Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 30
Novo plano


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas :3

Quem está vivo, sempre aparece.
Lembro-me quando entrei nesse mundo de fanfics e não entendia como demoravam tanto para postar um capítulo.

Agora entendo o motivo, chama-se "vida adulta"
Pouco a pouco, vamos seguindo e continuando a história.

Boa leitura!



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— Impossível, não tem como ser a mesma Cassandra… — Lina sentou-se no chão, sua expressão mostrava o espanto com a revelação.

— Desculpe, Lina. Eu mesmo a vi, foi ela quem levou o Natsu — disse Happy, encostando a patinha na mão da loira.

— Isso explica o porquê dela ter sumido, seja lá o que ela está fazendo, não quer que eu saiba… Onde a encontrou pela última vez, Happy?

— Snowball.

— Ótimo! Estou indo para Snowball!

— Espere, Lina. Pode ser perigoso — pediu Lucy.

— Juvia concorda. Vocês agora são procuradas do Conselho, andar por aí sem uma estratégia é arriscado.

— Então, o que faço agora? — perguntou Lina, com os olhos cheios de lágrimas. — Eu preciso de respostas.

— Nós também, por isso estamos todos juntos nessa — Lucy sorriu. — Agora que nossas histórias estão ligadas, devemos nos unir mais ainda.

— Lucy… Obrigada — sorriu, abraçando-a

— Estamos com problemas! — Lily entrou no quarto em sua forma maior. — Ouço passos, preparem-se para lutar se necessário.

— Nossa, não sabia que podiam crescer — Lina sussurrou para si mesma, arregalando os olhos ao ver o exceed.

— Esqueci de avisar — Lucy riu.

— Estão passando por aqui — alertou Lily, abaixando-se.

O som de passos pôde ser ouvido de todos os lados. Não parecia que estavam cercando a casa, mas sim, só rodeando a procura de algo.

— Como podem destruir uma vila tão pacata? — perguntou um homem.

— Dizem por aí que a vila já estava vazia quando foi atacada. Ninguém sabe quem foi, mas os boatos falam que o som de uma coruja pôde ser ouvido depois que a última casa caiu — respondeu uma mulher, também desconhecida.

— Uma coruja? O que isso tem a ver?

— Não faço ideia, estou apenas te contando o que me disseram.

— Parem de cochichar e continuem as buscas — reconheceram a voz de James. — O lugar mais próximo daquela cabana é essa vila, elas devem estar por aqui.

— Sim, senhor!

— Senhor James, todas as casas foram derrubadas, menos essa — ouviram outra voz feminina.

— E o que estão esperando para entrar nela? Não podemos ficar aqui perdendo tempo.

— Maldito! — sussurrou Juvia. — Juvia pode afogá-los.

— Acho que isso só pioraria a situação — sussurrou Lina. — Gente, acho que dançamos.

— Por quê? — perguntou Lucy.

— Deixamos pegadas pela casa toda… — disse, com os olhos arregalados, ao ouvir o primeiro chute dado na porta. — Definitivamente, dançamos.

— Isso não é um problema — Lucy sorriu, mostrando a chave de Virgem. — Virgo!

— O caminho está pronto, Princesa! — a rosada apareceu na frente do grupo. — Deixarei a casa com aparência de abandonada em questão de segundos.

— Para onde leva, Virgo?

— Uma passagem, atrás de uma cachoeira. Punição?

— Obrigada, Virgo. Conto com você — sorriu, ignorando a última parte. — Pessoal? — olhou ao redor, percebendo que estava sozinha.

— Juvia acha que só falta você, Lucy-san — disse Juvia, apenas com a cabeça para fora.

— Ótimo, vamos embora.

Poucos segundos depois da abertura se fechar, Lucy ouviu a porta da casa abrindo e as pessoas entrando para inspecionar. Novamente, estavam a salvo.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Alguma pista, Levy? — perguntou Makarov, fechando o vigésimo livro.

— Nenhuma, Mestre.

— Entendo… Esses óculos de leitura rápida vieram bem a calhar, mas vão ser inúteis se não tiver nenhum livro sobre o assunto aqui… Mira?

— Nada também, Mestre. O Laxus não atende.

— Droga…

Desde que começaram as pesquisas, já havia passado cerca de meia hora. A biblioteca da guilda não era uma das maiores, mas tinha livros suficientes para entreter as pessoas por horas e horas. Tentando acelerar o processo, Makarov começou na parte de magias divididas por partes, enquanto Levy ficava com a categoria de flores.

A mesa logo encheu-se diferentes, nenhum com o assunto procurado. As horas foram se passando devagar, ainda sem progresso.

— O que foi, Mirajane? — ouviram a voz de Laxus.

— Graças a Deus — a mulher sorriu. — Estou tentando ligar faz horas…

— Estamos em um lugar onde o sinal é péssimo. Aconteceu algo?

— Laxus! — chamou Makarov.

— Sim, vovô.

— Lucy foi presa, conseguimos ajudá-la a escapar, uma velha a atacou e jogou uma magia que vai congelá-la — disse em um só folego.

— Espera, aconteceu tudo isso enquanto não estávamos?

— Infelizmente… Preciso que ajudem a… — foi interrompido por um grito de Levy.

— ENCONTREI!

— Eu ia pedir a ajuda do Freed para uma pesquisa, mas Levy já achou… Quando terminam a missão?

— Nós já terminamos, estamos nos arrumando para voltar.

— Fiquem aí, Lucy precisa de ajuda para se manter escondida.

— Oh! Interessante. Onde ela está agora?

— Não faço ideia — admitiu. — O Conselho está na cola dela e da nova amiga.

— Deixa eu adivinhar, ela fez amizade com essa amiga na prisão.

— Exatamente.

— Típico dela… Iremos esperar aqui, pode deixar.

— Obrigado, meu neto. Ligarei assim que tiver notícias — sorriu, desligando a lácrima.

— Qual seu plano agora, Mestre? — perguntou Mira.

— Trocar as equipes com frequência. O Conselho ainda está de olho em todos nós, não podemos arriscar mais gente. Assim que a Legião do Trovão alcançar o grupo da Lucy, Juvia e Lily devem voltar.

— Entendi. Vai ser como se estivessem apenas saindo e voltando de missão, o Conselho não vai desconfiar de algo tão comum.

— Exatamente! — sorriu orgulhoso. — Agora, onde estávamos, Levy?

— Encontrei informações sobre as Sete Rosas Mágicas. É uma única página, mas explica o suficiente.

— Leia para nós, por favor.

“As Sete Rosas Mágicas são flores especiais, capazes de formar uma única rosa a partir de sua união. Cada rosa é protegida por um guardião, os chamados Guardiões das Rosas.

Os Guardiões são proibidos de entregar as rosas sem que antes a pessoa seja devidamente testada. Os testes são únicos e exclusivos, podendo ser realizados apenas uma vez por pessoa/grupo.

A localização exata das rosas é um mistério, assim como a finalidade da Rosa Final. Aquele que anseia buscá-las, deve desvendar uma charada que será revelada após a pessoa mostrar-se confiável.

A charada pode ser encontrada na cidade de Rosea.”

— É só isso.

— Erza, Lucy e Happy fizeram uma missão nessa cidade, isso já facilita a busca. Obrigada pelas informações, Levy.

— Fico feliz em ajudar, Mestre — a azulada sorriu, mesmo achando que tinha ajudado tão pouco.

— O que ainda não entendo é o porquê daquela mulher querer a ajuda da Lucy, depois de ter feito tanto para impedir nossos avanços…

— Será que ela se arrependeu?

— Duvido. Isso tem cheiro de armadilha, mas talvez valha a pena arriscar…

— O que essa mulher quer com as rosas, Mestre? — perguntou Mira, ainda confusa.

— Abrir o mesmo portal que Cassandra tentou abrir com Natsu.

— O que será que tem do outro lado para as duas quererem tanto ativá-lo?

— Pelo que deu para entender, o portal serve para levá-la para casa. Suspeito que seja em outra dimensão, tipo Édolas.

— São muitas coisas para pensar…

— Verdade, mas temos que continuar seguindo em frente. Uma hora as peças vão se encaixar — sorriu determinado. — Tenho certeza disso!

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Isso é desconfortável e muito estranho — resmungou Lucy, passando a mão pelos dedos congelados.

— Picolé de dedinho, sabor chulé — Happy riu, fazendo cara de nojo.

— Não parece diferente de ontem — disse Lina, analisando o pé da amiga. — Deve demorar para começar a subir.

— Tomara, não quero saber o que acontece se continuar subindo — Lucy arrepiou-se.

— Esse lugar é mesmo interessante — Lily admirou os arredores.

Quando Virgo disse que os mandaria para trás de uma cachoeira, nenhum deles imaginou que seria uma dentro de uma cratera. O lugar era uma “buraco” no meio de uma floresta, com um lago no fundo e a cachoeira em um dos lados. Por mais que fosse bem visível, seria loucura alguém pular daquela altura para alcançá-los.

— É um belo lugar para passar o dia, pena que estamos sendo perseguidos… — Lucy suspirou, cansada.

— Lucy? — a loira ouviu a voz de Makarov, logo pegando a lácrima.

— Mestre! — sorriu. — Alguma novidade?

— Sim! As Rosas Mágicas são guardadas por Guardiões, cada um faz um teste antes de entregar a flor e a dica para a primeira está em Rosea.

— Rosea… Já passei por essa cidade.

— Eu sei, vocês precisam voltar lá, mas decidi mudar um pouco o plano.

— O que quer dizer com isso, Mestre? — perguntou Lily.

— Você e Juvia devem voltar o quanto antes, mandarei outros magos para irem para Rosea com Lucy.

— Juvia não entende…

— O Conselho está de olho em nós, quanto mais tempo alguém fica fora, mais vão desconfiar. Se formos mudando os magos que acompanham Lucy, Lina e Happy, dificilmente vão suspeitar. Afinal, magos saem em missões, né? — sorriu, dando uma piscadela.

— Juvia achou genial.

— Faz sentido — Lily assentiu. — Saímos de uma missão a pouco tempo e logo viemos para cá, podem estranhar nossa ausência por tantos dias.

— Devemos esperar onde estamos, Mestre? — perguntou Lucy.

— Seria o ideal, mas não sei onde vocês estão.

— Sendo sincera, nem eu sei.

— Sua lácrima tem função de localização?

— Tem sim… Não seria muito arriscado ativar?

— Sim, mas é o modo mais fácil. Ative e deixe por cinco segundos, vou anotar suas coordenadas.

— Ok — Lucy ativou a função, esperou os cinco segundos e desligou.— Funcionou?

— Perfeitamente. O seu novo grupo não vai demorar para chegar, eles não estão tão longe.

— E quem são? — perguntou Happy, curioso.

— Você saberá quando chegarem. Agora irei desligar, descansem por enquanto.

— Pode deixar, Mestre. Até depois.

— Até, meus filhos — sorriu, desligando.

— Então… O que vai ter de almoço? — Happy perguntou, fazendo todos rirem.

— Vem, vamos cozinhar algo.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Mestre, chegou uma carta do Conselho para o senhor — Mira aproximou-se do final do balcão, onde Makarov estava sentado.

— Obrigado — sorriu, abrindo o envelope e começando a ler o conteúdo. — Ótimo, era só o que faltava.

— Mais problemas?

— Um dos subordinados de James vai ser enviado para cá amanhã de manhã. A carta diz que é para garantir nossa segurança — riu. — Sabemos muito bem o tipo de “segurança” que eles querem… Alguma notícia da Legião do Trovão?

— Evergreen ligou faz alguns minutos, eles já passaram de Vila Bela.

— Perfeito. Espero que eles não dêem de cara com o Conselho.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— HAPPY! — gritou Lucy, desesperada, indo na direção do gatinho.

Todos estavam almoçando normalmente, depois de cozinharem alguns peixes que pegaram no lago, com varas que Virgo emprestou. Tudo parecia estar ocorrendo bem, até que Happy começou a voar, com os olhos esbugalhados e batendo os braços de forma frenética.

Lucy foi a primeira a reagir, correndo atrás do exceed para ajudá-lo, achando que ele estava se engasgando.

— MINHA LÍNGUA! — gritou Happy, enfiando-se debaixo da cachoeira com a boca aberta.

— Língua? — Lucy parou com dúvida.

— Esse peixe é um assassino de línguas, queimou a minha — Happy apontou para seu prato.

— Oh… Desculpa, Happy. Eu te entreguei o prato errado — Lina sorriu envergonhada. — A pimenta era para mim.

— Você não tem amor pela própria língua? — perguntou o exceed. — Estranha igual a Lucy.

— O que disse, gatinho? — Lucy aproximou-se devagar.

— Assim fica difícil vocês permanecerem escondidos, dá para ouvir a algazarra lá de cima — disse uma voz conhecida pela maioria.

— Laxus! — Lucy sorriu, correndo para abraçar o loiro, logo sendo retribuída.

Ninguém estranhou a reação. Se Lucy tivesse um currículo, “fazer amizades” estaria em primeiro no quesito habilidades. A Legião do Trovão foi um pequeno desafio para a loira, mas não impossível, quando menos todos esperavam, os quatro magos já tinham sido conquistados pela maga celestial.

— É impressão minha, ou você está bem mais magra? — Laxus analisou a mulher na sua frente.

— Prisões não são muito amigáveis, sabe…

— Explodir aquele lugar seria muito divertido.

— Laxus!

— Ok. Muito bem, agora… Você deve ser a amiga da Lucy, sou Laxus.

— Sim, meu nome é Lina.

— O Laxus sendo educado e se apresentando é tão estranho — Happy sussurrou para Lily.

— Eu consigo te ouvir, bola de pelos.

— Lucy, o Laxus quer me fazer de para-raios — o exceed não perdeu tempo ao se esconder atrás da loira.

— Fracamente… Para onde vamos agora, Laxus? — perguntou Lucy.

— Eu adoraria te falar, mas tenho a leve impressão de que a parede tem ouvidos — Laxus olhou para um ponto específico, do lado oposto do “buraco”.

A rocha tremeluziu devagar, como se tivesse vapor na sua frente.

— Freed vez uma escada usando barreiras de runas. Subam com cuidado, eu vou por último — Laxus sussurrou.

— Vamos, pessoal — Lucy entendeu o recado, incentivando todos a subirem.

— É uma camuflagem interessante, mas não é boa o suficiente — Laxus sorriu, começando a liberar sua magia. — Vamos ver quanto tempo dura esse esconde-esconde.

No exato momento em que a última pessoa subiu, um raio pôde ser visto descendo do céu.


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Notas finais do capítulo

O próximo sai ainda em outubro, está quase terminado.
Não vai ter emprego ou estudos que atrapalhem a postagem kkkkkkkkk.

Até lá o/



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