13 & Team 1: Sem Rumo e Sem Vida escrita por Cassiano Souza
A TARDIS rodopiava louca vórtex adentro, com curvas, zigue zagues e esbarrões pelo continuó espaço de tempo, pois após a gentil visita de 4 Tetraps com presas brilhantes e amigáveis, tudo o que a Doutora e Ryan queriam agora seria o chá da Yaz. Dormir um pouco, e quem sabe maratonar algum dorama favorito. Entretanto, a turbulência na máquina do tempo aumentou, e faíscas e fumaça vieram tirar a paz da dupla. Em seguida, um impacto foi sentido, e os tripulantes caíram rolando no chão. O cheiro era de queimado, e o monitor chuviscava. A loira levanta-se depressa e elimina o fogo do console com um extintor. O homem se ergue:
— Vou checar o que falta em mim. - fez careta tocando um ombro. – Realmente não foi uma boa ideia usar a TARDIS.
— A fofa está ótima! - disse, onde um cano caiu em sua cabeça. – Indo.
— Tá. - virou-se para a porta.
— Não! - barrou a Doutora.
— Precisamos achar a Rose.
— O marcador de oxígeno diz 0. Não estamos na Terra.
Ryan encara os dados:
— Mas o marcador de tempo-espaço diz que sim. - apontou.
— Sim, mas, o marcador de erros diz que há pelo menos 666 dados não entendidos.
— 666?
— Sim, e a TARDIS está temporariamente esgotada. - manuseava a máquina, que nada reagia. – A mamãe vai cuidar de você! - fez voz de dengo. – logo, logo vamos à linda Londres. Digo, Sheffield.
Ryan fez careta, talvez discordasse. Após isto, ele e a Doutora vestiram os seus glamurosos e de últimas tendências do verão, trajes espaciais alaranjados. Um escândalo fashion! Puseram os seus capacetes de Power Rangers, Ryan rosa e a Doutora vermelho, e partiram para o desconhecido além da imaginação, após a porta. Ryan aponta uma lanterna:
— São prédios?!
— Foram.
Ao redor era tudo trevas, asteroides nos céus negros, e destroços de casas e prédios na superfície. Um corpo celeste acinzentado partido no meio estava no céu, e nenhuma estrela se via. A Doutora se vira para trás, e percebe a queda livre logo atrás da cabine. Era como se metade daquele mundo tivesse vaporizado, e grandes pedaços de pedra fossem tudo o que restasse. A dupla pulava quase levitando, exatamente como os astronautas em 1969.
— Doutora?
Ela já estava na esquina da avenida arruinada.
— Doutora, me explique o que é isso!
— Sempre eu! Difícil ser Doutor.
Ryan começa a andar, e um objeto metálico todo amassado ele avista.
— Um carro?! - foi em direção.
— Volte! - exigiu a Senhora do Tempo.
— Qual o problema? Só quero ver a placa.
— Não! - qual o problema da mulher?
— Sheffield?! - chegou o rapaz até a placa.
De onde a Doutora estava, respirou fundo cheia de tristeza. Não poderia se esquivar para sempre, poderia?
— Como isso é Sheffield?! Quero respostas agora! - foi pulando nervoso até a mulher.
— Porque caso não saiba, existem linhas alternativas de tempo! E acho que esta pode ser uma.
— Pode?
— Esdero.
— O mundo acabou, Doutora… - o tom era de choro.
— Sei como se sente.
— Ótimo, já podemos abrir uma reabilitação de órfãos interplanetários.
— Se acalme, Ryan! Precisamos ser espertos, inteligentes, e o melhor, unidos. Use seus conhecimentos de jovem sem doutorado e me responda quem é aquele. - apontou para uma placa enorme em uma parede.
Na placa, um homem negro bem malhado, barbudo e de termo, com cabelo baixo e olhar prepotente, com um sorriso debochado e barba bem feita. A cara do Idris Elba.
— É apenas o Adam Rhannel.
— Tá. - soou como se soubesse. - Mas quem diabos é Adam Rhannel?
— Um empresário. Ele comprou todas as redes farmacêuticas da Inglaterra, e lançou filiais mundo afora, além de investir em médicos sem fronteiras e Greenpeace. Achei que saberia.
— Farmacêuticos não são meu forte, mas interessante.
— Quero salvar o mundo, Doutora.
— Iremos. Tudo parece perdido, mas vamos ter esperança, meu amigo. Quando há tantos erros no marcador, sempre são linhas de tempo a mais.
— Ok, mas o que poderia causar isto? A criança? As anomalias? O Vagante Branco?
— Vamos dar tempo ao tempo, logo a TARDIS se recuperará, e voltaremos para casa.
— E se não recuperar?
A Doutora engole a seco, não teria soluções, mas, correu à nave.
— Tá doida? - estranhou o humano
***
SHEFFIELD 24/07/2019
Um maço de correntes elétricas começa a se descontrolar sobre o ar, onde de repente, dão origem a uma mulher loira jovem, com um vestido branco antigo longo, botas surradas, e com um bebê de colo nos braços. Uma verdadeira loucura, uma visão alucinógena caso você estivesse bêbado ou drogado. A mulher encara os arredores, e carros velozes, prédios, pedestres, motocicletas, e aviões ela avistava. Seu queixo quase caiu, parecia tudo um paraíso ou um completo inferno.
— Minha nossa… - rodopiou como uma princesa da Disney, vislumbrando o caos urbano. – Isso tudo é… É, espectacular! - sorriu largo.
Já o bebê, dormia profundamente, talvez tivesse gasto muita energia no pulo espaço temporal, pensou, mesmo não fazendo ideia do que significasse.
A loira começa a andar, sorrindo abobada para tudo e todos, e tudo e todos, encaravam tortos para ela, pensando: "acho que essa daí não paga boletos, só pode ser filha do papai. Tá bêbada, será? Não vou dar esmola"
— Com licença, senhor? - Rose vai até um aposentado em uma praça. – Poderia me dizer se Graham O'Brien é conhecido?
— Sabe quantos mil Graham O'Brien tem por aí?!
— Ah, ele é motorista de ônibus.
— Então vai pra uma linha de ônibus, sua sonsa! Sabe quantos motoristas tem nessa cidade?! E não sou o pai dessa criança! Não vai pegar meu dinheiro.
Útil não? Rose não quis discutir, apenas engoliu o mal recebimento e começou a lembrar-se de todos os locais cujo Ryan havia citado. Mas eram tantos! Começou a ler cada placa sobre toldos e murais, porém, a cidade era enorme aparentemente, e ela nunca havia estado ali, iria simplesmente se perder.
Não tinha dinheiro algum para um táxi, e jamais se levaria pelos olhares maldosos que alguns homens lançavam. Os seus braços já doíam, suas pernas, e as costas cansadas. Para melhorar, Lucio acordou, e trouxe a melodia de seu doce choro aos tímpanos da mulher.
— Meu pequenino… - começou a chacoalhar. – A mamãe está cansada. Não tem pena dela?
O choro se prolongou, e canções a mulher cantou, mas não pareciam fazer efeito, pois ao redor eram tantos sons de carros e pessoas, que dificilmente o bebê se concentraria. Já outra mulher se comoveu, e veio até a jovem:
— Oi, meu bem, posso ajudar?
— Lucio não para de chorar.
— Você é daqui? Sotaque estranho.
— Wells.
— Minha nossa. - pôs a mão no peito, tocada, e Rose não entendeu. - Bem, o que importa é que vocês tem saúde. O que há com o bebê?
— Precisamos de Graham O'Brien.
— O pai?
— Isso. - quase não confirmou. – Teve a ousadia de se mudar para cá e nos deixar. É motorista de ônibus.
— Esses homens, são sempre assim! Mas não se preocupe, vou te ajudar.
— Me pagará um táxi?!
— Não!
O sorriso da moça murchou. A outra continua:
— Vire à esquerda, vá direto por 5 travessas, cruze uma praça, entre atrás do banco, e lá tem um ponto de ônibus com um Graham O'Brien.
— Certo! Muito obrigada. A única gentil comigo aqui.
— Me comovi, é que larguei meus 5 filhos com o meu ex marido e imagino como se sentem. - sorriu e saiu.
Rose achou chocante ver uma mulher declarar aquilo, sendo da época que era, mas ignorou e partiu ao rumo dado. Ryan a havia avisado que dia 29 seria o dia onde a sua versão passada junto a da Doutora a conheceriam, então sabia que até lá caso agisse, encontraria Graham.
Chegando no local, algumas pessoas esperavam, e assim Rose também fez, onde logo um ônibus chega. Tremendo a lataria, Rose avista, e um sorriso contente ela dá, pega a fila de entrada, e quando chega o momento de pôr suas moedas… Nada de moedas. Porém, disse:
— Graham O'Brien? - sacudia o bebê frente ao motorista, que gesticulou um crucifixo.
— Eu mesmo. - era um homem branco bem magro, careca, alto apesar de estar sentado, e com uma barba ruiva bem longa e desgrenhada. – Posso ajudar?
— Não tenho dinheiro! Só tenho isto. - estendeu a criança.
O homem fez uma cara de nojo, mas a mulher continuou:
— A Doutora me mandou aqui! E Ryan! Querem que eu fique com você, e precisamos cuidar dele.
— Dona, não é querendo ser grosso, mas… Eu não te conheço.
— Mas tem o Ryan! E a Doutora!
— Menos ainda! E não sou pai! Se é o que pensa, detesto criança.
— Então por favor, me ajude a encontrar o verdadeiro Graham!
— Pra qual empresa ele trabalha?
— Eu não sei.
— Aí fica difícil.
— Despensa logo ela! - começaram a exigir os passageiros ansiosos para venderem as suas forças medíocres de trabalho, por seus salários medíocres.
Rose então contenta-se, e desce do veículo, onde por fim senta-se no banco do ponto de espera, e ali deixa algumas lágrimas rolarem.
***
Yaz queria muito ter feito uma lasanha não vegana para a família, mas infelizmente um supermercado macabro a havia chamado a atenção, e assim foi abduzida por uma porta giratória. Ela então despertou-se, como se estivesse sonhando que trabalhava no feriado, onde percebeu estar presa em um cilindro de vidro apertado, com um disco de cristal negro no topo, e por fora do vidro um ambiente enorme como um ginasio, de tons metalicos, formas quadradas brilhantes nas paredes, uma porta bem longe, muitas meseas, uma escadaria vindo de cima, e o mais atordoador… um cilindro menor de vidro, rodeado por paineis cheios de botões, alavancas, e interrupitores. Já nas mesas, várias bugigangas químicas como a Doutora havia feito em sua cozinha horas atrás.
Yaz tentou quebrar o vidro mas era tão resistente… Que então lembrou-se do revólver à paisana, mas, não estava mais em sua cintura.
— Procura isto, querida? - disse uma mulher negra um pouco mais velha, de cabelo cheio e vestido branco longo, sem mangas, a cara da Sophie Okonedo. – Travêssa você, não?
— Me tira daqui! - exigiu Yaz.
— Acho bela a agressividade dos símios. É linda mostrando os dentes.
— E você horrivel! - começou a estapear e chutar o cilindro, até desistir. - Que chatisse. O que quer de mim?
— Isso, agora sim. - sorriu.
— A criatura lhe ofendeu, meu bem? - perguntou uma voz masculina madura e grossa, aproximando-se até as duas. – Disse que não nos arrependeríamos de ter poupado esta verminose. Explique. - exige um homem negro forte, barbudo, de olhar prepotente e sorriso debochado, de terno.
A mulher explica:
— A criatura, apesar de primitiva, desnutrida e com baixo intelecto, apresentou sinais de energia artron. Imediatamente foi detectada e separei-a das demais cobaias.
— Perfeito. - acariciou, o queixo da outra.
Os olhos de Yaz arregalaram, não por queimar vela, porque já estava acostumada, mas por reconhecer aquele homem.
— O cara do xarope de laranja com peixe?!
— Gostoso? - piscou para a jovem.
— Você fabrica remédios! Mamãe comprou suas pílulas de massa nos glúteos, e papai uma pílula azul que não quis me contar para quê servia.
— Nem queira. Eu mesmo. O que mais, por favor?
— Também está investindo em vacinas contra o covid.
— Eu mesmo. - bateu palmas para si próprio.
— Porém, assim como aquele supermercado não parecia apenas um supermercado, acho que você também não. - ficou seria. – Quebre o silêncio e diga logo o que quer. Alienígena, está óbvio que é.
O homem e a mulher franziram os rostos com a prepotência primitiva. O homem pigarreou:
— Como tem artrom?
— Ne tire daqui primeiro.
— Como se eu precisasse. - revirou os olhos, e uma descarga energética enorme a humana sentiu, onde gritou alta.
Yaz recosta-se cheia de dores no vidro. A outra vira o rosto misericordiosa, já o homem, se agacha frente a Yaz, encarando olho no olho:
— Se tem artrom já viajou em uma TARDIS, se já viajou em uma TARDIS… Conheceu algum Senhor do Tempo. E se conheceu algum Senhor do Tempo e no universo restam apenas 5, então… Qual deles você conhece?
— Está errado.
— Como?
— Apenas a Doutora resta. - levantou-se ofegante.
Um sorriso gigantesco o homem deixa escapar, levantando-se também, e voltando-se para a mulher de vestido:
— A Doutora novamente, meu amor.
— Acabaremos com ela.
— Descobriremos onde a criança se esconde.
— E atrairemos ela até aqui.
— Não vão precisar. - acegurou Yaz. - Já fiz este favor, a Doutora verá a minha mensagem, procurará, e ela vai me encontrar. Posso estar perdida em um turbilhão cósmico ou no inferno, mas sei que ela sempre vem. Ela salva pessoas, ela para monstros, então… Um completo adeus a vocês. - seus olhos brilharam. - E não sabemos de criança alguma.
— O filho do caos. - responde a outra.
— Isso não existe.
— A Doutora nos roubou ele novamente, mas o roubaremos de volta. - diz o homem
— E onde uma criança diabólica se encaixa em vender remédios, usar uma Casa Monstro? Além do mais, se vocês conhecem artrom, e aquilo é um console, vocês, então… - seus olhos tremeram e brilharam imaginando a resposta.
— Você não precisa saber.
Deu outra descarga na jovem, que gritou como se o seu corpo estivesse banhando em pura lava.
***
Ainda no banco do ponto de ônibus, Rose havia parado as lágrimas, e deixado ser a vez do pequeno Lucio, porque Sheffield merecia um fim menos epopeico do que o dilúvio. Pensamentos negativos e obscuros rodearam a mente da pobre, e nem o tempo ela percebia mais passar, além da orquestra de vozes, buzinas, e o choro do filho. Quando então, uma ideia clareou a sua mente, ao perceber que as pessoas daquela época eram praticamente viciadas em um aparelho eletrônico achatado e plano como uma tábua.
Rose levantou-se determinada, e correu rumo à encruzilhada do semáforo. Todos nas calçadas ao redor olharam feio, igualmente quando veem turistas. E no centro da encruzilhada, a mulher se posicionou! Os carros que deviam passar pararam, e até o outro sinal abriu, mas ela não se acovardou, apenas ficou parada e determinada, com a criança nos braços.
Várias buzinas atordoaram a criança, e até ameaças:
— Não me faça descer e arrastá-la pelos cabelos, minha filha! - era uma senhora.
— Ela para o trânsito! - asboniou um jovem.
— Quero apenas Graham O'Brien! - gritou, como se precisasse chamar atenção. - Precisamos de você, Graham!
Dezenas de aparelhos celulares foram apontados para a loira, e ela sorri contente:
— Graham?! Este filho é seu! A Doutora e Ryan me mandaram aqui! Viajamos no tempo! E precisamos muito de você!
Um burburinho de zombaria começou pelos espectadores, mas a mulher continuou firme com as alegações:
— O mundo está em perigo, Graham! E precisamos salvar esta criança!
— Engraçado. - era um policial. - Já depôs hoje?
— Mas é sério!
— Eu sei, também falo sério. - cuspiu. - Deixe de alarde ou a levo para depor.
— Não vou deixar. - tinha pulso na voz e olhar.
Não houve escolha, o policial levou a "mãe desempregada" como intitularam os espectadores, e após não acharem nem documentos e nem parentes na cidade, não sabiam o que fazer os policiais. Até, que ouviram ela e rastrearam Graham, um Graham que tivesse alguma ligação com algum Ryan e alguma médica. E entre vários, 3 foram localizados e apenas um confirmou ser quem era. Graham confiou na história, justamente por envolver Ryan e a Senhora do Tempo, inventou uma explicação medíocre aos policiais, e retirou-se com a mulher, para sentarem em uma hamburgueria:
— Então… Ele tem 1 ano e meio? - o velho branco de olhos azuis perguntou.
— Sim.
— E nos conhecemos em…?
— Não é seu filho.
— Amém! - olhou feliz para cima. – Porque nunca traí a Grace, e muito menos estive com alguém após sua ida.
— Eram instruções.
— Inteligente! - sorriu. - E sou quase estéril. - desfez o sorriso. - Deve ser do futuro, não é?
— Não, Wells, 1949. - disse meiga.
— Nossa. - teve espanto na resposta, mas logo disfarçou a cara. - Bem, continue a história.
— Daqui 3 dias, encontraremos a Doutora e Ryan.
— Está bem. E o bebê não para de chorar nunca?
— Praticamente. Lucio.
— Posso segurar.
— Por favor! - riram. - Meus braços doem.
Graham então toma o filho, e começa a brincar com ele. E como uma magia muito forte, o bebê parou o choro. Rose fica boquiaberta:
— O que diabos você e a Doutora tem?
— Acho que… História.
***
— Esse daqui mesmo, Doutora?
Ryan ajudava a Doutora a conseguir energia reserva na TARDIS, onde ela mexia nas articulações internas do console. A Doutora havia puxado centenas de fios e cabos longos de dentro, e Ryan selava alguns. A Senhora do Tempo explica:
— A TARDIS recupera-se sozinha, mas é um processo lento, muito lento. Porém, se simplificarmos a sua estrutura, ela pode adiantar a reiniciação.
— Defina simplificarmos.
— Bom, deletar a sauna, o vôlei, o ginásio, as piscinas, a biblioteca, a lanchonete auto limpável…
— Ah não, a lanchonete não.
— Necessário.
— Doutora, sobre as anomalias, elas estavam por toda a parte e blá, blá, blá, mas… O que em si elas fazem, além de interferir em máquinas do tempo?
— Boa pergunta. - deu uma martelada no console, e clicou alguns botões. - Porém, não tão boas respostas. As anomalias estão envelhecendo vocês.
— Não é normal? Não viajamos naturalmente a cada segundo para o futuro?
— Sim, mas acelerou-se em 06, 66%. E, ao mesmo tempo, em alguns pontos o tempo está em loop.
— Repetindo? Pensa repetir a segunda feira… - soou apavorado.
— Yaz veio do trabalho e me contou seu problema, isso 3 vezes seguidas, como se para ela fosse apenas uma. Eu também não devia me lembrar, mas a TARDIS foi esperta e deixou seu registrador de interferências desde Punjab.
— Que doidera. Pode virar um inferno.
— Inferno seria bom, isso é pior. - puxou uma alavanca. - Preciso da minha chave inglesa a laser.
— Tem uma mesmo?
— Na dispença, por favor. - apontou.
O humano foi até o ambiente, onde as tralhas da loira iam até o teto, como uma acumuladora daqueles programas americanos. Contudo, o que chamou mais a atenção do jovem foi uma especie de caixote metálico dourado, feito aparentemente de algum metal bem forte, e repleto de escrituras estranhas. Se parecia bastante também com una capsula de escape ou até mesmo a arca da aliança:
— Não consigo achar a chave! - gritou de olhos na arca.
— Gaveta azul!
O homem encontrou a peça, e foi curioso até a mulher:
— Achei maneira aquela caixa dourada.
— Não é sua?
— Claro que não! - entregou a chave inglesa. - Qualquer um pensaria ser sua, senhora.
— Outro misteroo então. Está alí a 3 dias, e nenhum registro na TARDIS.
— O quê?!
— Nunca sevacostuma, não é?
— Não.
— Humanos. - usava a chave inglesa embaixo do console.
— Doutora, mas voltando ao antigo assunto… Pensar em fim do mundo só traz arrependimentos, não é? - ligou dois fios.
A alien arregala os olhos:
— Não, Ryan, não me diga que vai ser pai! Por favor! Você não…
— Não é isso!
— Então quer voltar no tempo e praticar a construção de um bebê uma última vez? Negativo, mocinho.
— Não! Me deixa falar.
— Fale. - apontou a chave sônica ao teto.
— Me desentendi com o meu pai novamente.
— Ah, não!
— Eu sei. Mas aconteceu, foi hoje de manhã antes dessa loucura toda. Chamei ele de burro, ele chorou, eu vazei… E agora nem sei se voltarei a vê-lo.
A loira volta-se ao humano:
— Prometo que dará certo.
— Já sentiu isso? Medo de nunca mais encontrar quem ama?
— Todas as vezes!
— E o que você faz?
— Aí eu faço de tudo para encontrá-los.
A dupla sorri um para o outro, em um espírito de solidariedade e compreensão. Ryan respira fundo, e antes que ele dissesse outra coisa, as luzes da TARDIS voltam a se ascender. A Doutora berra:
— Eureca!
— Brilhante!
— Fantástico!
— Gênial!
Pularam em um esbarrão de abraços. Porém, sem demoras voltaram-se ao console, em busca de sair daquele verdadeiro inferno, para a sua amada e perigosa linha do tempo, cujo o tempo parecia cada vez mais se acelerar, e manter o time cada vez mais próximo da trágica verdade e resolução.
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Mencionei Idris Elba e Sophie Okonedo porque imagino suas figuras nos personagens, e pra mim parecem brilhantes nos papéis. Aliás, o Idris já foi chamado pra ser o 11, mas recusou. Aí o Matt Smith graças ao rosto de Boe foi kkk e a Sophie é a atriz da personagem Liz 10 no the beast below
Foi um capítulo mais preparatório do que introdutório, então preparem-se kkkk e essa começo tem um casal de vilões porque amei a temporada 13 e Azure e Swarm foram brilhantes para mim, e nunca havia visto algo semelhante. Maravilhoso. Gosto da temporada 13, menos do final.
Citei Punjab porque no ep de Punjab tem perigo de interferência no tempo.
E que diacho de criança é essa? Filho do caos ou filho do cão? Kkkk ou, e se ter algo com a famigerada criança temporal? NEXT TIME… A Migalha na Tempestade
Muito obrigado pela leitura!