Drama Total - A Corrida Amazônica INTERATIVA escrita por Thaywan


Capítulo 22
Capítulo 20 - S.O.S Amazônia - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, pessoal. Primeiramente quero agradecer à recomendação feita por essa pessoa maravilhosa que é Alex. Eu amei, e todos sabem como isso é importante para o autor.
Também quero agradecer pelos comentários do capítulo anterior, a recepção foi muito positiva.
Sobre o capítulo, esse é o fim de mais uma trama que eu adorei escrever, muitas teorias podem (e vão) cair por terra, mas o desfecho me agradou muito, foi até melhor do que eu imaginava, então estou muito contente. Quem me conhece sabe que adoro colocar dicas do futuro nos capítulos, então há cenas presentes aqui que podem ser encontradas nos primeiros capítulos também, mas não especifico. No mais, faltam 6 capítulos para o final, e estou extremamente ansioso pelo que virá a seguir, a partir de agora é só jogo. Espero que gostem e tenham uma excelente leitura, me perdoem por qualquer erro. Até o/



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Amazônia - Alguns anos atrás

Um garotinho chorava à beira do rio, estava de cabeça baixa e sozinho. Ele levantou a cabeça quando uma luz esverdeada iluminou seu rosto. A figura tinha a aparência de mulher, mas seu corpo parecia revestido de folhas, o que confundiu a cabeça da criança, apesar de achá-la muito bonita.
—Está perdido, garotinho?
Ele apenas balançou a cabeça como afirmação. Ela estendeu a mão.
—Venha, irei ajudá-lo a voltar para casa.
O garoto segurou na mão dela e levantou-se. Eles caminharam pela floresta. O menino não pôde deixar de notar os estranhos olhos que o observava e sombras que se dispersavam na escuridão. Ele encarou o rosto da mulher.
—Quem é você? -Indagou
—Ora, eu sou o que você pode ver. Tudo que está ao seu redor, sou eu.
—Eu não entendi. Como você pode ser tudo o que está ao meu redor?
—Eu simplesmente sou, é mais simples do que parece.
Os dois atravessaram um rio, pulando sobre as pedras. O garoto poderia jurar ter visto algo vigiando-o, mas que desceu às águas para não ser vista.
—Então... Você está me dizendo que é essa árvore? E o rio? E as pedras?
—Hum... Sim.
—Eu não acredito. *Sorriu*
—Ora, existem coisas incríveis que não podemos ver.
—Tipo o quê?
Ela sorriu, empurrando um galho de árvore que cobria seus olhos.
—Aquela é sua família?
—Sim! São eles, mas por que parecem assustados?
—Infelizmente, uns amigos meus tiveram que assustá-los, eles estavam atrás de algo que nos pertence. Mas acredito que aprenderam a lição. Vá, eles devem estar preocupados.
O menino assentiu e correu em direção às pessoas. Ele deu uma última olhada para trás, mas a misteriosa mulher havia desaparecido.
A mulher verde sabia o que a esperava. Assim que adentrou a caverna, todos eles a observavam.
—Ah, olá gente! Eles já foram embora?!
Curupira - Já, Mãe! Aqui está a Caixa de Pandora. *Ele ajoelhou e entregou a ela*
—Ah, muito bem! Sabe-se lá o que aconteceria se caísse em mão erradas, não queremos ter problemas com ela novamente.
Iara - Ninguém vai falar sobre aquele garotinho? Achei que era por isso que viemos aqui.
Cuca – Foi muito perigoso, Mãe! Podíamos ter sido descobertos.
—É apenas uma criança, ele nunca nos faria mal. Afinal, eu sou ou não a Mãe Natureza?!

A criança ficara curiosa com o que ouvira da mulher há alguns minutos atrás.
—Mãe, o que viemos procurar aqui?
—Esqueça, foi uma péssima ideia. Eu avisei ao seu pai.
—Ora, se tivéssemos encontrado a caixa de Pandora estaríamos ricos agora.
—Ao invés disso viemos parar numa floresta amaldiçoada.
—A mulher verde disse que a caixa não pertence a vocês.
—Mulher verde? *Indagou a mulher*
—Ele também viu assombrações.
—Não, ela que me ajudou...
—É melhor parar com esse assunto, já estou aterrorizada demais por hoje.
Um silêncio tomou conta dos três.
—Mas, por que a caixa é tão especial?
Os dois adultos trocaram olhares.
—Não é a caixa, mas o que tem dentro dela.

Amazônia - Presente

Raimundo sorriu ao finalmente pôr as mãos na Caixa de Pandora. Ela estava aberta, e o objeto encontrado dentro dela era totalmente diferente do que imaginara. Era fina e branca, parecia ser feita de osso. Aquela varinha, definitivamente, não era como ele esperava. Faltava saber se ela funciona. Ele pegou o objeto de maneira firme e balançou o punho. Houve uma movimentação no rio.

***

Godinez estava reunido com a sua gangue, Chris e Chef continuavam presos.
Godinez – Argh! Máquinas destruídas, prisioneiros soltos, sabem quanta grana já perdemos em um dia?!
Chris – Eu consigo imaginar, hehe.
Chef – Chris, é melhor não desafiar.
Godinez - Então quer dizer que tudo o que temos em nossas mãos está aqui?! Algumas gaiolas com animais, algumas árvores e... Esses dois?! *Apontou para Chris e Chef*
Os quatro capangas se olharam e assentiram.
Godinez – Grr... IMCOMPETENTES!
Bernadete – Alto lá, chefinho, nós fizemos todo o trabalho sujo, você não fez nada!
Godinez – Como assim?!
Bernadete – Exato! Nós que cortamos as árvores, prendemos esses bichos e corremos os riscos, você só ficou aqui, esperando por resultados.
Reginaldo – Bem... Pensando por esse lado, ela tem razão mesmo.
Rogério - É verdade, minhas mãos estão cheias de calos por conta do machado.
Rene – Eu apanhei muito em poucos dias.
Godinez – Do que estão reclamando?! Vocês estão sendo pagos, não estão?!
Bernadete – Eu ainda não vi a cor do dinheiro, para ser sincera. Olha, quando nos chamou para participar do seu plano, nos garantiu que seria algo fácil e rápido. Estamos escondidos aqui quase a temporada inteira do Drama Total!
Godinez – Sim, mas estamos terminando o serviço.
Rene – Aceite, chefe, nós perdemos, deu ruim, é hora de puxar o barco enquanto ainda não fomos presos.
Godinez – Grr... Certo! Mas eu não saio daqui de mãos vazias... Coloquem as gaiolas nos caminhões. *Ninguém o obedeceu* Hãn... Pago o dobro do que tínhamos combinado quando voltarmos.
Os quatro capangas acataram as ordens do bigodudo.
Chris – Caramba, seus subordinados são teimosos, né? Nenhum dos meus funcionários faria isso comigo.
Chef - Você só tem dois, o cameramen e eu.
Chris – Falando nisso, onde ele se meteu?
Chef – Ouvi ele gritando que se demitia mais cedo.
Chris – Ah, é? Pobrezinho... Como era o nome dele mesmo?! *O Chef deu de ombros* Bom, não importa, você tem uma nova profissão agora, hehe.
Godinez - Silêncio vocês dois, já não aguento mais ouvir vocês falando. Agora que já finalizamos, vocês não me são mais úteis.
Chris – Fomos úteis em quê? *Sussurrou para o Chef, que não soube responder*
Godinez – Deixa-me ver o que faço com vocês, hum... JÁ SEI! Vão andar na prancha haha! Eu sou muito mal.
Chef – Mas... Não tem navio aqui, nem prancha, e nem estamos no mar.
Godinez – Ah, é mesmo! Bom, então isso resolve também. *Ele empurrou o corpo de Chris, que caiu dos braços de Chef penhasco a baixo*
Chef – CHRIS! NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOO!
Godinez – Deixa de drama, você nem gostava dele.
Chris – AAAAAAAHHHHHH! NUNCA PENSEI QUE FOSSE MORRER ASSIM... Sem meu gel de cabelo, que morte horrorosa!
*Alguém segurou Chris em seus braços*
Chris – AAAAAAHHH!!!
Creuzodete – Christalino! Que saudades! *Ela abraçou Chris*
Chris – Sai pra lá, jacaré! *Ele pulou para longe dela* Mãe, o que está fazendo aqui?
Creuzodete – Eu nunca fui embora, meu amorzinho. Depois que você me colocou na tirolesa, eu fiquei tomando chazinho com o fofo do cameramen lá no abrigo dos eliminados antes da repescagem. Eu sabia que você ainda precisaria de mim... E aliás, ele pediu para te entregar isso, acho que é uma carta de demissão.
Chris – Santa Galopita, quanto erro de português! E quantas palavras de baixo calão, eu não fui um chefe tão ruim assim.
Algo caiu em cima de Chris.
Chef – Chris! Você ainda está vivo?
Chris – Estava... Ai! O que houve?
Chef - Ué, depois que o baixinho de jogou do penhasco, foi a minha vez.
Creuzodete - Você deixou o meu bebê ser atirado de um penhasco?!
Chef – O que queria que eu fizesse? Estava amarrado! Ei, você não tinha ido embora.
Chris – Ir embora, ta aí uma boa sugestão. Vamos, antes que eles nos encontrem e...
Creuzodete – Nem pensar! Ninguém atira meu Christalino do penhasco e fica por isso mesmo. Dá licença. *Ela começou a subir o penhasco*
Chris - Mãe, volta aqui! *Ele ficou assustado*
Chef – Deixa ela ir.
No penhasco, os capangas terminavam de guardar as gaiolas.
Godinez – Vamos pessoal, hora de ir e... *Alguém pulou em suas costas* AU, AI, OUTCH!
Creuzodete – NUNCA MAIS MEXA COM O MEU FILHINHO, OUVIU BEM? *Ela dava tapas nele*
Godinez – TIREM ESSA LOUCA DE MIM!
Bernadete – Vamos embora, antes que esse circo piore...
De repente, um barulho de vuvuzela chamou a atenção deles. Ao horizonte, uma máquina se aproximava sendo dirigida por Giselle. Bertha estava com suas luvas de madeira, Ken com arco e flecha e Kirby com uma espada de madeira. Araci usava o chicote e Irani a lança. Acompanhados deles, a tribo de índios também se aproximava, juntamente com Iara, Boto, Saci e os Mapinguaris. O resto do exército era constituído pelos animais libertados das outras gaiolas.
Rene – I-Isso não parece nada legal...
Ken – ATACAR!
Todos correram em direção à eles. Araras vermelhas e azuis atacaram alguns companheiros de Godinez, enquanto os macacos atiravam frutas contra eles, cobras os enrolavam, onças perseguiam-os e sapos envenenava-os. Bertha socou Reginaldo com suas luvas, Kirby brigava contra Bernadete usando sua espada, Ken abriu as portas dos caminhões e usou suas flechas para liberar os animais, enquanto Giselle perseguia Rene e Rogério com a máquina que dirigia.
Iara – Meu espelho! *Ela pegou o objeto, beijando-o*
Saci – Meu capuz! *Ele sorriu, colocando-o sobre a cabeça*
A sereia cantarolou, hipnotizando alguns homens, enquanto Saci causava ventos e amarrava os cadarços deles.
Godinez - Sai de mim, mulher! *Empurrou Creuzodete, mas acabou levando um coice nas costas* AAAH!
Magia – Muito bem, Mula. *Sorriu, batendo palmas e abraçando o pescoço do animal* Vamos nos juntar à festa, gente.
Magia pulou da Mula, dando uma cambalhota no ar. Ela parou ao lado de uma cobra.
Magia – Ah, oi! Lembra de mim? Você me mordeu lá no começo do programa, eu perdi aquela luta, mas venci a revanche uns episódios depois.
A cobra assentiu com a cabeça.
Magia – Sem ressentimentos. *Ela pegou a cobra pelo pescoço e esticou-a, o animal mordeu um dos capangas de Godinez* UHU!
Jéssica, Blair, Brady e Ayira observavam de longe aquela situação.
Jéssica – Ai, isso é demais pra mim. *Revirou os olhos, de repente, começou a espirrar* Atchim!!! O quê?... Atchim! Ah não, gatos?! Aaaah! *Ela saiu correndo quando os felinos se aproximaram* Sai da frente! *Ela deu um tapa no rosto de um dos homens, derrubando-o*
Blair e Brady deram de ombros e também foram participar da briga.

Godinez se levantou e correu até o caminhão mais próximo. Ele assumiu o volante e pisou no freio, mas o caminhão foi atacado pela máquina que Giselle dirigia. Bertha pulou no capô do caminhão, apenas uma de suas mãos ainda continha a luva.
Giselle – Ah, não, você não vai fugir não.
Godinez – ARGH! Vocês podem ter vencido desta vez, mas este não é o meu fim. Eu voltarei para este lugar o quanto antes e terminarei o que comecei. Cada espécie de animal será traficada, cada árvore derrubada e cada folha queimada! Não descansarei até atingir meu objetivo!
Bertha – Só se for na cadeia, seu palhaço. *Ela colocou uma mecha do cabelo para atrás da orelha, revelando uma pequena câmera* A sua confissão está sendo transmitida neste exato momento em rede nacional. Você já era! *Ela socou-o com a mão enluvada, o homem desmaiou no banco do motorista*
E enfim, choveu.

***

Ruby caminhara delicadamente, como sempre. A criatura andava ao lado dela, enquanto Thiara e Curupira se mantiveram mais atrás.
Thiara – O que é aquilo? *Sussurrou, indagando sobre a criatura*
Curupira – É o famoso Bicho Papão. Mas não se preocupe, é inofensivo, apenas ataca se sentir-se ameaçado.
Thiara assentiu, mas não era isso que a incomodara. Ruby virou-se para os dois.
Ruby – Preciso resolver umas coisas agora.
Thiara – O que vai fazer?
Ruby – Hãn... É um pouco secreto...
Thiara – O quê? Não! Espera.
Ruby não se moveu.
Ruby – Algum problema, Thi?
Thiara – Se tem algum problema? Você sumiu, foi embora e me deixou sem notícias, o Hank também. Brincou de Encapuzado com a gente, e agora você simplesmente vai dar as costas de novo, sem dar explicações mais uma vez?
Ruby – Você não entende.
Thiara – Mas eu quero, você me pediu pra confiar em você e eu confiei, eu só preciso saber que fiz a escolha certa.
Ruby – Há coisas que eu gostaria de te contar, mas eu não posso.
Thiara – Pra que manter mais segredos?
Ruby – Você não entende, eu quero, mas eu não posso.
Thiara pareceu confusa com o que Ruby acabara de dizer.
Thiara – Quando você diz que não pode...
Ruby – Estou dizendo que não consigo. *Ela deu alguns passos para o canto do local e se agachou*
Curupira – Eu... Acho que talvez possa ajudar. *Ele abriu a mão e revelou para a garota ter em posse o Muiraquitã, o verdadeiro. Em formato de sapo e cor de esmeralda* Ele tem vários poderes, dentre eles, a transmissão de memórias.
Thiara encarou o rosto de Ruby, e recebeu um sorriso tímido como forma afirmação.
Thiara – E o que é preciso fazer?
O Curupira colocou o objeto no chão.
Curupira – Basta tocarem nele e quererem compartilhar as informações. Irão sentir como se estivessem trocando de corpos, mas voltarão ao normal em segundos.
A garota do colar de onça pegou o objeto e caminhou com cautela em direção à loira.
Curupira – Vou deixá-las sozinhas.
Ele se retirou, acompanhado do Bicho Papão. Thiara agachou ao lado de Ruby, ela segurara o Muiraquitã. Ruby hesitou.
Thiara – Só se você quiser.
Ruby respirou fundo e também colocou a mão sobre ele.
...
Tina – O quê, Ruby?! Está apaixonada pelo Brady?!
Todos ficaram boquiabertos.
Brady – Isso... É verdade?!
Ruby – Bem... Sim... E você?
Brady – Poxa... É complicado. Olha, Ruby eu gosto muito de você...
Ruby – Mas...?!
Brady – ...Mas não da mesma forma.
Ruby força um sorriso.
Ruby – Tudo bem. Acho que no fundo, eu já esperava por isso.
Brady – Desculpe te decepcionar.
Ruby - Não, eu vou ficar bem. Só preciso... Só preciso de um tempo...
Ruby deixa o local correndo.
Ruby chorava no colo de Fox.
Ruby – Eu sou tão burra! Como pude me iludir por um garoto que conheço há 3 dias?
Fox – Calma Ruby, a vida é assim.
...
Ruby passou dançando por Sabrina e Tina.
Ruby – Bom dia, meninas. Ah, estou tão feliz por ter continuado.
Tina – Grr... Não vem com essa alegriazinha pra cima de mim não, você voltou desta vez, e se quiser voltar na próxima, é bom continuar votando comigo.
Ruby – Ah, mas é claro, temos uma aliança, não é?
Tina – Só que não é para você sair contando para todo mundo, garota. Você é burra?
Ruby – Não... Eu, bem...
Tina – Sai daqui, anda.
Ruby apressou-se para sair dali. Sabrina riu.
...
Todos os participantes correm dali. Tina puxa Ruby.
Tina – Da próxima vez que você ir fofocar pra sua amiga, me encarregarei de você ser a próxima a descer pela tirolesa.
Ruby engole em seco.
Ruby – Tudo bem.
Tina – Ótimo, agora vamos como se nada tivesse acontecido.
...
Ruby chega na mesa das três. Elas pararam de conversar ao ver a presença da menina.
Ruby – Olá! Como estão? Eu posso fazer companhia a vocês?
Sabrina – Ah gente, a cantora quer fazer parte do nosso grupo.
Jéssica – Ah, vamos! As tranças dela até que são bonitinhas.
Ruby – Obrigada. *Sorri*
Jéssica – Então concorda?
Ruby – Com o quê?
Jéssica – Você acha que elas são bonitinhas?
Ruby – Eu não sei... Eu só queria me juntar a vocês...
Jéssica – Só um segundo.
Jéssica cochicha no ouvido de Giselle e Sabrina.
Jéssica – Olha, nós conversamos e chegamos a conclusão de que você não pode sentar com a gente.
Ruby – Por que não?
Giselle – É que nas quartas nós usamos rosa.
Sabrina – Quê?!...
Ruby – Mas... A Sabrina não usa rosa.
Giselle – Oh, é mesmo! Sabrina, você também não pode sentar com a gente.
Sabrina – Cala a boca, Giselle. Você nem está de rosa.
Giselle – Ah, é mesmo. *Sorri*
Jéssica revira os olhos.
Jéssica – O que a Giselle estava querendo dizer é que você está vestindo uma jardineira...
Sabrina – E isso é tão “out”.
Giselle – O que é “out”?
Sabrina – É uma gíria... Da época de escola.
Jéssica – Desculpe Ruby, se você se vestisse melhor, talvez...
Ruby assente.
Ruby – Tudo bem. *Ela deixa o local*
Sabrina – Ainda bem que ela saiu daqui, eu já não estava aguentando ela.
...
Ruby – Ah... Eu escolho verdade porque desafio pode desmanchar o meu visual.
Chef – Muito bem, você já superou o fora que o Brady te deu?
Ruby – Ah... É claro... Puff! *Ela sorri* Olha pra mim, acha que eu vou ficar sofrendo?
Chef – A sua resposta está... ERRADA! De acordo com as gravações, você chora toda a noite por ele. *Ele pega um controle remoto e aperta um botão. Uma tela de TV aparece, transmitindo a imagem de Ruby chorando*
Ruby – Eu... Tenho certeza que isso é de uns três dias atrás.
Chef – É de ontem.
Ruby se entristece.
...
É, eu não havia superado mesmo a rejeição do Brady, e a convivência com a Tina não ajudava na minha autoestima. As pessoas olhavam para mim como se dissessem “Lá vem a boba da Ruby”. Eu tentei ser mais parecida com a Sabrina e a Giselle, é que mesmo elas sendo pessoas horríveis, muita gente gosta delas, e eu não entendia isso. Até com a Bertha eu tentei ficar parecida, mas ela era diferente, era incrível. Tentar ser outras pessoas fez com que eu me perdesse na minha própria identidade. Quem eu era?

Ruby – Isso é coisa da antiga Ruby.
Hank – E o que tem de errado com a antiga Ruby?
Ruby – Ninguém gosta dela.
Hank – Eu gosto.

Ah, Hank! Você é tão maravilhoso. Sinto muito tê-lo feito passar por isso, não era minha intenção te magoar e nem ir embora, é que eu não conseguia me libertar e no fim, eu não podia ficar. Um dia, eu ainda te explicarei tudo, eu prometo.

Ruby aproveitou que toda a sua equipe dormira profundamente depois de um dia cansativo de desafio e resolveu caminhar pela escuridão da floresta, visto que sua mente tão turbulenta não a deixara descansar, mesmo que tivesse morrendo de sono. Ela se tremeu um pouco por conta do frio, mas continuou a caminhar.
“Oi” Uma voz ecoou. Ela olhou para os lados, mas não viu ninguém. Achou que seria algo da sua cabeça.
“Não se preocupe, você não está ficando louca. Eu sou sua amiga”
Ruby – Quem é você?
“Isso não é importante agora. Não é sobre mim que estamos falando. Diga-me, o que está te afligindo?”
Ruby – Eu não confio em algo que eu não vejo, por que não aparece?
“Ora, sou apenas uma voz, não posso te fazer mal. Além disso, foi você que me chamou”.
Ruby – Eu?!
“Oh, sim. Eu escutei o seu choro, suas lamentações, eu posso te ajudar com isso. Sua mente está tão bagunçada”.
Ruby – Como você pode me ajudar?
“É só me dizer do que você precisa. Deixa eu ver, você teve um amor não correspondido, aquilo te machucou não foi? Gostaria que ele se apaixonasse por você?”
Ruby – Sim... Quer dizer, não. Eu queria que ele gostasse de mim, mas não obrigá-lo a isso.
“Tudo bem. Então, e quanto às humilhações sofridas diariamente por aquela mulher? Qual o nome dela mesmo?”
Ruby – Tina?
“Tina, isso! Você gostaria de se vingar dela, não gostaria?”
Ruby – N-não, claro que não, não sei do que está falando.
“Eu estou apenas reproduzindo o que se passa na sua cabeça, queridinha. Se fará com que sinta-se melhor, então por quê não? Ela foi horrível com você”
Ruby – Ela foi horrível comigo.
“Mas claro, você só faz aquilo que sentir vontade”
Ruby não respondeu, em vez disso, optou por encerrar aquela conversa e distanciar-se daquela voz tão estranha. Ela voltou ao acampamento, e àquela noite, ela não adormeceu. A sua mente continuara trabalhando.
...
Tina desceu à tirolesa e caiu no barco que a esperava.
Tina – AIE! Grr... Odeio Emmett, odeio Thiara, odeio todos desse programa! *Ela reparou que não havia ninguém do programa para levá-la de barco até o outro lado* Qualé, vou ter que remar sozinha?
Tina... Tina...
Tina – Que voz é essa? Quem está me chamando?
Tina ouviu uma risada.
Tina – Se for uma pegadinha, Mclean, eu juro que...
Novamente ouviu a mesma risada. Tina estremeceu.
Tina – Estou ficando louca... *Ela começou a remar*
Tina percebeu uma sombra nadando por baixo de seu barco, ela dobrou a sua atenção. A sombra apareceu por trás dela, mas ela não conseguiu ver o que era, visto que o barco foi virado.
Tina - *Cuspia água* Mas que diabos está havendo aqui?
Alguém puxou sua perna para o fundo do rio. Ela se debatia, mas sentia como se estivesse sendo enforcada debaixo d’água. Ela conseguiu se libertar e nadou até a superfície, bateu os braços rapidamente na tentativa de fugir do que quer que estivesse atrás dela. Tina conseguiu chegar em terra firme.
Tina – Ufa... Estou a salvo agora. *Ela encarou o rio, e visualizou a imagem de alguém saindo das águas* AAAAAH! ME DEIXA EM PAZ!
Tina correu, a sombra a seguia, rindo. A figura tinha o rosto coberto por um capuz, sendo impossível ver seu rosto. Tina olhou para trás de relance, mas acabou tropeçando em uma pedra. A figura se aproximou.
Tina – O que você quer de mim? O que quer de mim? *Ela se arrastou até o tronco da árvore.
—Ora, Tina, por que está com tanto medo? Achei que você fosse durona e corajosa.
Tina – Essa voz... Não pode ser...
Ruby retirou o capuz, revelando o rosto meigo e delicado.
Tina - *Ela sorriu, batendo palmas* Parabéns, você me pegou sua ordinária. Agora, vamos acabar com essa palhaçada, antes que...
Ruby segurou na gola da camisa de Tina.
Ruby – EU decido quando acabamos, ouviu bem? E eu não estou nem um pouco afim de terminar agora.
Ruby jogou Tina contra o chão.
Tina – Você está louca?
Ruby – Nós vamos descobrir. * Ela caminhou em direção à mulher*
Tina deu uns passos para trás, amedrontada. Ela chegou na beira do precipício.
Tina – Ruby...
Ruby não respondeu, apenas continuou encarando-a, um olhar impiedoso, um olhar que Tina preferira nunca mais ver em sua vida. A loira deu mais um passo a frente, Tina deu um passo para trás, ela escorregou, segurando no cipó da árvore, que se quebrou. Tina acabou rolando o morro abaixo. Ruby desceu o precipício saltitante, enquanto cantarolava.
Ela aproximou seu corpo ao de Tina, a mulher se encontrara bastante ferida e desacordada.
Ruby – Não... Não, não, não, não... *Ela cobriu a boca, perplexa*
Ela ouviu passos se aproximando e decidiu se esconder. Uma luz esverdeada iluminou o local onde Tina se encontrara.
—Oh, o que fizeram com você?
Ruby estava atrás do arbusto, assistindo aquela mulher verde e coberta por flores acariciar o corpo da militar. Ela tocou com uma de suas mãos na mulher e, como em um passe de mágica, os ferimentos cessaram. Ruby ficou encantada. Ela saiu do arbusto, surpreendendo a mulher que ali se encontrava.
Ruby – Como fez isso?
Mãe – Como eu fiz o quê?
Ruby – Como... Curou ela?
Mãe – Eu não sei do que está falando... Preciso ir.
Ruby – Espera! Eu não vou te fazer mal. Você... É linda.
Mãe – Obrigada. *Sorriu* Você também. *Ela encarou o corpo de Tina* Foi você que causou isso a ela?
Ruby se constrangeu.
Ruby – Eu não queria machucá-la, era apenas um susto, mas... Meio que saiu do controle. Ela vai ficar bem?
Mãe – Sim, vai sim. Não se lembrará de nada, mas o que fez foi muito perigoso, poderia ter tido consequências irreversíveis.
Ruby – Eu sei.
Mãe – Bom, é melhor eu ir, e você devia fazer o mesmo. * Ela apressou-se em sair dali*
Ruby – Espera, ao menos me diga quem é você.
Mas a mulher já havia desaparecido. Ruby ouviu outros passos e saiu correndo dali, desta vez para longe. O funcionário do programa encontrou Tina, e agradeceu por não perder o emprego.
...
Naquela noite, Ruby ficou inquieta. Ela andava de um lado para o outro, arrancando os próprios cabelos. Ela era uma pessoa ruim, sabia disso.
Ruby – Por que eu fui fazer isso? Por que?!
Ela parou de andar e lembrou-se da voz da noite anterior. Assim, correu para o mesmo local em que a havia escutado.
Ruby – Voz?! Está aí?
“Ah, você voltou. E então?”
Ruby – Eu me vinguei da Tina, dei um susto nela, mas quase acontece o pior. Eu não devia ter feito isso.
“Minha queridinha, ela merecia isso, não acha? Diga-me, como se sentiu?”
Ruby – No começo, eu me senti corajosa. Depois... Fiquei com medo.
“E agora? Qual a sensação agora?”
Ruby – Satisfação, eu acho.
“Você não precisa sentir-se culpada por fazer aquilo que deseja. Não pense como uma vingança, mas como... Justiça”
Ruby – Justiça, sim, ela teve o que merecia.
“E quem é o próximo?”
Ruby – O próximo?
“É claro! Cada um te fez mal de um jeito diferente, não foi?”
Ruby – Não... Eu acho que não. Não quero fazer isso de novo.
“Bom, tudo bem. Você é dona das suas próprias escolhas”
Ruby – Obrigada, voz. Como... Como você se chama?
“Hum... Pode me chamar de Ana, se quiser”
Ruby – Certo, Ana. Vou indo, então. Até amanhã.
E mais uma vez, Ruby retornou ao acampamento de sua equipe.
...
Ruby – Pois é, e no fim, o Ken acabou sendo eliminado. Fiquei com pena do Emmett.
“Eu adoro ouvir suas histórias, sabia?”
Ruby sorriu.
Ruby – Eu gosto de conversar com você, Ana. Sinto como se você fosse uma das poucas que me escutam.
“Sempre que precisar. Afinal, somos amigas, queridinha”
Ruby – É, somos. *Ela se levantou* Bom, vou indo, já está tarde.
“Espere. Não vá ainda”
Ruby – Por que, não?
“Queria te pedir um favor... Se você puder fazer, é claro”
Ruby – É só me pedir.
“Sabe, eu tenho um objeto perdido pela Amazônia e gostaria muito de tê-lo de volta”
Ruby – Mas... Você é só uma voz. Não é?
“Bem, sim, mas posso ganhar um corpo, se eu puder tê-lo comigo. Você não gostaria de ter uma amiga? De conversarmos em qualquer lugar?
Ruby – É claro que sim, Ana. O que você procura?
“É uma caixa, ela possui uns detalhes azuis e dourados. Basta que traga para mim”
Ruby – Hum... Não me lembro de ter visto algo parecido, mas posso dar uma procurada.
“Eu seria extremamente grata”
...
Ruby – Ana, Ana.
“Estou aqui querida”
Ruby – Ansiosa para saber como foi o meu dia hoje?
“Sim, sim, mas antes, você encontrou o que pedi?”
Ruby – Ah, sobre a caixa? Não, mas aconteceu algo entre a Kirby e a Jéssica que...
“Ah, querida, promete que irá trazê-la para mim?”
Ruby – Eu nem sei por onde começar a procurar.
“Basta começar”
Ruby – Hum... Por que essa caixa é importante mesmo?
“Eu já lhe disse, amiga, para eu ter um corpo e podermos ser amigas de verdade”
Ruby – Tem certeza? Parece que tem algo a mais por trás dessa história.
“Ah, você foi TÃO magoada pelas pessoas que agora encontra dificuldades em confiar nos outros. Mas eu nunca te decepcionaria, você sabe”
Ruby – Hum, tudo bem então, eu prometo que procurarei por sua caixa.
“Ótimo. Então, você dizia sobre Kirby e Jéssica?”
...
Ruby – Ana!
“E então? A encontrou?”
Ruby – Me desculpe, eu procurei por toda a parte.
“Está mentindo”.
Ruby não respondeu.
“Por que mentiria para mim, querida? Está com medo, por um acaso?”
Ruby – Você me fez machucar a Tina, se eu lhe der seu corpo, o que me garante que não machucará ninguém?
“Aí que você se engana, queridinha. Você machucou a Tina por que você quis, eu não a obriguei”
Ruby – Você me fez acreditar que eu queria fazer aquilo!
“Não! Eu apenas te ajudei a entender o quanto você realmente queria, se me lembro, todo o plano foi arquitetado por você. Mas sabe, às vezes as pessoas só precisam de um empurrãozinho, e foi o que eu te dei”
Ruby – Isso nunca mais irá acontecer. E eu nunca mais voltarei aqui, você continuará sendo apenas uma voz e, se depender de mim, nunca terá o seu corpo de volta.
No entanto, uma luz azul se formou diante dos olhos da garota. Ali, em sua frente, uma mulher de cabelos pretos e longos vestidos brancos apareceu. Ruby estava assustada.
Ana – Olá, querida! Finalmente estamos nos encarando olho a olho. *Seu sorriso era perverso e ela possuía um olhar maligno*
Ruby – Você... Você tem um corpo... Isso não faz sentido.
Ana – Ah, mas fará. *Ela riu* Nunca precisei da caixa para ter um corpo, mas sim, ela é importante para mim. A verdade é que estou presa nesse local, amaldiçoada, caso contrário, eu mesma procuraria pela minha caixa. A varinha dentro dela, uma varinha feita de ossos, aquilo pode me libertar, libertar a minha verdadeira forma.
Ruby – Que verdadeira forma?
Ana – Ah, você adoraria ver... É linda. *Sorriu* Estou há séculos presa aqui, falando com qualquer ser humano que me apareça, afim de convencê-los a me ajudar, mas todos ignoram a voz em suas cabeças. Eu quase consegui há uns anos atrás, mas aqueles guardiões tolos da floresta os expulsaram. E então, você me apareceu. Tão frágil, tão sentimental, tão carente. Os seus sintomas de ansiedade e depressão, como a insegurança e a baixa autoestima se mostrarem fáceis de manipular, no fim, você só precisava de alguém para escutá-la, não é?
Ruby fitou-a, sem responder.
Ana – Vamos ver... *Ela começou a andar em círculos* O garoto por quem se apaixonou, Brady, é isso? Não era recíproco.
Ruby – Isso já passou, o Hank me faz muito bem agora.
Ana – Mas será que você faz bem a ele? Precisou um lobisomem atacar vocês para ele revelar seus sentimentos, será que são realmente reais ou ele só disse o que você queria ouvir? Hum... A Tina nem preciso dizer, as suas amigas, Ashley e Thiara, são tão autossuficientes e descoladas, você passa despercebida perto delas. As pessoas gostam até da Giselle e da Sabrina que não são as melhores pessoas do mundo, mas de você não, elas te consideram chata. Por que será?
Ruby – Para com isso. *Ela tampou as orelhas*
Ana – Verdades são duras de serem ouvidas, não é? Sabe o que mais engraçado? Mesmo você passando por tudo isso, você não gosta que as pessoas se preocupem com você. Quero dizer, você força um sorriso que não existe, você finge que está tudo bem, quando não está, e as pessoas não percebem que você precisa de ajuda, simplesmente por que elas não se importam, Ruby!
Ruby – CHEGA! Eu não admito que diga mais uma única palavra.
Ana gargalhou.
Ana – Finalmente você está saindo do controle que você achava que tinha. Às vezes, é melhor aceitar que as coisas não são perfeitas como você gostaria que fossem.
Ruby – Espero que você esteja confortável aqui, por que no que depender de mim, serão séculos e mais séculos sozinha e abandonada.
A loira deu às costas para a mulher.
Ana – Espere!
Ruby parou de andar, e virou para encará-la. Ana olhou diretamente para a copa da árvore ali perto e estendeu sua mão. Ruby arregalou seus olhos ao ver o pequeno macaco prego flutuar em direção à ela.
Ruby – ZÉ!
Ana – O famoso Zé de que você falou! Eu também tenho os meus truques, queridinha.
Ruby – Solte-o agora!
Ana – Como quiser. *Ainda com um sorriso no rosto, ela baixou a mão, a perna do macaquinho se contorceu e, em meio a um grito de dor, ele caiu no chão*
Ruby – NÃO! *Ela se desesperou e foi de encontro a ele. O Macaquinho chorava de dor* Não, tadinho, ele não merece isso, faça parar.
Ana – Vou dizer o que acontecerá agora! Você vai encontrar a minha caixa e trazê-la para mim, ou o mesmo acontecerá a todos que eu puder machucar, incluindo o seu amado Hank.
Ruby – Você não pode machucá-lo, não se ele passar bem longe desse lugar.
Ana – É mesmo?
“Socorro, Hank, socorro” Era a voz de Ruby ecoando pela floresta.
“Ruby? “ Desta vez era a voz de Hank, mas não era uma ilusão causada pela mulher.
Ana – Isso é o mais fácil, querida. Vou fazer você presenciar todos eles extremamente feridos, sofrendo por ossos quebrados e nunca te deixarei esquecer que a culpa é sua.
Lágrimas escorriam pelos olhos da garota, abraçando o macaco.
Ruby – Certo! *Foi o que conseguiu dizer*
Ana – E mais uma vez se importando com quem não dá a mínima para você. Mas sabe, vou tornar isso mais interessante. *Ela levantou a mão novamente, e uma esfera azulada correu de seus dedos para o corpo de Ruby, mas a garota não sentiu nada* A partir de hoje, eu te amaldiçoo. Você não conseguirá contar a ninguém o que se passou aqui, toda a vez que tentar falar, escrever, cantar ou qualquer outra coisa referente a isso, sua garganta começará a queimar e, automaticamente, você cobrirá a boca com as mãos. Amaldiçoado seja.
A luz cessou, Ruby chorava muito para saber se aquilo havia dado certo ou não.
Ruby – Só... Ajude ele. *Pediu, em relação a Zé*
Ana encarou-a nos olhos e soltou um riso. Ela desapareceu.
Ruby – NÃO!!! VOLTE AQUI, VOLTE!
Ela abaixou a cabeça, suas lágrimas caíam no chão.
Ruby – Me perdoe, Zé! Me perdoe, por favor. Vou levá-lo à enfermaria.
Ruby se levantou e começou a caminhar com o macaco em mãos, ele ainda sentia dor na perna, e a própria Ruby fraquejava ao andar. Ela deu uma pausa, afim de tentar alimentar o animal com uma banana.
“O que aconteceu?” Ruby olhou para trás, a mulher verde reaparecera.
Mãe – Pobrezinho, machucou a perna.
Ruby – Você! *Ela ficou esperançosa* Será que pode fazer aquilo de novo? Igual da outra vez...
Ela pegou Zé em seus braços.
Mãe – Está tremendo.
Ruby – Ele está com muita dor.
Mãe – Ele não, você.
Ruby olhou para suas mãos e percebeu que realmente estava tremendo.
Mãe – Pode ficar calma, ele já está bem. *Sorriu graciosamente* Mas o que aconteceu?
Aquela era a oportunidade perfeita para Ruby. Assim que abriu a boca para falar sobre o ocorrido, sentiu-se obrigada a cobrir a boca com as mãos, além de sentir uma queimação agonizante na garganta. Ela caiu de joelhos.
Mãe – Ei, você está bem? *Ela tocou no ombro de Ruby*
A cantora sentiu a sensação passar. Ela conseguiu pôs-se de pé novamente.
Ruby – Não foi nada... Estou melhor agora.
Mãe – Hum... E quanto à ele?
Ruby – Caiu da árvore... Não foi, Zé?
O macaco, agora melhor, pulou dos braços da Mãe Natureza e voltou para Ruby.
Ruby – Obrigada. *Ela sorriu*
“Ruby!”
Era a voz de Hank. Ela olhou para trás para vê-lo se aproximar, quando olhou de volta, a mulher havia sumido.
Hank – Ruby, finalmente te encontrei. *Ele a abraçou* Te ouvi gritando socorro, corri na hora para ver o que tinha acontecido, mas você já não estava mais no mesmo lugar. Segui seus passos até aqui e... Você está bem?
Ruby sabia que não poderia contar o que havia acontecido, então fez aquilo que sabia fazer de melhor, que era fingir que tudo estava bem. Ela forçou um sorriso.
Ruby – Sim. Eu chamei por que o Zé havia machucado a patinha, mas agora está melhor. Vamos voltar?
Hank – Tem certeza que é só isso? Você parece nervosa.
Ruby – Você confia em mim?
Hank – É óbvio.
Ruby – Então, agora vamos voltar ao acampamento.
...
Naquela noite, Ruby teve pesadelos. Ela não conseguiu dormir.
...
Ruby se olhava em frente ao espelho do banheiro. Ela abriu a boca para tentar proferir as palavras sobre Ana, mas novamente a dor na garganta se fez um incômodo. Ela cobriu a boca até a sensação passar. Ela também tentou outras alternativas, carta, anagrama, gestos, todas com o mesmo resultado. Parece que a maldição funcionava com o simples fato de ela querer pedir ajuda.
...
Ana – Ah, olha quem voltou. Onde está minha caixa?
Ruby estava visivelmente abatida.
Ruby – Procurei nas montanhas, nos acampamentos, nos troncos de árvore, não encontrei nada.
Ana – Então continue.
Ruby – Eu estou exausta, Ana. Eu só precisava dormir um pouco.
Ana – Vai procurar a madrugada inteira.
Ruby baixou a cabeça, assentindo.
Ruby – Eu posso ao menos comer alguma coisa? Estou fraca.
Ana – Se começar a procurar agora, talvez termine antes do amanhecer. *Sorriu*
Ruby deu às costas para ela e saiu dali.
...
A luz do sol iluminou o rosto da garota. Ela retornou ao acampamento e já caminhou em direção ao banheiro.
Ruby – Ruby, você está horrível. *Ela arrumou os cabelos e passou uma maquiagem leve no rosto. Naquele dia, optou por não trançar os cabelos*
...
Ruby olhava seus amigos ao longe, ela pensava em uma resolução para seu problema. O capuz que usara há uns dias veio a tona.
Ruby – Meu maior problema é quanto à ela ferir meus amigos, mas se ela não puder ferir ninguém... Quem sabe? *Ela olhou para o capuz novamente*
Thiara – Falando sozinha, amiga?
Ruby escondeu o capuz imediatamente.
Ruby – Ah, não... *A garganta queimou, mas ela já estava se acostumando com a sensação. As mãos cobriram a boca*
Thiara – Quer vomitar?
Ruby – Acho que comi algo que não me fez bem.
Thiara – Eu tenho um remédio, se precisar.
Ruby – Vou ficar bem, só preciso de um tempo.
Thiara – Certo, me avise se mudar de ideia.
Thiara se afastou, Ruby olhou para o capuz novamente. Ela tinha um plano, não sabia como o colocaria em prática, mas precisava tentar alguma coisa. Era fato que havendo um psicopata à solta, as pessoas se manteriam unidas para se protegerem, mesmo que nos filmes de terror aconteça o contrário. E já que ela não podia revelar a ninguém o perigo que eles corriam, ao menos poderia garantir que se ajudassem contra Ana.
...
Ana – Um capuz?
Ruby – Sim! Se algum deles encontrou a Caixa, eu posso perguntar depois de assustá-los, com certeza vão falar.
Era mentira, mas não podia deixar que Ana desconfiasse de suas verdadeiras intenções.
Ana – Me parece uma alternativa boa... Hum, ao menos se houver resultados mesmo.
Ruby – Ah, vai! Tenho certeza que vai.
...
Aquela noite Ruby passou chorando no banheiro. Ela atacou sua própria amiga, Ashley, como pôde? Ela só queria o bem de todos, mas como explicaria isso? Bom, pelo menos todos ficaram juntos na festa após o ataque, ninguém se separou do grupo.
...
Ashley sentou-se inquieta ao lado de Ruby e Thiara.
Ashley – Meninas... Tenho que contar uma coisa a vocês. Ontem, quase no fim da festa, quando eu fui buscar bebida na cozinha... Alguém me atacou.
Ruby – Como assim?
Thiara – Quem?
Ashley – Eu não sei... Estava coberto com um manto vermelho e o rosto oculto por um capuz.

Ruby – Ah, talvez você só tenha imaginado coisas.

Ashley – Não, eu posso jurar que foi real. Thiara, você acredita em mim, não é?

Thiara – Claro! Se você diz, eu acredito. Será que foi um dos participantes?

Ruby – Impossível, todos estavam na festa.

Ashley – Exceto...

Thiara se assustou.

Thiara – O Fox! Não, não, não, por mais que tenhamos tido divergência, eu custo a acreditar que o Fox seria capaz de algo assim.

Ashley – Eu também não quero acreditar, mas, se não foi ele, só resta mais uma opção.

Ruby – Quem?

Ashley – O Emmett. Ele foi o único que apareceu na cozinha.

As três garotas trocaram olhares. Ruby cobriu a boca com as mãos.

Ruby – Vocês acreditam que possa ter sido ele?

Thiara – Só há uma forma de descobrirmos... Capturando esse capuz vermelho.

Ashley assentiu
...
Todos os competidores escutaram um grito agudo e alto. Era Ruby. Os participantes correram para ver o que havia acontecido.

Hank – Ruby, Ruby, está tudo bem?

Ruby – Eu... Fui usar o banheiro, mas ele estava trancado desde ontem à noite, então eu decidi derrubar a porta e...

Ruby sai da frente e deixa que todos vejam a mesma coisa que ela. Cada um dos participantes se mostrou chocados com a cena. Ali, dentro do banheiro, estava o sumido Fox, com a sua câmera em mãos, completamente imóvel.
...
Ruby andava de um lado para o outro. Foi ela, ela sabia que havia sido ela. Fox estava petrificado por causa dela, mas como ela conseguiu amaldiçoá-lo no banheiro? Será que ela sabia o que Ruby estava tramando?
...
Ruby – VOCÊ! Você transformou meu amigo em pedra.
Ana – Como?!
Ruby – Estou procurando a porcaria da sua caixa, mas você prometeu não fazer mal a nenhum deles.
Ana – Querida, eu não transformo pessoas em pedra. Meu ramo é mais a tortura, isso parece obra de outra pessoa...
Pronto, havia mais uma?
Ana – Não se preocupe, ele vai ficar bem. Ela adora fazer essas coisas. Agora, continue à procura da caixa.
...
Àquela noite, Ruby chorou baixinho no acampamento de sua equipe, ela não queria acordar ninguém.
Funcionou.
...
Droga, Thiara descobriu sua identidade, ela estava indo tão bem. Ruby agora temia que a amiga a entregasse, o que ela falaria para se proteger? Ruby tentou revelar tudo para si mesma, como um teste, mas sem sucesso.
...
Ótimo, Thiara iria manter segredo. Mas que situação horrível, até Fox ela atacou, coitado do Fox, acabou de sair de um trauma com a Cuca. Ruby nunca se sentira tão horrível em toda a sua vida.
...
Aquela noite, Ruby também passou chorando.
...
Força, Ruby, força. Você precisa ser sincera com o Hank, vocês prometeram não guardar segredos. Mas como ela o encararia depois disso? Era demais para ela, pior do que tudo o que ela já havia aguentado até o momento. Ela revelaria a ele ser o Encapuzado, depois, iria embora. Ela esperava que ele não a procurasse.
Ruby – Ah, oi Zé! *Ela acariciou o macaco* O que foi? Quer ir comigo?
Ele assentiu.
Ruby – Você vai ficar mais seguro aqui.
Mas Zé pulou em seu ombro. Sparky apareceu, pousando no outro.
Ruby – Você também? *Ela sorriu* Bom saber que não estou sozinha.
...
Ana olhou para os lados, sentiu alguém se aproximar. Ela não se importou, pois já sabia quem era.
Ana – Demorou, hein? Espero que tenha notícias boas para mim. *Ninguém respondeu* Querida?
De repente, uma flecha acertou diretamente a sua perna. A mulher urrou. Ruby apareceu dentre as árvores, utilizando um arco para acertá-la no queixo, golpe que foi um sucesso na primeira vez, mas Ana defendeu-se na segunda, atirando seus poderes contra a garota, que caiu ao bater contra uma árvore.
Ana – Você é tola se acha que pode me enfrentar, não imagina o que posso fazer com você? Por acaso, sabe quem eu sou?
Ruby se levantou, fitando a mulher.
Ana – E ainda é teimosa. Você fazendo uma escolha idiota novamente. Mas desta vez, eu vou te dar uma lição.
Uma luz azulada atingiu Ruby, ela agachou no chão ao sentir a dor, era uma dor muito pior do que já havia sentido antes, a sua respiração tornou-se lenta e ela perdeu as forças para manter-se de pé.
...
Ruby abriu os olhos, mas logo voltou a fechá-los. Sua cabeça estava doendo, mas ela conseguia ouvir vozes ao fundo. Ela forçou-se a abrir os olhos novamente.
Curupira – Por quê a salvou? Eles estão te fazendo mal.
Mãe – Não podia deixá-la naquele estado, pobrezinha...
Ruby – Você... *Sussurrou, e mesmo que não tivesse sido escutada pelos dois, a sua tentativa de falar foi o bastante para chamar a atenção de ambos*
A mulher verde se aproximou.
Mãe – Oh, você está bem... Céus, parece exausta, há quanto tempo não dorme? *Ela não esperou a resposta* Durma, menina, durma profundamente, e quando acordar, tenho certeza de que se sentirá melhor.
Ruby fechou os olhos, desta vez, ela conseguiu dormir tranquilamente.
...
A loira despertou. Ela bocejou e se espreguiçou, se sentia bem mais disposta do que estava nos últimos dias. Apenas neste momento ela parou para analisar o local em que estava, era uma sala iluminada, flores por todos os lados, e um ar aconchegante. A própria, deitada em uma cama de folhas. Curupira entrou na sala.
Curupira – Ah, você acordou, finalmente.
Ruby – Oi... Curupira, né? Meu nome é Ruby.
Curupira – Eu sei! *Ele a encarou*
Ruby – O que aconteceu? Como eu vim parar aqui?
Curupira – A Mãe ouviu seu grito vindo próximo do rio, quando ela a encontrou você já estava desacordada. Ela cuidou de você e te trouxe para cá.
Ruby – O rio... Ah, Ana! É claro, aquela...
Curupira – Quem?!
Ruby – É uma voz... Quer dizer, era uma voz no começo, depois se transformou numa mulher, ela é horrível.
Curupira – Não sei de quem está falando, não há nenhuma Ana aqui.
Ruby – Eu juro que havia. *Curupira deu de ombros* E essa Mãe, onde ela está?
Curupira mordeu o canto inferior do lábio. Ele respirou fundo e levou Ruby dali. A Mãe Natureza se encontrava na sala ao lado, que não era diferente. Ela sorriu ao ver a garota.
Ruby – Obrigada por me salvar. *Sorriu* Você parece meio... Cansada?
Curupira – A Mãe Natureza não está cansada, mas os ataques a enfraquecem.
Ruby – Que ataques?
Curupira – É claro que você sabe...
Mãe – Curupira! *Repreendeu-o* Ruby, é um prazer conhecê-la. Eu sou a Mãe Natureza, mas pode me chamar de Mãe. Eu sou toda a Amazônia, sua fauna, sua flora, sou sua consciência. Meu poder vem da vida que há aqui... Entretanto, essa vida está se perdendo. Quando destroem a natureza, me atacam diretamente, eu me torno fraca, impossibilitada de curar. Eu estava sentindo uns incômodos há uns dias, mas agora isso se tornou mais frequente.
Curupira – E achamos que vocês estão fazendo isso.
Ruby – A gente? Impossível, ninguém está fazendo mal à natureza, a você, todos amamos esse lugar.
Curupira – Não há mais suspeitos, Ruby, as criaturas, a tribo, ninguém faria mal.
Ruby – Eu não sei quem são os responsáveis, mas eu garanto que não são meus amigos.
Os três se entreolharam em silêncio.
Ruby – O que acontece se esses ataques continuarem?
Mãe – Eu continuo enfraquecendo até morrer, e se eu morrer... Toda a Amazônia morre junto.
Ruby – Isso tem alguma coisa a ver com a caixa?
Curupira – O que sabe sobre a Caixa?!
Ruby – Não muito, só que a mulher no rio estava interessada nela. Ela disse que estava presa e caixa a libertaria. Seu nome é Ana.
Mãe – Oh...
Curupira – Então ela ainda está atrás da caixa, mas eu a perdi desde o confronto com a Cuca.
Mãe – Curupira, vá para a floresta, não deixe que a Caixa caia nas mãos dela.
Curupira – E quanto a você?
Ruby – Eu cuido dela.
...
Ruby caminhou pela floresta escura, alguém pulou da árvore em sua frente.
Ruby – Hank?
O garoto sorriu.
Ruby – Como me achou?
Hank – Digamos que uma bela ave voou muito para te encontrar, obrigado Penélope.
Ele admirou a garota, ela não disse nada.
Hank – Eu estou na berlinda hoje, a minha alergia atacou de novo e eu acabei perdendo o desafio.
Ruby – Olha, se você quer saber da história do Encapuzado, desiste...
Hank – Não, eu só queria te ver.
Ruby ficou surpresa.
Ruby – Sério?
Hank – Eu te amo, Ruby. Não me importa se de repente você ficou doida, eu continuo te amando.
Ela riu.
Ruby – Eu não fiquei doida ainda.
Hank aproximou-se dela, tocando em seu rosto.
Hank – Posso te dar um beijo?
Ruby assentiu. Seus lábios se tocaram.

E foi com aquele beijo que as lembranças terminaram. As duas amigas trocaram seus olhares.
Thiara – Ah, Ruby!... *Ela limpou as lágrimas e abraçou a loira* Me desculpe, eu não imaginava...
Ruby – Está tudo bem agora, Thi. *Sorriu, retribuindo o abraço*
Thiara – De verdade? Ou você está fazendo aquilo de fingir que está bem enquanto trava uma batalha interna sozinha?
As duas escutaram um grito que impediu Ruby de dar uma resposta. Elas se apressaram para onde o som havia vindo, Thiara pegou o Muiraquitã no chão. Elas chegaram em outra sala.
Ruby – O que foi?
Curupira – É a Mãe... Ela não está bem.
O Curupira segurara a mulher, mas sua aparência não estava nada bem. As folhas em seu corpo estavam secas e ela mal se aguentara em pé.
Ruby – Ela está morrendo... Temos que fazer alguma coisa.
Thiara – São os bandidos, eles causaram muitos estragos. Mesmo que detenhamos eles, é tarde demais para reverter o que fizeram.
Cuca – Não é tarde demais. *Ela sorriu ao ver os olhares surpresos voltados a ela*
Curupira – Cuca, o que está fazendo aqui?
Cuca – Ela é a minha mãe também. *Andou até a Mãe Natureza, ajudando-a se deitar*
Curupira – Você está diferente desde a última vez, isso só pode significar...
Cuca – Sim, eu recuperei os meus poderes, mas isso é uma longa história. Olha, os bandidos foram detidos, até que aquela galera fez um bom trabalho, no entanto, o pior ainda está por vir. A Caixa de Pandora foi aberta, a varinha foi usada.
Ruby – Então a Ana se libertou?
Cuca – Ana? Esse é o nome que ela está usando agora?
Curupira – O nome dela é Maria Caninana, mas a chamamos apenas de Caninana mesmo. A Mãe e eu não te contamos a história por que não achamos que era conveniente, mas agora...
Thiara – Caninana é a mulher do rio?
Cuca – Há! Ela pode aparecer como uma mulher, mas definitivamente está longe de ser uma. Ela é irmã do Norato, só que enquanto ele representa a bondade...
Curupira – Ela é o total oposto. Ela nunca esteve presa, Ruby, ela mentiu para você, ela podia sair em busca da Caixa de Pandora se quisesse, mas seu irmão a impediria, ele é o único que pode contê-la.
Cuca – E ela sabe disso.
Thiara – Espera, então a Caixa de Pandora não liberta Caninana, não é?
Curupira – Não! A varinha de ossos dentro da caixa controla Norato.
Cuca –E se Norato for controlado, ninguém poderá pará-la.
Thiara – E o que ainda estamos fazendo aqui? Vamos atrás dela.
Curupira – A Mãe...
Cuca – Eu fico com ela, posso mantê-la viva com meus poderes.
Os três assentiram. Curupira pegou Thiara em seus braços e correu com ela. Sparky agarrou o pulso de Ruby e levitou-a, Zé a acompanhou.

***
Raimundo – Finalmente encontrei a varinha que meus pais procuravam aquela noite, a tão valiosa varinha.
“Ah sim, ela é valiosa”
Raimundo olhou para trás, assustado.
Raimundo – Q-Quem é você?!
A mulher parada à sua frente sorriu para o homem. Ela estendeu o braço.
Caninana – Me dê a varinha.
Raimundo – Nunca, eu a encontrei, ela é minha!
Caninana – Não, ela não é. *O homem foi levitado do chão e puxado para próximo da mulher. Ela tirou a varinha de suas mãos* Obrigada por encontrar para mim.
Com um outro movimento da mão, o corpo do homem foi jogado contra o chão. Ele desmaiou. Caninana olhou para a movimentação das águas.
Norato – Irmã... Largue essa varinha e volte para as águas.
Caninana – Você não está em posição de escolher, irmão. Eu tenho a varinha e agora, tenho você também. *Ela apontou a varinha em sua direção*
Norato – Não... Não! *Seus olhos se tornaram vermelhos*

***
O céu tornou-se escuro, as nuvens se tornaram cinzas e, em meio a um raio, as gotas de água começaram a cair.
Kirby – Eu disse que choveria...
Brady – Ao menos a chuva vai apagar as chamas.
Bertha – Gente... Será que é só chuva mesmo?! *Ela apontou e todos visualizaram a imagem de Norato*
Chris – Isso é mais drama do que eu imaginava para essa temporada.
Chef assentiu, com os olhos encurralados.
Um tornado seguiu em direção a eles, todos correram para escapar, mas Giselle não conseguiu sair da máquina e foi pega pelo tornado.
Giselle – AAAAAAHHHHH!!!!
>>Confessionário
Giselle - *Vomitando* Aquilo foi pior do que quando eu encarei a montanha russa. *Vomita de novo*
Raios atingiam os troncos das árvores, que caíam. Blair tropeçou em uma pedra, quando um tronco ia cair sobre ela.
Blair – AAAAAH!
Brady – Blair! *Ele a puxou* Você está bem?
Ela confirmou com a cabeça.
Brady – Corre, vamos. *Ele segurou em sua mãe e correu*
Blair – Ta aí uma coisa que não vai ter no meu roteiro, ai, ai.
Godinez e seus capangas pulavam, já que tinham os braços e as pernas amarradas para não fugirem.
Ken – A amazônia... Está sendo completamente destruída.
No topo do penhasco, Caninana gargalhava ao ver a destruição.
Caninana – Como você está agora, Mãe Natureza? Eu adoraria estar vendo o seu sofrimento agora, HAHAHAHAHA!
Ela olhou para cima, Sparky soltou Ruby, e ela caiu chutando a mulher. Ruby fitou-a.
Caninana – Você...
Ruby – Temos assuntos pendentes, eu acho... Querida!
Caninana – Desta vez eu acabo de uma vez por todas com você... *Ela se levantou*
Ruby correu em direção à ela, Caninana paralisou-a no ar. Sparky bicou sua cabeça.
Caninana – Sai daqui, seu pássaro estúpido!
Ruby socou seu rosto uma vez, e mais uma, e acertou-lhe um chute na barriga. Caninana segurou-a novamente com seus poderes.
O macaco Zé puxou seus cabelos. Caninana caiu para trás, Ruby atirou flechas contra ela. Ela usou seus poderes para se desviar, mas uma das flechas acertou a mão que segurara a varinha, ela caiu ao chão.
Curupira – Acabou, você perdeu.
Caninana – Acham mesmo? *Ela jogou Curupira para longe. Uma luz azul envolveu seu corpo.
Ruby atirou flechas contra ela, mas pareciam não fazer efeito. Seu corpo se redimensionou e a sua verdadeira forma veio à tona, como uma cobra gigante.
Caninana – Ruby, você parece maior na televisão, HAHAHAHA! *Raios azuis saíram de seus olhos, batendo contra o chão e fazendo Ruby cair do penhasco. Ela desmaiou ao cair no chão* Agora, onde está a varinha?
A cobra olhou para o chão, mas antes que pudesse alcançá-la, Thiara pegou o objeto dando uma cambalhota no chão. A garota sorriu, mas a cauda da cobra enrolou-a em seu corpo.
Thiara – Ah!
Caninana – Garota tola! Nada mais pode me deter, ainda não percebeu?
Thiara encarou o restante das pessoas embaixo.
Thiara – Bertha, pega! *Ela jogou a varinha para baixa*
Bertha correu e pulou sobre uma pedra, pegando a varinha e caindo na água. A cobra sorriu e rastejou para adentrar a água. Bertha cuspiu água, dando de cara com o corpo de Norato, que ainda causava a tempestade.
Bertha – AH!
Kirby – Nada, Bertha, nada. *Ela fazia o movimento com os braços*
Caninana chegou até Bertha, enrolando a cauda nela também. Bertha jogou a varinha para longe, ela caiu no rio.
Brady – Eu pego! *Ele pulou na água*
Caninana atirou os raios de seus olhos, eles atravessaram o rio.
Jéssica – BRADY!
Brady voltou a superfície a salvo.
Brady – Peguei! *Sorriu, erguendo a varinha. Uma sombra levantou-se sobre ele* Ué, por que ficou escuro de repente? *Ele olhou para trás, dando de cara com a cobra* AAAAAh!
O salva vidas jogou a varinha antes de ser enrolado pela cobra, Magia conseguiu pegá-la montada na Mula Sem Cabeça.
Magia – HAHAHAHAHA! CORRE MULA, CORRE!
Eles adentraram a floresta. Caninana se irritou e seguiu atrás deles, seu corpo derrubava o que estava no caminho. Enquanto isso, as lendas folclóricas faziam de tudo para salvarem a si mesmos e os outros dos desastres causados por Norato. Uma árvore cairia em cima de Chris, Chef e Creuzodete, que se abraçaram assustados, mas os Mapinguaris conseguiram segurá-la.
...
Mãe – AH! *Ela caiu, completamente fraca e doente!
Cuca – Mãe, aguente firme. *Ela usava seus poderes para mantê-la viva*
...
Magia fugia com a Mula, enquanto escapavam dos raios atirados por Caninana.
Magia – Ela está chegando perto.
Ken – Aqui, joga pra mim! *Ele pulava com as mãos para o alto*
Magia jogou a varinha, e também foi pega pela cobra. Ken segurou a varinha e correu.
Caninana – Corra enquanto pode, mas não conseguirá por muito tempo.
Magia – Gente que maneiro ficar enrolado na cauda de uma cobra gigante, não acha?
Bertha – Fale por você! *Disse desanimada*
Ken pegou um graveto no chão e jogou em direção à Caninana.
Ken – Pega essa varinha, então.
A cobra desintegrou o graveto com seus raios. Ken se assustou e correu, mas foi enrolado pela cauda da mesma. Ken olhou para os lados, Giselle vomitava atrás de uma pedra.
Thiara – NÃO...
Bertha – FAÇA...
Brady – ISSO!
Ken – É a única opção... GISELLE! *Ele jogou a varinha*
Giselle – Alguém me chamo... Outch! *A varinha bateu em sua cabeça* Quem fez isso?!
>>Confessionário
Ken – Amiga, assim não dá pra te defender *Ele bateu a mão na testa*
Giselle – Olha, uma escova de dentes. *Ela sorriu, pegando a varinha* AH!
Ela pulou para o lado para não ser atingida pelo raio de Caninana.
Giselle – VOCÊ TENTOU ATIRAR UM RAIO EM MIM?! AH, AGORA VOCÊ ESTÁ FERRADA! *Ela jogou a varinha no chão e correu em direção à cobra, tentando morder a pele dela* AI! É tão dura.
Ela foi enrolada pela cauda. Jéssica pegou a varinha.
Jéssica – AAAAH!!! *Ela correu* Péssima ideia, péssima ideia, péssima ideia. *Passou a varinha para Kirby*
Kirby – Ei, isso não é uma prova de revezamento.
Uma árvore caiu em frente à Jessica.
Jéssica – Oh não, esse é o fim de Jéssica Hawkins. *Ela colocou a mão na testa*
Kirby – Tem que fazer isso agora?
Jéssica – Um pouco de dramaticidade cai bem.
As duas se abraçaram. Kirby jogou a varinha para Blair, elas foram enroladas na cauda.
Blair – Essa não... Só sobrou a mim.
Ela olhou em volta, todos os seus amigos estavam enrolados na cauda de Caninana, que rastejava em sua direção. Norato criava raios e ventos, que destruíam a floresta, e quanto à Iara, Mapinguaris, Saci e os índios, se protegiam desses desastres. Chris, Chef e Creuzodete se abraçavam desesperados, assim como Godinez e seus capangas, Raimundo e Curupira estavam desmaiados.
Ela encarou os olhos da cobra, que atirou raios contra ela. Blair rolou no chão e correu em direção à cobra.
Jéssica – O que ela está fazendo?!
Giselle – É agora que a gente morre mesmo.
Blair pulou na cauda da cobra e subiu pelo seu corpo, ela conseguiu chegar até sua cabeça e usou a varinha para furar um de seus olhos. Caninana gritou, balançando a cabeça, Blair desceu escorregando por seu corpo e correu.
Brady – Uau! *Seus olhos brilhavam*
Caninana – SUA MISERÁVEL! *Ela soltou os outros participantes. Com o outro olho, ela viu Blair correndo e rastejou atrás dela* Eu vou pegar você, vou destruí-la e depois seus amigos, e todos os humanos que eu encontrar!
Blair cansou de correr, alguém segurou sua mão, era Ruby, o símbolo de esperança que ela precisava.
Ruby – Pode deixar comigo, agora! *Ela pegou a varinha de sua mão e assobiou. Sparky apareceu, levantando-a do chão. Caninana esticou seu corpo para abocanhá-la*
Ruby soltou-se de Sparky, caindo entre os olhos de Norato.
Ruby – Norato... Me escuta. *Ela tocou cautelosamente a sua pele*
Uma luva de madeira bateu na cabeça de Caninana. Ela olhou para ver de onde aquilo havia vindo, e foi atingida por outra. Ken atirava contra ela, juntamente com os outros participantes. Ela usou sua cauda para empurrá-los.
Ruby – Eu sei que você está nervoso, mas vai ficar tudo bem! *Ela pôde senti-lo entender* Eu sei o que é ser amaldiçoado, mas tudo pode se resolver. *Ela cantarolou para ele, e a cobra gigante parecia estar se acalmando, pois a tempestade diminuía*
Caninana atirou seus raios contra Ruby, mas a cauda de Norato defendeu-a.
Kirby – O que?!
Curupira – Ruby está com a varinha, ela o está controlando. *Ele se juntou a eles* Na verdade, ela o está libertando.
Giselle – Ela podia fazer isso esse tempo todo?!
Curupira – Qualquer um de vocês poderia.
Bertha – Isso teria sido uma informação útil há uns minutos atrás.
A tempestade cessou. Ruby encarava Caninana sentada sobre o focinho de Norato.
Norato – Irmã!
Caninana – Eu não vou me render sem lutar.
Norato – Todos sabemos que sou mais forte que você, é inútil me enfrentar.
Caninana avançou contra Norato, ela atirou raio de seu único olho bom contra ele, atingindo seu corpo. Norato usou sua cauda para atacá-la, acertando a primeira, ela mordeu na segunda tentativa, ele gritou de dor.
Chris – Tá parecendo uma batalha pokémon...
Chef – É uma beleza para os meus olhos. *Uma lágrima caiu de seus olhos*
Caninana enrolou Norato com seu corpo. Os olhos de Norato brilharam e a água do oceano começou a prender Caninana.
Caninana – Não... Não... *Ela começou a ser puxada para baixo* Irmãozinho... Não faça isso!
Norato – Você é um perigo para todos, irmã, e eu continuarei lhe aprisionando para sempre.
Caninana – NÃÃÃOOOO!!!! *Ela foi puxada para baixo!
Ruby – IUPI! *Ela deu um beijo entre os olhos de Norato* Você foi incrível.
Norato baixou o rosto, Ruby desceu de seu focinho.
Norato – Muito obrigado a todos vocês por salvarem a Amazônia, minha irmã não voltará a cometer suas atrocidades. Infelizmente, eu não desfazer a destruição causei... A Mãe Natureza...
—Ficará bem.
Cuca apareceu naquele momento.
Cuca – Consegui mantê-la viva até agora, e irei restituir a Amazônia.
Curupira – Você conseguirá fazer isso? Deve ter utilizado muito de seus poderes para cuidar da Mãe.
Cuca – Ficarei bastante exausta quando terminar, mas sim, eu consigo restaurar sim. *Ela encarou as Amazonas* Parece que o chicote caiu bem.
Araci sorriu.
Ruby – Eu acho melhor isso ficar com você, como sempre devia ter sido. *Ela colocou a varinha na beira do rio*
Norato assentiu. A água cobriu o objeto e ele, em seguida desapareceu.
Norato – Agora preciso ir, agradeço mais uma vez... Adeus a todos.
Todos assistiram Norato retornar ao fundo do rio Amazonas.
Cuca – Bom, vamos começar os trabalhos...
*Ela começou a restaurar a floresta*
Chris – Então o que tinha dentro da caixa era uma varinha feita de ossos encantada que tinha o poder de controlar o Norato, e a louca da Caninana queria encontrá-la para destruir a tudo sem ser impedida?! E a Ruby se tornou o Mascarado para nos expulsar daqui e nos salvar dela? É muita coisa para digerir... *Ele colocou a mão na cabeça e começou a caminhar*
Chef – Para onde você vai?
Chris – Dormir um pouco no meu chalé, estou precisando descan... AH! MEU CHALÉ! O QUE ACONTECEU AQUI?!
Ayira – Hãn... Meio que explodiu...
Chef – O que vamos fazer agora?
Chris – Bom... O Spa já está pago, então...
Irani – Antes disso... Temos umas coisas a serem feitas.
Chris e Chef se entreolharam.
Raíra – Sabemos que esses bandidos não vieram até aqui para sequestrarem os guardiões, mas suas vidas foram colocadas em perigo, olhem a confusão que tudo isso se tornou, e depois que o seu programa passou um episódio expo do as criaturas, muitas pessoas irão querer explorar essas áreas à procura deles.
Chris – Ai, meu Deus, tem razão! O que é isso que eu estou sentindo? É uma sensação ruim, como se fosse...
Chef – Peso na consciência?!
Chris – AH! Nunca tive isso antes. Certo, temos que desfazer esse erro, pegue a câmera.
Chef pegou uma das câmeras e apontou para Chris.
Chef – Gravando.
Chris – Olá telespectadores, hoje, não teremos episódio de Drama Total, graças a uns problemas envolvendo bandidos que tentaram desmatar e queimar as árvores e traficar as espécies de animais que aqui vivem. É triste saber que existem pessoas tão ruins, e vocês, brasileiros, como principais donos dessa floresta maravilhosa, têm o dever de cuidar e preservá-la. Afora isso, gostaria de dizer que o nosso episódio 13, não passou de um especial com efeitos especiais, muitos acham que as lendas existem de verdade, mas... São apenas lendas. *Sorriu* Foi tudo uma brincadeira. Então se prepare, pois a reta final do programa está começando e vai pegar fogo! Continuem ligados.
Chef – E corta!
Chris – Ai, vou receber uma dura do Chef depois dessa... E é bom vocês competidores irem se preparando, a moleza acabou.
Kirby – Eu bem que senti falta dos desafios mesmo.
Bertha – Eu também, mas não conte isso ao Chris.
As duas sorriram.
Uma luz verde iluminou o centro, a floresta voltara a ser como era antes. A luz verde se transformou em uma mulher. Todos, exceto Ruby, se surpreenderam com aquela aparição.
Mãe – Olá a todos, sou a Mãe Natureza. Queria agradecer a todos por salvarem a floresta, e desculpar-nos por qualquer inconveniência.
Giselle – Que palavra engraçada, hihi.
Ken – O que vocês farão com os bandidos? Quero dizer, o que os impede de voltarem aqui?
Mãe – Foi uma ótima pergunta. Eu irei apagar a memória deles referente ao que viram aqui, e isso inclui a de vocês também.
Too ficaram assustados.
Mãe – Me perdoem, mas é uma medida necessária para a nossa proteção, é melhor que voltemos a ser apenas lendas. Podem se despedir, se quiserem.
O Boto virou-se para Blair.
Boto – Garota encantadora, gostaria de ter visto mais de você.
Blair - *Ela sorriu* Boto, eu tenho namorado.
Boto – E ele é um homem de muita sorte. Ele sabe disso.
Eles olharam para Brady, que sorriu para eles.
Iara – Pois é, Ruby, confesso que eu gostaria de ter tido uma revanche na batalha de música, desta vez eu ganharia.
Ruby – Ah, tenho certeza que sim. *Ela sorriu* A propósito, seu cabelo é maravilhoso.
Iara sorriu para Ruby, se olhando no espelho.
Magia abraçou a Mula Sem Cabeça, chorosa.
Magia – Não acredito que vamos nos despedir novamente! Sentirei tanto a sua falta... Mesmo não lembrando de você.
A Mula relinchou.
Ken abraçou Kenzinho, ele também chorava.
Ken – Papais te amam muito, nunca se esqueça, ta?
Kenzinho sorriu, abraçando o pescoço de Ken.
Curupira e Thiara se mantiveram mais afastados do restante.
Thiara – Então... É assim que vai terminar?
Curupira – Não era como eu queria que acabasse.
Thiara - No fundo, nós sabíamos que não ia dar certo, não é?
Curupira – Mas eu gostava de tentar. *Ele alisou o rosto dela* Thiara, desde a primeira vez que nos vimos, eu senti algo diferente por você, você não é igual as outras garotas.
Thiara – Você não é igual aos outros garotos, apesar de ser bastante teimoso.
Curupira – Olha, então temos algo em comum.
Eles riram. O Curupira aproximou seu rosto ao da garota, eles deram um beijo demorado. Assim que se separaram, uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
Curupira – Oh, meu amor. *Ele secou suas lágrimas* Eu te amo.
Thiara – Eu te amo.
Mãe – Desculpe atrapalhar, mas temos que prosseguir.
Os dois assentiram e se reuniram aos demais.
Mãe – Chegou a hora. Utilizando a magia concedida a mim, e a união dos quatro elementos, que o vento leve as memórias que não devem ser lembradas, de todos aqui presentes e daqueles que estavam ligados a eles...
Bertha – Fernando. *Sussurrou*
Ken – Emmett. *Sussurrou*
Jéssica – Ruy. *Sussurrou*
Ruby – Hank. *Sussurrou*
Thiara – Fox. *Sussurrou*
Todos fecharam os olhos sob efeito da magia. A luz verde se manifestou sobre cada um deles. Aos poucos, eles foram abrindo os olhos novamente, trocando olhares uns com os outros, não havia mais sinal das lendas, e o único barulho que eles escutavam, era o de helicóptero e camburões de policiais chegando ao local. Godinez e seus capangas, incluindo Raimundo, foram levados presos, e os outros policiais, libertados.
—Devíamos chegar mais cedo, assim que vimos a gravação do bigodudo confessando seus crimes, mas uma tempestade acabou nos trazendo.
Kirby – Lembro de uma tempestade começando do nada mesmo.
—Enfim, obrigado pela denúncia.
Bertha, a responsável pela gravação, sorriu.
Jéssica estremeceu.
Jéssica – Vocês também têm a sensação de estarem sendo observados?
Giselle – Ufa, achei que fosse a única.
Todos sorriram, se abraçando. Por entre as árvores, eles eram observados.
Mãe – Não acha que doerá mais ficar a observando?
Curupira – Não... Acho que irá doer quando eu não puder mais vê-la.

 O navio chegou. Chris, Chef e os participantes subiram nele. A Amazônia nunca esteve tão linda, como naquele momento. 


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?



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