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JEONGGUK

Acordei e a primeira coisa que notei foi o quanto suave sua cama era. Corri minha mão sobre os lençóis de cetim azuis e as memórias inundaram minha mente. Ainda podia sentir sua pele sob meus dedos. Sentando e tomando o lençol comigo, eu ouvi o chuveiro ligado. O relógio ao meu lado disse que era apenas 01:00 da manhã. Agora posso fazer minha fuga... ou posso só me juntar a ele. Meu ritmo cardíaco acelerou. Eu sabia qual era a minha resposta ao largar o lençol.

Não tinha certeza por que eu era assim. Se ficasse um tempo sem sexo, era como se eu esquecesse como era bom, e então quando tinha-o outra vez, era tudo que eu queria... Como uma criança que tinha doces pela primeira vez. Estranho era o fato de que apenas nunca tive sexo com outro homem além de Yugyeom. Ele tinha sido meu primeiro, pensava que ele era bom. Eu não tinha nada para compara-lo, mas Park Jimin... Agora entendi porque a parede do meu quarto sacudia quando ele transava.

Tudo no banheiro de mármore foi revestido com vapor, e eu ainda podia ver a forma como água escorria por cada músculo tonificado, direto de seus abdominais até as pernas, e como ele tinha covinhas bonitas na sua bunda branca.

—Jimin — sussurrei, apenas suficientemente alto para ele ouvir-me.

O loiro se virou, limpando a água dos olhos castanhos e escovando seu cabelo para trás. Seus olhos vagavam pelo meu corpo nu, capturando tudo e, abrindo a porta do chuveiro, ele estendeu uma mão para mim, usando seu corpo para me proteger da água quente, até que me acostumasse. Ele me segurou, as mãos repousando sobre a minha bunda.

—Você acabou de se levantar? — Perguntou.

Concordei, descendo minhas mãos até seu abdome. — Pensei em fugir antes de você sair do banho.

— Você fez uma escolha muito melhor — respondeu, uma de suas mãos chegando à minha bochecha. Apoiei-me nele. — Nós cruzamos uma ponte, e não há volta. Não quero. Quero que o que aconteceu ontem à noite volte a acontecer repetidamente.

—Qual parte? — Beijei seu peitoral. —A parte onde você me fez gozar com os dedos e a língua? Ou a parte onde você andava... não, tem que ser quando você me jogou de costas e me fodeu como um vadio no seu sofá. — Eu beijei o queixo dele.

— Qualquer parte, estou mais que feliz em fazê-lo novamente. — Me empurrou contra a parede, as mãos em ambos os lados do meu rosto. —Continue falando assim, Jeon, e você não será capaz de sair deste chuveiro, ou do meu apartamento, por causa desse assunto.

Eu sorri. — Promete?

Seus lábios caíram sobre os meus, suas mãos descendo em meu pau, e enquanto eu gemia, ele massageou lentamente, sem parar... não que eu iria deixá-lo. Me agarrei a ele, balançando para a direita na palma da sua mão, enquanto ele me observava.

— Você está pecaminosamente bonito, senhor Jeon Jeongguk —sussurrou. Com o braço livre, agarrei seu pau, desfrutando enquanto ele pulsava na minha mão.

Segurando na parede e em mim, Jimin sorriu quando fechou os olhos, os lábios separando quando acariciei seu pau. Ele soltou da parede, segurando minha mão, seus olhos afiados e focados quando olhou para mim: — Você tem-me na palma da sua mão, Jeon— Eu gemia, sentindo seu dedo acariciar minha entrada. — E eu não posso deixar isso.

— Faça o seu pior — eu disse a ele.

Jimin me soltou, levando a mão para os meus lábios e, como eu sabia o que ele queria, chupei devagar. Agarrando minha cintura, ele me virou. Empinei, apoiando contra os ladrilhos molhados, sentindo-o pressionar contra minha bunda. Ele beijou a água nas minhas costas até meu ombro, onde ele mordeu suavemente. Inclinando meu pescoço, congratulei-me com cada um de seus beijos e chupões, rebolando contra seu pau.

Ele mordeu a parte superior do meu ouvido. — Você tem um jeito com as palavras, Jeongguk, alguém já te disse isso?

—Não — Minhas pálpebras estavam pesadas e quando ele agarrou um dos meus mamilos, não pude deixar de fechar meus olhos e ceder a ele. — Jimin.

— Deus, eu quero te foder tão forte e te deixar de joelhos, bem aqui, agora — Sussurrou no meu ouvido, apertando meus mamilos.

—Jimin —

— Você pode sentir o quão duro eu estou para você? Uh? — Para provar seu ponto, ele pegou minha mão e me fez segurá-lo. — Isso é porque você tem que ser o homem mais sexy que já conheci.

Ele está me torturando com palavras. — Jimin, por favor... — disse quando ele soltou minha mão.

— Por favor, o quê? — Colocou uma mão no meu peito, a outra se movendo para baixo, em minha entrada. — Por favor, Me coma? Não, isso não é o que você disse ontem à noite. Me foda, certo? Me foda até eu gritar só seu nome.

— Você não está jogando limpo. — Mordi meu próprio dedo quando ele massageou meu pau lentamente.

— Por que iria jogar limpo quando eu posso sentir como você está molhado, o quanto você gosta desse jeito?— 

Ele tem razão. Droga. — Jimin preciso —

— Você precisa de quê? Minha boca no seu pau? Você pareceu tão gostoso na minha língua. — Jimin mordeu minha orelha novamente, a mão trabalhando mais rápido. Entre isso e as palavras dele, eu tinha que apertar minhas pernas e fecha-las. — Isso não vai ajudar você, bebê. Eu sinto você. Me pede, eu quero ouvir você implorar para eu te foder do jeito que você precisa... do jeito que você merece.

— Jimin, por favor. Eu vou fazer qualquer coisa, por favor, Me fode — Implorei a ele, quase gritando. — Me fode com força

— Como quiser — disse, agarrando minha bunda, quando ele, em um impulso poderoso, entrou em mim.

Minha boca caiu aberta de puro prazer e descansei na parede na minha frente. — Oh Deus! — Minha voz tremeu com cada impulso, mais profundo e mais forte em mim.

— Eu gosto do jeito que você geme quando te fodo assim, Jeongguk. Ouviu? — Ele beijou meu ombro. Mal podia ouvir nada, porque meus ouvidos estavam zunindo. — Deus e eu pensei que você estava apertado ontem à noite, — Gemeu atrás de mim e bateu na minha bunda, beliscando meu mamilo.

— Sim!Jimin! M-Mais, por favor — Eu implorei.

— Como quiser. — Ele bateu em minha bunda uma e outra vez quando ele enterrou-se profundamente dentro de mim acertando minha próstata algumas vezes.

— Jimin — Gritei quando gozei. Não consegui segurar mais.

Segurando meus quadris, seu ritmo acelerado. — Gguk... Jeongguk!— ele gritou quando gozou, segurando-me ainda na frente dele, a água do chuveiro correndo agora fria contra a pele quente.

— Você quase me chamou de Gguk, — Eu consegui dizer.

O mais velho beijou minhas costas. — Você é meu Jeon Jeongguk; Gguk é para todo mundo.

Poderia viver com isso.

Passou por trás de mim, e eu percebi que ele estava me segurando. Minhas pernas fraquejaram.

— Jeon! — ele chamou, desligando o chuveiro.

Eu ri, tentando cobrir minha boca. — Você realmente transou comigo até meus joelhos ficarem fracos. Você é incrível.

Ele riu, indo para fora da ducha para pegar duas toalhas, um para o meu cabelo e outra para enxugar meu corpo. Somente quando fui cuidado por ele, agarrou uma para si mesmo, amarrando na cintura.

— Estava vendo — disse. Ele riu. — Cuidado, Senhor Jeon, ou nós nunca deixaremos este banheiro. — Me deu a mão, ajudando a sair do banho e voltando para seu quarto.

— Minhas roupas ainda estão na sala de estar?

— Ali — Ele apontou para o seu armário. Ele tinha dobrado tudo muito bem. — Mas a camisa está danificada além do reparo. Use isto.

— Obrigado — Peguei a camisa dele. — Eu vou voltar e trazê-la com —

— Não vá ainda —  disse.

— O quê?

— São apenas 02:00 da manhã. Fique, durma aqui essa noite. Eu posso fazer café da manhã, quando acordarmos.

Por alguma razão, não tinha certeza. — Não quero ser o garoto que nunca sai Jimin —

— Eu que pedi pra ficar. Acredite, se eu precisar de espaço, vou deixar você saber. Mas nosso relacionamento é mais do que sexo. Ou pelo menos, era o meu plano antes de ontem à noite, — confessou, esfregando a parte de trás do pescoço. — Lembre-se que eu disse a você sobre Jieun e Yugyeom?

— Dissemos muito sobre eles. Você vai ter que refrescar minha memória. Tirei a toalha e coloquei sua camisa.

Vindo até mim, ele ajudou a escovar alguns fios de cabelo, que estavam bagunçados. — Eu disse que quaisquer duas pessoas com órgãos sexuais podem se relacionar, mas que um relacionamento baseado apenas em sexo não vai durar. Eu estava certo. Eles não. Não quero ser como eles.

— Ia te dizer isto durante o jantar, antes de tudo acontecer ontem à noite. — Olhei para ele. — Você não deve ter notado, mas eu sou um pouco estranho. Tenho conversas completas com meu cachorro, e sinceramente às vezes eu acho que ele é um gênio do segredo. Faço caretas, porque estou tendo uma conversa na minha cabeça. Visto uma mascara de super educado quando estou perto de adultos, mesmo que eu seja um. Ainda estou um pouco aborrecido com meu ex e me preocupo se vou estragar isto porque sou péssimo em namoro. Como você disse, eu ronco... Ainda não vou admitir que eu babo, embora. Há momentos onde eu odeio estar arrumado e só quero comer sorvete e assistir doramas até o sol raiar. Por gostar de você, eu minto e digo loucuras como a que eu corro 15 quilômetros todas as manhãs, quando na realidade eu acho que o fato de que você faça isso todo dia é uma loucura. Ah sim, e eu divago... aparentemente. 

— Então o que você está dizendo é que você não é perfeito e você é atrapalhado? — disse lentamente.

Balancei a cabeça. — Vou deixá-lo louco, é por isso que queria avisá-lo ontem à noite, antes de irmos mais longe.

Ele riu e beijou minha testa. — Talvez você tenha esquecido, mas eu sabia disso desde o início. Ainda não me impediu de gostar de você. Quais outros avisos você tem para mim?

— De manhã, meu cabelo vai parecer um poodle francês. Não se preocupe, vou consertar isso. É o preço que pago por sexo no banho

Ele apenas balançou a cabeça. — Você quer alguma coisa para comer antes de irmos para a cama? Eu faço.

— Está tudo bem", disse a ele, caindo em sua cama... Estava com tanto sono.

JIMIN

Posso dizer que ele foi, de longe, a pessoa mais original que tinha estado em toda a minha vida. A lista de falhas... Acreditei em cada uma delas e ainda não pareciam importar. Ele me fez feliz. Ao seu lado, por sua causa, sorri e ri mais do que em qualquer outro período da minha vida. Mesmo no início, comecei com um pontapé seu, só de se chatear com minhas palavras.

Agora o divagar e percalços pareciam ser parte de seu charme. Levando a bandeja, rumei para encontrá-lo enterrado debaixo dos lençóis, feliz, seus olhos fechados.

— Cheira bem — ele sussurrou, sentando no meio da cama.

— Aqui — Entreguei-lhe o copo de suco de laranja, que felizmente tinha, antes de definir a bandeja de sanduíches entre nós. — Peru ou presunto?

— Devo realmente escolher? — falou arrogante.

— Ambos também funcionam. — Eu tinha feito mais do que suficiente.

Sorrindo, Jeongguk levou o de peru primeiro. — Obrigado.

— Você sabe — eu agarrei um sanduíche para mim — Eu não sou perfeito, certo? Eu sou um controlador maluco que mantém seus jovens estagiários torturados a chutes, e eu só tenho um amigo com quem eu sou idiota, na maior parte do tempo.

— Se eu descobrisse que você era perfeito, eu me sentiria desconfortável — respondeu, lambendo a maionese fora de seu lábio.

Tentei não focar nisso.

— Além disso, depois da noite passada, eu tenho um melhor entendimento de que tipo de pessoa você é.

— E que tipo de pessoa eu sou?

— Uma rocha — disse. O olhei completamente confuso.

— Meu pai sempre classifica as pessoas em termos de natureza. Pessoas que são rochas, como você, são sempre a base das pessoas. Ajudando as pessoas, cuidando das pessoas, não importa o custo. Você não percebe, mas quando Taehyung estava dizendo o quanto ele desejava que ele pagasse você de volta por estar sempre lá para ele, eu vi. Você está disposto a sacrificar tudo para as pessoas que você se importa.

 — Todos não são assim? — Dei outra mordida.

— Sim, mas nem todos planos de sua vida estão em torno de seu pequeno irmão e mãe, onde eles vão à escola, onde eles começam suas carreiras. Nem todo mundo chama o professor do seu irmão, só para ver como ele está. Você faz porque você os ama o suficiente, se preocupar com você faz sentir-se egoísta. Mesmo quando nos encontramos pela primeira vez no hospital, eu estava errado; você não estava me mandando sair porque minha presença incomodou você, você realmente estava preocupado que o Tae ia continuar se culpando. Você é a rocha da sua família. Não é uma coisa ruim, é incrível — disse ele, comendo enquanto seus olhos negros me observavam cuidadosamente.

Não sabia o que eu sentia por ele me lendo tão facilmente. —Como seu pai o chama?

O moreno riu. — Eu sou a chuva, porque, como ele dizia, eu sou vital para sua vida. O mundo seria um lugar horrível, se nunca chovesse. Minha mãe diz que é porque eu posso ser um banho de verão ou um furacão. E meu irmão... meu irmão dizia que era porque eu era uma maravilha. Não importa quantas vezes você vê a chuva, se você apenas sentar e assistir, é maravilhoso. Como você pode dizer, eles eram todos tendenciosos.

Achava que não, mas mesmo assim não disse nada.

— E o que te falei sobre meu irmão. — Ele mordeu o lábio, olhando para cima de mim. — Importa-se de nunca falar sobre isso com alguém? Além de você, Bo Young é a única pessoa fora da minha família que sabe.

— Nunca contou a mais alguém? — Queria que dissesse que nunca contou a ele.

Ele assentiu. — Não é uma coisa que você pode abrir em uma conversa casual.

— Não direi uma palavra. Obrigado por me contar. Ainda não estou cem por cento ok, mas vou tentar o meu melhor para apoiar Taehyung. Acho que parte de mim está chateada porque eu não posso ajudá-lo de alguma maneira. Ele tem que fazê-lo por conta própria, e eu tenho que deixá-lo. É a primeira vez para mim.

— Ele está bem, já — disse, tirando seu telefone da mesa de cabeceira. —Ele já tem muitos seguidores em mídias sociais, e sua canção está no Top 100 do iTunes.

— O quê? — Peguei seu telefone, e com certeza, havia Tae no palco em um show. — Quando ele fez tudo isso?

— Eu não sei. Me lembro de Yugyeom falando sobre sua carreira musical, uma vez, mas nunca segui de perto. Eu o pesquisei depois que ele saiu; como você pode ver, sou um pouco curioso.

— Não tinha ideia que ele já estava fazendo isso— disse, mais para mim, a rolagem para cima e para baixo de todas as mensagens que ele tinha de fãs, pessoas que nem o conheciam que o apoiaram mais do que eu. Suspirando, dei seu telefone de volta, descansando contra minhas almofadas.

O mais novo pegou a bandeja da cama e colocou-a no chão ao seu lado. Colocando o braço em volta de mim, Jeon apoiou a cabeça no meu peito.

— Eu só queria certificar-me de que ele estava ok. Quando nosso pai morreu, Taehyung teve tão pouco. Me senti mal, porque eu tinha todas estas recordações, e ele não, então eu sempre tentei fazer o que meu pai fez por mim: um bom exemplo, certificar-me que ele estava fazendo tudo o que era suposto, ir para todos os jogos dele. Não sabia que eu estava sufocando-o. —Doía-me pensar.

— Você não estava — disse suavemente enquanto minhas mãos esfregavam e desciam em sua lateral. —Tenho certeza de que ele está feliz, ele tem todas as memórias, e além de você querendo que ele fosse um médico, ele não mudaria nada.

—Eu sabia que ele gostava de música, mas nunca pensei que poderia ser sua carreira. É só — 

—Sua vida agora depende ou não de outras pessoas com o que ele faz." — me encarou  — Que é a diferença entre sua carreira e a nossa. A sua é por educação e treinamento. Em muitos aspectos, depende das suas próprias mãos. Mas, como você disse, para nós, tudo depende de sermos ou não populares. Podemos ir para a escola e treinarmos muito, mas se, no final do dia, ninguém comprar nada... Foi assustador no começo para mim, mas quando você faz isso e você dá a alguém uma pintura, e ele olha para você como se você tivesse criado um milagre... vale a pena o risco.

Houve um silêncio entre nós por um tempo e eu me lembrei de sua pintura. Como isso foi um milagre. Não havia nenhuma foto de família de nós todos juntos, e com as mãos, tinha criado uma por conta própria. Um sorriso espalhou em meu rosto quando ouvi seu suave ronco.

Abraçando-o, ele então deslocou para o lado, de frente para mim. Atrás dele, eu vi o horário e percebi que tínhamos falado por mais uma hora.

Jeon era tão fácil de ouvir e falar.

— O que fez para mim, Jeongguk? — Eu beijei sua cabeça, sentindo-me à deriva. Tinha certeza que eu ia sonhar com ele;

Jeon foi lentamente ocupando a maior parte de minha vida.