The Bifröst escrita por Luana Almeida


Capítulo 2
2


Notas iniciais do capítulo

Hiii!! Como vão?
Mais um capítulo direto do forno!
Está sendo muito divertido escrever sobre esse tema!
Um abraço, Ally



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/781160/chapter/2

—Não fale com ela Loki - Thor apertou Muriel com um pouco mais de força, ela tentou se desvencilhar e foi aí que Thor a soltou. 

—Onde estamos? - ela perguntou olhando em volta.

—Estamos no bifröst - Loki se adiantou a falar - Onde…

—Este é o lugar que leva a Asgard, minha terra - Thor o interrompeu.

—Onde está Nick? - Muriel passou os olhos em Loki e então se deu conta da beleza daquela sala. 

 

A sala era dourada e ao mesmo tempo que parecia grande, não era. As paredes ovaladas emitiam a própria luz iluminando um altar localizado bem ao meio do lugar. No altar uma espada fincada no chão brilhava quase que mais que as paredes. Jamais pensara que veria algo tão bonito quanto aquilo. A frente, na saída da sala havia uma espécie de caminho que brilhava entre as cores do arco-íris. Muriel andou até a saída do lugar, seu coração batia rapidamente e quando olhou para fora ficou sem ar. Viu o universo todo a sua volta.

 

—Aquela é Marte - Thor apontou ficando ao seu lado.

—Aquela? - Muriel seguiu seu dedo e viu o planeta vermelho.

—Sim - Thor se sentiu sábio - Quem protege Marte é uma mulher, é a única que gosta de humanos - ele riu - Sem ofensas - mordeu os lábios quando Muriel o olhou com ar de contestação.

—Por isso ela deixa os cientistas estudarem sua casa. Os adora - Loki ficou do outro lado de Muriel. Thor pareceu ranger como um bicho - Que isso irmã - Loki sorriu com gosto, adorava quando as pessoas se sentiam ameaçadas com sua presença.

—Mas por fim - Muriel se virou para os dois irmãos dando as costas para Asgard ao fundo - O que estou fazendo aqui? 

 

Quando deu as costas para o universo e a ponte arco-íris viu a parte de trás do bifröst. Nesta parte um portal redondo emitia uma luz quase tão colorida quando a ponte que levava a Asgard e era tão bonito quanto. Tudo parecia um sonho. 

 

Thor engoliu em seco enquanto Loki disfarçou com uma mão no queixo fingindo interesse por qualquer coisa no universo acima deles.

 

—Não sei se podemos contar - Thor estalou o pescoço, ele fixou seu olhar nos olhos de Muriel, naquele momento pode ver seus olhos escuros se tornarem dourados e isso o incomodou.

—Conhece nosso protetor? - Loki chamou atenção de Muriel que passou seus olhos pela sala e parou no Deus da Trapaça.

—Hm? - ela resmungou.

 

Loki deu um passo para trás e engoliu em seco como Thor.

 

Muriel não notou, afinal, seus olhos agora dourados não afetavam sua visão. Eles brilhavam mais que qualquer parte da sala onde estavam e isso parecia hipnotizar os irmãos nórdicos.

 

—Conseguimos - uma voz masculina surgiu de trás do altar com a espada. Era um homem baixo e mais velho.

—Banner - Thor se aproximou pisando pesadamente pela sala -Vamos levá-la para Asgard? - ele queria que notassem os olhos de Muriel, mas ela não estava perto o suficiente.

—Onde está Nick - Muriel se aproximou e viu mais três pessoas acompanhando Banner, mas nenhum era ele.

 

Uma delas era Natasha, a ruiva que entrara no quarto com apenas um chute na porta e Steve Rogers mais conhecido como Capitão América pela nação que vestia seu uniforme usual com uma grande estrela no meio de seu peito e também de seu escudo.

 

—Ela é insistente - Thor comentou.

—Vamos levá-la até Nick - Natasha tentou sorrir, mas aparentemente era difícil. 

—Não, ela tem que ficar - Thor insistiu em algo que não podia controlar.

—Já falamos sobre isso - Natasha fixou os olhos no homem de capa vermelha.

 

Loki ficara afastado, olhava Banner de longe com os olhos semicerrados e uma ponta de raiva por conta de adversidades. Ele pigarreou ao fundo da sala.

 

—Acho que meu pai gostaria de vê-la.

—Cale-se Loki - Thor se virou para o irmão e deu dois passos em sua direção.

Muriel acompanhava tudo com os olhos. Agora, com a mesma aparência de sempre.

 

—Vocês notaram que não me explicaram nada ainda? - ela questionou irônica, iria usar que tom nessa situação maluca? 

—Nick irá explicar - Steve Rogers sorriu, e Muriel amoleceu, tinha fracos por louros. Durou pouco.

—E onde está Nick? - mais um questionamento. Loki revirou os olhos impaciente. 

—Já ouviu falar em mitologia nórdica? - ele se aproximou - Odin?

—Loki - Banner deu um passo em frente.

—Quero ir para minha casa - Muriel brandou irritada - Agora!

 

Surtiu efeito. Steve assentiu com a cabeça se aproximando da garota.

 

—Vou levá-la - ele estendeu a mão e aguardou o mesmo ato.

—Thor me trouxe, Thor me leva - ela andou até o Deus do trovão - Para minha casa por gentileza - não foi educado verdadeiramente, ele rangia os dentes. 

—Thor… - Loki inclinou a cabeça indicando algo ao irmão.

 

Thor pegou no braço de Muriel e por mais que parecesse de forma bruta, foi gentil.  

Ele então indicou a segunda saída do bifröst com a cabeça.

 

—Não tenha medo - sussurrou. 

 

Adentraram a luz brilhante e logo pousaram no chão dessa vez pesadamente. Muriel sentiu o ar gelado em seu rosto, fazia frio naquela noite, mas chuva cessara.

 

—Que horas são? - Thor perguntou incomumente.

—Onde estamos? - Muriel ignorou.

—Em cima do seu prédio - ele deu de ombros - Queria vir para casa.

—Claro, desço como? 

—Você mora aqui - Thor riu - Que frio. 

—Deuses sentem frio? - que pergunta maluca era aquela?

—Acostumamos sentir quando estamos entre humanos - ele sorriu simpático. Ela não sabia metade da história daquele Deus e a Terra- Escute Muriel - ele cruzou os braços ou tentou, os músculos deixavam esse ato desajeitado. 

—Não quero ouvir - ela riu - Thor, ou seja lá como for seu nome e o que você seja - Não sou quem procura tenho certeza disso, cresci num orfanato e moro nesse prédio que nem tem saída de emergência, não tem possibilidade de isto estar certo. Afinal, acho que isso nem é real.

 

Thor olhou Muriel com ternura. Se sentia responsável em cuidar dela por mais que dissessem o contrário. Não era fácil ser o Deus do Trovão quando se estava entre humanos. No momento sentia um misto de emoções, empatia pela garota por mais que fosse a primeira vez que a via naquela vida, sentia falta daquele sentimento depois de há muito perder a garota que amava.

 

O silêncio e o olhar fixo um no outro acabaram assim que um telefone começou a tocar. Um toque habitual e incessante.

 

—É seu telefone? - Muriel perguntou.

—Ah é isso - Thor passou a mão pelo corpo procurando o telefone em sua armadura - onde está? - se perguntou.

—Não sabe onde guardou o celular? - perguntou de braços cruzados.

—Não tem bolsos na minha armadura - o Deus foi irônico.

—Isso é loucura demais, preciso ir pra casa - ela deu as costas quando finalmente o toque cessou - Tem que sair de cima do prédio ou vai ser preso - ela olhou pelas bordas procurando algum tipo de escada para descer, não havia nenhuma. 

 

O telefone de Thor continuava a tocar e parecia difícil de ser localizado.

 

—Pode me ajudar, por gentileza? - seu tom era um misto de ironia e ódio, detestava tecnologia humana.

—Claro - ela não hesitou, teria que pedir ajuda para descer de lá - Essa capa é ridícula - reclamou.

—Você é rude  - ele gemeu baixo.

—Não pode dizer isso agora - ela questionou rodeando Thor enquanto ele segurava a capa acima dos ombros - Acabamos de nos conhecer, aqui - Muriel tirou de um encaixe localizado na perna esquerda de Thor e não pode deixar de rir, a situação era constrangedora. 

—O que foi? - ele perguntou. Ela negou com a cabeça.

 

O identificador mostrava que Tony Stark era quem ligava para Thor.

 

—Tony - Thor atendeu de forma mecânica.

—Não, Banner - Banner se identificou - Onde vocês estão?

—Hm - Thor engoliu algo parado em sua garganta - A deixei em casa.

 

Muriel o fitava curiosa.

 

—Droga - Banner resmungou - Algo sobre Heimdall? 

—Não - desanimou. 

—Estou tentando fazer um radar funcionar, mas é quase impossível.

—Não diga isso - Thor desanimou, o que faria sem Heimdall? 

 

Muriel o olhava curiosa, mas Thor não era suficientemente bom em ler expressões. Terminou de falar com Banner depois de pedir para que ele não desistisse da procura. 

 

 -Não posso deixá-la aqui - ele tentou se acalmar - Se me acompanhar prometo que conto tudo.

—Não vou com você - ela riu mais uma vez - Esqueça.

—Você vai! - Thor agarrou o braço da garota a puxando mais uma vez para seu peito, dessa vez Muriel bateu o rosto no peito do Deus e sua dura armadura fez com que imediatamente a fizesse desmaiar.

 

Thor não percebera, mas acabara de gerar um ferimento na testa da garota qual agora o sangue escorria. Rodou Mjölnir com força e voltou para o Bifröst antes mesmo de Loki deixá-lo.

 

—E nada? - Loki perguntou mordendo os lábios.

 

Thor abriu a capa e se assustou quando viu Muriel desacordada com o rosto tomado de vermelho.

 

—O que você fez? - Loki pareceu preocupado.

—Não tinha a intenção de fazer nada - Thor segurava a garota que pendia em seu braço.

—Vamos levá-la para Asgard - Loki sugeriu - Para cuidar do ferimento - completou sem precisar. 

 

Os dois Deuses cruzaram a passarela de arco-íris que ligava o Bifröst a Asgard. Thor carregava Muriel no colo com facilidade, o porte magricelo da garota não a fazia pesar tanto quanto deveria. 

 

Uma pena ela não poder ver, mas dali do meio da passagem o céu era muito mais bonito e o que parecia um lago gelado com rochas pontudas era impressionante.

 

Thor deixou Muriel em uma cama aos  cuidados de uma senhora que tratou de seu ferimento com ervas de cura e cantos nórdicos.

 

O Deus do trovão acompanhou o procedimento ao lado da garota com pesar. A senhora limpou o ferimento devagar e com muita paciência, seu canto era em uma língua nórdica dos tempos primordiais qual nem Thor poderia compreender, mas sabia que seu pai provavelmente entenderia, será que Loki já teria contado a ele?

 

O ferimento não era profundo, mas formava uma grande forma ovalada onde a carne por baixo da fina pele branca aparecia em vermelho pulsante. Sentia-se mal em tê-la levado sem seu consentimento, mas sentia que era o necessário. Faria qualquer coisa para salvar seu reino.

 

Muriel gemeu algumas vezes ainda inconsciente. Apertava a mão de Thor, pois a segurava sem saber. Dentro de sua mente, um grande e escuro vazio pairava com a mesma música de sempre, aquela da noite chuvosa que antecedera a chegada de Nick Fury.

 

‘’Quando o céu escurecer e surgir o primeiro clarão, 

Logo então poderemos ver, o martelo em sua mão…’’


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Bifröst" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.