—- Nunca é uma boa hora para ter esse tipo de noticia – disse Caleb ajeitando as roupas de cama nos braços

Assim que eles estão saindo da lavanderia notam Stella passando pelos corredores e Caleb suspira triste.

—- Creio que ela precisa do seu apoio sobre tudo o que está acontecendo – disse Inácia e Caleb assentiu.

Caleb bateu na porta do quarto de Stella e olhou para Inácia que sorriu indo para seu próprio quarto.

—- Stella? Trouxe as roupas de cama – disse ele entregando as azuis para a princesa e ficando com as verdes e após alguns minutos em silencio de ambos arrumando suas respectivas camas, Caleb pigarreou baixinho.

—- Podemos conversar? – disse ele e Stella assentiu se sentando em sua cama e Caleb na dele, mas frente a frente para a princesa que penteava os cabelos loiros quase secos com os dedos e ele respirou fundo.

—- Como você está? – perguntou Caleb apoiando os cotovelos sob os joelhos e encarou seriamente a garota

—- Não sabe como iniciar essa conversa certo Rodrigues? – disse Stella notando o nervosismo do garoto.

—- Tá, vou direto ao ponto, procuramos sua mãe em todos os lugares possíveis de toda Story Mode e com o passar do tempo as chances e as pistas de encontrar a antiga rainha foram ficando escassas e com isso não passou pela sua cabeça de que a antiga rainha Valerie, vulgo sua mãe, não estava mais entre nós? – disse.

—- A gente vai encontrar a minha mãe, eu sinto isso – disse Stella tocando o peito, indicando seu o coração.

—- Não sou muito bom com as histórias de paradoxos temporais, mas você disse isso com tanta convicção que vou acreditar que existe a chance de encontrarmos Valerie viva, mesmo parte de mim dizendo não.

—- Vamos dormir – disse Stella puxando os cobertores de sua cama – Quanto mais cedo descansarmos, mas cedo teremos energia para voltar a procurar a minha mãe, seja lá em que lugar no universo ela esteja.

Algumas horas mais tarde, Stella acordou havia tido um pensamento estranho durante um sonho e jogou um dos travesseiros sob Caleb que dormia tão quieto e parado que parecia mais morto do que dormindo.

—- O que está acontecendo? – perguntou Caleb abrindo o olho lentamente e encarou Stella zonzo de sono.

—- A minha mãe dizia que sempre fazia esses tipos de desenhos quando era criança na cidade natal dela.

—- Quer dizer que a gráfica então comprou os trabalhos de sua mãe que foram feitos em outra cidade?

Stella assentiu e os dois saíram correndo do quarto onde estavam a procura de Inácia e Steve Ryan.

—-

—- Certo, onde era mesmo o local das histórias que a minha mãe me contava sobre a sua infância? – disse Stella para si mesma assim que desceu do barco na cidade natal de sua mãe e olhou para todos os lados.

—- Stella, meu bem, espere por seu pai – disse Steve descendo rapidamente da embarcação e parou ao lado da filha – Quero encontrar a sua mãe tanto quanto você, mas não confie nas pessoas dessa cidade, lembra o que passamos em Robersville, aqui pode ser a mesma coisa ou pior que lá – murmurou Steve Ryan a ela.

Stella saiu do píer e foi caminhando pelas bancas na beira do mesmo, notando a mudança brusca que a cidade natal de Valerie teve depois que a rainha se mudou para Story Mode quando foi convocada pela tia avó, mas alguém segurou seu braço e ela não teve tempo de pegar a varinha e nem de gritar por Caleb e seu pai que ela notou que estava sendo segurados por três homens enormes e se desesperou com isso.

Depois de amordaçados e amarrados foram jogados dentro de uma espécie de armazém onde guardavam um monte de sacos de batata, trigo e alguns outros mantimentos em toneis e barris e Stella conseguiu se voltar usando sua antiga varinha mágica e ajudou o pai e Caleb a se soltarem, mas havia alguém de vigia.

—- Espero que tenham esse tipo de energia para o que estamos prestes a enfrentar – disse alguém abrindo a porta do armazém, Caleb pegou uma foice que encontrou ali mesmo e Steve o saco de batatas e Stella encarou a porta que começava a se abrir e todos se entreolharam enfrentariam o que quer que fosse juntos sem dar uma chance de defesa a seja lá quem estava abrindo a porta do armazém atrás deles.

—- Stella? Sou eu, Karina, esposa do Adam Belchior – disse a mulher encapuzada a eles que suspiraram.