happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 28
Mas ali haviam tantas bandeiras vermelhas


Notas iniciais do capítulo

Oi amiges, como vocês estão?

Capítulo de hoje é aniversário de uma fadinha especial por aí... Espero que gostem!

(((o título do capítulo...)))



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Capítulo 28 – Mas ali haviam tantas bandeiras vermelhas

|EMMETT|

Ajeitei os livros em uma pilha mais simples para carregar e me apressei para o metrô, rezando para chegar em casa em um tempo bom o bastante.

O início do ano não estava sendo simples para mim, entre o trabalho, Henri e a faculdade, eu quase não tinha tempo para dormir e, ter que dividir Rosalie com as coisas dela era o que piorava tudo já que, comigo sozinho, já não me sobrava tempo, com ela sem tempo parecia que eu vivia um relacionamento à distância.

Todo o santo dia eu corria para casa, esperançoso em encontra-la acordada e, algumas vezes eu conseguia, mas muitas noites eram exatamente como essa que estávamos vivendo naquele momento: eu entrando na ponta dos pés na casa das meninas, no quarto de Henri eu o olhava checando que tudo estava bem e então procurava ela pela casa e acabava na porta do quarto dela, reparando nela dormindo tranquilamente enquanto eu queria poder acordá-la para contar sobre o meu dia e escutar sobre o dela, mas eu não conseguiria forçar aquilo nela, sabia que ela acordava cedo.

Com uma respiração pesada eu fui para a minha casa, esquentei o jantar que ela sempre deixava para mim na geladeira e, depois de tomar um banho e estar pronto para dormir, deitei na minha cama, cansado pelo dia cheio e pronto para o próximo que logo se iniciaria.

—Met, querido, preciso que acorde – escutei o sussurro perto do meu ouvido e abri os olhos sorrindo para a linda mulher em minha frente.

—Bom dia, ursinha – sorri e ela devolveu o sorriso, que nunca chegou nos seus olhos.

—Bom dia para você. Henri está dormindo, a babá eletrônica está aqui. Bella e Edward já estão terminando o café e vão sair logo então não enrole, sim? – pediu saindo de cima da cadeira que ela usou para me alcançar na cama.

Suspirei e assenti para ela. Um sorriso frio e ela saiu da minha casa. Levantei indo fazer minha higiene matinal e, com a babá eletrônica no bolso, segui para o apartamento que ficava em frente ao meu. Joguei-me na cadeira de qualquer jeito sem realmente me importar em ser educado e cumprimentar o casal vinte que tomava café juntos, gargalhando em um volume baixo, Bella no colo de Edward.

—Está tudo bem? – ela perguntou ao ver minha falta de humor.

—Só estou cansado – menti bem o bastante para acabar com todo e qualquer questionamento.

Bella e Edward saíram se despedindo e eu sorri forçado.

As manhãs eram para Henri, sempre. Ele estava muito esperto, já sentava sozinho e gargalhava todas as vezes que eu tentava fazê-lo rir. Eu o amava tanto, queria tanto ter ainda mais tempo para ele.

Amassei uma pera e uma maçã para dar para ele na metade da manhã enquanto cozinhava a papinha dele, eu gostava dos nossos momentos. Sentei ele no cadeirão ensinando ele dicas e truques para uma boa refeição e ele brincava com algumas coisas que deixei por perto.

Rosalie chegou pouco tempo depois de Henri almoçar.

Nós comemos juntos enquanto ela comentava algumas coisas e eu passava o início do dia de Henri para ela. Estávamos preocupados porque no final de semana ele tinha tido febre e mesmo com a pediatra reforçando que eram apenas os dentes que, novamente, começaram a nascer, ainda era preocupante vê-lo menos do que perfeito.

—E eu só tenho duas classes hoje, então acho que vou conseguir chegar para a janta – eu disse e ela assentiu ligeiramente distraída.

—Isso é ótimo, Emm, preciso enviar uma peça para Nathan corrigir, vou apresenta-la amanhã e eu queria um tempo a mais para trabalhar nela – Rosalie comentou tirando as louças sujas da mesa.

 Claro, era exatamente isso que eu tinha em mente.

—Amanhã é a minha folga, pensei que poderíamos ir ao parque – falei e ela parou, pensativa.

—Claro, você me encontra na Columbia no final do meu período? – sugeriu sorridente.

Aquele era o sorriso que eu estava desejando desde o início da manhã, por isso me animei, assentindo, ansioso para o nosso momento.

—Certo, agora desapareça porque não quero que você se atrase para chegar no trabalho.

Sorri para minha Rosalie, abraçando sua cintura e dando um beijo nela cheio de todos os significados que eu queria que tivesse. Desde o amor que eu sentia, até a admiração até a falta que eu sentia dela por mais tempo em minha rotina.

—Eu amo você – ela sussurrou assim que nos separamos e ganhei o resto da semana com aquela declaração.

—Eu te amo muito – prometi e ela sorriu, nosso momento sendo quebrado pelo chorão que, provavelmente, tinha preparado um presente para a mãe dele.

—Espero que seja cocô normal, nada de assaduras – ela murmurou e eu sorri.

—Vai ser, o remédio para os dentes parece estar funcionando – lembrei e ela assentiu, esperançosa.

—Estarei torcendo para nos vermos a noite – ela falou e eu suspirei.

—Eu torço para isso todos os dias – contei e ela me olhou, parecendo entender a minha frustração.

—Vamos fazer isso funcionar – ela falou já com Henri no colo.

—Eu estou mesmo atrasado – falei ao reparar no relógio.

Depois de beijos nos dois amores da minha vida eu corri para casa, arrumei tudo o que tinha para arrumar e, sem tempo para tomar um banho eu apenas troquei de roupa, voltando para o apartamento silencioso que contava que Henri estava em sua soneca. Corri para o quarto vendo Rosalie concentrada em algo na cama, tirei o notebook do colo dela e deitei por cima dela, beijando seu pescoço, maxilar e finalmente parando em sua boca com um beijo avassalador.

—Eu juro que queria chutar você todo por me animar quando sei que não tem tempo para nada.

Olhei para o relógio, sorrindo matreiramente.

—Uma rapidinha passa, se você aceitar – sugeri e ela riu, puxando minha camiseta para fora do meu corpo.

Não foi amoroso e muito menos calmo ou com cuidado. Era o desejo puro, simplesmente fome carnal em seu estaco cru, mas nós dois chegamos ao ápice e só aquilo já significava algo.

Abaixei para pegar minha calça e cueca e fiquei bem cara a cara com seu centro pulsante e sorri, depositando um beijo casto ali, ganhando um suspiro da minha mulher.

—Eu te amo – falei abotoando a calça e ela riu.

—Está falando comigo ou com a minha vagina? – ela questionou, ainda ofegante.

—Eu não tenho certeza – brinquei vestindo minha camiseta e voltando a me deitar no corpo desnudo da mãe do meu bebê – Nós vamos fazer funcionar, e prometo que tomarei meu tempo com você da próxima vez – falei beijando seu pescoço.

—Conto com isso, e também com seu salário no final do mês, então vai – ela riu me empurrando.

Beijei novamente seu lábio, pescoço, colo, seios, umbigo, novamente seu centro e sorri quando suas pernas começaram a se mover para me chutar.

—Você é muito nervosa.

—E você está muito atrasado – ela murmurou e eu corri para fora do apartamento, trancando a porta com minha cópia da chave.

.

|ALICE|

Os dezenove não soaram tão bons quanto eu pensei que um dia fariam.

Desde a animação sobre todo o processo do planejamento até a vida nova que nascia em mim durante qualquer comemoração, não achei animação para levar aquilo pelo mês inteiro, porque não tinha em presença física a única pessoa com quem eu gostaria de poder dividir tudo, ano passado tinha sido uma prévia, mas agora era ainda pior, nem mesmo a presença longe eu tinha.

O dia amanheceu ensolarado como todos os dias naquele lugar tão bonito começavam, levantei com calma e tomando meu tempo, fiz minha higiene matinal com uma desanimação descomunal e pensei que a ideia de desligar o meu celular na noite anterior tinha sido, verdadeiramente, genial.

Outra ideia genial? Ter vindo para Pizzighettone deixar que dona Claire me mimasse enquanto, sem realmente contar, eu me mantinha longe dos meus amigos e a falsa animação que eu teria que mostrar.

Eu não sei como faz isso— escutei dona Claire reclamar enquanto eu descia as escadas apressada.

—Vovó, a senhora precisa de ajuda p-

Fiquei parada no arco da cozinha, completamente surpresa com a mesa recheada de coisas e seu Lorenzo e dona Claire de pé encarando o celular dela em suas mãos.

—Ó, feliz aniversário, querida – ela sorriu se apressando para o meu lado, deixando o celular com seu Lorenzo – Que seja um ano de muitas conquistas e reencontros, minha doce menina – ela falou amorosamente e eu senti o bolo em minha garganta.

Eu só queria um reencontro.

—Obrigada – murmurei devolvendo o abraço dela com força, precisando sentir-me querida, acolhida, qualquer coisa que me lembrasse que, apesar de como eu me sentia, eu não estava sozinha.

Senhor Lorenzo veio animado para o meu lado também, com carinho me desejou lindas coisas e eu sorri, emocionada com a minha sorte ali. Eles assumiram que Bella queria que eles ligassem por vídeo chamada para ela me ver, mas eu prometi que falaria com ela mais tarde, eu apenas precisava de um tempo para mim e eles aceitaram, parecendo compreensivos.

Depois do café da manhã, fiquei sentada no jardim da parte de trás da casa deles, feliz com a paz e calmaria que estava ali.

—Bom dia – escutei atrás de mim e me virei encontrando Lucca que parecia sem graça.

Ele tinha sido o último dos amigos que eu tinha aceitado, ainda tinha uma mágoa estranha pelo fato dele ter feito meu irmão sofrer, como se a culpa da idiotice de Bella e a teimosia de Edward fosse de alguém que não dos dois cabeçudos.

Eventualmente eu fiz minha paz interna com Lucca e, hoje em dia, ele e Bobby eram os meus favoritos.

—Bom dia – respondi simplesmente, sorrindo.

Ele tirou um buquê de flores das costas e eu reparei que eram aquelas flores silvestres que algumas pessoas usam para fazer desejos, era extremamente delicado.

—O que é isso? – perguntei tolamente e ele sorriu, correndo para o meu lado.

Tomando minha mão na sua para me ajudar a levantar, ele abraçou-me assim que fiquei de pé. Foi bom a força que senti, o corpo dele se moldando ao meu e o carinho delicado que ele fez na minha cabeça depois de depositar um beijo no meu cabelo.

—Eu sei que o seu ano foi mais complexo do que qualquer pessoa pode entender ou pensar, sei que parece que perdeu mais do que ganhou, mas você é uma mulher incrível, Alice, alguém forte e tão determinada que tira minha mente do lugar sempre que vejo você fazendo o que ama. Eu vim até aqui porque estão todos preocupados, Bobby queria estar aqui, mas ficou preso resolvendo algumas coisas do apartamento, logo ele deve chegar, mas eu não quis esperar para te dizer – ele sorriu se afastando de mim – que todos temos muito orgulho da fortaleza que é.

Ele me entregou o buquê e eu sorri, mesmo que fosse pequeno e parecesse tão rústico, senti uma emoção em ver.

—É lindo.

—Sei que está mal feito, mas eu fiz sozinho e deu trabalho achar essas flores – ele falou parecendo sem graça me deixando surpresa.

—Como assim?

—Essas flores são dentes de leão, a simbologia delas é o que de fato importa para mim, por isso me esforcei para fazer a coisa certa – simbologia — Elas são flores livres, selvagens e você não pode compra-las... É como eu vejo você – ele sorriu docemente.

Abraçada ao buquê eu sentei no banco de madeira, respirando forte ao lembrar-me do ano passado quando ele me mandou uma pequena árvore, a árvore bem cuidada que estava na minha escrivaninha no dormitório da faculdade.

—Lili, desculpe, eu falei algo errado? – Lucca perguntou desesperado.

Encarei seu rosto preocupado e tratei de negar rapidamente, querendo deixa-lo mais tranquilo sobre o que quer que o tirava a paz.

—Você fez algo muito certo – falei baixinho, puxando-o para se sentar perto de mim – No ano passado, Jazz me mandou uma planta também, para eu cuidar como cuidaria do nosso amor.

—É aquele bonsai? – perguntou e eu assenti timidamente.

—Eu sinto tanto a falta dele – desabafei sentindo as lágrimas deixarem minha visão turva.

—Onde quer que ele esteja, eu tenho certeza que ele também sente a sua falta, Alice, apenas um maluco não sentiria, e pense que não vai ser assim para sempre. No seu próximo aniversário ele estará com você e tudo ficará muito melhor – falou docemente e eu deitei minha cabeça no ombro do meu amigo, deixando ele me abraçar – Nada de ruim vai te cercar por muito tempo, você é luz todos os dias, piccola fata— sussurrou no meu cabelo.

Sorri para o apelido que ele tinha me dado, pequena fada.

—O MELHOR AMIGO DE TODOS CHEGOU E NÃO VAI TER MAIS UMA SÓ LÁGRIMA NESSE DIA OU EU NÃO ME CHAMOU ROBERT – Bobby gritou da porta de vidro da cozinha de dona Claire.

Eu comecei a gargalhar, instantaneamente, levantando-me do abraço de Lucca.

—Alice que me perdoe, mas eu vou me esforçar para fazê-la chorar quando eu tiver um nome bom o bastante para te rebatizar – Lucca brincou.

Mas apesar daquela promessa, não foi o que aconteceu, muito pelo contrário.

Saímos da casa de dona Claire depois deles me darem tempo de me trocar e, com meu celular em mãos, Lucca me leu todas as mensagens que recebi, me ajudando a responder com vídeos e fotos minhas, deixando as pessoas verem que eu estava bem e feliz, apesar de tudo. Começamos a beber no almoço, no pub de Tom onde cantaram parabéns para mim em um shot de tequila e o primeiro e único gole foi meu.

De lá, saímos para o shopping e rodamos minhas lojas favoritas enquanto eles decidiram comprar uma coisa em cada uma delas e, mesmo que eu quisesse mentir para não os fazer gastar muito dinheiro, Camilla tinha mandado uma lista de possibilidades e eles quiseram escolher dezenove coisas por conta da minha idade. É claro que não foi muito caro, já que escolhi besteiras necessárias: uma caixa de lápis de desenho, canetas coloridas, meias, pijama, fones de ouvido, caderno sem linhas, batom, calça jeans, três blusinhas – contamos essas individualmente –, meu lanche, minha sobremesa, óculos de sol idênticos para nós três – também pedi para esses serem contados individualmente –, contei o buquê de Lucca como um presente e então o cartão recarregado para passarmos o fim do dia no parque de diversões do shopping foi um presente de Bobby.

Com canecas de cervejas que nos faziam parecer homens das cavernas, saímos pelo parque, tirando fotos e rindo alto, conversando sobre amenidades e eles me tratando como uma princesa, ainda mais depois de me comprarem o décimo nono presente do dia: uma coroa de plástico.

—ÓTIMO, ACHO QUE ESTAMOS PRONTOS PARA A TACADA FINAL – Bobby gritou já fora de si.

Entramos em um táxi indo para Milão, eu que paguei a corrida e então entramos em um pub qualquer, reparei que todos estavam ali esperando por mim, dos meus amigos até os primos de Bella e Emm que moravam por perto. Fui muito aclamada, fizemos competições de shots e eu já não me sentia triste, liguei para cada um dos meus irmãos agradecendo pela vida deles.

Está bêbada?— Rosalie perguntou gargalhando.

—É uma palavra forte.

Eu te amo, maluquinha, espero que esteja se divertindo— ela disse maternalmente e eu sorri ao perceber que sentia a falta dela todos os dias.

—Para estar melhor só se estivéssemos nós seis juntos – confessei soluçando, não de chorar, de soluço mesmo.

Não chore, está bem? Ano que vem estaremos com você— ela prometeu e eu sorri.

—Não posso chorar – eu gargalhei quando Bobby me olhou alarmado vindo para o meu lado.

—Rosalinda, nada de deixar a anã emotiva, meu nome está em jogo – ele falou alto perto do meu celular.

Gargalhei mais uma vez e então falei mais um pouco com Rosalie antes de tentar ligar para Edward e ser ignorada.

—VOCÊ É CHATO PARA CARALHO, DEVE ESTAR TRABALHANDO E NEM ASSIM DÁ IBOPE PARA A SUA IRMÃ, A ÚNICA QUE VOCÊ TEM NESSA VIDA – falei alto para que a música não atrapalhasse – MAS EU TE AMO TANTO QUE EU QUERIA TE DEIXAR SABER QUE MEU ANIVERSÁRIO NÃO É O MESMO SEM VOCÊ, MESMO COM TODO MUNDO AQUI COMIGO, EU SINTO FALTA DO MEU IRMÃO QUE EU AMO E É TANTO, MAS TANTO, QUE EU ACHO QUE EU DEVERIA TER ESCOLHIDO AMAR SÓ VOCÊ, PORQUE VOCÊ NUNCA VAI ME DEIXAR – falei sentindo as lágrimas queimarem.

—NÃO, NÃO, NÃO – Bobby me jogou em seu ombro, o celular caiu no chão e eu esperava que Edward recebesse meu áudio do amor, esqueci-me de tudo quando minha mente girou.

—ROBERT, VOCÊ VAI ME DERRUBAR – falei irritada e ele gargalhou, me colocando no chão.

—EU ESTOU COM SEU CELULAR – Tato gritou.

—EU TENHO QUE LIGAR PARA A BELLA – falei.

Mandei mensagem de voz para ela, porque ela também não me atendeu e então liguei para o meu amigãozão que atendeu no segundo toque.

—MEMETT – gritei assim que escutei a voz dele – EU ESTOU BÊBADA SENDO QUE SOU AMERICANA E SÓ PODERIA BEBER AOS VINTE E UM ANOS, VOCÊ PROMETE QUE NÃO CONTA PARA O SEU PAI PORQUE EU SEI QUE ELE É UM POLICIAL E ELE É ASSUSTADOR QUANDO NÃO É O TIO CHARLIE E SIM O SARGENTO DE CLALLAM, VOCÊ NÃO ACHA?

Eu amo uma Allie bêbada— ele anunciou e eu ri – Eu não deixo nada de ruim acontecer com você, fadinha, como está sendo o seu aniversário?

Eu contei e então cada um quis o seu momento para conversar com Emmett, mas não deixei Lisa chegar perto do telefone, porque eu ainda amava a Rosalie mais do que amava a Lisa e, sim ela era legal, entretanto precisava cuidar dos pais do meu maior amor da vida.

—AVISA AO HENRI QUE EU O AMO E QUE NINGUÉM É MAIS IMPORTANTE NO CORAÇÃO DA TITIA LILI DO QUE ELE – pedi antes de desligar.

Lucca apareceu com uma gin tônica e eu sorri, agradecida.

—Agora vamos conversar sobre os filmes mais tristes que você já viu – ele brincou e eu gargalhei porque a noite toda ele tentou me emocionar para eu derramar uma lágrima que fosse, ele tinha decidido que gostaria de chamar Robert de Valdevanio, o que eu tenho certeza que nem era um nome.

Olhei ao redor atrás de Bobby e o encontrei perto da ex-namorada insuportável dele que traía ele na época de namoro e agora que ele começou a crescer com a banda, tinha voltado tentando provar um amor eterno.

—BOBBY, LUCCA VAI ME FAZER CHORAR – eu falei apressada, me pendurando no pescoço dele quando perdi meu centro gravitacional e quase caí em cima da megera.

—Eu não vou deixar – ele riu, arrumando a coroa na minha cabeça.

É decadente ver que há pessoas que não sabem beber— ela falou em italiano, achando que eu não fosse entender, mas virei para ela me colocando de pé.

Decadente são pessoas interesseiras que não dão valor a uma pessoa maravilhosa que está ao seu lado e, depois, quer voltar atrás só porque a pessoa chegou onde sempre mereceu — respondi no meu italiano, com o perdão da vaidade, perfeito.

Você não me conhece, garota.

E a sorte é de quem?— devolvi sorrindo sarcasticamente.

Como um reflexo ela jogou o líquido colorido de seu copo contra a minha blusa branca e eu gargalhei quando ela pensou que aquilo iria me afetar de alguma forma, com o sorriso sarcástico tirei a camiseta sem vergonha nenhuma ao ficar com o sutiã rendado que cobria meus peitos o bastante para eu fingir que era um top.

Maduro de sua parte— ironizei quando Bobby me empurrou para longe dela, bravo.

FIQUE LONGE DELA — ele ordenou pegando minha coroa do chão e arrumando na minha cabeça, fomos para longe da garota enquanto eu torcia minha blusa.

Senti alguns olhares queimando em mim, mas minha mente bêbada não poderia ligar menos para as pessoas idiotas.

Voltei a dançar na pista de dança com Camilla que gargalhava sem parar da minha falta de vergonha na cara.

Você é maluca.

Maluca é a doida que me molhou, imbecil — bufei desgostosa e Mimi concordou dizendo que voltava em cinco minutos, continuei dançando.

Senti mãos em minha cintura e, sem nem me preocupar em olhar eu me separei do desconhecido abusado, bufando.

Sai— falei sem parar de me mover.

Pensei que estivesse-

Pensou errado, já mandei sair — falei séria.

Lucca chegou perto de mim, tirou sua camiseta e colocou em minha cabeça. Sorri para o meu amigo e vesti a camiseta branca dele, agradecendo sua doçura.

Desculpa, cara, eu não sabia que ela estava acompanhada.

Desculpas você pede para ela que foi quem você ofendeu, seu troglodita.

Só sai daqui, cara, como você é inconveniente— ordenei já sem paciência para ele.

O cara desapareceu, logo Tina chegou rebolando como uma doida e então nossos amigos todos nos encontraram na pista de dança. Aproveitamos o resto da noite juntos e minha próxima memória foi eu no ombro de Lucca, enquanto Bobby abria as portas para ele do meu dormitório.

—Entregue, piccola fata— Lucca disse e eu sorri.

—Eu amo vocês, mas vou dormir agora mesmo então se puderem trancar a porta e jogar a chave debaixo da porta... – murmurei meio em inglês, meio em italiano e atingi a inconsciência antes de ter certeza que eles tinham me escutado.


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Notas finais do capítulo

Emmett não tem tempo para o banho, mas tem para uma rapidinha. O que estão achando sobre esse distanciamento dele com a Rose?

Alice é uma fadinha, mas deve ser difícil viver longe do amor da vida dela já que, lembrando, ela e Jazz namoram desde SEMPRE.

Espero que estejam gostando e que não se esqueçam de comentar sobre suas apostas!



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