Joia de Família escrita por Denise Reis


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Muita calma nesta hora!!!

Este capítulo me deu muito trabalho para escrever e ficou longo... Não consegui dividir... Leiam sem pressa e com muito amor... Sejam bonzinhos comigo, OK??

Recebi uma nova RECOMENDAÇÃO lindíssima, que me emocionou muito. Um agradecimento especial para minhas queridas
❤"Bethlopes",
❤"Rita Vieira",
❤"Adriana Tatsch" e
❤"gilvania" .


A você que esta COMENTANDO, estou amando ler suas palavra e responder a todas eles.


E você que FAVORITOU, meu muito obrigada.


Vamos ler com calma e lembrem-se que meu amor por Kate Beckett e por Richard Castle é infinito.

Boa leitura.



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Para o jantar de comemoração proposto por Castle, Kate usou um belo vestido que ganhara de presente da mãe e da sogra.

No dia em que saíram para comprar o tal vestido, Kate experimentou vários modelos e várias cores em uma famosa loja de grife onde Martha a levou. Contudo, apesar da maioria deles ficar lindo nela, Kate não se agradou de nenhum em particular e a mãe e a sogra eram da mesma opinião e a animavam a continuar provando outros.

— Prove outros, Katherine. Quem sabe o próximo vai ficar melhor, não é? – Martha opinou.

— Não se sinta pressionada a escolher com pressa, filha. – Johanna era da mesma opinião de Martha.

— Mas vou separar este também, pois é lindo. Confesso que não senti que é esse, mas...  – Kate anunciou, pois estava confusa com tantos vestidos bonitos que experimentara.

— Muito bem, filha, também acho que ainda não apareceu o vestido que encantou... Mas não custa nada deixar ele separado.

— Isso mesmo, Johanna, penso igual a você. – Martha concordou com a nora e com a amiga — Vamos coloca-lo aqui, junto com estes que separamos.

— Eu só não queria parecer chata. – Kate esclareceu — Ainda mais que eu já tenho a fama de ser birrenta... O papai mesmo fala...

— Não tem nada disso, criança. Fique à vontade. Você está comigo e com sua mãe e nós amamos você. E saiba que faríamos a mesma coisa. Esqueça o que seu pai falou...

— Isso mesmo, Martha. Sabe, Katie, você não deve escolher um vestido somente para concluir a tarefa. – Johanna aconselhou a filha— Deve escolher o que realmente lhe chamar atenção.

— E até agora, querida, não vi seus olhos brilharem. – Martha concluiu e finalizou a frase cantarolando, como era do seu costume e ainda fez gestos com as mãos e dedos, indicando brilhos e isso fez a Kate e a Johanna rirem.

— Ah, que bom que vocês me compreendem. Não quero parecer birrenta ou chata. Eu queria algo diferente... Nada de ostentação, apenas um vestido bonito que me tocasse a alma... Sei que vocês me entendem. – Kate falou para a sogra e para a mãe, mas com moderação.

A vendedora, simpática, prestava atenção.

— Tenho certeza que meu filho vai te achar linda com qualquer um desses, Katherine, mas tenho que admitir que penso igual a você. Acho que os que você gostou e até separou, são lindos mesmo, mas queria que você usasse algo que tirasse o fôlego não somente do Richard, mas o seu também.

— Concordo com vocês. – Johanna comentou para Kate e para Martha.

A vendedora era uma antiga conhecida de Martha e, ao ouvir todos aqueles comentários, fez um trejeito no rosto como se acabasse de ter tido um insight — Nossa Senhora! Como não pensei nisso antes!? Vou pegar um vestido que chegou hoje cedo, mas ainda nem foi colocado no expositor. Faz parte da nova coleção e só veio uma peça. Se não me falha a memória, ele é do seu tamanho, Kate. Pelo que percebi, acredito que vocês três vão amá-lo. – a gentil senhora, muito simpática, se afastou e após alguns minutos retornou com o vestido que encantou Kate logo à primeira vista, mesmo pendurado no cabide.

— Meu Deus! Maravilhoso! – Kate ficou boquiaberta, admirada com a beleza e a perfeição do vestido.

— Muito lindo e é da cor dos seus olhos. Eu amei, Katherine. – Martha comentou, maravilhada com a peça.

— Vou prova-lo. – a médica anunciou sorridente e logo se encaminhou até a cabine fechada.

— Já de primeira olhada, eu também gostei e vai ficar lindo no seu corpo, filha. – Johanna afirmou e, chegando bem perto de Martha, ela confidenciou — Martha, este vestido é belíssimo e é o campeão do dia e tomara que fique bem na minha filha.

— Pela experiência que eu tenho, Jô, vai ser este, viu, porque eu fiquei arrepiada só em ver a expressão no rosto da Ketherine.

Jô arregalou os olhos ao olhar para a amiga— Ah, pensei que fosse impressão minha. Também vi o brilho nos olhos da minha Katie. Então vai ser esse. Muito lindo!

Sozinha no provador, Kate pôs o lindo vestido e assim que viu sua imagem refletida no espelho do compartimento privativo, ela sentiu-se linda e soube imediatamente que aquele seria o escolhido. Ela estava arrepiada! Ao sair do reservado e dar alguns passos em frente a sua mãe e sua sogra, as duas ficaram boquiabertas.

— É esse!

— É esse!

Ambas fizeram o mesmo comentário simultaneamente e ao perceberem isso, as três riram felizes, acompanhada da vendedora.

— Sabia que vocês iriam amar este vestido. – A vendedora comentou muito contente por ter lembrado daquela peça.

Kate se mirava na parede de espelho da parte externa do provador e ora dava passos como se fosse uma modelo de passarela e ora bailava, pois, estava encantada com a beleza e com o caimento do vestido. Estava muito feliz vendo o movimento do tecido.

Era um vestido confeccionado em chiffon verde musgo, modelo evasê, alguns centímetros abaixo do joelho, próprio para noite, com manga meia cava e gola canoa. 

— Katherine, você é linda com qualquer roupa, mas neste vestido, querida... Socorro!!! Quando o meu filho a vir, acho que ele vai enfartar!

— Filha! A modelagem deste vestido é perfeita e caiu no seu corpo como uma luva. Veja, a cintura está acentuada mesmo sem cinto. O corte é impecável!

— Ah, mamãe! Ah, Martha! Obrigada! – Kate sorriu — Eu também amei! Adorei saber que vocês concordam com a minha escolha e não se chatearam por eu ter demorado tanto para escolher.

— Até parece que você é a primeira mulher a ficar em dúvidas sobre qual vestido levar, querida. – Martha comentou e deu risada.

— Nem pense nisso, filha.

— Vocês estão certas! Não é fácil escolher um vestido, quando se tem vários que agradam... – A vendedora salientou— Podem acreditar que você não está sozinha nisso... Milhares de mulheres passam por essa situação... Mas saiba que você ficou linda com todos, Kate, no entanto, querida, neste aí, como você mesma, sua mãe e sua sogra já disseram, você está deslumbrante, e poderá usá-lo com cabelos soltos ou presos... Você escolhe.

— Ainda não sei se prenderei os cabelos... – Kate segurou os cabelos no alto da cabeça e deu um nó frouxo, deixando alguns fios do franjão caírem na frente e na lateral, dando um charme extra, simulando um penteado e ficou a olhar o seu reflexo no espelho e depois os soltou, balançando as madeixas de um lado para o outro — Depois eu vejo isso.

A vendedora estava feliz por ter encontrado o vestido ideal para Kate e explicava a modelagem da peça — O chiffon é um tipo de tecido que é conhecido por possuir certa transparência, o que exige um forro por baixo, mas vocês reparem que o caimento da confecção está perfeito e o forro não está embolando ou enrugando. Por ser um tecido muito leve, a peça possui uma fluidez maravilhosa e tem um toque macio e delicado. – a vendedora era conhecedora do assunto — E ainda bem que eu lembrei dele. Este vestido chegou hoje, mas ainda não tivemos tempo de colocá-lo em exibição. Ainda nem tem a etiqueta para venda.

— É este mesmo que eu quero... – Kate sorriu.

— Ainda bem que ele não estava exposto. – Johanna comentou.

— Ele estava te esperando, Katherine.

 

....................................

 

No jantar de comemoração...

Assim que chegaram ao restaurante, Martha, Johanna, Jim e seus filhos foram levados à mesa reservada por Castle.

Após brindarem à saúde de todos, à conclusão da Residência Médica de Kate e também ao sucesso na nova carreira por ela escolhida, a banda iniciou sua apresentação e uma balada romântica ecoou pelo salão.

Alguns casais começaram a dançar.

— Vamos dançar, amor? – Castle tocou a mão da sua namorada, esperando uma resposta.

Ao ouvir o convite, Kate fez um gesto afirmativo com a cabeça e dirigiu-lhe um sorriso apaixonado. Castle se levantou e a ajudou a fazer o mesmo.

De mãos dadas, encaminharam-se ao espaço delimitado para dança, onde alguns casais já bailavam.

De olhos fechados e sentindo a música, Kate, apaixonada, deixava-se guiar pelo namorado, um exímio dançarino.

Como um bom cavalheiro, Castle acariciava as costas de sua namorada enquanto conduzia a dança — Amor, você é linda, mas hoje, você conseguiu se superar. Você está deslumbrante neste vestido! – Ele sussurrou ao ouvido de sua namorada e logo depois depositou um beijo no pescoço descoberto, já que ela prendera os cabelos em um charmoso penteado que dava um ar sofisticado, porém, muito jovial e gracioso.

Arrepiando-se com o suave beijo no pescoço dado pelo seu namorado, ela agradeceu — Obrigada, amor. E você... – ela afastou um pouco a cabeça apenas para erguer o rosto e olhá-lo nos olhos.

Mesmo usando um belíssimo scarpin negro com salto agulha, ela ainda era mais baixa do que o Castle — Você está divino. Adoro te ver usando azul. Seus olhos ficam ainda mais lindos!

Castle usava terno azul marinho, camisa social branca e gravata também azul, quase preta.

Castle deu um discreto selinho nos lábios rosados de sua namorada — Eu te amo! – ele segredou.

— Eu também te amo, Rick.

Dançaram mais duas músicas e retornaram à mesa.

Todos bebericavam seus drinques e saboreavam diversos tipos de petiscos refinados. A conversa entre os cinco seguia agradável e os assuntos fluíam naturalmente.

 

....................................

 

Johanna Beckett e Martha Rodgers tornaram-se grandes amigas desde que se conheceram cerca de dois meses após o início do namoro de Castle e Kate. Ambas aprovaram de imediato as escolhas de seus respectivos filhos e, por conta disso, gostavam quando acontecia qualquer evento familiar onde todos se reencontravam e botavam os assuntos em dia.

Jim Beckett, apesar de ser reservado, não escondia que também aprovou a escolha da filha, pois, simpatizou muito com o futuro genro.

 

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O jantar de comemoração seguia feliz.

Antes de fazerem o pedido dos pratos a serem servidos no jantar, Castle convidou Kate novamente para dançar. Ainda na metade da primeira melodia, ele a convidou para irem à parte externa do restaurante, onde ficava o mirante.

Passando por largas portas francesas de madeira escura, o casal caminhou de mãos dadas até chegarem à balaustrada de concreto. O restaurante ficava no último andar daquele luxuoso hotel de onde se tinha uma vista espetacular da cidade.

A brisa fria soprou no braço desnudo de Kate e ela sentiu um leve arrepio, mas Rick a abraçou por trás, protegendo-a.

Não havia muitas pessoas naquele espaço, somente dois casais mais afastados e o silêncio era quebrado apenas pelo som distante da banda que tocava na parte interna do restaurante.

Como das outras vezes que estiveram ali, ficaram a admirar as edificações conhecidas e analisavam outras que não conseguiam identificar.

A conversa ia seguindo por assuntos diversos, até que Castle, com carinho, gira o corpo de Kate e a coloca de frente para ele e, olhando-a com intensidade, ele a beija de modo apaixonado, e, de pronto, é correspondido.

Ao final do beijo, ele afaga o rosto dela com o dorso dos dedos, num gesto de carinho.

— Ah, como eu adoro estar com você... Assim, Kate, bem juntinho de mim.

— Eu também, amor. Adoro isso! Adoro estar assim, juntinho de você. – feliz, ela ergueu o rosto e depositou um selinho nos lábios do namorado.

— Parabéns por ter conseguido vencer mais uma etapa, meu amor!

— Obrigada, Rick! Foram dois anos de muito estudo e de muito trabalho – ela refletiu sobre aqueles dois anos — As vezes eu pensava que não ia aguentar, de tão cansada que eu estava. Plantões terríveis, outros nem tanto, é verdade... A minha sorte é que no final do primeiro ano eu te encontrei, então a jornada parecia mais leve porque eu tinha você que me dava força para continuar. Meus dias passavam rápido porque eu sabia que iria te ver depois. – Kate acariciou o rosto e o cabelo do namorado.

— Quero que você saiba, Kate, que nesse ano que estivemos juntos eu me senti o homem mais feliz do mundo por ter você como minha namorada.

— Eu te amo, Rick, e também amo ser sua namorada.

— Mas tem uma coisa que eu preciso falar com você, Kate... – ele interrompeu o abraço, modificou a expressão da sua face e ficou um pouco sério — Muita coisa mudou... – neste momento ele se afastou um pouco e isso fez Kate voltar a tremer, mas desta vez não era de frio. Kate tremia de nervoso e medo, pois pressentia que algo iria acontecer. Ela sentiu que Rick ficou estranho.

Ao ouvir as palavras de Castle e o modo como ele se portava, Kate não falou nada e seu coração batia descompassado, pois queria perguntar para ele o que estava acontecendo, contudo, estava sem coragem para fazê-lo, até porque, ele já não sorria. Ele estava sério e a olhava pensativo.

No entanto, mesmo com o coração apertado, Kate sabia que precisava compreender o que se passava — Castle, você está estranho... estou confusa com o seu jeito de me olhar e com o que você acabou de me dizer... – ela murmurava com voz trêmula, mas falava baixinho e lentamente para não tropeçar nas palavras — Foi você que insistiu para este jantar ser hoje e neste hotel, Rick... Você disse que queria comemorar e me fazer feliz e eu, realmente, estou mesmo muito feliz... Você acabou de dizer que me ama... Agora você me fala que muita coisa mudou... Como assim?

Castle não falou nada e isso acentuou a ansiedade de Kate— Eu não gosto deste seu silêncio, Rick... Acho que deveríamos ir embora.

Kate girou o corpo para voltar para parte interna do restaurante, mas ele a segurou, impedindo-a de caminhar.

— Castle... Acho que você devia ter pensado sobre essas coisas antes de me trazer aqui. Acho que devemos mesmo ir embora, pois eu não estou bem... Se você quiser me falar algo desagradável, depois você me fala... Mas hoje, não, por favor... Agora, não. Eu nem quero mais jantar.

— Kate! – Castle a segurou pelos braços e falava de modo suave, mas mantinha no rosto o tom menos sério — Sabe, Kate, acho que você não entendeu... ou eu não soube me expressar... O que eu acabei de te dizer foi que nesse ano que estivemos juntos eu me senti o homem mais feliz do mundo por ter você como minha namorada, mas...

— Sim... estou ouvindo... – Kate o interrompeu e mordia os lábios, muito tensa.

— O que eu quero falar, mas você insiste em me interromper, Kate, é que eu quero te dizer que não quero que você seja mais a minha namorada.

Ao ouvir aquilo de modo tão direto, Kate sentiu-se empalidecer e o interrompeu novamente— Eu entendi isso, Castle e você não poderia ser mais claro e só acho que você não deveria ter marcado um jantar para me dizer isso, ainda mais dizendo que seria uma comemoração... Comemoração a que mesmo, eihm? – Kate respirou fundo e fez um esforço muito grande para não chorar.

— Meu Deus, mulher! Será que você pode, por favor, parar de me interromper e me ouvir? – ele estava aflito com a aflição dela.

— Ouvir mais o que, Castle? – Kate encostou-se na balaustrada, cruzou os braços, revirou os olhos, mordeu o canto dos lábios e, meio impaciente, esperou uma resposta.

— Estou tão nervoso, Kate, que acho não soube escolher as palavras certas para te falar... Falei muito e me compliquei. Agora vou tentar ser mais direto. Apague tudo o que eu disse, com exceção a parte que eu te amo. Vou começar tudo de novo. – Castle agachou-se, pôs apenas o joelho direito no chão e, de um jeito cerimonioso, perguntou com um tom de voz soleneKatherine Houghton Beckett, eu te amo! Você aceita se casar comigo? – enquanto perguntava, ele pegou um anel de noivado no bolso interno do seu paletó e o ergueu na direção de Kate.

Kate ficou boquiaberta ao ouvir aquele pedido de casamento, cuja introdução fora nada menos que estapafúrdia. Sentindo-se irritada por ter experimentado, mesmo que por pouco tempo, o gosto amargo da rejeição, Kate não respondeu nada, apenas o olhava de um modo muito sério. Ela estava aturdida.

Perplexo com aquela reação inusitada de Kate, Castle ficou sem ação. Com certeza, era uma situação inesperada.

Ele se ergueu do chão, mas não guardou o anel. — Hey, amor! – ele a chamou, mas o jeitão espirituoso dele não o abandonou. Mesmo muito tenso pela falta de resposta de Kate, parece que ele se divertia com a situação, apesar de ter se confundido muito com as palavras ao fazer o pedido de casamento — Isso é um “sim” ou um “não”, Kate? – ele indagou curioso de um jeito todo seu. Mesmo constrangido pela falta de resposta da sua namorada, ainda deixou escapar um sorriso fraco. Estava nervoso.

Apesar de demonstrar estar assustada com a situação vivenciada, Kate até conseguiu deixar escapar um leve sorriso diante do jeito que Castle lidou com a sua falta de resposta, então decidiu responder – Eu estou tremendo, Castle. – ela falou de modo bem pausado— Eu nem consigo falar direito. Eu pensei que você fosse terminar o namoro.

Castle franziu o nariz e a testa, deixando evidente que não entendeu a resposta de Kate — Você pode, por favor, dar a sua resposta, Kate, mas seja rápida porque estou ansioso... – mesmo com a situação completamente atípica, ele conseguia brincar e sorrir, devido ao nervosismo.

— Castle, você me perguntou se o meu silêncio era um sinal de “sim” ou de “não” ao seu louco pedido de casamento...

— Isso mesmo!

— Claro que é “sim”, meu amor, porque eu te amo e aceito me casar com você. – Mesmo tensa com o que acontecia, Kate já sorria e torcia a boca num misto de timidez e nervoso ao explicar sua resposta, mas seu coração batia tão forte que parecia que ia sair pela boca.

Depois de trocar um olhar apaixonado com Kate, Castle pôs o suntuoso anel de brilhantes no dedo anular dela. — Daqui a alguns meses vou colocar no seu dedo uma aliança de casamento, amor. Eu te amo!

— Eu também te amo, Sr. Richard Alexander Castle.... E desculpa pelo silêncio... É que você me deixou muito confusa, tensa e muito triste com todas aquelas palavras atrapalhadas antes do pedido. Eu fiquei atônita quando você disse que tudo havia mudado e que você não queria mais ser o meu namorado...

— E eu também peço desculpas se o pedido de casamento não foi o meu melhor momento. – ele a tomou nos braços, beijando-a apaixonadamente.

Kate interrompeu o beijo e o olhou curiosa — Depois você vai me explicar direitinho porque falou aquelas palavras loucas antes de fazer o pedido, entendeu, Sr. Castle. Você deixou claro que não queria mais namorar comigo e lógico que eu pensei que você me trouxe aqui apenas para terminar o nosso relacionamento. Meio louco isso, né, mas foi o que eu pensei. Óbvio que ninguém é obrigado a continuar namorando o outro somente para manter as aparências, mas armar um jantar deste porte para terminar o namoro, aí foi demais para minha cabeça, ainda mais depois de me dizer que me ama... mas que não queria mais ser meu namorado e depois me pede em casamento. Como assim!? Muita loucura! Muitas contradições em um momento só... Você nem bebeu tanto assim.

Ainda tensos diante das palavras atrapalhadas do Castle, eles riam, porque a situação ficou esclarecida e eles agora estavam noivos e muito felizes.

— Eu fiquei nervoso, amor. Eu tentei falar bonito e reconheço que me compliquei... Cada coisa que eu falava para tentar melhorar eu piorava ainda mais a situação e parecia ser o contrário do que eu realmente queria. E o pior é que você me interrompia...

— Por falar em interromper... Cala a boca e me beija, Castle. – Eles se beijaram. Um beijo de amor.

Um beijo emendava no outro. Após alguns minutos, eles se afastaram e ela propôs entrarem para jantar, pois já se passara mais tempo do que o esperado.

— Eu já ia sugerir isso, Kate.

De mãos dadas eles caminhavam de volta a parte interna do restaurante quando, de repente, ele parou e a olhou preocupado.

— O que foi, Rick?

— Eu estou pensando algo... – ele comentou.

— O que?

Ele pegou as mãos dela e, com delicadeza retirou o anel de noivado que acabara de pôr, deixando-a surpresa.

— Oh, meu Deus! Acho que hoje você está muito confuso! Tem algo errado acontecendo com você. Mas eu sou Pediatra e não Psiquiatra. – Kate demonstrou não entender nada do que acontecia com o Castle e ela deu um passo para trás — Hey, você desistiu de me pedir em casamento, Castle?

— Não, meu amor... Jamais! – ele sorriu e a trouxe de volta para seus braços e deu um selinho nela — Relaxe! Na verdade, Kate, eu vou pedir a sua mão em casamento para seus pais, mas de um jeito mais pomposo... Um pedido oficial, entende? Juro que estou com medo de chegar lá na mesa e contar que ficamos noivos sem pedir a permissão deles... O Jim é muito formal... Já pensou se seu pai se sentir ultrajado por eu não ter pedido o consentimento dele?

Kate não conseguiu segurar a gargalhada diante daquela explicação.

— Ah, Kate, você está gargalhando porque não é você que vai fazer o pedido para o seu pai. – ele riu — Pois é, Kate... Eu vou fazer da forma tradicional. Vou pedir sua mão em casamento para seus pais. Acho que você conhece aquele antigo ditado popular, “Seguro morreu de velho”, não conhece? Pois é, significa que eu tenho que tomar precauções para evitar surpresas desagradáveis. – ele fez um trejeito exagerado.

Kate tentava parar de rir, mas não conseguia e Castle ria junto com ela.

De mãos dadas, felizes e apaixonados, eles retornaram ao salão principal no momento em que a banda deu um intervalo. No caminho Castle procurou um garçom e pediu para que ele levasse duas garrafas de espumantes e indicou o local onde estavam sentados.

Assim que se sentaram à mesa, Martha os repreendeu de modo divertido — Como vocês demoraram? Estavam fazendo o que?

— Apreciando a vista, mamãe!

— Estamos com fome, Richard! Nunca vi um jantar demorar tanto.

O garçom não tardou a trazer o balde de gelo com as duas garrafas de espumante pedidas por Castle, com as respectivas taças.

— Quer que eu abra as garrafas e sirva a bebida, senhor? – O garçom ofereceu seus préstimos.

— Não, obrigada. Pode deixar que eu mesmo faço isso.

Martha, Johanna e Jim olharam para Castle e para o garçom sem entender o que se passava.

— Espumantes? Que maravilha! Vamos brindar novamente ao final da Residência Médica da Katherine? – Martha indagou, cheia de sorrisos, pois amava a nora.

— Bem... – Castle começou a falar, mas Kate o beliscou discretamente sob a mesa e enviou para ele um olhar ameaçador. Decerto seria para ele, desta vez, fazer o pedido sem uma introdução bizarra.

Ele pigarreou diante da ameaça velada de sua noiva e prosseguiu— Bem, Senhor e Senhora Beckett... Eu e sua filha namoramos há um ano... Na verdade, um pouquinho mais de um ano. Nós nos amamos muito. Além de amá-la, eu a respeito e a admiro profundamente e quero formar uma família com ela. Então, quero pedir a mão dela em casamento. O senhor dá o seu conhecimento?

Martha, mais expansiva, aplaudiu a iniciativa do filho.

Johanna também demonstrou ficar muito contente com o pedido de casamento e deu um lindo sorriso ao olhar Kate e Castle — Ah, que maravilha! – Logo depois ela olhou para o marido que ainda não tinha respondido ao pedido formal do genro — Jim, fale alguma coisa!

Pensativo, Castle logo deduziu que Kate teve a quem puxar, pois o pai dela estava demorando para responder ao pedido formal de casamento, da mesma forma que a filha demorara.

Com raras exceções, Jim Beckett sempre era muito reservado e naquele momento não se comportava de forma diferente. Ele examinou as feições de Kate e logo depois analisou as feições do Castle e, ao voltar sua atenção para sua filha, ele a questionou— Qual a sua resposta, Katie?

— A minha resposta? – Kate ficou confusa diante do jeito que o pai falou.

— Sim, minha filha. O pedido do seu namorado diz respeito a você. Deste modo, seus sentimentos com relação a ele são muito importantes para a minha decisão final. Então, querida, você quer mesmo se casar com o Castle ou prefere esperar mais alguns anos?

— Eu amo o Rick e quero, sim, me casar com ele... E já tenho certeza disso, papai, e não preciso esperar mais alguns anos.

— E qual a sua opinião, Jô?

Conhecendo o marido há quase trinta anos, Johanna Beckett sorriu, denunciando que estava muito feliz com o pedido de casamento — Meu bem, é claro que eu concordo com esse casamento.

— Então... – Jim Beckett desta vez já sorria feliz ao olhar para o genro — Castle, eu e a Johanna ficaremos muito felizes em ver você casado com a nossa filha.

— E eu mais ainda... – Castle gracejou e todos sorriram.

Castle retirou novamente o anel do seu bolso e o recolocou no dedo anelar de Kate, como se fosse a primeira vez.

 

Ao colocar o anel de noivado no dedo de Kate, Castle beijou o dedo onde a joia fora colocada e logo depois deu um selinho na sua noiva— Eu te amo, Kate!

— Eu também te amo, Rick.

Castle abriu uma garrafa de espumante e, após servir as taças, brindaram ao noivado dele com Kate.

 

.............................................

 

O pedido de casamento foi o assunto central no resto da noite e a felicidade que já existia, se multiplicou.

— Vocês já têm em mente uma data para este casamento, Richard? – Martha indagou, curiosa.

— Por mim poderia ser amanhã... – todos riram, mas ele logo emendou com um jeito brincalhão — Mas poderei esperar o tempo necessário para organizar uma cerimônia e uma festa que seja do agrado de Kate. – Castle olhou para sua noiva, consultando-a. — Quanto tempo, amor? Um, dois ou três meses... Ou uma semana...

Todos riram diante da brincadeira.

— Não faço a mínima ideia, Rick... – a moça olhou para Martha em tom de dúvida, como se estivesse fazendo uma pergunta.

— Depende muito do local onde vocês queiram a festa e a celebração...

— Por mim, eu também casava amanhã... Não faço questão de um casamento grande... – Kate concordou com o noivo e todos riram.

— Eu também não faço questão de um casamento grande. – Castle admitiu.

— Então, porque não fazemos uma cerimônia mais simples na nossa cabana do campo, eihm, Kate? – Johanna opinou — Se quiserem uma cerimônia religiosa mais formal, podemos falar com o Reverendo da cidade e ele casa vocês na capela local ou, se quiserem algo mais descontraído, porém, não menos lindo, podemos armar um altar sob as árvores frondosas do nosso jardim... – Jô olhou para a filha e fez um gesto explicativo  com as mãos —, naquele local perto do lago, filha. Poderemos enfeitar tudo com muitas flores e vai ficar belíssimo! – Johanna falava e Kate parecia visualizar a área — Espaço para mesas, cadeiras e bancos para convidados não falta. Qual a sua opinião, Martha? Você já foi lá na nossa cabana algumas vezes.

— Acho que ficaria lindo, Jô! Eu aprovo, Katherine! – Martha concordou com Johanna — Tanto na capela quanto no jardim da cabana dos seus pais. Ou vocês podem fazer o casamento na capela e a festa neste local, lá no jardim da cabana, perto o lago. Vai ficar um escândalo de lindo! – Martha estava animada.

— Ou pode ser no jardim da nossa casa nos Hampton... Cerimônia religiosa e civil com festa, tudo no mesmo local. – Castle comentou — Vocês já foram lá algumas vezes, Johanna.

— Resumindo, crianças, se escolherem a cabana dos Beckett ou os Hampton, somente o Cartório poderá dizer quanto tempo vocês têm para resolver a papelada. – Martha concluiu.

— Vamos pensar direitinho, não é verdade, amor? – Kate segurou a mão do noivo e a cariciou.

 

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Continua...


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Notas finais do capítulo

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