A Garota dos vampiros escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Ellie Volturi




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P.O.V. Renesmee.

Eu estava no chuveiro. O banheiro era enorme, tinha a banheira de louça com hidromassagem e torneiras, o piso frio, a pia de mármore branco, o enorme espelho e então o chuveiro. A cabine é gigante, cabem tipo três de mim aqui dentro. A pressão da água é ótima.

Estava terminando. Tirando o condicionador das pontas do cabelo quando sinto mãos agarrando meu pescoço. E me deparo com aquela figura.

O cabelo loiro liso e sedoso, com um corte médio, uma franjinha. A pele é claro impecavelmente pálida. Ela usava um vestido tubinho cor de rosa com mangas até os cotovelos e uma sandália de salto robusto e me prensava contra a parede do box. Seus olhos vermelhos me encaravam encolerizados.

—Ocshalana!

Eu a fiz voar longe. Quebrou o vidro do box e fez um racho na parede.

Desliguei o chuveiro correndo e me enrolei na toalha. 

—Quem é você? Quem te mandou?

A vampira ficava apertando a cabeça. Também pudera, estou dando aneurismas nela.

—Ellie.

—Quem te mandou?

—Ninguém! Pare. Por favor, pare.

Deixei ela curar totalmente.

—Porque está me atacando?

—Porque ele é meu.

—Ele? Ele quem?

—Alec. Ele é meu.

Olhei pra ela com cara de... o que?

—Espera ai, você pensa que Alec e eu... não! Só conversamos. Agora, faça o favor de sair.

E ela saiu voado.

Me sequei, troquei de roupa e considerando que os Volturi são supostamente homens da lei... fui dar queixa.

—Bem, sente-se melhor?

—É. Claro. Mas, isso foi antes da namorada doida do seu queridíssimo Alec, me atacar. No chuveiro!

—Espera, o que?

—Sua namorada Ellie, me atacou enquanto eu estava tomando banho. O banheiro tá lá de prova. O box tá todo quebrado, o racho na parede, o banheiro alagado! 

P.O.V. Aro.

Bem, isso foi algo... ruim. 

—E porque Ellie te atacaria?

—Ela me viu conversando com o Alec no jardim e teve um ataque de ciúmes. Pensou que eu estava transando com ele ou sei lá. A mulher é doida! Faça ela parar, porque se ela fizer isso de novo... vou ter que cuidar disso do meu jeito. 

—E qual seria o seu jeito?

—Um pescoço quebrado, um cérebro derretido, talvez uma maldição. Vou pensar em alguma coisa.

Ela estava secando o cabelo com a toalha.

—Bem, suponho que precise ser averiguado. Alec, mande alguns guardas para verificar a denúncia.

—Sim, Mestre. Se me permite, Mestre gostaria de lidar com isso... pessoalmente.

—É claro, meu querido.

P.O.V. Alec.

Quando chegamos ao quarto dela, fomos até o banheiro e realmente, estava alagado, o box estilhaçado a parede de frente para este estava rachada, assim como a de trás.

—Ellie te atacou?

—É. É meio que o ponto. Você disse alguma coisa pra ela? Disse que algo aconteceu?

—Não. 

—Acha que alguém disse?

—Não sei.

—Vou secar o meu cabelo e depois... limpo isso ai.

—Não. Vamos mandar alguém que limpe esta bagunça.

—Certo. Ela parecia transtornada. Tava cheia de ciúmes.

Disse a Cullen ligando o secador de cabelos na tomada. Ela prendeu o cabelo com presilhas e o dividiu. Então fez escova e os dividiu e prendeu novamente. Colocou um outro equipamento na tomada e começou a passar um spray nas mechas que tinha um cheiro doce. De maçã e coco.

Então, com aquela coisa ela enrolava o cabelo.

—Não vai deixar ele liso?

—Não. Hoje não. To afim de cachos.

Ela pegava uma mecha, passava o spray e enrolava com aquele negócio.

—É uma chapinha, Alec. Uma prancha alisadora que também serve para fazer cachos.

Enquanto fazia o cabelo, havia separado encima da penteadeira um batom escrito Dolce K.

O cabelo dela é volumoso e logo estava cheio de cachos que pareciam o da Shirley Temple. O quarto tinha ficado com cheiro de baunilha.

Peguei o frasco do negócio que ela espirrava no cabelo e estava escrito KMB com letras maiúsculas e verdes. 

—É para selar a cutícula do cabelo e anti-frizz.

Depois que os cachos assentaram ela passou outro produto o que tinha cheiro de coco.

—KMB serum.

E havia o outro frasco. O spray que ela tinha usado para cachear.

—Spray anti-frizz Risk. Tudo isso é mesmo necessário?

—O cabelo é meu. E eu tenho que domá-lo.

Então ela passou a escova para desfazer levemente os cachos e um óleo.

—Prontinho. O cabelo está pronto.

E ai ela começou a passar batom, rímel e a usar uma coisa que mais parecia um instrumento de tortura.

—É um curvex. Prontinho. Agora estou pronta.

—Você tem beleza sobrenatural, não precisa de tudo isso.

—Ter beleza sobrenatural não é desculpa pra ser mal cuidada.

Os cílios dela eram enormes parecia uma borboleta. Não como a Ellie, Renesmee tinha seios fartos e curvas avantajadas.

Ellie usava vestidos apertados, a Cullen usava camiseta e calça jeans. E apesar de usar salto ás vezes, os saltos da híbrida eram sempre mais despojados.

—Eu gosto de salto quadrado, anabela, flat, mas o cubano é o meu preferido. É confortável e não entala.

—Entala?

—É. Salto Stiletto é elegante, mas não serve para andar pelo Castelo de São Marcus, fica entalado nos vãos das pedras e ai... quebra.

—Stiletto? Como a unha?

—Sim. Salto fino.

Ai, mas quanta besteira.

—Pra que tanta frescura? Pra mim, salto é salto.

Eu olho para ela e vejo em suas roupas a influência de cada mulher do Clã Cullen. Os jeans eram claramente influência da mãe. A maquiagem era coisa de Rosalie e os acessórios eram Alice.

—Tia Alice sempre gostou de lenços e colares. Minha vó sempre gostou mais de sapatilhas e vestidos soltinhos. Já a tia Rose é mais... patricinha. Gosta de roupas apertadas e que marcam as curvas.

—Como você.

—O melhor de todas as garotas da minha família está em mim.

—Olha, que metida.

—Olha quem está falando. Minha mãe é mais básica, clássica. 

Haviam velas pelo quarto inteiro e ervas.

—Qual é a das velas?

—Eu uso para canalizar. Me concede uma força extra.

—Força extra?

—Tirar magia de outras coisas. Fogo, água, terra, vento. Serva da natureza. Acho que não devemos deixar o seu Mestre esperando. E se ficarmos muito tempo aqui, a sua namorada pode pensar que estamos fazendo um bebê!

Disse em tom de piada.

 

 


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