—Robb! — Margaery exclamou, assustada, segurando a mão do namorado e fazendo-o rir.

Eles estavam sentados na roda-gigante, parados alto o bastante para estarem cercados com a visão dos campos do interior de Jardim de Cima, e ela estava tremendo como nunca havia tremido antes na vida.

— Robb, está alto demais. — Ela fechou os olhos castanhos, apertando o braço dele e praticamente se escondendo contra o jovem Stark.

—Você está com medo? — Ele indagou, rindo da namorada.

— Cale a boca. — Ela murmurou contra ele, apertando-o com ainda mais força. — Não é engraçado. Eu quero descer.

Robb apenas riu de novo, segurando a mão dela.

Eles estavam passando o fim de semana juntos numa das casas que os Tyrell possuíam, longe da cidade e se divertindo, aproveitado seu segundo aniversário de namoro. A ideia de ir ao parque de diversões que fazia parte da cidade há alguns anos havia sido de Robb, e tudo estava perfeito até ele decidir levá-la à atração mais assustadora do lugar: A roda gigante.

— Está tudo bem. — Ele sussurrou. — Você pode abrir os olhos, Marge. Eu te protejo.

Margaery sacudiu a cabeça, sentindo-o se mexer ao lado dela e praticamente entrando em pânico em resposta.

— Robb, não! — Ela apertou o braço dele. — A gente vai cair!

Margaery não tinha medo de nada; ela sempre havia sido atrevida e nunca – nunca mesmo – ficava sem palavras. Ela havia se apresentado a ele após Sansa levá-la na festa de aniversário de casamento de Eddard e Catelyn, havia sido quem havia o convidado pro primeiro encontro, e provado que ela muito mais que mais uma garota rica ao passar cinco dias inteiros acampando com os Starks no meio do nada. Mas uma roda-gigante? Não. Era alto demais, com vento demais e frio demais.

— Você está tremendo. — Ele murmurou. — Me deixa pelo menos te cobrir.

Ela se afastou de Robb hesitantemente, ainda com os olhos fechados, e seu namorado a envolveu com o cachecol que ela havia insistido com ele para trazer. Robb havia nascido e crescido em Winterfell, um outono no sul não era nada mais que uma brisinha pra ele.

— Eu te disse. — Ele sussurrou, arrumando-o em torno dela. — Abra os olhos.

Ela chacoalhou a cabeça negativamente e Robb riu baixinho.

— Ei, por favor. — Ele sussurrou, beijando o canto da boca da namorada delicadamente.

Marge hesitou, mas abriu os olhos para olhá-lo.

— O quê foi? — Ela murmurou.

— Abra os olhos. — Ele sussurrou, insistente, pegando a mão dela. — Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Ela respirou fundo, mas olhou para Robb com os olhos completamente aberto.

— Tudo bem. — Ela respirou fundo. — Meus olhos estão abertos.

Robb sorriu, movendo a mão para colocar uma mecha de cabelo ruivo atrás da orelha depois que o vento a soprou em seu rosto, colocando algo na mão da namorada e esperando que ela olhasse para baixo.

Era…

— Uma caixa? — Margaery franziu as sobrancelhas e Robb riu.

— Abra. — Ele explicou.

Ela obedeceu e congelou surpresa, olhando para ele com olhos arregalados. Dentro da caixa, havia um anel de prata, encravado com quatro diamantes claros e um diamante azul no meio.

— Robb! — Ela exclamou e ele sorriu.

— Então, Margaery. — Ele lambeu os lábios, tirando o anel da caixa. — Você quer se casar comigo?

Marge assentiu ansiosamente e ele sorriu, ajudando-a a colocar a aliança no dedo.

— Então eu não recebo um beijo? — Ele sussurrou.

— Sim. — Ela assentiu. — Quando estivermos lá baixo.