The Truth Untold escrita por ladyenoire


Capítulo 3
Adrien pensa em uma nova estratégia


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Acordei no horário, o que era bem raro de acontecer. Normalmente Kim ia pra aula e me deixava dormindo em casa porque dizia que me acordar era impossível.

— Olha só quem resolveu acordar! – meu irmão disse com a boca cheia de pão assim que eu desci as escadas.

— Há há há! – sentei em sua frente. – Cadê a mamãe e o papai?

— Ocupados com um pedido grande.

— Ah tá. – eu e Kim tomamos nosso café em silêncio. Depois arrumamos as coisas, pegamos nosso material e saímos pela padaria, para podermos dar tchau para os nossos pais.

— Aí Marinette, fez o dever de física?

— Claro.

— Me empresta? – bufei. Kim sempre esquecia de fazer o dever.

— Tá.

Assim que chegamos na frente da escola, avistamos meus três amigos conversando. Rapidamente entreguei meu caderno para o meu irmão e fui até eles.

— Bom dia.

— Bom dia, Marinette. Espera... Marinette?

— Sim, ela chegou cedo. Milagres acontecem! – Kim falou passando por nós e eu coloquei a língua para ele, por mais que já estivesse de costas.

— Sobre o que estão falando?

— Sobre as suas tentativas falhas de provarem que eu estou errada sobre o Chat Noir. – Alya respondeu e eu revirei os olhos.

— Eu e Marinette temos uma nova estratégia. – disse Adrien e eu o encarei sem entender.

— Tem é? – minha melhor amiga cruzou os braços e questionou rindo.

— Temos sim. Inclusive, vamos discutir ela agora. – o loiro me segurou pela mão e me conduziu para dentro da escola, em um canto afastado.

— Nós temos uma estratégia?

— Não. – ele riu – Mas eu não podia deixar a Alya rir da gente.

— Ah, entendi. – foi a minha vez de rir.  

— Por favor, quem ri desse jeito pela manhã? – eu e Adrien saltamos levando um susto com Félix ao nosso lado, sendo extremamente desagradável como sempre.

— Desculpa, mas é falta de educação se intrometer na conversa dos outros. – falei cruzando os meus braços e o encarando.

— Não ligo! – deu de ombros, me deixando ainda mais irritada. Segurei a mão de Adrien e o puxei dali. – Ei, não terminamos! – Félix chamou.

— Até nunca começamos. – respondi já afastada – Me desculpa por sair te arrastando. – Adrien riu.

— Sem problemas. Mas eu gostei de ver você respondendo o Félix, foi hilário ver a cara dele.

— Viu como esse garoto não pode ser o Chat Noir. – olhei discretamente na direção dele, que ainda olhava para nós também. – O Chat não trataria ninguém assim.

— Hã... Eu posso perguntar uma coisa?

— Claro.

— Você conhece o Chat? – dei um sorriso nervoso – Porque sabe, você sempre fala muito bem dele e como se realmente soubesse quem ele é.

— A-Ah não... Não. – pigarreei nervosa – Eu só... Sou uma fã, isso. Ele já salvou a minha vida, sabe como é? – soquei o seu ombro de maneira amigável e depois quis me matar por isso. Que vergonha!

— Entendi. Bem, então sobre a nossa nova estratégia. O que acha que devemos fazer? – parei para pensar.

— Bom, a Alya disse que ele some durante os ataques de akumas. Então, podemos seguir ele e tirar uma foto. Assim vamos provar que ele não é o Chat Noir, pois não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo! – terminei de explicar empolgada e impressionada com a minha genialidade.

— Genial! Espera... – Adrien parou para refletir e logo eu também me dei conta de algo muito importante. Eu não poderia seguir ele, pois estaria muito ocupada lutando contra o akuma. Ou seja, eu também não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo.

— Mas você vai ter que fazer isso. – apontei.

— Eu?

— É. Porque... Porque eu tenho medo. – inventei uma desculpa horrível, mas que era a única que eu pude pensar sob pressão – E aí eu me escondo. Por causa do medo. – tá, agora pode parar de falar, Marinette.

— Eu também. Eu também tenho medo. E me escondo. Por causa... Do medo. – encarei Adrien. Como assim a minha desculpa foi tão convincente que até era real? Acho que estou virando uma especialista.

— Poxa... Então precisamos descartar essa ideia. – nós dois caminhamos até a sala de aula, olhando para os lados, tentando pensar em algo.

— E se a gente tentar ver o Miraculous dele? – parou na frente da porta – Tipo, o Chat Noir tem um anel. Você sabe se o Félix usa algum anel?

— Não. Não presto atenção nele. – falei, pois de fato era verdade. Adrien riu e se aproximou mais, o que quase me fez ter um treco.

Ano passado, eu surtaria se estivesse nesse nível de proximidade que estou agora. É claro que eu ainda estou surtando, porém agora eu aprendi a controlar um pouco mais o surto. Pelo menos eu acho.

— Certo, então vamos observar se ele tem um Miraculous ou não. – sussurrou – Pode ser?

— Aham. – assenti e entramos. Fui direto para o meu lugar e Adrien para o seu.

— Valeu, Marinette. – Kim sentou brevemente no lugar da Alya ao meu lado e entregou meu caderno.

— De nada. – respondi simples, enquanto ele cutucava Adrien.

— Ah, oi Kim. O que foi?

— Vi você de conversinha com a minha irmã ali na porta da sala. Sobre o que estavam falando, hein? – quase me engasguei com a saliva e olhei totalmente indignada para o garoto ao meu lado.

— Nada demais. – encarei Adrien, que estava nervoso e surpreso.

— Humrum!

— Kim! – o repreendi.

— Só estou te protegendo. – estreitei os olhos. Era óbvio que ele queria é me fazer passar vergonha. E eu não preciso que alguém faça isso por mim, sei muito bem passar sozinha.

— Você é... – minha fala foi interrompida por Ivan que entrou na sala de aula correndo e bateu a porta atrás de si.

— O que aconteceu? – Adrien ficou de pé.

— O Nathaniel. Ele virou um akuma de novo.

— O quê? – eu e Adrien dissemos em uníssono, logo toda a turma trocou olhares preocupados.

— Se escondam pessoal! Logo a Ladybug e o Chat Noir vão aparecer! – meu irmão gritou e me puxou para baixo da mesa.

Encarei a minha bolsa preocupada. Precisava sair daqui ou, ao menos, Ladybug não apareceria logo como Kim disse.

A porta foi arrebentada em um estrondo.

— Lila... Cadê você para dizer que os meus desenhos são ridículos agora?

De repente as mesas e cadeiras foram apagadas uma por uma e o Evillustrador riu ao ver todos ali.

— Achei você! – caminhava na direção de Lila, que estava no fundo. Em um gesto rápido, fiquei na frente dele antes que passasse por mim. – Saia da minha frente, Marinette. – disse calmo.

— Não. – eu poderia não estar com o meu traje, mas não me impedia de tentar ajudar.

— É sério, eu não quero ferir você.

— Desculpe, Nathaniel. Não posso. – ele grunhiu.

— Por que você está defendendo ela?

— Eu não estou. Estou fazendo isso porque você é meu amigo. Não vale a pena se vingar. – falei séria.

O garoto ponderou, e nesse momento alguém se jogou por cima dele. Era Kim.

— Corram! – meu irmão gritou e a sala toda correu desesperada. Estendi a mão para Kim, porém logo fui puxada por alguém. Depois que estávamos longe da sala, notei que era Adrien quem tinha me levado pra fora.

— O meu irmão, ele...

— Calma. – o loiro segurou os meus ombros – Ladybug e Chat Noir vão chegar daqui há pouco, assim como ele disse.

Balancei a cabeça com a fala de Adrien, recuperando os meus sentidos. Eu precisava agir.

— Sim, eu...

— Eu vou buscar ajuda. Você vai ficar bem? – assenti e ele sorriu, em seguida saiu correndo e sumiu de vista no meio da multidão.

Rapidamente corri para dentro da pequena sala do zelador.

— Tikki, spots on! – me transformei e saí pela janelinha.

Entrei na escola pelo lado de fora, como se tivesse acabado de chegar.

— Bom dia, my lady. – Chat Noir surgiu ao meu lado – Evillustrador de novo. Pronta para um segundo round?

— Aham. – foi só o que eu consegui dizer. Ainda estava pensando em Kim.

O vilão apareceu na nossa frente, então antes que dissesse algo, parti para cima com o meu ioiô.

***

— Nunca mais se jogue em cima de vilões! – abracei Kim depois que eu e Chat derrotamos o akuma e eu desfiz a minha transformação na sala do zelador. Em seguida soquei o seu braço.

— Ai! – passou a mão sobre o braço. – Maluca!

— Você tá bem, cara? – Adrien surgiu na nossa frente.

— Claro, estou sim. Ladybug e Chat Noir nunca falham. – sorri de leve. – Aliás, valeu por ter tirado a Marinette de lá.

— Sem problemas. Imaginei que era o certo.

— Eu já volto. – anunciei e fui até Nathaniel, que estava sentado em um banco. – Ei, está melhor agora?

— Sim, estou. E me desculpa pelo que eu fiz. Juro que não...

— Relaxa! – coloquei a mão sobre o seu ombro e dei um sorriso amigável. – Não foi culpa sua. E só pra constar, seus desenhos são incríveis, de verdade.

— É, a Lila só gosta de atormentar os outros. – Chloé surgiu ao nosso lado. Ela encarava a italiana de soslaio, com os braços cruzados. – Um dia o castelo dela vai desmoronar e eu estarei assistindo tudo.

— Nossa! – exclamei depois de trocar um olhar desconfiado com Nathaniel. Logo a loira nos olhou, como se tivesse notado com quem falava só agora.

— O que foi? Estou mentindo?

— Ao contrário da Lila, não. – falei e ela deu uma risada.

— Gostei dessa.

***

Parecia meio nervosa na batalha de hoje, LB.

Devo me preocupar?

Sorri com as mensagens que recebi antes de dormir. Chat Noir realmente era atencioso e um ótimo amigo.

Não precisa, kitty.

Só estava pensativa.

Mas obrigada.

A seu dispor, my lady.

 


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAA COMO OS IRMÃOS SÃO FOFINHOS!!!

Não tenho muito a dizer nesse capítulo, só espero que vocês estejam gostando da história, porque ela é meio diferente.

Também gostaria de ressaltar que estamos na metade da Fase 2 uhuuul!

Muito obrigada a todos que leram e estão dando apoio a fanfic, espero que tenham gostado ♥ xoxo



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