O Pedido de Malfoy escrita por Aline Black


Capítulo 4
Final Feliz


Notas iniciais do capítulo

Fanfic escrita para meu trabalho de conclusão de curso.



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Hermione está sentada em um banco de madeira, aguardando o julgamento de Draco. Já está há algumas horas no Ministério da Magia acompanhando o andamento do caso. Draco está sendo acusado de diversos crimes, a principal acusação é associação ao Lorde das Trevas.

A jovem já tinha dado seu depoimento ao Ministro Kingsley Shacklebolt, Ginny também. Nesse momento, quem falava em favor de Draco era Harry, Hermione esperava que as palavras de Harry tivessem bastante peso no momento de decidirem a sentença do loiro. Hermione estava muito nervosa.

Nos meses que se seguiram a saída de Draco do hospital, eles não tiveram tempo para conhecerem-se melhor ou sair em um encontro, já que logo que Draco recebeu alta foi intimado pelo Ministério. Passaram todo o tempo que tinham juntos preparando a defesa dele junto com um advogado indicado pela família Weasley.

Harry acabara de sair da sala onde ocorria o julgamento para se juntar as garotas.

— Qual a situação Harry? — Quis saber Hermione.

— Ainda não dá pra ter certeza de nada, Rony está dando seu depoimento agora. Mas a situação do Malfoy não é das melhores.

Cerca de trinta minutos mais tarde, Rony se junta aos amigos. Ele olha para Hermione e suspira.

— Não sei se pude ajudá-lo, mas eu tentei, juro que tentei. Fiz o melhor para responder às perguntas do Ministro de modo que favorecessem o Malfoy.

Hermione suspirou.

— Eu sei que fez o melhor que pode, obrigada por ter vindo até aqui hoje.

— Eu nunca faltaria, ele salvou minha irmã, era o mínimo que eu poderia fazer por ele. — Respondeu o ruivo.

Ficaram aguardando por mais algum tempo até um dos aurores responsáveis pela segurança abrir a porta e chama-los.

— Senhores e senhoras, podem retornar, o veredicto será revelado em poucos minutos.

Os quatro entraram na sala onde estava sendo realizado o julgamento, sentaram-se em um local onde pudessem ver bem a Draco. Este, por sua vez, estava no centro da sala, sentado em uma grande cadeira que ficava em frente ao púlpito onde o Ministro fazia as perguntas, sua aparência estava muito abatida. Hermione olhava para ele com compaixão, ele devia estar cansado, o julgamento já durava horas e horas.

Malfoy olhou para Hermione, seus olhos azuis acinzentados ainda carregavam esperança. Quando ela sorriu para ele, seu coração encheu-se de alegria, ele precisava sair daquele julgamento um homem livre, precisava fazer isso por ela, para estar ao lado dela.

— Estamos todos aqui para ouvir a sentença final do julgamento de Draco Malfoy. — Disse o Ministro Shacklebolt. — Após me reunir com meus conselheiros, analisamos a conduta do acusado. O senhor Malfoy teve uma conduta duvidosa por muitos anos, onde não era possível afirmar sua ligação com Voldemort, mesmo seu pai sendo um Comensal da Morte. Segundo nossas informações e depoimentos, o Senhor Malfoy tornou-se um Comensal da Morte contra sua vontade, mas sob as ordens de Voldemort, há cerca de dois anos. Acabou servindo a Voldemort e executando várias de suas ordens.

Draco não podia negar nada do que estava sendo mencionado, ele realmente executou várias ordens do Lorde das Trevas, não tinha escolha, a vida de sua mãe estava em risco. Mesmo assim, nada justifica suas más ações.

O Ministro continuou a explanação.

— No entanto, levando em conta os acontecimentos do último ano, podemos perceber a notável mudança de lealdade do Senhor Malfoy. Graças aos seus esforços, foi possível descobrir o plano de Voldemort para invadir Hogwarts, o senhor Malfoy também conseguiu atrasar a entrada dos Comensais da Morte no castelo o máximo possível e trabalhou como espião para o Ministério da Magia. Suas ações deste último ano salvaram inúmeras vidas bruxas.

Draco respirava tenso, não sabia o que esperar de sua sentença. Seria mandado para Azkaban como seu pai? Não queria isso.

— Senhor Malfoy, apesar de sua contribuição para a sociedade bruxa, não é um membro exemplar. Então, sua sentença irá tentar corrigir isso. O Senhor fará cem horas de cursos sobre Estudo dos Trouxas, aqui no Ministério, sob a orientação de Caridade Burbage, também fará cem horas de trabalho comunitário na Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas sob a orientação de Arthur Weasley. E irá promover permanentemente campanhas, em Hogwarts, sobre respeito a todos os bruxos, independente da linhagem sanguínea. Dito isso, sessão encerrada. — O Ministro bateu seu martelo sobre o púlpito.

Muitos murmúrios foram ouvidos, alguns reclamando da sentença branda de um Malfoy e que ele realmente merecia estar em Azkaban. Outros apoiavam a decisão do Ministro, graças a ajuda do jovem, muitas vidas foram poupadas, principalmente dos estudantes de Hogwarts, as pessoas cochichavam enquanto estavam deixando o ambiente, ao final, apenas Hermione e os amigos permaneciam no ambiente junto a Draco.

Hermione saiu de seu lugar assim que Shacklebolt encerrou a sessão. Foi o mais rápido que pode em direção a Malfoy, mas estava um pouco complicado passar pelas pessoas que estavam se retirando. Este, por sua vez, estava estupefato, sua sentença era mínima, não seria preso, não iria para Azkaban. Poderia ficar ao lado de Hermione. Precisava ir até ela, abraçá-la, agradecê-la, levantou-se para poder ir até ela. Assim que concluiu seu pensamento, delicados braços o rodearam. Hermione tinha vindo até ele, ela o estava abraçando. Havia tanta coisa não dita naquele abraço, mas Draco entendia, mesmo sem ter ouvido uma palavra sequer de Hermione.

Malfoy a apertou em seus braços e falou próximo ao ouvido da castanha.

— Você ouviu, eu estou livre, estou livre de tudo. Eu sou livre agora!

Hermione riu.

— Sim, eu ouvi. Você apenas precisa aprender a ser um bruxo melhor para a sociedade. — Disse ela em tom zombeteiro.

Ele afastou-se um pouco para retribuir a ironia, mas assim que encarou o rosto da castanha, seus olhos encontraram-se, tudo à volta dos dois pareceu desaparecer.

De maneira um tanto desajeitada, Draco aproximou seus lábios dos de Hermione e os selou. Aprofundou um pouco o beijo, passou uma mão pela nuca e a outra pela cintura da jovem e a puxou mais para perto. Era um beijo cheio de sentimentos e significados. Em um primeiro momento Hermione ficou sem reação, não esperava tal atitude de Draco. Mas logo passou a retribuir o beijo apaixonado do loiro.

Os amigos de Hermione, já sabendo da natureza da relação dos dois, não acharam nada incomum a atitude de Malfoy. Já tinham aceitado que Hermione e Draco inevitavelmente iniciariam um relação. Zabini, que veio acompanhar o desfecho da situação do amigo, apenas riu do casal e sussurrou “finalmente”, logo depois deixou a sala de julgamento.

Draco afastou-se de Hermione vagarosamente, uma de suas mãos agora estava acariciando o rosto da jovem. Seus olhos estavam presos nos dela.

— Me desculpe, — disse o loiro — não foi assim que imaginei nosso primeiro beijo, não nesse lugar, não cercado de pessoas. Mas fiquei tão feliz pela minha sentença que me deixei levar pelas minha emoções, eu queria muito beijar você.

Hermione suspirou e logo depois deu um sorriso travesso.

— Eu entendo, eu também queria muito esse beijo, eu não culpo você. Se você não tivesse tomado a iniciativa e me beijado, eu teria beijado você.

Draco riu.

— Fico muito feliz em saber. — Ele aproximou seu rosto do dela e continuou a falar. — Então, posso beijar você outra vez, Hermione?

— Sempre que quiser, Draco. — respondeu a jovem com um sincero sorriso nos lábios.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!
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