_Hermes – suspirei aliviado.

_Tenho uma missão para você, meio-sangue.

_Mas já? Caraca, nem deu tempo de chegar.

_É, agora. Primeiro você irá até Ogygya resgatar Calypso. – Senti Annabeth enrijecer ao meu lado, à menção do nome de Calypso – Depois irá até Los Angeles buscar os filhos de que lhe falei. E como é uma missão normal, deverá consultar sua amiguinha, o Oráculo.

Hermes tinha raiva de Rachel, porque ela conseguira o que May Castellan não havia conseguido.

‘E, me trouxe ratos?’

‘George’ – censurou-o Martha.

‘Que é? Ele nunca me trás nenhum ratinho’

_Oi George, oi Martha. – cumprimentei-os.

Só agora que eu havia percebido, Hermes tinha o caduceu na mão e George e Martha estavam parados me fitando.

‘Da próxima vez que eu me encontrar com ele e ele não tiver nenhum ratinho, a coisa vai ficar preta pro lado dele.’

Não agüentei e ri, uma cobra me ameaçando, era demais para mim.

_Adeus, Perseu e Annabeth.

_Adeus, Lorde Hermes. – dissemos juntos.

‘Tchauzinho, Percy’

‘Tchau, Percy e lembre-se, ratos’

_Tchau, George e Martha.

Olhei para Annabeth, e ela correu para falar com Quíron. Fui andando calmamente e quando cheguei lá ela já havia contado a história inteira, desde o encontro com minha deusa preferida, Héstia, até o encontro com a cobra irritadinha, George.

_Bom, receber uma missão de um deus é de suma importância, não se pode negar.

_Ah, então se eu mandar o Perry Johansson aqui, se suicidar e chamar de missão ele terá que cumprir? Hum..., interessante.

O Sr. D tinha um brilho doentio nos olhos, o que me fez pensar se ele estava brincando mesmo.

_Não é pra tanto, Sr. D. – repreendeu Quíron. Ele o Sr. D. estavam jogando pinochle quando Annabeth os interrompeu para falar da missão. – Como o comunicado foi o Percy, ele irá falar com Rachel e será o líder da missão.

Concordei. Além de perguntar sobre a missão, tinha que perguntar qual a melhor forma de oficializar o meu namoro com Annabeth. Corri até a Casa Grande e Rachel estava lá.

_Rach! – abracei-a.

_Percy! O que faz aqui?

_Preciso de uma profecia para minha missão.

_Putz, mas já?

_É, pois é, lorde Hermes solicitou.

Rachel endureceu e seus olhos ficaram fitando o nada.

“Seis, nesta jornada irão,

De muitas armas precisarão.

Dois, algo irão destruir,

E um segredo irão descobrir

A fonte do poder de uma deusa

Na floresta imensa estará

Os meio-sangues responsáveis

Terão que resgatar”

_Ajudei?

_Você sabe que profecias são meio complicadas, Rach. Ah, preciso te fazer uma pergunta.

_Manda.

_Bom, você sabe que eu e Annabeth estamos meio enrolado com esse negócio de casal. E eu queria saber se você sabe um lugar onde eu posso fazer o pedido de namoro.

_Faça na praia. Use a água para fazer um palco – ela fez aspas com a mão na palavra palco – em forma de coração e peça. E leve algum presente, seja criativo.

_Obrigado Rach, você é uma ótima amiga. – abracei-a novamente e saí.

Lembrei-me do pacotinho dourado que minha mão havia me dado no carro.

Corri para o meu chalé, escondido de Quíron e dos outros, porque iriam ficar me perguntando da profecia e blá blá blá.

Peguei o pacotinho, abri-o e vi duas lindas correntes de ouro. Uma em forma de coração, com uma coruja de ouro branco e a outra era oval com um tridente em ouro branco. Abri as duas correntes e lá estavam duas fotos, uma de cada lado. No meu medalhão a da direita era de Annabeth Grover e eu e a da esquerda eram eu e Annabeth abraçados. Abri o de Annabeth apenas por curiosidade e do lado direitos havia a mesma foto do meu, e do lado esquerdo havia a mesma minha e de Annabeth, juntos. Não sabia como minha mão havia conseguido aquelas fotos, mas isso não importava. Coloquei as correntes novamente no saquinho e guardei-os no bolso da calça.

Corri até onde Annabeth, Quíron, Sr. D. e agora, Grover e Wendy estavam.

_E então, o que nosso Oráculo disse? – perguntou Quíron curioso?

_Seis nesta jornada irão, de muitas armas precisarão, dois algo irão destruir, e um segredo irão descobrir. A fonte do poder de uma deusa, na floresta imensa estará, os meio-sangues responsáveis, terão que resgatar.

_Bom, se seis irão nesta missão, quem serão?

_Como sempre, eu, Annabeth e Grover. – Annabeth segurou minha mão e Grover ficou ao meu lado.

_Ótimo, faltam três.

_E aí, pessoal? – Nico apareceu do nada, de novo.

_Cara, assim você ainda me mata. – Nico riu.

_Estavam conversando sobre o que?

_Ah, recebemos uma missão e o Oráculo falou que ao invés de três, seis irão.

_E já temos...

_Três, eu, Annabeth e Grover.

_Tô dentro.

_Agora temos quatro.

_Tudo bem - Quíron coçou a barba – faltam dois.

_Eu vou – ofereceu-se Wendy.

_Não, você não foi treinada. – protestei.

_Em uma semana aprendo o básico, deixe-me ir. – suplicou ela.

_Tudo bem, mas treine – a última pessoa que eu imaginei que iria concordar, concordou. Annabeth.

_Obrigada – agradeceu Wendy e foi para o chalé de seu pai.

_Falta um.

_Não falta mais. – disse uma voz animadinha de garota.

Thalia. O que ela estava fazendo lá?

_Oi pessoal. – disse ela sorrindo.

_O que faz aqui? – perguntei assustado.

_Isso é jeito de receber uma amiga, senhor Perseus Jackson?

Ela me abraçou.

_Ainda não respondeu minha pergunta.

Thalia revirou os olhos, algo muito típico dela.

_Lady Ártemis me deu folga.

_Ah, tá – resposta inteligente. É, eu sei.

Thalia seguiu para o chalé de Zeus sem dizer mais nada.

_Annie, venha aqui um minuto. – arrastei-a até a praia.

­_Sim?

_Você era a última pessoa que eu imaginei que iria concordar em deixar Wendy ir.

­_E por quê?

_Porque você não gostou dela quando a viu.

_Não tem nada a ver com não gostar, é que eu meio que...

_Que? – incentivei-a.

_Eu achei que estando com ela você me esqueceria. – uma lágrima escapou de seus olhos. Essa era minha deixa. Fomos mais para o meio do lago. Fiz um coração de água que nos levantou.

_Annabeth, eu nunca te esqueceria, você é minha luz, meu anjo, minha princesinha. Lembra da Grande Profecia? A escolha que eu teria que fazer no dia do meu aniversário? – ela assentiu – A escolha não foi dar a faca à Luke, foi dar meu coração à você. Não se preocupe com a Wendy, é você quem eu amo. – ajoelhei e só agora ela percebeu que um coração de água estava abaixo de nossos pés. – Annabeth Melanie Chase, você quer namorar comigo?

Por um minuto achei que ela ia dizer não, pois ficou quieta, no segundo seguinte ela me jogou no chão com um abraço apertado.

_Mas é claro que sim! – não pude evitar de sorrir.

Levantei-nos e tirei as correntinhas do bolso da calça, entreguei uma a ela e coloquei a outra.

_S-são lindas – ela gaguejou com lágrimas nos olhos. – Coloca pra mim?

Ela levantou seu cabelo loiro e eu dei um delicado beijo em seu pescoço, o que a fez se arrepiar, e coloquei a corrente. Ela abriu o coração e viu as fotos, as duas.

_Eu te amo. – sussurrou ela, antes de me beijar.