The Truth Untold escrita por ladyenoire


Capítulo 1
Vamos supor que Alya tenha descoberto


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Olhei para o celular discretamente em baixo da classe e notei que Chat Noir havia respondido a minha mensagem.

Tentando não dormir durante a aula de história. Queria é estar estudando física agora.

Tá legal, em primeiro lugar, quem gostaria de estudar física? Sempre imaginei Chat Noir como alguém rebelde e que até não gostasse de estudar. Mas pelo visto me enganei. Porém o motivo da minha provável cara de espanto, é o fato que ele também estava tendo aula de história.

Olhei em volta, desconfiada.

Fala sério, Marinette! Deixa de ser paranoica! É obvio que o Chat Noir não é algum dos seus colegas!

Respondi a mensagem com emoji de desgosto sobre a parte da física e guardei o celular, voltando a prestar atenção na aula da matéria que eu mais gostava.

Chat Noir e eu começamos a trocar mensagens na semana passada. Ele disse que facilitaria a nossa comunicação, visto que só podíamos nos falar pelos comunicadores quando estamos transformados. Eu concordei com ele, afinal, faz sentido.

Mas como não sou boba, comprei um novo número. Às vezes os meus pais dão o meu número para os clientes da padaria, então não quis correr o risco de chegar até ele. Bom, pelo menos não agora. Acredito que um dia vamos acabar descobrindo as nossas identidades, porém se pudermos adiar, melhor.

Na hora do intervalo, Alya saiu puxando eu e Nino, completamente desesperada. Adrien – ou melhor, o amor da minha vida –, veio atrás mesmo sem entender nada. Nós quatro sentamos na mesa de sempre da cantina e Alya mandou que nos aproximássemos com um sorriso esquisito.

— Acho que descobri o furo de reportagem do ano. – cochichou e nós três trocamos olhares – Vamos supor que talvez...

— Fala logo! – exclamei curiosa.

— Tá bem, apressadinha. – ela riu – Acho que descobri a identidade do Chat Noir. – arregalei os olhos, enquanto Adrien se engasgava com a saliva e Nino processava a informação.

— Como assim descobriu? – fui a primeira a perguntar.

— Não é que eu tenha descoberto, eu acho que descobri. – Alya e as suas conclusões precipitadas. Lá vamos nós de novo – Eu estive analisando e tem um aluno dessa escola que nunca esteve durante os ataques de akumas...

— Dessa escola? – indaguei ainda surpresa.

— Sim, Marinette. Acompanha. – ela gesticulou. – Enfim, e esse aluno age como ele, sabem? Todo convencido.

— Quem é? – Nino perguntou, também cansado do suspense desnecessário.

— É o Félix do terceiro ano. – foi a minha vez me engasgar com a saliva. – Meu Deus, o que houve com vocês hoje? – Adrien estendeu uma garrafa de água e eu peguei, agradecendo com um aceno.

— Ele não tem nada a ver com o Chat Noir. – o amor da minha vida disse.

— As evidências apontam e as características físicas também.

— Mas Alya, o Félix é arrogante. – falei. Não achava e não queria acreditar que os dois eram a mesma pessoa. Félix era uma versão masculina da Chloé, que inclusive já tinha evoluído e se tornado menos pior. Já o Félix... – O Chat Noir não é assim.

— Ah é? E como você sabe? – ela ergueu uma sobrancelha e me encarou. Percebi que os olhares se voltaram para mim.

— Porque o Chat Noir já me salvou algumas vezes e nós conversamos. – disse rápido, o que de certa forma não era uma mentira – E sim o Chat é convencido, mas existe uma linha que separa isso da arrogância.

— E o Félix ultrapassa ela. – Adrien apontou, concordando comigo. Então Alya cruzou os braços, refletindo.

— Tá bem, se é o que vocês acham. Mas precisamos de provas, então vamos investigar. – respirei fundo. O que eu havia dito antes? Lá vamos nós de novo. – Vamos fazer dois times de investigação. Eu e Nino e você e o Adrien. – senti minhas bochechas esquentarem assim que ela disse que eu estaria no mesmo time do amor da minha vida – Nós vamos tentar provar que o Félix é o Chat Noir e vocês vão tentar provar que ele não é.

— Eu não concordei com isso. – disse Nino, recebendo um olhar julgador de Alya – Mas se é para você parar de loucuras, eu topo.

— E vocês? – minha melhor amiga nos encarou. Então eu e Adrien trocamos olhares preocupados.

Só o fato de imaginar que eu poderia descobrir a identidade de Chat Noir me deixava nervosa. Entretanto, eu não poderia voltar atrás. E afinal, era só provar que Félix não era ele. Não que eu fosse descobrir quem o Chat realmente era.

— É né, pode ser. – concordei e Adrien suspirou.

— Tá bom então.

— Fechado.

***

— Marinette, por que você concordou com isso? – Tikki questionou, parando em cima do meu ombro enquanto eu estava atrás da escada da escola espionando os alunos da aula de esgrima. Quem diria que na verdade eu não estava fazendo isso por Adrien e sim pela investigação da Alya?

— Não sei, Tikki. Talvez eu queira provar para mim mesma que o Félix não é o Chat Noir e assim poder dormir mais tranquila.

— E se ele for?

— Bom, aí temos um problema. Ele é insuportável!

Meu celular vibrou, indicando que eu havia recebido uma mensagem. Era de Chat Noir, falando nele.

Rapidamente olhei em volta e notei que vários alunos mexiam no celular – pois a aula não havia começado –, inclusive Félix.

— Essa não!

Boa tarde, my lady! Pensando em mim?

Na verdade sim.

Ah é mesmo? Bom saber, pois penso em você todos os dias.

Muito engraçado, Chat.

Sim, sou uma graça!

Passei para deixar um oi rápido. Preciso ir agora, tenho compromisso.

Compromisso?

É, mas nada demais. Não é um encontro se quer saber.

Eu não queria.

Nunca trairia você, até mais.

Até, kitty.

Félix deu uma risada para o telefone e o guardou, me deixando ainda mais desesperada. Esperava que fosse apenas uma infeliz coincidência.

— Viu alguma coisa? – a voz de Adrien ao meu lado me assustou e fez com que eu desse um salto para o lado – Desculpe.

— Tudo bem. – sorri amigável – Nada ainda. Na verdade ele sorriu olhando para o celular. Não achei que os músculos faciais dele fossem capazes disso. – Adrien riu.

— Realmente. Félix é muito sério.

— Ele é um completo mala, pra falar a verdade.

— Por que esse raiva toda? – o loiro se escorou na estrutura e ficou me encarando com uma expressão divertida.

— Uma vez trabalhei de voluntária com ele em um evento que a escola organizou para arrecadar alimentos para os animais de rua. Ele só sabia reclamar e dizer o quanto ele era bom demais pra fazer aquilo. Fora o jeito que ele age todos os dias. – revirei os olhos, relembrando – Pensa na antiga Chloé, só que pior.

— Hum, entendi. Ele não vai muito com a minha cara. No meu primeiro dia eu perguntei qual era a sala 34 e ele apenas virou o rosto e saiu. – nós dois rimos – Depois disso ele sempre me olha com raiva quando cruzamos no corredor. Nino diz que é paranoia minha, mas eu sei que não. – estreitou os olhos – De qualquer jeito, ele não pode ser o Chat Noir.

— Concordo plenamente. A Alya é maluca de achar que o Chat é assim.

— Você acha que o Chat é mais incrível que ele? – essa pergunta me pegou de surpresa. Embora a resposta fosse óbvia, não imaginava que Adrien me perguntaria isso.

— É claro. O Chat Noir é uma das pessoas mais incríveis que eu conheço. – falei a verdade. Eu literalmente confiava a minha vida ao meu parceiro, só que eu não podia dizer isso a Adrien.

— Sério?

— Sim.

— Sr. Agreste, creio que queira participar do treino, visto que temos um torneio importante na semana que vem. – Armand D’Argencourt, o instrutor de Adrien, parou em nossa frente.

— A-Ah sim, eu só estava...

— Tudo bem, eu entendo. Já fui jovem. – disse ele – Mas deixe para namorar depois, agora é hora de treinar. – minhas bochechas esquentaram e eu fiquei paralisada. Adrien não estava muito diferente.

— Nós não...

— Vamos, Sr. Agreste.

— Ok, eu hã... Até mais, Marinette.

— Até. – foi só o que eu consegui dizer.

Olhei para a turma de Adrien e todos os olhares estavam voltados para aonde nós estávamos, me deixando ainda mais constrangida.

Félix me encarou com a expressão fria de sempre e então eu tratei de sair dali e ir direto para o banheiro, ao menos lavar o rosto que estava totalmente quente.

— Você parece nervosa! – Tikki disse risonha e eu suspirei, molhando o meu rosto com a água da torneira. Em seguida peguei o papel e sequei.

— O Félix não pode ser o Chat Noir, não mesmo. – gesticulei – Me recurso à acreditar.

— Ele estava usando o celular enquanto você trocava mensagens com o Chat Noir.

— É, eu sei. Mas o Chat Noir estava tendo aula de história hoje de manhã, então não é o Félix, pois se a professora estava na nossa sala, não estava na dele. – sorri concluindo o raciocínio – Claro que tem a possibilidade de ele estar mentindo. Mas não sei se ele faria isso.

— Só tem uma professora de história na escola? – arregalei os olhos.

— Não. – disse simples. – Mas... Mas ele... – me calei, raciocinando. – Não, o Félix não é ele. – não podia ser – Sei disso e vou provar.

— Espero que consiga.

— Eu também, Tikki. Eu também.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAA (eu sei que eu ia postar só com o capítulo 19 de Secret Wars, mas eu não aguentei)! Postei antes porque o beijo Adrinette em Marionetista 2, apesar de constrangedor, me deixou muito feliz :3

Não parece uma AU, eu sei. Mas no próximo capítulo vocês vão entender porque é uma AU rsrs!

Lembrando que a fanfic é focada no romance. O que acharam do primeiro capítulo?

Muito obrigada por terem lido e espero que tenham gostado ♥ xoxo



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