Com amor, Rosie escrita por brooke


Capítulo 2
II


Notas iniciais do capítulo

oioi, perdoem a irresponsabilidade da autora, mas eu passei por um período enorme de falta de inspiração :(
enfim, quero agradecer aqui a Lê Malfoy, a Bruh e a Alice que deixaram comentários maravilhosos no primeiro cap! ♡♡
boa leitura, amores ♡



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“Desde o primeiro momento em que te vi, ainda na Estação King Cross, eu senti... absolutamente tudo por você. E todo esse tempo, você nunca foi capaz de dizer como se sente sobre mim.

E eu entendo. Céus, eu juro que entendo, mas não posso parar minha vida esperando o dia que você acorde e perceba que eu o amo e resolva dar uma chance para nós. Porque sim, Scorpius, eu amo você de uma maneira que eu nunca irei amar ninguém novamente. E talvez você ache que é bobeira adolescente — e talvez seja mesmo — mas agora uma das certezas que eu tenho é que o que eu sinto é real.

Mas eu só quero ser feliz, Scorp — posso chamá-lo assim ao menos por carta? —, e ficar nessa montanha russa de morde e assopra, em dias que você deixa claro que meus sentimentos são recíprocos e outros em que me ignora completamente, não irá me trazer felicidade alguma, por isso eu deixo você ir.

Deixo você ir na esperança que um dia você volte, mas não mais como o bad boy que não diz como se sente, mas como o rapaz de coração enorme disposto a me amar — como eu já vi em alguns poucos momentos.

Não se preocupe comigo, Albus tem sido um bom amigo e está me ajudando a superá-lo.

Até uma próxima carta (ou não).

Com amor, Rosie”

Rose já pegava a próxima carta para ler — destinada a Albus — quando um barulho de batidas na porta do quarto retirou-a de seus pensamentos e a assustou, obrigando a esconder as cartas de qualquer jeito embaixo de alguns papéis da escrivaninha, e voltando sua atenção para a entrada de onde agora era visto Scorpius Malfoy.

O loiro a encarou desconfiado, e Rose clamava aos céus que ele não tivesse visto nada.

— Sua avó pediu para eu trazer isso pra você, já que não quis descer para o jantar. — murmurou, deixando a xícara na escrivaninha onde Rose estava sentada, ao lado da porta.

— Obrigada, estou sem fome. —agradeceu, dando um gole na bebida quente e apreciando o gosto bom do chá que sua avó fazia. — Senti falta disso. — admitiu, mais para si mesma do que para o rapaz, que observava a garota com um sorriso mínimo nos lábios, com as mãos nos bolsos e escorado na batente da porta.

— Estão todos lá embaixo ainda, devia descer. — murmurou. — Todos sentiram sua falta também.

— Não estou me sentindo muito bem, talvez seja o cansaço da viagem... e preciso escrever uma coluna ainda para o jornal. — não era de todo uma mentira, realmente estava cansada e precisava trabalhar, mas o real motivo da ruiva não querer descer era porque ainda não conseguia ver Albus Potter e Alice Longbottom juntos, e Scorpius sabia bem disso.

— Sua avó não está tão bem quanto parece, estão falando até em interná-la no St Mungo's se os remédios continuarem não fazendo efeito, então sugiro que aproveite o tempo que está aqui com ela, antes que seja tarde demais. — o olhar tempestuoso do Malfoy a encarava sério, mas as mãos nos bolsos deixavam a impressão de uma postura relaxada e, ao mesmo tempo, intocável que carregava de sempre. Rose sempre se perguntou como ele conseguia isso. — Se não consegue tempo para vir nem ao menos nos feriados, imagine em dias comuns para visitá-la no hospital. — ele suspirou. — Não deixe que uma queda boba adolescente tire isso de você.

Rose piscou perplexa, como diabos Scorpius sabia de sua queda por Albus? Mas isso não foi o que mais a surpreendeu e sim tudo que o Malfoy disse sobre sua avó e como ele estava certo. Sabia que parte do seu discurso era também porque ele não queria ver os outros repetindo o que fez quando Astoria, sua mãe, veio a falecer ainda nos tempos de Hogwarts.

Scorpius fazia o possível para evitar ver a mãe no estado que se encontrava, porque era muito para ele suportar. E Merlin sabe o quanto ele se arrepende por não ter se despedido e aproveitado o tempo que tinha quando podia, mas não havia mais nada que poderia fazer, por isso, tentava ao máximo fazer com que não cometessem os mesmos erros que ele.

Foi naquele momento que Rose percebeu que Scorpius não era mais só o garoto galinha dos tempos do castelo, mas que também havia se tornado maduro e sensato quando as responsabilidades e os assuntos sérios pediam.

— Como sabe de Albus? — escutou a própria voz soltar. Ele riu irônico.

— Não precisava te observar por muito tempo para sacar, Weasley.

— Então você me observava? — arqueou a sobrancelha. Scorpius deu de ombros, sem responder. Respirou fundo, anotando mentalmente de cobrar uma resposta dessa pergunta depois, e mordeu os lábios, como sempre fazia quando estava nervosa ou preocupada. — Ela está tão ruim assim?

— Só sei o que comentam por aqui. — respondeu, cruzando os braços. — Pergunte a sua mãe ou tia Ginny, são elas quem vem acompanhando o tratamento da Molly com meu pai. — a ruiva concordou, suspirando e se levantando.

Scorpius vendo que sua tarefa ali estava cumprida, se afastou da porta, lançando um último olhar aos papéis na mesa de Rose e já indo em direção as escadas, mas parou quando ouviu a voz da ruiva o chamando.

— Malfoy. — o rapaz voltou, a encarando. — Obrigada por isso. — sorrio, vendo-o retribuir e concordar.

{...}

Os raios de sol já davam sinais quando Rose Weasley acordou, tentada pelo cheiro delicioso das panquecas da avó. Olhando em volta percebeu que era a última no quarto, então levantou e foi ao banheiro, para fazer sua higiene matinal.

O som de risadas e conversas altas era ouvido já do topo da escada, e aumentava cada vez mais a medida que ela se aproximava. Quando apareceu na sala da jantar, onde agora a maioria da família tomava o desjejum, foi recebida calorosamente com sorrisos, acenos, comprimentos e até abraços.

Hermione estava em um canto mais afastado da cozinha, encostada no balcão com uma xícara em mãos. Rose se aproximou, pegando também uma caneca e se servindo de chá.

— Como ela está? — se encostou no balcão ao lado da mãe, observando a avó Molly que andava de um lado pro outro com seu avental florido.

— Parece que está piorando. — a mulher suspirou. — Os remédios não estão fazendo efeito e ela parece esquecer das coisas mais simples. Esses dias esqueceu o nome de Ginny.

Rose sentiu os olhos marejarem, mas tentou permanecer firme. Por ela, pela mãe e por Molly.

— Não há nada que possamos fazer para ajudar ou amenizar? — perguntou encarando a mãe. — Talvez espalhar notas pela casa para quando ela esquecer de algo.

— É uma boa ideia. — sorriu meiga. — Não acho que vá amenizar de fato, mas é bom para ela saber que está se preocupando. Quando você partiu nós... achamos que nunca voltaria.

— Não acredito que pensaram isso! — exclamou baixo, mas era nítido o quanto estava brava. — Vocês são minha família, eu nunca os abandonaria assim!

— É bom saber disso, filha. — a mulher sorriu.

Ronald se aproximou, dando mais um abraço na filha e depositando um beijo paternal em sua testa, logo em seguida saindo junto de Hermione e deixando Rose sozinha observando a todos.

Sem conseguir evitar, Rose sorriu. Um sorriso verdadeiro como há tempos não dava, finalmente se sentindo feliz. Ela estava em casa.

Desviou o olhar para a escada, onde Scorpius Malfoy descia calmamente e Rose se perguntou como ele conseguia ser tão bonito naquela hora da manhã, onde todos — ou maioria, incluindo ela — se encontravam descabelados e com os rostos inchados. Engasgou sem querer ao notar que o loiro descia as escadas somente com uma calça de moletom xadrez azul e novamente se perguntou internamente se ele era doido de vestir somente aquilo no inverno de Dezembro.

Percebendo ser observado, Scorpius abriu um sorriso caloroso, piscando marotamente para a ruiva que se limitou a revirar os olhos. Vestiu o moletom que estava em uma das mãos e sorriu ainda mais. Que tipo de idiota ele era? Teria feito de propósito por saber que a desconcertaria?, ela se perguntava.

— Bom dia família. — cumprimentou a todos, com sua voz mais rouca que o normal. Merda, por que diabos Rose achava aquilo sexy?

Só então Rose percebeu que todos estavam na mesa e só faltavam duas pessoas: ela e Scorpius. Haviam dois lugares vagos, um ao lado de Albus e outro ao lado da cadeira vazia de Albus e a ruiva torcia para que Scorpius não a sacaneasse e a obrigasse a sentar no meio dos dois.

Obviamente, Scorpius a sacaneou, exibindo mais um sorriso aberto. O que havia acontecido com aquele projeto de doninha naquela manhã?

Irritada mas tentando ao máximo disfarçar, Rose abriu um sorriso sem jeito quando sua avó a chamou para se juntar a todos na mesa. Respirando fundo, caminhou calmamente e se sentou no seu lugar destinado: entre Scorpius e Albus.

Dominique e Lily trocaram olharam estranhos e direcionaram a ruiva, que apenas negou discretamente a pergunta muda da caçula Potter sobre trocar de lugar. Não que ela não quisesse, mas tudo ficaria ainda mais estranho.

— Bom dia, Rosie. — cumprimentou Scorpius alegre, fazendo a ruiva estranhar o apelido.

— Bom dia. — murmurou desconfiada.

— Dormiu bem? — a voz de Albus soou como uma melodia em seus ouvidos e foi inevitável não sentir seu estômago revirando com aquilo. Ergueu os olhos para o rapaz que sorria amigavelmente a encarando. Os olhos esmeralda do Potter estavam mais escuros, talvez pela luminosidade do local. Era incrível como depois de tantos anos, a sensação de o olhar era a mesma: uma vontade incontrolável de mergulhar naquele mar verde. Scorpius se mexeu desconfortável ao seu lado.

— C-c-laro. — xingou-se mentalmente por ter gaguejado e o loiro ao seu lado soltou uma risada baixa. — E você?

— Perfeitamente. — sorriu. — Fico feliz que esteja de volta, Rose, ainda que por pouco tempo. Eu senti sua falta.

Albus ainda a encarava, dessa vez com intensidade e profundidade, e quando ela abriu a boca para responder que também sentiu falta dele e que, Merlin, o que ela mais queria todo esse tempo era ouvi-lo dizer aquilo, Alice tocou a mão do rapaz atraindo a atenção dele para si.

Rose sentiu como um balão murchando e respirando fundo, se serviu das panquecas de morango da avó.

— Você é péssima em disfarçar o que sente. — Scorpius murmurou baixo ao seu lado, de modo que só ela ouvisse.

— Por que está dizendo isso?

— Eu só falo a verdade. — ele esboçou um sorriso debochado, fazendo-a revirar os olhos. — O que vai fazer durante a tarde?

— Ajudar na casa, ler um livro, não sei ainda. — deu de ombros. — Por quê?

— Eu e você vamos sair. — decretou, fazendo-a olhar como se ele fosse a pessoa mais esquisita do mundo. Sem se conter, Rose soltou uma gargalhada alta, atraindo olhares curiosos de todos para os dois. Dando uma desculpa qualquer, desviou a atenção da família para outro assunto, mas sabia que os olhos atentos de Lily e Dominique ainda observavam aquela cena, no mínimo, estranha.

— É uma piada, não é? — o Malfoy se limitou a arquear a sobrancelha, deixando claro que o que ele dizia era sério. — Certo, por que acha que eu sairia com você? — sussurrou.

— Porque vamos tratar de um assunto do seu interesse. — abriu um sorriso debochado ou, como Rose preferiu, maligno. — Suas cartas. — vendo a expressão de espanto no rosto da ruiva, alargou ainda mais, se é que era possível, o sorriso. — Esteja pronta para aparatar às três, Rosie. — lançou mais uma piscadela, começando um assunto qualquer com Fred Weasley II que se sentava ao seu outro lado, ignorando Rose pelo resto da manhã.

Rose Weasley estava definitivamente ferrada.


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Notas finais do capítulo

não esqueçam de comentar o que estão achando,
beijinhos,
até mais ♡



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