The Truth Untold escrita por ladyenoire


Capítulo 5
Quando os boatos se tornam verdade


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Eu e Chat Noir corríamos entre os prédios, fugindo de um bebê gigante, literalmente.

— Sempre achei que bebês fossem meio rebeldes, mas esse se superou! – o loiro olhou para trás e quase bateu na estrutura do prédio, porém o puxei para o lado antes. – Wow! Salvando a minha vida como sempre.

Apenas sorri em resposta e continuei correndo.

— Vamos ali! – apontei para a entrada do metrô e em seguida saltei, acompanhada de Chat Noir. – Certo, precisamos pensar em um jeito de derrotá-la.

— Não prefere ficar aqui e saber um pouco mais da minha vida pessoal? – Chat aproximou o seu rosto do meu e eu recuei surpresa, sentindo minhas bochechas esquentarem.

— Não, obrigada.

— Certeza? Você parecia bem interessada mais cedo. – cruzei os braços e o encarei. Não acredito que ele estava falando sobre isso justamente agora. – Mas o bom é que eu descobri algo sobre você também, my lady. – ele segurou a minha mão – E pretendo descobrir mais, se me permite. – piscou e depositou um beijo na minha mão.

— Vou pensar no seu caso, kitty. – recolhi minha mão. – Agora precisamos focar no nosso trabalho. – peguei o meu ioiô – Lucky Charm!

***

— Você por acaso tá namorando o Félix? – Kim questionou assim que saímos para o almoço e eu o encarei espantada.

— Não, claro que não. Como pode pensar isso?

— Vi vocês conversando antes do ataque da Gigantitã. Estavam meio próximos e...

— Ei, pode parando! – levantei as minhas mãos – Eu nunca namoraria alguém como o Félix.

— Então quem é o seu namorado? Não tenho mais suspeitos! – ele disse – A não ser que eu já tenha dito o nome dele e você mentiu para mim.

— Eu não faria isso.

— É mesmo? – ele estreitou os olhos, me lançando um olhar intimidador. Fiquei sem saber o que dizer, era difícil eu conseguir mentir quando ele fazia essa expressão.

Olhei para os lados tentando pensar no que falar e nisso meu olhar encontrou o de Adrien, que estava saindo da sala.

— Ih, olha ali o Adrien. Preciso falar com ele sobre... O trabalho. – sorri nervosa e saí correndo na direção dele – Oi.

— Oi, aconteceu alguma coisa?

— Não, nada. Só queria fugir das perguntas do meu irmão. Longa história. – sorri – Cadê a Alya e o Nino? – perguntei olhando para os lados, à procura do casal.

— Acredita que eles disseram que iam almoçar sozinhos porque não queriam que eu escutasse o plano deles para “desmascarar o Félix”? – Adrien fez aspas com os dedos no ar.

— Acredito. – ri – Mas acho que eles estão querendo é um tempo sozinhos, mesmo. – falei com um sorriso sugestivo.

— Você acha? – questionou assimilando – Verdade, nem tinha pensado nisso. Bom, então vejo que nós dois sobramos. – o encarei. Bem que podíamos não sobrar. – Quer ir almoçar comigo?

— Claro. – sorri e saímos caminhando lado a lado.

Com toda essa coisa de ser um time com Adrien nessa investigação maluca de Alya, os meus sentimentos malucos pelo loiro estavam pouco a pouco voltando. Eu precisava me controlar, pois eu não queria surtar e quebrar a cara.

Nós dois sentamos em uma mesa de dois lugares, um de frente para o outro.

— Então, o que fazemos em relação à nossa investigação? – Adrien questionou e eu agradeci mentalmente por estar mais tranquila em relação à isso, já que obtive sucesso em minha investigação pessoal.

— Não sei. Precisamos de um prova concreta de que Félix não é o Chat. Mas o que poderia ser? – começamos a pensar. Porém nada parecia vir na minha mente.

— A gente pode chegar e simplesmente perguntar se ele é o Chat Noir.

— O quê? – encarei o loiro sem entender.

— Ué, podemos ver a reação dele e deduzir. – ele apontou com a cabeça para uma direção e eu pude ver que Félix nos observava. Rapidamente desviei o olhar.

— Não sei se é uma boa. Ele é meio instável

— Bom... É. Então vamos continuar pensando.

— É.

— Enquanto isso, queria aproveitar para dizer que eu tenho a tarde livre amanhã. Pensei em convidar você, Alya e Nino pra jogar video game, mas não tenho certeza se eles vão querer se misturar com os concorrentes. – nós dois rimos – O que acha de nós dois jogarmos?

— Incrível! Digo, ok. – tentei parecer menos surtada.

— Tá bom. Amanhã de tarde na minha casa? – assenti. Até poderia sugerir que fosse na minha casa, mas Kim ficaria enchendo o saco.

Inclusive, pensando nele...

— Oi vocês dois. – meu irmão se aproximou e nós cumprimentamos acenando – Estou decepcionado que você mentiu, Marinette. Mas de qualquer forma, parabéns. Eu fico feliz por vocês.

— Hã... – Adrien começou.

— Do que você está falando? – perguntei sem entender nada.

— Ué, parabéns pelo namoro.

— O quê? – quase gritei, saltando da cadeira. Adrien fez o mesmo, só que em silêncio.

— Namoro? Como assim namoro?

— É, como assim? – tudo bem que não era uma má ideia. Mas eu não estava sabendo de namoro nenhum.

— Vocês dois não estão namorando?

— Não. – dissemos em uníssono e Kim riu.

— Bem, é o assunto do momento na escola. – meu irmão apontou discretamente para os alunos e eu olhei na direção deles. A maioria estava prestando atenção em nós, o que me deixou completamente constrangida.

— Mas... Como puderam imaginar isso? – Kim deu de ombros, gesticulando que não sabia.

Olhei em volta mais uma vez e meu olhar parou em Félix, que possuía um sorriso discreto, quanto comia o seu almoço.

— Foi o Félix. – falei – Lembra que ele nos viu na biblioteca?

— O que vocês estavam fazendo na biblioteca? – meu irmão questionou desconfiado e eu revirei os olhos.

— Nada demais. – Adrien respondeu rápido – Mas com certeza ele achou que fosse algo.

— Tá bom... Eu vou indo agora. Desculpe pelo engano. – Kim saiu, deixando eu e Adrien ali, sozinhos em um silêncio constrangedor.

— Eu tenho a impressão que o Félix gosta de você. – arregalei os olhos.

— O quê? Por quê?

— Ele fica te olhando. Toda vez que estamos juntos ele me encara como se fosse me matar. Será que ele não gosta de mim porque acha que estamos juntos? – questionou refletindo. Enquanto isso eu provavelmente ainda estava com a expressão de espanto, por Adrien pensar na possibilidade de Félix gostar de alguém além dele mesmo.

— Não... Isso é impossível! – balancei as mãos – Só tem uma pessoa que o Félix gosta e é ele mesmo. – Adrien riu. – Além do mais, ele só tira a minha paciência. Nada além disso.

— Eu tive uma ideia agora.

— Que ideia?

— E se nós deixarmos ele achar que estamos namorando? – o encarei incrédula. – Assim talvez ele deixe você em paz e você pode descobrir se ele gosta mesmo de você. Além do mais, talvez a gente até consiga avançar na nossa investigação sobre ele não ser o Chat Noir. O que acha?

— É... – pensa rápido Marinette. É claro que eu gostaria de namorar Adrien, mas fingir namorar Adrien? Pensando bem, posso usar ele como álibi para as minhas saídas como Ladybug. Por outro lado, tenho medo que isso dê errado. – Acho uma boa ideia. – mas como eu sou eu, óbvio que aceitei.

— Certo, então... – Adrien segurou a minha mão – Se me permite. – depositou um beijo nela e novamente eu tive um déjà vu.

Olhei de soslaio para Félix e o ele nos observava com um olhar frio. Voltei minha atenção para Adrien e sorri ao notar que ele me encarava de um jeito fofo.

Só espero que eu não me arrependa de ter concordado com isso.

***

Só me diz mais uma coisa.

Qualquer coisa.

Chat Noir estava me incomodando para que eu dissesse alguma coisa da minha vida pessoal. Segundo ele, eu já tinha pedido e agora era a vez dele.

Não.

Por favor!

Eu tenho direito.

Foi você quem pediu uma informação da primeira vez.

E eu dei outra em troca.

Aaaaahh!

Por favor, Bugaboo!

Argh! Esse apelido!

Tá bom então.

Vou dizer.

Suspirei, me dando por vencida. Afinal, não precisava ser nada demais.

Isso!

Eu tenho um irmão.

Sua vez.

Hum, interessante!

Bom, eu sou filho único.

Agora estamos quites.

Satisfeito?

Pra falar a verdade sim. Muito satisfeito.

Boa noite, Bugaboo.

Sonhe comigo.

Claro, igualmente.

Só pra você saber, eu já sonho com você.                    

Boa noite, kitty.

Bloqueei o celular e deitei na minha cama. Encarei o teto do meu quarto e dei um longo suspiro.

— Eu não acredito que estou namorando Adrien Agreste. Quero dizer, fingindo que estou namorando Adrien Agreste. – falei baixo.

— Quem sabe o seu fingimento não se torne realidade? – Tikki riu e eu virei para o lado sorrindo.

— Acho meio difícil, mas a esperança é a última que morre, não é?

— Exatamente.

Dei boa noite para a kwami e comecei a minha saga de tentar adormecer. Bom, pelo menos agora eu sabia que Chat Noir era filho único e pelo que eu ouvi falar, Félix tem uma irmã.

A investigação pessoal de Marinette andou vários passos. Mas em compensação, a minha com Adrien estava estagnada no mesmo lugar. Embora agora ele tenha sugerido que nós fingíssemos um relacionamento, o que trouxe uma nova investigação a ser realizada pela nossa equipe.

Será que Félix gostava mesmo de mim? De qualquer forma, eu não conseguiria gostar de alguém como ele. Agora Adrien, era totalmente o oposto. Adrien era gentil, carismático, engraçado, lindo e muito mais qualidades que eu perderia a noite de sono inteira se fosse citar.

Félix não poderia ser Chat Noir. Mas Adrien poderia.

Adrien até me lembrava Chat em alguns momentos e tinha algumas coisas em comum com ele, ambos tocavam piano, não têm irmãos, gostam de física, nunca são vistos... Juntos...

Abri meus olhos e sentei na cama em um sobressalto ao perceber aonde o meu raciocínio havia me levado.

— Essa não!


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAA, e esse é o perigo sobre pensar demais em alguma coisa, crianças!

Postei hoje porque sou um amor de autora! Além de ter postado de madrugada o final alternativo do episódio Glaciator (MARICHAT AAAA). Deem uma passadinha lá na oneshot, tá muito fofinha.

Muito obrigada novamente por apoiarem a fanfic e espero que tenham gostado ♥ xoxo



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