Case 39 escrita por Kev1n


Capítulo 4
The Possession of Hannah Grace


Notas iniciais do capítulo

Gente, não tenho desculpas, eu só esqueci mesmo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779486/chapter/4

Semanas se passaram, mais assassinatos aconteceram. E a cada tempo que eu perdia naquela aula chata, o assassino no terror planejava mais mortes, eu precisava fazer alguma coisa a respeito. Lembro que o pai de Cesar é policial e ele está de folga, bolo um plano em minha mente. Em teoria, vai dar tudo certo.

A aula acaba, vamos para o refeitório e falo o meu plano.

— É o seguinte. — Começo. — Cesar, você vai sorrateiramente nas coisas do seu pai e vai pegar a chave da sala onde ficam as provas dos casos policiais que acontecem. Nós quatro vamos até a delegacia, Martha e Cesar vão fazer alguma distração com o recepcionista enquanto eu e Mark vamos na maciota até a sala das provas. Lá dentro, nós dois vamos procurar os arquivos sobre o assassino, vamos tirar fotos e depois vamos nos juntar na minha casa para revisarmos tudo.

— Tudo bem, acho que dá certo. — Cesar confirma.

[...]

Mark vai até a minha casa, esperamos Cesar dar o sinal de que ele conseguiu pegar as chaves para irmos à Delegacia, Martha está junto de Cesar, certificando de que o pai dele não vai perceber nada.

Estou sentado na minha cama com o meu celular nas mãos, esperando a notificação de mensagem de Cesar. Mark se aproxima.

— Você está bem? — Ele pergunta, mas eu não escuto de primeira, estou muito focado em receber a mensagem. — Você está bem?

— Oh, desculpe, não ouvi. Estou sim e você? — Respondo.

— Não, você não está bem e eu sei disso porque essas respostas são mais automáticas do que sinceras. — Ele senta do meu lado. — Olha... Eu sei que você passou por muitas coisas com o passar dos anos. — Ele pega na minha mão e eu o fito. — Mas você não precisa passar por tudo isso sozinho, Martha está aqui, Cesar está aqui... E eu também estou aqui. Você sabe que pode contar com a gente pra tudo e qualquer coisa.

Sinto meu coração bater rapidamente, meu corpo esquenta, nossos rostos estão se aproximando lentamente, até que meu celular vibra e faz um barulho, é a mensagem de Cesar, “peguei, vamos”. Nos afastamos, engulo em seco e vamos rapidamente até a Delegacia.

[...]

— Finalmente vocês chegaram. Por que demoraram tanto? — Martha questiona.

— Garota????? Da casa do Charles até aqui é longe e da minha muito mais, por isso que fui pra lá mais cedo. — Mark responde e eu solto um riso abafado no início, percebo ele corar.

Cesar e Martha entram normais, eu e Mark vamos logo depois. Nós dois pedimos dois formulários para fazermos um boletim de ocorrência afastados enquanto Cesar e Martha conversam com o recepcionista sobre algum assunto aleatório. Um detento faz um barulho numa das celas, eu e Mark aproveitamos para nos agacharmos e passarmos pela recepção, não há muitos policiais no local. Quando estávamos indo à Delegacia, Mark recebeu a notícia de que um acidente aconteceu no necrotério de um hospital e as pessoas estão morrendo uma a uma.

Conseguimos passar despercebidos, abrimos a sala de evidências e o que a gente vê nos choca, há poucas caixas, ou seja, houve poucos crimes desse tipo em Amityville. Eu e Mark nos dividimos para encontrar a caixa certa. Rapidamente encontramos, na sua lateral há uma etiqueta escrita “Caso 39”, colocamos a caixa no chão e começamos a tirar os documentos de dentro dela, batemos várias fotos, guardamos tudo, colocamos a caixa de volta no lugar, saímos da sala, trancamos ela, o recepcionista está ocupado falando com alguém ao telefone e não percebe quando nós quatro saímos da delegacia.

— Mano, só existem 39 caixas de evidências na delegacia. — Falo surpreso.

— O que? — Martha e Cesar falam em uníssono.

— Não creio que desde a fundação da cidade só existiram 39 casos desse tipo, poxa. — Dessa vez só Martha fala.

Andamos calmamente até a minha casa, James está cada vez mais ocupado no trabalho, depois da morte da minha mãe, ele começou a fazer hora extra para poder cuidar de tudo na casa, ele não precisava fazer isso, mas ele quis por conta própria, nossa relação está ficando cada vez melhor e já consigo ver ele como um padrasto. Meu irmão já deve estar dormindo, ele ultimamente não tem conseguido fazer nada direito além de dormir.

Chegamos à minha casa, entramos e fomos até o meu quarto, onde eu e Mark compartilhamos as fotos no grupo do Whatsapp que criamos para isso.

— Vamos começar pelo início. — Martha procura a foto certa. — O assassinato das irmãs Jensen. Dia 21 de Janeiro, segunda-feira, aqui. — Ela coloca o celular com a foto no meio de nós.

Logo depois começamos a ver todos os assassinatos por cima. Não tinha um padrão, não tinha uma linha de raciocínio, não tinha nada, absolutamente nada.

— Isso não é possível. Tem que ter alguma relação, mas não tem nada. — Digo incrédulo.

— Ele mata por prazer. — Acrescenta Cesar.

Minutos se passam, o silêncio é ensurdecedor, até que eu decido quebrá-lo.

— E se nós fôssemos até a sua última cena de crime?

— Você diz o necrotério? — Mark retruca.

— Sim e, talvez, não só a última, todas as cenas de crime. Deve ter algo que a polícia pode ter deixado passar. Já que eles não têm experiência por não acontecer absolutamente nada nessa cidade.

— Charles tem razão. — Martha diz. — Vamos?

— Vamos. — Eu e Mark dizemos juntos, mas Cesar não diz nada, o encaramos.

— Eu não posso. Eu tenho que ir pra casa antes do meu pai perceber que eu roubei a chave dele. — Cesar responde e nós compreendemos. Ele vai para casa enquanto eu, Mark e Martha vamos até o necrotério do hospital onde aconteceu o último assassinato.

O local estava cheio de polícia, aquela luz vermelha bem forte piscando, as faixas amarelas bloqueando tudo. Nós três fomos até os fundos, onde não tinha ninguém, parece até piada. Entramos sorrateiramente e descemos até o necrotério, estava escuro e havia poucos policiais, andamos calmamente e em silêncio.

Encontramos uma porta onde havia mais faixas amarelas do que o comum, nos entreolhamos e resolvemos entrar. Tinha o corpo de uma mulher, provavelmente a segurança, e de outras pessoas com o rosto desfigurado. Nos separamos procurando algum indício de pista naquele matadouro.

— Gente. — Martha sussurra. — Eu achei alguma coisa.

Nos aproximamos, perto de uma mesa caída havia uma máscara, uma máscara do assassino do filme Pânico, o que casa com o que o meu irmão disse da noite em que a minha mãe foi morta. Continuamos a procurar mais, e achamos uma pegada numa poça de sangue, procuramos ver se poderia ser de alguma das vítimas, mas não se encaixava. Medimos a pegada e descobrimos que o assassino calça 41. Ouvimos um barulho, eram os policiais, saímos rapidamente do local.

— Ok. — Mark recapitula. — Sabemos que o assassino usa uma fantasia do mesmo assassino do filme Pânico e que ele calça 41. Quantas lojas de fantasia existem em Amityville.

— Talvez algumas dezenas. — Respondo.

— Vamos começar pelas mais esquecidas, se eu fosse a assassina, eu compraria uma fantasia num lugar bem esquecido onde ninguém sequer pensaria em investigar. — Martha Retruca.

— E é por isso que precisamos de uma garota no grupo, pra ver o que homens não veem. — Mark adiciona e nós três rimos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

a essa altura do campeonato eu to cagando pra fic, sorry



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Case 39" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.