A Garota dos vampiros escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 14
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/UlELpG1TSkk-Surpresa.
https://youtu.be/tByBMq1TDSo-Loucura total.



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P.O.V. Ness.

Eu ainda não acredito que isso aconteceu. Foi o primeiro encontro mais estranho da história do mundo.

Flashback On.

Alec me trouxe para um restaurante italiano que foi inaugurado ontem. Me levou um tempo para confiar nele, mas eu confio agora. Por isso fiz um presente.

—Acha que é parecido com os restaurantes italianos da Itália?

—Não faço ideia. Eu não como.

—Ra, rá. Engraçadinho.

A Doutora Dupress perdeu o seu último bebê, mas ela está grávida de novo. Do parceiro do Detetive Silverton. Espero mesmo que ela consiga ter o bebê.

—O que achou?

—É bonitinho.

Haviam janelas, vitrais e uma vibe meio rústica. Era tudo feito de madeira. Umas mesinhas bonitinhas com cadeiras que pareciam um barzinho. O lugar era enfeitado pintado de branco, vermelho e verde e haviam bandeiras da Itália penduradas.

A garçonete trouxe os cardápios e claramente deu encima do Alec. Depois que ela saiu eu xinguei bem baixinho.

—Piranha.

—Com ciúmes?

—E se eu estiver? 

—Isso seria interessante. Já decidiu o que vai pedir?

—Raioli ao cogumelo.

P.O.V. Alec.

Ela era engraçada, espontânea, espirituosa.

—Eu faço muitas coisas, mas eu não cozinho. Nem macarrão. Da ultima vez que eu tentei... alguma coisa deu errado e a panela explodiu. Minha mãe também não cozinha.

—E como ela comia quando era humana?

—Meu pai cozinhava pra ela. E ai, ela ficava sentada no sofá olhando ele cozinhar. Ela ainda faz isso.

—Então, o seu pai cozinha pra você?

—Sim. Meu pai, minha vó, meu vô, meus tios e tias. É engraçado como eles ficam empolgados de cozinhar. Eu sou a cobaia de todos os pratos novos que eles testam. Por isso eu sou meio gordinha.

—Você não é gordinha. Você tem curvas. Apesar de eu gostar das magrinhas, eu também acho bonito garotas com um pouco mais de massa.

Ela estava terminando de comer quando, fez uma careta.

—O que?

—Eu não sei. Foi como um mal estar. Não sei. Mas, já passou.

P.O.V. Nick.

Quando eu cheguei, vi um homem com uma besta dar uma flechada na minha namorada grávida.

—Juliette!

Eu atirei nele e ele fugiu. Tentei chamar a ambulância, mas ela não deixou. Disse que me amava e então algumas palavras estranhas numa língua desconhecida. Acho que era língua de fada e no fim disse... Amara.

—Juliette! Por favor. Por favor.

Eu vi a luz viajando. Saiu de dentro dela e foi embora. Liguei para a delegacia para reportar o crime, mas foi difícil. Eu nem conseguia falar direito de tanto que eu chorava.

Quando Alaric chegou ele me consolou.

—Sinto muito cara. Vamos, analisar as filmagens das câmeras de segurança e vamos pegar esse desgraçado.

Ver os legistas colocaram o cadáver dela num saco e levarem embora foi... porreta.

—Eu deveria protegê-la. E eu falhei. Duas vezes. Ela gostava de chá de mel de camomila. Tinha cheiro de madressilva, mel de camomila.

Enquanto examinávamos as filmagens o Rick chamou um outro Fae.

—Espera. Para.

—O que?

—Passa de novo. A partir de quando ela começa a falar Fae.

Rebobinamos e passamos de novo.

—Para. Ela estava grávida?

—Sim.

—Isso explica. Má notícia, a Princesa Juliette morreu. Boa noticia, a criança não.

—O que?!

—Vocês vão precisar duma bruxa. E um pouco do sangue de Juliette ou do pai da criança.

—Como? Como assim o bebê não morreu?

—Juliette lançou um feitiço pouco antes de morrer. Um feitiço para salvar a criança. Implantou-a magicamente no ventre da mulher sobrenatural mais próxima.

—Isso é possível?

—É claro que é.

—E quem era a mulher sobrenatural mais próxima?

—Não sei. Por isso precisamos de um feitiço de rastreio. 

As gêmeas do Alaric fizeram um feitiço de rastreio.

—É o restaurante italiano. Fica perto da nossa casa. Á uns dois quarteirões.

—Então vamos lá.

Nós partimos para o Restaurante e as gêmeas ficaram para trás para nos notificar caso a grávida mudasse de lugar.

—Qual é o seu nome?

—Meliorn. Eu fui criado no Reino Fae. Treinado como um Cavaleiro, sou membro da Guarda Pessoal de sua Majestade, a Rainha. Ela me mandou quando sentiu a morte da filha. Ouviu-a chamar por ela com seu último suspiro.

P.O.V. Alec.

Ela me perguntou do que eu gostava.

—Eu gosto de jogar vídeo-games. Assassin's Creed é o meu favorito. 

—Uau! Eu não vi essa chegando.

—Também gosto de ler.

—Que tipo de livro?

—Drácula é hilário. Mas, ainda assim é o problema com o qual eu lidei por séculos.

—Que seria?

—Ver a mulher que eu amava morrer, de novo, de novo e de novo. Perder a única que eu já amei.

—Sinto muito.

—Eu sei. O macarrão estava bom?

—Sim. O que mais você gosta de ler?

—Frankenstain, adoro quando o Monstro mata o seu criador. Gosto de assistir filmes.

—Ótimo. E que filmes você gosta?

—Filmes de super-heróis.

—Nerd!

—Olha quem fala.

Estávamos conversando quando os dois policiais e um... cara de armadura com uma lança vem entrando no restaurante.

—Ei, Doutor S, o que houve?

Ele olhou em volta e então...

—Meu Deus!

—O que?

—A mulher sobrenatural mais próxima você disse.

—Sim.

—O que tá rolando?

—Eu não sei como dizer isso... eu realmente...

—Você está carregando o filho dele.

—Como é?! Se tá doidão?

—Renesmee, Juliette morreu.

—Meu Deus!

—Mas, ela fez algum tipo de encantamento que salvou o bebê e implantou-o magicamente dentro da mulher sobrenatural mais próxima.

P.O.V. Ness.

Me levou um tempo para processar mas... eu consegui.

—Espera, vocês me transformaram numa virgem Maria sobrenatural dois ponto zero?!

—Vamos levá-la até a casa do Detetive e refazer o feitiço de rastreio.

—Tudo bem.

Eu fui. Pensei, meu... deu alguma coisa errada.

E eles fizeram o feitiço de novo, o sangue pingou pra fora do mapa e quando eu tentei limpar... pegou fogo!

—Meu Deus!

—Sim. O feitiço de Juliette funcionou perfeitamente. O bebê não morreu.

—Bebês. Plural.

—Bebês?!

—Sim. 

—Então estão no mapa, flutuando?

—Não estão no mapa. Estão dentro de você.

—Puta merda! Eu tenho treze anos de idade! E sou vampira. Se eu sou bruxa e vampira e o bebês são Fae... o que é que vai sair de dentro de mim?!

—Honestamente, eu não sei.

—Ótimo.

—Espera, não está pensando em parir a coisa, está?

—Eu não vou matar bebês inocentes!

Flashback Off.

Agora ela está grávida, enorme de grávida e comendo sal como uma condenada. O que significa que logo as criaturas vão sair.

—Você quer que eu tenha mais de um bebê de parto natural?!

—Sim. Nossa raça não se dá bem em hospitais. E você não sentirá dor. Na verdade, vai amar.

—O que quer dizer?

—Quero dizer que Fae não tem tipo sanguíneo e isso não pode ser descoberto pelos médicos humanos. Ou seria como um farol para os sanguessugas.

Olhei feio pra ele.

—Não me culpe. Sua raça é a razão que tivemos que misturar o nosso sangue com humanos, que tivemos que criar um reino separado onde vampiros não entram.

—Eu nunca matei Fae nenhum. E eu não... Ai.

Meu Deus o que é isso?! É como ter um Orgasmo do caralho!

P.O.V. Alec.

Houve essa luz azul e água.

—A bolsa de luz acaba de romper.

—É melhor chamarmos o Doutor.

Até o Doutor ficou tipo... que porra é essa! Ela não estava gritando de dor, estava tendo um Orgasmo.

—Acho que isso não está sendo tão difícil pra você né?

—O Fae, tinha razão... isso é ótimo! 

Então... saiu.

—É uma menina! E sem cordão umbilical. Ok. Meus parabéns...

Então começou de novo.

—Acho que não acabamos ainda!

E ela pariu quatro meninas.

—Puta merda. Eu quero fazer isso de novo. 

—Bem, você tome conta delas.

—Eu?! Espera, você não vai embora certo?

—Eu fui mandado para ter certeza de que as crianças nasceriam. E elas nasceram. Você as gerou, agora é o seu dever sagrado garantir que pelo menos metade delas chegue a idade adulta. Boa sorte.

—O que?!

O guerreiro foi embora.

—Não se preocupe. Eu vou ser uma boa mãe.

—O que?! Você tem treze anos.

—Eu pari esses bebês. E isso me qualifica como... mamãe.

P.O.V. Nick.

Isso é loucura! Eu vou ter filhas com uma menina de treze anos e isso me qualifica como um pedófilo.

—Não. Você não é pedófilo, nunca transamos. Foi uma concepção imaculada sobrenatural. Juliette era minha amiga e eu honro o que foi, o que é e o que nunca será. Então, algum nome?

—Certo. Bebês precisam de nomes. Amara. Uma tem que se chamar Amara.

—Tudo bem. Amara.

—Lucinda.

Olhei para o vampiro que parecia um menino.

—Eu sou o pai!

—Qual o problema de chamarmos uma das crianças de Lucinda? Tecnicamente você engravidou a minha namorada no nosso primeiro encontro. Você me deve.

—Você meio que tem razão. Lucinda.

—Rosalice. Como as minhas tias. Rosalie e Alice.

—Rosalice.

—E Juliette. Como a mamãe biológica.

—E Juliette.

—Querida, você se superou. Pariu quadrigêmeas.

—E foi demais. Tipo um super orgasmo.

—É. Eu percebi isso.

—Temos que registra-las e identificá-las.

—Certo.

P.O.V. Alec.

Fomos até o cartório e o Detetive Nicholas Griffin e minha namorada Renesmee Carlie Cullen tornaram-se legalmente os pais de Amara, Lucinda, Rosalice e Juliette Griffin.

Arrumaram pulseirinhas com o nome de cada uma.

—Não posso deixá-las aqui. No meio de tantos vampiros. Sem ofensa. Alaric falou que o sangue de uma fada é apelativo para vocês.

—É mais do que isso. É como cocaína para vampiros.

—O que?! E como você...

—Tenho mil e tantos anos. Matei uma Fae uma vez. Ela tinha o mesmo cheiro das suas filhas. Mel, trigo e luz do sol. Como um sonho.

—Fique longe das minhas filhas!

—Ninguém vai machucar as nossas filhas. Posso dar aneurismas em vocês se tentarem.

P.O.V. Nick.

Como vou explicar isso para as pessoas?

—Como devo explicar isso para o povo dessa cidade?

—Se liga, você e o Rick... são os únicos humanos dessa cidade.

—Está brincando certo?

—Não. Somos os únicos.

—Ótimo. E o que faremos agora?

—Acho que é melhor que elas sejam criadas na sua casa ao invés daqui. Apesar da minha família ter um auto-controle excelente, eu não quero dar chance para o azar.

Depois dos policiais liberarem a minha casa, ela me fez um grande favor.

—Vai ter que me convidar a entrar. Porque se não me convidar... não passo da porta.

—Certo. Mas, pensei...

—Juliette enfeitiçou a casa. Lembra?

—Certo. Entra.

Ela entrou. E trouxe as garotinhas para dentro.

—Olha, porque você não vai lá pra cima, toma um banho e descansa um pouco? Tira uma soneca. Eu não vou te fazer nada.

—Tá.

Subi as escadas e liguei o chuveiro. Enquanto estava embaixo da água corrente me perguntava como chegou a isso? Como o mundo ficou tão louco do dia para a noite? Agora eu tenho quatro filhas que são fadas e a mãe delas é uma adolescente vampira.

 


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