Perfect Date escrita por ladyenoire


Capítulo 1
Ville des Lumières


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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 Você tá brincando comigo, né? – Marinette questionou sem acreditar no que tinha escutado.

— Não, claro que não. – a Césaire balançou as mãos – O Chat é gente fina, não vai fazer nada que você não queira.

— Eu sei disso. Confio no Chat. – até porque secretamente era a parceira dele – Mas... Por que ele iria querer sair comigo, Marinette? – a azulada sabia que para sair com Ladybug, o herói não pensaria duas vezes. Mas agora com ela, na sua forma civil?

— Bom, uma amiga minha me contou que ele está procurando alguém para ocupar o coraçãozinho dele. – Marinette sabia que essa amiga era Rena Rouge, e que no caso, era a própria Alya. Contudo, supostamente não deveria saber, então resolveu fingir ter acreditado. – E aí, topa? – indagou esperançosa.

Alya não aguentava mais ouvir Marinette choramingar pelo seu amor não correspondido por Adrien Agreste. E não é por ser uma amiga ruim e não querer escutar as lamúrias da azulada, e sim porque achava a melhor amiga incrível demais para sofrer por alguém que não dava bola para ela. Assim como Rena Rouge cansou de ouvir Chat Noir se lamentar durante as patrulhas sobre as rejeições de Ladybug. Se ela não o amava, ele tinha que seguir em frente.

Foi então que numa noite, antes de dormir, Alya recebeu uma mensagem de Marinette sofrendo por causa de Adrien – coisa que era normal. E então murmurou que a azulada parecia Chat Noir, visto que minutos antes o herói fazia a mesma coisa para Rena Rouge sobre Ladybug. Nesse momento uma lâmpada pareceu ter ascendido sobre a cabeça da Césaire.

Por que não unir o útil ao agradável?

Alya então esperou até o próximo encontro com o super-herói – afinal, imaginava que precisasse perguntar a ele primeiro, visto que não conhecia nada da sua vida – para falar sobre a sua ideia. Honestamente, não foi muito difícil convencer Chat Noir a sair com Marinette – o que foi estranho, mas muito bom. Agora só faltava convencer a melhor amiga.

— Não sei, Alya. – mordeu o lábio inferior, depois de ter pensado na possibilidade por alguns instantes – Eu acho que não é uma boa ideia. Por que não procura outra pessoa?

— Marinette. – a morena suspirou e segurou a melhor amiga pelos ombros – Você não acha que já sofreu tempo o suficiente pelo Adrien? – ela baixou o olhar – Você é uma garota incrível, merece alguém que te ame tanto quanto você ama o Adrien. E sem contar que o Chat Noir meio que passa pela mesma situação.

— Passa? – questionou surpresa. Não imaginava seu parceiro sofrendo por amor.

— É-É, essa m-minha amiga quem disse. – Marinette riu levemente do nervosismo da morena – Mas enfim, não precisa sair do encontro casada. É só um encontro. Se não der em nada, não deu. Relaxa! – sorriu, a tranquilizando.

— Ok, não estou dizendo que aceito, mas... Como isso iria funcionar?

— Pensei que o encontro poderia ser na sua varanda.

— Na minha casa? Mas e os meus pais?

— Sexta-feira eles não vão sair pra jantar?

— Sim. Vão comemorar o aniversário de casamento. – Alya sorriu, tinha tudo esquematizado na sua mente.

— Aí eu te ajudaria a arrumar tudo. E antes que diga, não pode ser em outro lugar porque ele é um super-herói e seria meio estranho. – Marinette concordou – A não ser que você queira ser vista jantando em um restaurante com o Chat Noir. – brincou.

— Não, melhor não. 

— Certo. Então eu vou confirmar com ele... D-Digo, a minha amiga vai... Confirmar com ele e depois falamos disso. – piscou e saiu animada, deixando Marinette pensativa no pátio da escola. Tão pensativa que sequer notou o olhar curioso de um certo garoto loiro sobre si.

***

— Alya, você tem certeza que precisa mesmo de tudo isso? – Marinette questionou, ao notar o seu terraço todo decorado para o encontro.

As luzes de Natal brancas que Marinette tinha colocado lá, estavam ligadas. A mesinha estava perfeitamente arrumada para comer uma lasanha feita pela mãe de Alya – que era ninguém menos que a chef do melhor hotel da cidade – e várias almofadas estavam ali na volta, inclusive as que seriam usadas para os dois sentarem.

— É claro. Você merece um encontro perfeito! – puxou a amiga para dentro do quarto – Agora vamos tomar um banho e trocar essa roupa. O Chat chega em quarenta minutos. – Marinette foi empurrada para o banheiro sem questionar.

Só de ouvir Alya falar que Chat Noir chegaria logo, o nervosismo estava tomando conta de si. Não por se tratar do seu parceiro, e sim, por ser um encontro. Todos ficavam nervosos com encontros, e especialmente Marinette, não seria diferente nesse quesito.

— Como se sente? Está nervosa? – Tikki questionou Marinette, enquanto esta última se despia e entrava para baixo do chuveiro. A pequena kwami sabia do drama da sua portadora e o pior de tudo, sabia quem era o garoto por trás da máscara de Chat Noir. Então, torcia para que tudo desse certo nessa noite.

— Sim, muito. – admitiu, falando baixo – Tudo bem que o Chat é o meu parceiro, mas... Eu não sei, talvez ele nem goste de mim. Afinal, ele vive flertando com a Ladybug. Por que gostaria de ter um encontro comigo?

— Pode ser que ele goste de você. – Marinette parou por alguns segundos.

— Não. Pouco provável. – deu de ombros – Deve ter sido coisa da Alya mesmo. Sabe, pra me fazer seguir em frente.

— É. – Tikki concordou – Talvez ela queira ajudar vocês, já que ela disse que o Chat também tem problemas amorosos.

— Deve ser isso.

Não muito tempo depois, Marinette saiu do banheiro com uma toalha no corpo e outra no cabelo. Então sentou na cama, esperando Alya escolher suas roupas.

— Não vou colocar um vestido, está frio. – negou assim que a melhor amiga mostrou a peça animada – Deixa que eu escolho as roupas. Você ajeita o meu cabelo.

— Tá bem então. – se deu por vencida, pois pelo menos estava conseguindo que aquele encontro saísse. A Césaire tinha medo de contrariar tanto Marinette, que ela resolvesse cancelar tudo. Por mais que soubesse que a azulada de fato não era assim, não custava prevenir. – Perfeito! – elogiou a blusa de frio cor-de-rosa com os ombros à mostra e a calça jeans clara com detalhes floridos nos bolsos frontais, costurados pela própria Marinette. – E nos pés?

— Minha sapatilha. – apontou e Alya deu de ombros.

— Agora senta aí, que eu vou arrumar o seu cabelo. Não vou fazer nada complexo. Ainda temos quinze minutos.

— Ok, mas eu não deveria passar uma maquiagem?

— Só uma base está bom. – Marinette assentiu e deixou que Alya secasse seu cabelo. A morena convenceu a melhor amiga que deixá-lo solto era uma boa ideia, porém teve que aceitar que ela usasse uma tiara cor-de-rosa. Honestamente, tinha ficado incrível de qualquer forma.

— Terminou? – Alya assentiu depois de passar a base.

— Cinco minutos. – olhou no relógio – Vou pegar a lasanha no forno. Você pega o refrigerante. – as duas correram para a cozinha e voltaram com as coisas, colocando na mesinha do terraço. – Certo, vou indo lá. Boa sorte amiga, qualquer coisa me liga. – se abraçaram.

— Muito obrigada, Alya.

— De nada, Marinette. – por fim acenou e saiu.

Marinette então sentiu o friozinho na barriga, aquele mesmo friozinho de quando Adrien se aproximava demais dela na escola. Sabia que não queria dizer muita coisa, mas não podia evitar de ficar um pouquinho nervosa.

A garota olhou em volta, checando se estava tudo em ordem novamente. Em seguida olhou o celular. Se passou dois minutos da hora combinada. Mas quem era Marinette para cobrar a pontualidade de alguém?

— Foi aqui que pediram um gato preto charmoso? – virou para trás num sobressalto, dando de cara com Chat Noir. – Desculpe pelo susto, não pude evitar. – Marinette sorriu.

— Boa noite, Chat Noir.

— Boa noite, princess. – desceu de onde estava e foi até ela. Depositou um beijo na bochecha da Dupain-Cheng e entregou uma rosa vermelha para ela. – Trouxe pra você. Infelizmente não consegui trazer um buquê, mas...

— Está ótimo. Muito obrigada. – se inclinou e beijou a bochecha dele – Mas eu estou curiosa.

— Ah é? Sobre o quê?

— O que fez o herói da cidade querer sair com uma, entre tantas outras garotas parisienses? – questionou com um olhar divertido. Se tinha uma coisa que amava em interagir com Chat Noir como Marinette, é que podia ser completamente ela mesma e fazer brincadeiras do tipo com o garoto, sem medo que ele a julgasse.

— É uma boa pergunta. – ele riu – Mas se eu te perguntasse o que te fez aceitar sair com o herói da cidade, o que você diria?

— Que ele precisa responder a pergunta, antes de fazer outra. – riram novamente – Bem, eu diria que não sei ao certo. Talvez eu descubra hoje à noite.

— Faço das suas palavras, as minhas. – ficaram se encarando por alguns segundos. Aquele clima entre eles era diferente de todas as outras vezes que se encontraram.

— Você... Quer sentar? – gesticulou e o herói assentiu – Sinto muito pelo local, é que...

— Não, tudo bem. Aqui parece mais romântico. – sequer percebeu o que disse, porém Marinette sentiu suas bochechas esquentarem. – Primeiro as damas. – Chat Noir estendeu a mão, e a azulada a pegou com um sorriso. Então ele ajudou ela a sentar sobre a almofada e em seguida fez o mesmo. – Wow! Isso é uma lasanha?

— É sim. A mãe da minha amiga que fez, ela é a melhor chef da cidade. Ao menos na minha opinião. – sorriu orgulhosa. – E também tem refrigerante. Mas se você quiser eu posso pegar uma água ou um suco. – Adrien Agreste não bebia refrigerante e comia lasanha só de vez em quando, tudo por conta da alimentação controlada. Não reclamava, embora se pudesse, gostaria de comer mais doces. Mas naquela noite ele era Chat Noir, não se preocuparia com isso.

— Está bom assim.

— Vamos comer, então?

— É claro. – Marinette colocou a rosa em dos vasinhos vazios que usava como decoração no seu terraço. Depois disso, começou a cortar a lasanha, servindo para os dois logo em seguida.

— Então... O que você faz quando não é o Chat Noir? Não precisa responder nada específico. – se corrigiu no final, ao perceber que poderia estar sendo invasiva.

— Minha rotina é bem movimentada. – o loiro pensou, escolhendo as palavras certas para responder. Não poderia dizer ao certo suas atividades, pois Marinette o conhecia por trás da máscara. E se revelasse muito, a garota poderia facilmente ligar Chat Noir a Adrien Agreste. – Pratico esportes, faço aulas de idiomas e coisas do tipo. – Marinette se surpreendeu. Sempre imaginou Chat Noir um garoto como qualquer outro, que ia a escola e ficava o resto do dia assistindo séries e jogando videogame. Não que isso fosse algo ruim.

— Interessante!

— Mas e você, ouvi dizer que quer trabalhar com moda?

— É, como sabe? – ele arregalou os olhos.

— Sua amiga, Alya. – inventou e a garota pareceu ter acreditado, afinal, não era como se Alya não fosse propensa a dizer algo do tipo.

— Ah sim! Enfim, é verdade. Esse é o meu sonho. – Adrien sorriu ao notar os olhos dela brilhando enquanto falava do assunto. – Recentemente eu ganhei um concurso de chapéus, e o meu foi escolhido pelo próprio Gabriel Agreste pra ser usado pelo melhor modelo dele em um desfile! – falou animada, enquanto o loiro assimilava a parte que tinha dito que ele era o melhor modelo do seu pai.

— Isso é incrível! – elogiou, Marinette era inegavelmente talentosa – Parabéns, princess.

— Obrigada. – sorriu tímida.

E foi assim durante a refeição, conversavam sobre assuntos comuns com facilidade, como se fossem amigos de longa data. E embora já fossem amigos mesmo que não soubessem, Marinette e Chat Noir mostraram lados nunca vistos um pelo outro naquela noite.

Não conversavam com expectativa, muito menos tentavam impressionar um ao outro. E sim de maneira descontraída e casual. O que era perfeito para os dois no momento em que se encontravam.

Até esqueceram do principal motivo do encontro, seus corações partidos – naquele momento não tinha Ladybug ou Adrien, apenas Marinette e Chat Noir.

— Eu devo admitir, não imaginei que isso daria certo. – Chat disse enquanto ele e Marinette conversavam no parapeito do terraço, admirando a noite depois de terem terminado de jantar – Quero dizer, não por ser você. E sim, porque bem... Você não sabe quem sou eu. E isso poderia ser meio estranho. Mas não foi. – ela sorriu.

— Também penso a mesma coisa. – desviou o olhar um pouco tímida – No final das contas não foi uma ideia tão maluca assim. – o loiro riu.

— Há muito tempo eu não me sentia assim.

— Assim como? – Marinette recostou as costas na grade, enquanto Chat permanecia com os braços escorados ali, encarando a vista do Rio.

— Tranquilo, alegre e sem preocupações. – encarou a azulada – É uma sensação que você causa em mim, princess. – admitiu. Mesmo como Adrien, ter Marinette por perto o deixava mais leve. A presença da garota trazia felicidade, e imaginava que não só para ele.

E embora Adrien se sentisse extremamente feliz na presença dos seus amigos, ainda assim as preocupações estavam ali, pairando no ar e rodeando a sua mente. No entanto, com Marinette ele nunca sentiu isso. Era apenas alegria e calmaria.

— A-Ah... Isso... É... Que bom que se sente assim, eu acho. – não sabia ao certo como reagir àquilo. – Você também me traz uma sensação boa. – disse sinceramente e ele sorriu novamente – Gosto da sua companhia.

— De acordo com alguns filósofos, momentos como esse são o significado mais puro de felicidade. – Marinette se surpreendeu com a fala. – Você concorda?

— Sim. E você? – Chat Noir endireitou a postura, fazendo o olhar da azulada ficar completamente atento aos movimentos dele. O herói então desviou a atenção para ela e se aproximou.

— Também. – pousou a mão sobre o ombro desnudo de Marinette, fazendo com que ela se arrepiasse mesmo não sentindo a pele dele, visto que sua mão estava coberta pela luva do traje. Em seguida, Adrien subiu a mão até a nuca dela e depois parou nos seus cabelos, acariciando a parte de trás da cabeça dela, cuidando para não machucá-la com as suas garras. – Concordo plenamente. – foi se aproximando mais, ambos sabiam perfeitamente aonde aquilo daria. Então, não demorou muito para que juntassem seus lábios em um beijo calmo que durou alguns segundos. Quando se separaram, Marinette desviou seu olhar pro chão e o loiro voltou para a mesma posição que estava antes, fitando o Rio – Desculpe se fui meio precipitado.

Marinette não respondeu, apenas o abraçou por trás, arrancando um sorriso do herói. Ficaram assim por alguns minutos.

— Eu gostei... Do beijo. – aproveitou que ele não podia ver seu rosto corado e disse.

— Eu também. – Chat Noir girou seu corpo, ficando de costas para a grade e de frente para Marinette. Levantou o rosto dela delicadamente e a beijou novamente. Dessa vez a azulada se inclinou, ficando na ponta dos pés e se apoiou no peito do loiro. – Você é tão linda. – disse sem perceber, enquanto distribuía curtos selares nos lábios da garota.

— Você também, Chat. – retribuiu o elogio sinceramente, sentindo seu rosto queimar. 

Assim que pararam para respirar, mantiveram as testas coladas e um sorriso bobo no rosto.

— Está tarde, eu preciso ir. – Marinette assentiu, porém não se afastaram um do outro. – Embora eu não queira nenhum pouco. – ela riu.

— Não é como se eu quisesse que você fosse embora também.

— Vamos precisar marcar mais encontros, nesse caso.

— Também acho. Já que esse foi perfeito.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAA MAS EU SOU MUITO MARICHAT!!!!

Postando essa oneshot fofinha pra vocês, porque hoje não vai ter capítulo novo das fanfics. Ainda estou me recuperando da gripe e com algumas tarefas relacionadas à faculdade para resolver. Mas, eu fiz uma one longa (para os meus padrões) para alimentar vocês direitinho hehehe!

Muito obrigada por terem lido e espero que tenham gostado ♥ xoxo



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