa novamente e tomou um gole de água.

Já estava ficando fora de si, akumatizando a garotinha que chorava porque queria atenção da mãe no museu. Na verdade, foi a emoção negativa mais próxima que ele tinha sentido, embora não tenha sido nada eficiente.

Precisava estruturar um plano mais elaborado, contudo, dificilmente tinha tempo para isso.

— Está tudo bem, mestre? – o kwami questionou.

— Está sim. Apenas uma dor de cabeça.

— E os seus sócios? Não irá almoçar com eles? – negou com a cabeça.

— Eu cancelei. – estava estressado demais para tratar de negócios – Assim que a Marinette voltar do almoço, vou pedir pra ela reagendar. – massageou as têmporas – Agora só preciso de alguns minutos para me sentir melhor.

— Melhoras, mestre.

— Obrigado, Nooroo.

***

Luka se inclinou para dar um beijo em Marinette, porém a mesma colocou o indicador na frente dos lábios dele, o impedindo.

— Estamos na empresa, esqueceu?

— É. Claro. – suspirou. – Você tem aula hoje? – Marinette assentiu – Posso te buscar então? Depois quem sabe, a gente pode olhar um filme. – acariciou o rosto dela, que sorriu com o ato.

— Pode ser. – beijou a bochecha dele – Agora eu preciso ir. Tchau, Luka.

— Tchau.

Marinette foi para o elevador e acenou para o garoto enquanto as portas se fechavam.

— Porque não se entrega de uma vez pro Luka? Você gosta dele. – Trixx disse de dentro da bolsa, fazendo Marinette rir.

— É, eu gosto. Mas você sabe que eu tive experiências horríveis com relacionamentos e eu não quero apressar as coisas. – respondeu com sinceridade.

— Mas ele gosta de você também. Sabe disso. – Marinette não disse nada. No fundo ela sabia que Luka era a sinceridade em pessoa, principalmente quando se tratava de sentimentos. Inclusive, quando saíram para almoçar, ele havia sugerido que pudesse amar ela. Sorte que aparentemente ele havia esquecido da conversa.

Não é que ela não quisesse ser amada por Luka, o problema eram os traumas do passado. Para Marinette, era muito difícil esquecer os seus romances desastrosos.

Sem contar, que ultimamente estava muito ocupada com a faculdade, o trabalho e salvando a cidade. Não tinha tempo para namorar.

— Sei, mas... – as portas se abriram – Se esconde. – a kwami voltou para dentro da bolsa novamente e Marinette foi até a sua mesa. Ali tinha um bilhete de Adrien, dizendo para ir até a sala dele assim que chegasse. A azulada deixou suas coisas na mesa e bateu na porta.

— Pode entrar. – ouviu a voz do chefe, e assim o fez.

— Precisa de algo?

— Ah, Marinette. – sorriu ao notar que era a sua assistente – Sim. Será que você poderia encomendar o meu almoço? – ela fez uma careta.

— E o almoço com os sócios?

— Também preciso que remarque. Acabei cancelando, não estava me sentindo bem.

— Ok. Precisa que busque algum remédio?

— Já tomei. Obrigado.

— Tudo bem. – Marinette fez menção de sair, porém sua barriga roncou alto, fazendo ela arregalar os olhos. Com toda a confusão do akuma, sequer teve tempo de almoçar, pois tinha que vir trabalhar. Adrien arqueou a sobrancelha. – Desculpa, o dinossauro que tem na minha barriga, aparentemente acordou. – ele continuou com a mesma expressão de dúvida. – Era uma piada.

— Ah, claro. Não comeu o suficiente no almoço?

— Na verdade eu nem almocei. Houve uma confusão no centro com uma nova akumatizada, então eu meio que preferi me esconder. – mentiu na última parte. Adrien se recostou na cadeira e sorriu de lado. Que ironia.

— Certo, então encomende seu almoço junto com o meu.

— A-Ah, não... Não precisa.

— Claro que precisa. Senão, o seu... Dinossauro, não vai a deixar em paz. – a azulada riu. – Por minha conta.

— Tudo bem, eu acho. Mas não precisa se incomodar em pagar.

— Não é um incômodo. Pode ir agora.

— Certo. Obrigada, Adrien.

— Não há de quê, Marinette.

A assistente saiu da sala e foi até a sua mesa. Logo, encomendou o seu almoço e o de Adrien. E enquanto a comida não chegava, ficou fazendo algumas tarefas, como remarcar o almoço de Adrien com os sócios.

Só de pensar em todas as obrigações do garoto, já ficou cansada. Ambos tinham a mesma idade, era muito difícil de acreditar que ele já comandava uma empresa multinacional, enquanto ela se esforçava no estágio e ainda mais na faculdade. Sem contar o seu dever extra como Foxy.

Realmente, ser Adrien Agreste, não parecia ser fácil.

***

— Você nunca vai conseguir resolver a conta com essa calculadora! – Marinette alertou a melhor amiga.

— Eu sei, mas eu esqueci a minha científica.

— Tem no celular. É claro que na prova você não vai poder usar, mas por enquanto serve.

— É, você tem razão. – Alya desbloqueou o celular e começou a usar a calculadora correta. Porém, antes de continuar o exercício, encarou Marinette. – Você conseguiu comer alguma coisa de almoço? Luka me disse que foram direto pra empresa.

— Consegui sim. O Adrien também não tinha almoçado, então ele comprou almoço pra nós dois. – a morena lançou um sorriso sugestivo para Marinette, que demorou para notar, pois estava ocupada resolvendo o exercício. – Ah não, pode parando.

— A típica e clichê história do chefe rico e misterioso e da assistente atrapalhada e pobre.

— Não posso discordar da descrição que você usou para mim, mas eu te garanto que não tem nada entre nós. – gesticulou nervosa – Se você não lembra, eu e o Luka temos...

— Um caso mal resolvido e enrolado. É, eu sei. – suspirou – Você precisa resolver a sua vida amorosa, garota.

— Você fala como se fosse fácil.

— Não é fácil. Mas é necessário.

— É, eu sei disso. Mas... – Marinette deixou a frase morrer no ar e se recostou na cadeira, refletindo.

— Olha, não precisa decidir nada agora ou amanhã. Só que eu acho que você já precisa encaminhar as suas escolhas. – colocou a mão sobre o ombro da melhor amiga – O Luka gosta de você e lá no fundo você sabe que gosta também. Por que não dá uma chance? – a azulada sorriu sem humor e voltou a atenção para a questão do livro.

— Como você disse, não preciso decidir nada hoje.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAA ADOREI!!!!!

Primeiramente, eu fiz uma pequena homenagem à minha pessoa (assim como Marinette da Terra-8, também estou no sexto semestre de administração hehehe).

Ao todo serão contadas a história de 10 Terras diferentes. A partir desse capítulo, não sei quando sairão novos, pois vocês ainda não viram as outras 4 Terras em ML: Secret Wars II. Talvez nem dê tempo para mostrar elas, mas quem sabe eu conte o oneshot mesmo assim. Ainda vou ver.

Muito obrigada por terem lido, nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miraculous: Secret Wars EXTENDED" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.