Vozes dos Ancestrais escrita por Fanny Tanlakian


Capítulo 4
Inspirações na vovó


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! Mais um capítulo!
Obg quem acompanha, favorita e lê!!!



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Parada olhando aquela cena sente seu estômago embrulhar, iria vomitar ali mesmo. Se afasta querendo correr e, em seguida passa pela enfermeira que também estava assustada com a cena, conforme passava o tempo mais pessoas iam para ver aquela coisa esquisita. Elas retornam ao casarão, Sally pega as compras e questiona porque estarem tão pálidas, porém Beatrice apenas sobe os degraus indo para o quarto.

Arruma seus pertences rapidamente na mochila, depois desce e pede para Mário levá-la, pois teria que pegar um ônibus e demoraria muito. Ele aceita, se despedi de todos e sai junto ao homem. Estaciona em frente a faculdade, ali não era um lugar muito grande, tinha escolhido ficar na cidade natal onde possuía apenas aquela instituição por ser pequena. Agradece a ele, depois caminha em direção a sua sala, as amigas Lucy e Helena conversavam sobre alguma roupa numa revista, assim que veem ela sorriem. Se senta perto das mulheres, estavam curiosas para saber como era essa nova casa onde morava.

Ela explica tudo, exceto sobre as estranhas aparições daquele lugar, até porque não iriam acreditar, logo o professor chega e a sala se silencia. Escutava entediada o conteúdo, sentia a voz do homem no quadro distante quando as aulas terminam sai querendo descansar.

— Ei Bea que tal irmos naquele bar de sempre? - diz Lucy.

— Foi mal gente mas estou morrendo de dor.

— Ah que isso toda vez usa essa desculpa.

— É verdade agora.

— Hey olhem - fala Helena olhando seu notebook - Que notícia bizarra! Corpos de cobras mortas ao redor da velha árvore.

— Credo! Lena vamos comer depois como pode mostrar isso!

— Nem tem nada demais aqui ocultaram as partes mais feias.

— Porque chamam de velha árvore? - pergunta Beatrice.

— Faltou nas aulas de história, esqueceu que foi ali onde os ancestrais começaram o povoado e blá blá.

— É mesmo - fala baixo para si, depois pede para a amiga pesquisar uma informação - Pesquisa qual espécie dessa planta.

— Ah....... porque?

— S-só vê para mim - gagueja.

Lena acha estranho mas acata após visitar vários sites finalmente encontra.

— Se trata de um carvalho branco, aqui diz ter mais de duzentos anos.

A fala da avó agora reproduzia na mente dela, então aquilo era a tal fonte de prosperidade da Mãe Terra? Mas não tinha secado? Precisava conversar mais com sua parente para saber desse assunto aprofundado.

As alunas foram para a lanchonete comerem quando iam se sentar aparece um grupo de garotas pegando o lugar, Claire e suas amigas sempre achavam que podiam fazer qualquer coisa por serem das famílias ancestrais. Como uma das primeiras a virem naquele território tinham monopólio sobre o poder capital da região.

— Querida você é cega? Não enxerga que tem pessoas aqui - diz Lucy inconformada.

— Ah desculpa - fala numa falsa pena - É que nesse lugar geralmente fico com as meninas por causa da para ver a quadra e meu namorado jogar.

— Isso é problema seu.

Beatrice teve um estalo na cabeça, era isso deveria pesquisar quem foi os fundadores talvez acharia quem os tais homens corrompidos que sua avó falava. Não querendo confusão ela puxa a amiga dali que sai nervosa por terem a feita sair desse jeito.

— Eu ia dar uma mão na cara daquela abusada!

— Sabemos que metidinhos como a Claire não prestam mas nem por isso vamos bater nela.

— Porque não?

— Lucy viemos comer e faremos em paz, tá bom?

— Odeio abaixar minha cabeça para riquinhos que se acham só porque seu sei que lá tataravô veio aqui a porra de uns séculos atrás.

— Temos mais problemas para resolver.

— Como o que? - indagou a mulher estressada.

— Ainda não sabemos o tema da nossa tese para entregarmos ao sr. Richardson - responde Lena.

A morena teve uma ideia de repente lembrando da madame que sofria com surtos psicóticos, mas teve receio pois era óbvio o envolvimento de outros fatores além de sua compreensão.

— Puta merda! - pragueja a psicóloga.

—T-tenho uma sugestão - disse meio vaga.

As duas na sua frente a encaram.

— Minha avó ela tem algumas ..... bem crises. Se escrevêssemos como isso pode afetar a saúde mental de alguém e até que ponto interfere na vida das pessoas e qual teste podem ser mais eficaz.

— Caralho Bea! Mandou bem - disse Lucy.

Escutam uma buzina na calçada perto da rua, a lanchonete ficava perto da saída da instituição então dava para ver os motoristas que chegavam.

— Mário?

Ela caminha até o homem que sorri a vendo se aproximar.

— Você ia demorar muito se pegasse ônibus então serei seu transporte.

— Ah sério, obrigada.

— Ei! - chamou as amigas.

— Essas são Lena e Lucy - apresenta para o homem depois vira para as mulheres - E este é Mário.

— Oi - dizem mas ele apenas da um aceno com a cabeça.

— Bem meninas até mais.

— Espere nem comemos.

— Fica para outra hora - fala entrando no carro.

As duas veem o automóvel dar partida e sumir no horizonte.
 

                                       .............

Chega na casa escuta o telefone tocar iria atender mas lembra das regras e deixa de fato ninguém se importava para aquele barulho todos seguiam suas tarefas normalmente. Madame repousava deitada no quarto, ela entra sorrindo achava curioso não falarem o primeiro nome da idosa. Beatrice senta perto da cama observa algumas fotos em cima da escrivaninha, tinha algumas do seu pai e outra da família O´Neil reunida. Mas chamou atenção dela foi a da mulher com longos cabelos castanhos claros como o da psicóloga.

— Gostou de como era eu jovem?

— Ah nem vi você acordar.

— Conversei com seu pai hoje de manhã.

— Sério? Minha mãe nem me disse isso.

— Falamos em segredo - ela confessou.

— Porque?

— Parece que Lorena não é muito minha fã.

— Imagine, até me deixou vir para ajudá-la.

— Sabe sempre quis uma filha menina, talvez me entenderia melhor. Homem é muito cabeça dura.

— Você acha?

— Mulheres são mais fáceis de lidar.

— Entendo.

Ela se levanta despedindo da avó, precisava ler alguns livros para a aula de amanhã mesmo que não estivesse com vontade para isso. Vai para o quarto deitando na cama com um pulo, a porta fecha de repente num som alto sente aquele ambiente esfriar, no corredor sons de passos lentos barulhando por causa do piso de madeira antigo. Tudo estava quieto, antes escutava conversas nos cômodos de baixo, mas agora apenas escutava a própria respiração.

Nas instruções dizia ser normal tipo de coisas assim, mas não entendia esses fenômenos. Curiosa sai do quarto olha para o fim do corredor uma garota brincava de pular corda distraída, cantarolava algo baixo, mas arrepiava os pelos dela.

´´Ei menina não ande por aí, caso contrário você será pega

Tenha cuidado pequena não ouse ir por esses caminhos [...]

Beatrice aproximava cada vez mais da criança sentia o medo paralisar suas pernas, contudo continuava avançando.

[...] Sonhos perdidos podem ter aí

Cautela com o homem de preto....

Nesse momento a psicóloga pega no ombro da menina que levanta a cabeça para ela e então esta grita de horror, no lugar dos dois glóbulos oculares tinha somente orifícios vermelhos de sangue.

Se ele te pegar seus olhos serão arrancados´´.

A estranha criatura agarra sua mão mordendo, logo uma dor percorre o braço tenta se soltar empurrando o ser no chão que sai correndo então desaparece numa escada indo para cima da casa. Nunca tinha reparado naqueles degraus camuflados no canto da parede, seu sangue escorria através dos dedos, rapidamente srta. Death aparece preocupada vê a entrada do sótão aberta então vai fechar. Escutam uma risada histérica do outro lado depois várias vozes dizendo várias coisas ao mesmo tempo.

— Nova regra - falou a enfermeira - Nunca se aproxime do sótão.

Beatrice pensava diferente já não era a primeira vez que algo bizarro saía dali, com certeza respostas haviam naquele lugar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)



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