The Tales of Destiny escrita por thecirendella


Capítulo 2
2. Videocall


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, obrigada por me acompanhar!

Em segundo lugar, eu não sou expert na indústria musical e o pouco que é apresentado por aqui não é exatamente importante para o entendimento desta breve história, então apenas releve se discordar com a terminologia, ok? Ok.

Por fim, espero que goste! Boa leitura (:



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Quando o motorista de James parou o carro em frente ao suntuoso prédio onde ele era esperado para uma reunião com seu produtor musical, Horace Slughorn, CEO da principal produtora e gravadora musical do país, a Slugue Co. Music, James praticamente pulou para fora do carro, sem esperar que abrissem a porta pra ele ou por seu segurança. Ele dirigiu um aceno ao porteiro seguido de um apressado "bom dia". James odiava estar atrasado, e o pior de tudo era que a culpa era apenas sua.

Cumprimentou o atendente do hall principal com outro aceno e outro "bom dia" quase inaudível, apressando-se na direção dos elevadores. Uma vez lá dentro, pressionou o botão do sétimo andar e verificou seu relógio pelo que devia ser a milésima vez nos últimos dez minutos. Estava quinze minutos atrasado. Sirius havia resmungado alguma coisa sobre Slughorn ser capaz de esperar por alguns minutos considerando o tanto de dinheiro que James gerava pra gravadora a cada cd ou turnê quando James passara correndo por ele para sair da casa que eles dividiam, mas James se orgulhava de ser pontual, muito obrigado.

Assim que as portas do elevador se abriram, ele apressou-se para fora em direção à recepção do andar, e qual foi sua surpresa ao perceber que a mesma estava vazia. Franzindo a testa, olhou em volta apenas para confirmar que a secretária de Slughorn, Maggie, não estava em nenhum lugar à vista, sua mesa abandonada. Passando a mão pelos cabelos, resolveu que podia esperar alguns minutos até que ela aparecesse, e sentou-se no confortável sofá de couro branco. Cinco minutos depois, ela ainda não aparecera, fazendo com que James agora estivesse atrasado vinte minutos. Suspirando audivelmente, ele considerou suas opções. Onde Maggie estaria? Ele devia procurá-la ou ir direto até a sala do produtor?

Ele levantou-se e andou até a mesa de Maggie procurando por alguma pista que indicasse a localização dela, mas não encontrando nada expressivo num primeiro olhar, resolveu que podia bater ele mesmo na porta de Slughorn. Talvez fosse lá que a própria secretária estivesse, afinal.

Aproximou-se da porta do escritório, e podia jurar que ouvira Slughorn falar alguma coisa pela fresta da porta que jazia levemente entreaberta. Esperou um momento, e não ouvindo mais nada, bateu levemente na porta com uma mão, empurrando-a até cerca de um palmo aberta com a outra. Ainda não podia ver a mesa de Slughorn de lá, mas uma vez que já começara a abri-la, por que não indicar sua presença logo de uma vez?

— Hey, Slugue – James chamou, abrindo a porta até a metade e colocando a cabeça para dentro. – Maggie não estava na mesa dela e eu pensei que talvez estivesse tudo bem se eu...

Sentado em sua confortável cadeira atrás da grande mesa estava Horace Slughorn, que apenas levantou um dedo gordinho para James, indicando que esperasse um momento e fazendo com que o moreno parasse de falar. Quando estava prestes a puxar o tronco de volta para o lado de fora e fechar a porta atrás de si, James pode ver Slughorn fazendo outro gesto para ele, como se o chamasse, e então terminou de entrar no escritório e fechou a porta ao finalmente escolher de que lado ficar: dentro.

Slughorn olhava para a tela do notebook à sua frente, e conforme se aproximava, James pode ouvir uma música não identificada vinda do aparelho, mas apenas quando se sentou em uma das cadeiras à frente de Slughorn foi que conseguiu discernir as palavras cantadas.

Every now and then I think you (De vez em quando eu penso que você)
Might want me to come show up at your door (Pode querer que eu apareça na sua porta)
But I'm just too afraid that I'll be wrong (Mas eu tenho muito medo de que eu esteja errado)

James remexeu-se inquieto, prendendo a respiração sem nem perceber enquanto ouvia atentamente a música sendo tocada.

A voz que vinha do computador era feminina e embora um pouco insegura, muito bonita. Parecia acompanhada apenas por um violão, e ele tinha certeza de que realmente nunca a havia escutado. James apurou os ouvidos e prestou mais atenção às palavras cantadas.

Don't wanna know (Não quero saber)
If you're looking into her eyes (Se você está olhando nos olhos dela)
If she's holding onto you so tight the way I did before (Se ela está agarrada a você como eu fazia)
I overdosed (Eu exagerei)

Ele podia sentir os pelos de seus braços começando a se arrepiar conforme a música se dirigia ao refrão e ele simplesmente não podia não prestar atenção. Era como se a voz o atingisse e por mágica se espalhasse por cada célula de seu corpo.

Should've known your love was a game (Devia saber que seu amor era um jogo)
Now I can't get you out of my brain (Agora não posso tirar você da cabeça)
Oh, it's such a shame (Oh, é uma vergonha)

Soltando a respiração que não percebera prender, ele apoiou os cotovelos na mesa a sua frente, a cabeça nas mãos. Alguma coisa o puxava na direção daquela voz, daquela música. Um formigamento começara na base de sua espinha e se espalhava pelo resto de si. Céus, era como se a música estivesse esperando por ele, como se fosse feita para ele.

That we don't talk anymore (Que nós não nos falamos mais)
We don't talk anymore (Nós não nos falamos mais)
We don't talk anymore (Nós não nos falamos mais)
Like we used to do (Como costumávamos fazer)
We don't love anymore (Nós não amamos mais)
What was all of it for? (Para que foi tudo isso?)
Oh, we don't talk anymore (Oh, nós não nos falamos mais)
Like we used to do (Como nós costumávamos)

A música parou de tocar, e um estranho sentimento de perda tomou conta de James. Ele precisava daquela música tanto quanto precisava de ar para respirar. Ele podia sentir a eletricidade correndo por seu corpo e os pelos de seu braço arrepiados.

— Eu quero essa música. – Ele se pegou falando antes que pudesse realmente parar e pensar sobre isso, surpreendendo a si mesmo. Ele podia sentir perfeitamente cada célula de sua pele, o arrepio correndo por todo seu corpo. – Por favor, Horace. – Pediu, levantando a cabeça e olhando o homem mais velho diretamente nos olhos. – Consiga essa música pra mim, eu farei tudo o que precisar e talvez mais.

Horace Slughorn o olhou fixamente por alguns minutos, e então voltou seu olhar para a tela do computador. Se James não estivesse eletrizado pelo que acabara de lhe acontecer, teria percebido o sorrisinho satisfeito que o homem mais velho sustentava. Suas próximas palavras atingiram James em cheio, embora não fossem em nenhum aspecto parecidas com nada do que ele pudesse imaginar.

— Lily, meu bem – ele falou, olhando para o computador, e não para James. – Me parece que alguém tem interesse na sua música. – Slughorn então virou a tela do computador de tal forma que os dois pudessem olhar para a tela, e apenas então James percebeu que Slughorn estava em uma chamada de vídeo. Na tela, uma garota ruiva, com enormes olhos verdes que brilhavam mesmo através do monitor estava sentada na ponta de uma cama com um violão no colo. James simplesmente não conseguia desviar o olhar. Ela que estivera cantando? A garota parecia congelada no lugar, e por um momento James se perguntou se a conexão havia travado. – James, essa é Lily. Ela é um dos nossos recentes talentos adquiridos e a música que você acabou de ouvir é uma composição dela. Lily, querida, esse é James Potter, meu menino de ouro.


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Notas finais do capítulo

Pra que não (re)conheceu a música que a Lily tá cantando, é We Don't Talk Anymore - Charlie Puth (feat Selena Gomez).

Quaisquer dúvidas, sugestões ou se apenas quiser conversar: me ache no tt! @thecirendella ;)

Até a próxima!



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