The Collateral Beauty escrita por hrhbruna


Capítulo 4
03


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que há muito tempo eu não posto, mas encontrei mais capítulos prontos. Apesar de não ter obtido um retorno em comentários, eu sou fascinada por histórias que divergem do canone, bem com como casais improváveis, dentre outras interações inesperadas. Portanto, estou compartilhando mais um capítulo.



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— Agora com os braços cruzados!

— Mãe!

            Embora Harry relutasse, ele permitia que Lily tirasse fotos dele em todas as poses possíveis. Ela sorriu olhando para a polaroid enfeitiçada e o menino sorridente de catorze anos.

            Ele estava com os cabelos anormalmente grandes, havia perdido praticamente todas as roupas que Lily comprara no último verão e estava mais alto que ela. Sentia-se tão orgulhosa quanto nostálgica.

            O som do interfone tocando livrou Harry do que parecia uma interminável sessão de tortura. O menino que em breve completaria 14 anos, disparou na direção do objeto trouxa que produzia um ruído irritante e o atendeu.

— Sim? Oh Hermione? Eu já estou descendo!

            Lily começou a colocar o casaco para acompanhar o filho, quando Harry subitamente a olhou enquanto mexia nas abotoaduras que pegara emprestadas do falecido pai.

— O que você está fazendo? — perguntou quase que em pânico.

— Eu vou descer para dar olá a John e Helen. Eu fiquei tão entusiasmada pelo convite deles! Eu mal posso acreditar que eu não pensei em levá-lo ao teatro antes. — Lily argumentou com um largo sorriso. — Eu costumava ir ao teatro no verão com meus pais!

— Mãe, não... — Harry suplicou. — Vocês já se falaram no telefone quando eles me convidaram. Você já disse isso a eles.

— Eu sei, querido. Mas eu queria dar um abraço em Hermione. — Lily continuou.

— Eu a digo que você mandou todo seu carinho. — Harry garantiu e a puxou para um abraço. — Tchau mãe!

            Deixando Lily meio tonta, e meio desnorteada, Harry saiu do apartamento e ela escutou o filho optar pelas escadas ao invés do elevador.

            Olhando para o porta retrato de James que ficava sobre o piano, Lily resmungou com um dedo autoritário para o marido morto.

— Isso é culpa sua. — Lily suspirou.

            James tinha 22 anos naquela imagem. Eles se casaram tão jovens, pensou, eram apenas uns catarrentos que tinham decidido viver juntos. Eles tiveram Harry cedo demais também...

            Com o coração apertado, Lily não pôde deixar de pensar que Harry cada vez mais se tornava a exata cópia do pai. Aquilo, por consequência, também significava que cada vez mais James deixava de ser o marido de Lily e se tornava o menino de 22 anos por quem ela se apaixonou na escola, amou e teve um filho.

            Às vezes ela gostaria que a foto de James envelhecesse. Lily gostaria de saber como James teria sido se tivesse chegado aos 34 anos de idade.

            Há muito ela não usava mais seu anel de noivado e nem a aliança de casamento. Estavam todos guardados agora e ela esperava poder dar um dia a Harry para que ele presenteasse a esposa.

            Ela abandonou a moldura de volta sobre o piano e decidiu que não iria passar sua noite de sexta se lamuriando com aquilo. Vestiu um casaco e levou a varinha consigo para ir até um restaurante no fim da rua comprar comida chinesa e uma garrafa de vinho.

            Embora fosse verão e os dias fossem quentes, Lily agradeceu por ter se lembrado de colocar algo para cobrir os braços. Ela caminhou com tranquilidade e imersa nos próprios pensamentos quando seus instintos a alertaram de uma 2ª presença.

            Quer fosse um assaltante trouxa, ou algum bruxo curioso, Lily não poderia sacar sua varinha e apontar para o dono dos olhos que estavam pregados em sua nuca, numa rua trouxa. Ela precisou pegar um desvio escuro que normalmente evitava.

            Continuou andando com os ombros eretos e firmes. O som de algo batendo na poça de água denunciou que quem lhe seguia estava próximo. Ela esperou pelo momento ideal, mas ao se virar o feitiço estuporante morreu em seus lábios.

            Um enorme cachorro negro estava parado na frente dela. Ele a olhou, sentado em suas quatro patas e não se moveu. Só a olhou.

— Não pode ser. — sussurrou.

            O cão que tomava a forma de um sinistro ficou tão imóvel que alguém poderia acreditar que ele não era real. Lily se agachou e estendeu a mão num convite silencioso.

            Um cachorro de verdade teria a cheirado, mas aquele não era um cão de verdade, e logo no lugar do cão surgiu-se um homem alto, esguio, com cabelos cortados na altura dos ombros, rosto barbudo e olhos cinza. Seus braços e seu peito eram cobertos de tatuagens, ela se lembrava de gritar em horror a cada vez que encontrava o amigo, pois ele sempre tinha algum desenho novo gravado na pele.

            Mas agora não eram só desenhos loucos, ela observou com tristeza. Havia a codificação de Sirius marcada em sua pele, identificando como era reconhecido em Azkaban. Não parecia grande coisa quando seu rosto e seus olhos estavam marcados pelo sofrimento dos últimos doze anos.

            Lily perdeu seu pouco equilíbrio e caiu no chão. Ela continuou olhando para Sirius, que apesar de hesitante, ofereceu-a a mão para se levantar, o que ela prontamente aceitou.

            Quando estavam de pé, Lily continuava olhando para Sirius. Havia tantas coisas que queria dizer a ele, mas agora só conseguia se preocupar que o melhor amigo de seu marido estava ali na sua frente.

— O que você- Sirius, você não deveria. — Lily começou a se desesperar, olhando para todos os lados.

— Eu preciso falar com você. — Sirius disse em tom sério, sua voz rouca provocando arrepios assustadores em Lily. — Por favor. Pode me receber na sua casa?

— Po-pode. Eu... Harry não está em casa, Sirius.

— Eu sei. — o homem disse passando as mãos nos cabelos e também começando a ficar ansioso. — Eu sabia que ele iria ao teatro hoje. Achei melhor encontrar você para conversarmos sozinhos... se você quiser, é claro.

            Lily arregalou os olhos como se Sirius estivesse dizendo algo extremamente ofensivo, mas antes que respondesse a ele que ‘não tinha medo dele’, o animago retornou a sua forma animal e latiu para ela.

— Bom. — resmungou. — Eu imagino que você não iria se opor a uma refeição digna, certo? Siga-me.

            Embora tivesse planos iniciais de beber vinho e comida chinesa, Lily acabou optando por uma carne assada para viagem, batatas e legumes cozidos. Ela também comprou o vinho, porque se ia conversar com Sirius Black cara a cara depois de 12 anos acreditando que ele era a razão para seu marido estar morto, então ela precisava de vinho.

            Ela fingiu não escutar Arthur, o porteiro, quando ele se postou de pé e gritou:

— Sra. Potter! Sra. Potter! Não é permitido cachorros no prédio ou quaisquer animais de estimação.

            Lily resmungou e abriu a porta de emergência que levava as escadas. Vivia no segundo andar, então não seria grande coisa se tomassem os degraus e evitassem dar de cara com trouxas xeretas.

            Quando chegou, ela tirou a varinha do bolso do casaco e apontou para a maçaneta. O artefato fez o reconhecimento e então Lily abriu a porta, primeiro deixou Sirius passar, em sua forma canina, para em seguida entrar e fechar a porta atrás de si.

            Virando-se ela se sobressaltou levemente ao ver que Sirius já tinha se transformado em homem de novo e que estava olhando tudo ao redor.

— E-eu vou pegar os pratos.

            Ocupar-se em pôr a mesa dificilmente poderia distrair Lily Potter do fato que havia um fugitivo em sua casa. O homem que James e ela escolheram para apadrinhar Harry e cuidar dele em sua ausência.

            Sirius estava ali, exercendo seu papel, mesmo após passar 12 anos em Azkaban por um crime que não cometeu, ter dois melhores amigos que não acreditavam nele e lhe deram as costas.

            As mãos trêmulas de Lily chamaram a atenção do homem de rosto sombrio. Ela se arrepiou de novo quando o olhar dos dois cruzou e rapidamente Lily quis desviar.

            Sirius estava segurando a fotografia de James que ficava sobre o piano.

— Você ainda toca? — o moreno quis saber.

— Às vezes. — Lily respondeu tirando o alumínio que lacrava a comida e virando tudo na travessa bonita.

— O Harry toca?

            Lily riu levemente e olhou para o homem com descrença.

— O que você acha? — retrucou brincalhona.

— Eu acho que ele não deve ter o menor talento para a coisa. — Sirius respondeu no mesmo tom, mas ainda soando amargo. — Entretanto, ele certamente é talentoso para o quadribol. Ele voa como...

— Como James. — Lily completou sorrindo com carinho.

— Como James. — Sirius confirmou e lançou um olhar carinhoso para a fotografia do amigo.

            Após Lily terminar de virar a comida comprada em travessas bonitas – uma coisa que ela fazia para dar um ar mais caseiro a refeição –, Sirius a perguntou se ele poderia usar o banheiro já que eles comeriam a mesa.

            Ela indicou a porta no fim do corredor do aconchegante flat de dois quartos que dividia com o filho.

            Alguns momentos depois, quando ela já havia aberto a garrafa de vinho e tomado uma taça num só gole, Sirius voltou cheirando ao sabonete de lavanda que ela tinha em sua toalete.  

            Sentaram-se à mesa de frente para o outro e comeram em silêncio. Lily se certificou de deixar a varinha sob a visão de Sirius e longe dela, para que ele não se intimidasse, mas se o pensamento cruzara a cabeça do animago ele não deixou transparecer.

            Sirius estava completamente absorto na comida. Ele comia tão rápido e se servia de mais, como se Lily sequer estivesse ali. Aquilo a fez se sentir pior e perder o próprio apetite.

            O bruxo só parou de comer quando limpou as travessas de Lily. Ao ver o último pedaço de carne e as últimas batatas, ele olhou para a ruiva num pedido silencioso e rapidamente Lily o encorajou a comer com um aceno.

            Ela se martirizou mentalmente por ter acabado com o sorvete naquela tarde. Merlin, por que não pensara em comprar uma sobremesa enquanto estava na rua? Podia ter sido a droga de um pudim ou alguns chocolates trouxas bem sem graça...

            A ruiva não sabia especificar quando, mas em algum momento ela começou a chorar. Seus ombros chacoalharam e ela soluçou silenciosamente no lugar que ocupava, imediatamente levando as mãos ao rosto pensando desesperadamente no que iria fazer.

            Não podia desamparar Sirius. Ele passara 12 anos em Azkaban por um crime que não tinha cometido! Não iria jogá-lo na rua ou agir como se não tivesse parte de culpa naquilo.

            Foi a primeira vez que sentiu raiva de James. Por quê?! Por que ele não tinha a dito da troca do fiel do segredo?

            Enquanto se fazia aquela pergunta, não percebeu o homem que saiu do seu lugar e deu a volta para se ajoelhar diante dela e segurar as mãos que cobriam seu rosto.

— Está tudo bem, Lils. — ele murmurou rouco.

— Não. — ela respondeu com a voz embargada, ainda em prantos. — Não está.

—x-

—... nesta foto ele tinha cerca de uns cinco anos. Eu costumava o levar para fazermos piqueniques.

— Quem é esse menino gordinho?

— Oh Deus. — Lily gemeu levemente. — É Duddley, meu sobrinho. Ele começou a chorar por algum motivo idiota.

            Um sorriso se abriu nos lábios de Sirius ao pensar que Harry era um menino travesso e saudável como o pai dele havia sido, mas certamente não tão mimado. O próprio Sirius ficou um pouco impressionado ao constatar que Harry era a cópia de James, mas bem menos arrogante que o pai.

            Ele era humilde e carinhoso, sempre preocupado com seu bem-estar e sua alimentação. Sirius não diria a Lily, mas Harry havia despachado bolos e biscoitos algumas vezes.

            Mas embora Harry, de fato, fosse todas aquelas coisas ele tinha um temperamento de acordo com Lily.

— Você sabe... — a ruiva disse enquanto preparava chá para os dois. — Ele está se tornando adolescente. Harry sempre foi muito independente e as vezes ele faz coisas ou acha que tem direito de agir a uma certa maneira. Ele é tão precoce que se torna exaustivo para mim, como mãe.

— Ele tinha sangue nos olhos no dia que nos conhecemos. — Sirius murmurou mais para si mesmo que para Lily.

            A mulher ouviu e não discordou.

— Ele é impulsivo e imprudente. — Lily se aproximou da mesa com as duas xícaras fumegantes.

            Sirius estava ocupando seu lugar na cadeira e debruçado sobre um álbum de fotos que Lily tinha encontrado. Estava feliz pela mulher de James compartilhar aquilo com ele, por tantos anos se perguntara como Harry estava.

— Tem pávio curto também. — a ruiva continuou enquanto soprava o próprio chá. — E Deus sabe que precisa estudar mais e ficar longe de problemas, mas tem bom coração. Ótimo coração na verdade.

            O homem bebericou seu chá e pensou que continuava divino. Ah, ele sempre gostou de chá de hortelã e se perguntou se aquele era um detalhe que Lily havia se atentado ou se era apenas mera coincidência.

            Após tantos anos em Azkaban, com suas memórias felizes sendo cada dia sugadas pelos dementadores, era bom quando aquelas ‘situações gatilho’ aconteciam, porque quando um dementador arrancava as boas lembranças da pessoa não necessariamente significava que a pessoa se esqueceria, mas sim que aquilo perderia o sentido.

            Chá de hortelã o lembrava do salão comunal da Grifinória. Lily, sentada ao seu lado, com os cabelos acaju formando uma cortina pesada ao redor do rosto que permanecia tão mais jovem que o dele puxavam o gatilho que Sirius precisava para se lembrar daquelas tardes de chuva onde os Marotos, Lily e Mary MacDonald se sentavam perto do fogo, contavam histórias, jogavam cartas e bebiam chá de hortelã.

            Mary sempre tinha chá de hortelã, Sirius se lembrou com tristeza da amiga nascida-trouxa e se perguntou como ela estaria.

— Ele ficou muito parecido com James nesta aqui. — Sirius sorriu e apontou para a foto de Harry usando as vestes de Hogwarts e embarcando no expresso.

— A cada dia que passa ele me lembra mais do pai. — Lily suspirou. — Hoje ele... ele me perguntou se poderia usar as abotoaduras que o pai usou no casamento.

— Você permitiu?

— É claro. — Lily deu de ombros. — É dele, Pads. É tudo dele. Eu tento ao máximo não tocar no cofre... é claro que nos primeiros anos eu não podia trabalhar, mas eu me esforço para garantir que nosso sustento venha do meu salário como medibruxa no St. Mungus e não do ouro da família.

            Sirius revirou os olhos. Lily sempre foi complicada naquele aspecto.

            Ela nunca teve uma vida difícil, mas Lily nunca foi rica como os Potter – ou os Black, pensou com repugnância – e ela não era necessariamente a escolha mais ‘adequada’ ao único herdeiro puro-sangue de Fleamont e Euphemia Potter, e enquanto eles podiam ser pessoas adoráveis, Sirius sabia que outros podiam ser bastantes cruéis.

— James podia ter muitos defeitos, mas ele era a pessoa mais generosa que eu conheci. — Sirius franziu o cenho. — Ele sustentava Lupin, você sabia?

            Lily engoliu em seco. Ela sabia, mas descobriu meses após a morte de seu marido quando inevitavelmente o Gringotes a informou que ela precisava começar a agir como a curadora de Harry, o último Potter vivo, até que ele atingisse a maioridade e começasse a gerenciar o serviço sozinho.

            Gerenciar uma fortuna não era fácil. Ela tinha que entender do mercado, tinha que visitar as propriedades regularmente, manter relacionamento com a criadagem encarregada, fazer social com as pessoas certas e no meio disso tudo encontrar tempo para desenvolver uma iniciativa filantrópica.

            É claro que no tempo que James era vivo as pessoas tinham preocupações demais com a guerra, então certas coisas não eram cobradas até certo ponto, mas Lily se lembrava de ver James colocando suas vestes e caçando a bengala com a cabeça de cervo cravada.

            Ele sempre piscava para ela e dizia que tinha que “servir os ‘zômi”— a forma que o animago encontrava de debochar de suas vestes piegas de menino rico.

— James iria querer que você utilizasse do ouro. Ele faria questão. — Sirius insistiu.

— Eu sei. — Lily respondeu. — Mas eu nunca me sentiria em paz se o fizesse.

            O assunto de repente trouxe a eles a estranheza do momento. Desde muito nova, Lily aprendeu que falar de dinheiro era complicado e trazia o pior de cada um.

            Ela não queria ter uma discussão com Sirius se deveria ou não usar a herança do marido, então decidiu perguntar o que trazia o animago a Londres e que diabos ele tinha na cabeça.

— Harry e eu temos nos correspondido através de cartas. — Sirius começou.

— Oh. Eu sei. — Lily respondeu secamente. — Um tucano quase destruiu minha sala. Você me deve um abajur por falar nisso...

            Sirius contou a Lily que Harry tinha o escrito para falar que sua cicatriz estava doendo e que ele havia tido um pesadelo com Wormtail e Voldemort, por isso a decisão de retornar à Grã-Bretanha.

—...vários acontecimentos estranhos chegaram aos meus ouvidos nos últimos meses. — Sirius relatou com o semblante sério e a voz baixa. — Comensais da Morte parecem andar um pouco mais ativos ultimamente. Eles estão planejando uma aparição.

            Lily fechou os olhos com força. Ela não podia reviver todo aquele horror, especialmente sabendo que seu filho era alvo de alguém.

— Suponho que você deve ter ouvido falar do desaparecimento de Berta Jorkins. — Sirius estava com o cenho enrugado. — Você se lembra dela? Era alguns anos à frente de nós em Hogwarts...

            Ela se lembrava que a personalidade alternativa de Berta e sua mania de se meter no que não era d sua conta era o que fazia as pessoas não gostarem dela. Lily particularmente era uma das pessoas que se limitava a ser educada com a mulher.

— Sim. — respondeu num arfar. — Mas você não acha que...

— Berta Jorkins desapareceu na sua viagem de férias para a Albânia, onde Voldemort foi visto pela última vez. Ela costumava trabalhar no departamento de Esportes Mágicos. — Sirius continuou, não deixando Lily falar. — E ela nunca foi particularmente brilhante. Seria uma isca fácil.

            Lily sacudiu a cabeça. Não, Sirius estava analisando demais a situação.

            Ela conhecia Berta. Não fazia muito tempo desde que a vira pela última vez, ela era uma bruxa avoada e com um sério problema de memória. Perguntou Lily de onde elas se conheciam pelo menos três vezes!

            Mas antes que pudesse dizer aquilo a Padfoot, Lily escutou a porta e olhou apavorada para o relógio. Era mais de meia-noite, o que provavelmente significava que era Harry.

            Lily achava que provavelmente nunca se esqueceria da cara que Harry fez ao ver seu padrinho sentado no sofá. Ela também nunca se esqueceria da emoção de Sirius ao abraçá-lo forte e chamá-lo de ‘meu garoto’.

            Decidiu ir procurar colchas e lençóis limpos para arrumar o sofá para Sirius.


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