Doutor Coração(DEGUSTAÇÃO) escrita por moni


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos a mais um enredo e espero que se apaixonem.
Obrigada por estarem aqui!!!!



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    Alice

     Esquálida. É isso que vejo no espelho, a pele sem brilho, os olhos cansados, a respiração fraca, o corpo fraco, a vida a se esvair. Feito areia a escorrer pelos dedos, não importa o quanto se aperta a mão, ela sempre encontra rota de fuga, assim sou eu, não importa o quanto tente ter esperança e humor, no fim, são só os dias a correr longos e a vida a me deixar lenta e preguiçosa. Se ao menos fosse em um arroubo de amor, em uma vertigem, mas não, é gota a gota, lenta e claustrofóbica.

   Coloco um fio do cabelo curto atrás da orelha, nunca passa da altura do queixo, fraca demais para cuidar deles sozinha. Saudades dos longos fios a se derramarem por minhas costas.

   Fecho o moletom cinza com capuz, puxo o ar na eterna luta para encher os pulmões, encaro as pontas dos dedos que por vezes ganham cores azuladas e estão aos poucos ganhando novas formas.

   Eu amava tanto correr, uma esportista, atleta, sonhadora garota de quinze anos que desmaiou em um treino uma manhã no colégio e nunca mais teve paz.

   Dez anos enclausurada nessa doença preguiçosa que não é corajosa o bastante para me roubar a vida sem alarde, ela gosta dos holofotes, de me ir matando aos poucos.

   Deixo meus olhos correrem pelo quarto da vida toda, me lembro de quando ele era rosa, cheio de bonecas, aos poucos elas foram sendo perdidas nas pilhas de coisas inúteis naquela secreta parte do guarda-roupa que não podia ser aberta ou uma avalanche de tralhas me afogaria.

   O tempo substituiu as bonecas por livros, CDs, filmes e fotos de garotos bonitos, esportistas, posters nas paredes e então isso, velhos moveis cobertos por um tecido branco, abandonados na fuga para outro lugar, como se a doença pudesse ser também coberta por tecido e abandonada. Ela vem comigo, é parte de mim, é tudo que eu sou no momento.

   Talvez sinta falta do barulho de Roma, a agitação que podia assistir da janela, o trânsito maluco e as buzinas, as filas e cada pequeno monumento, os milhões de turistas, a fé em cada esquina. A fé que ameaça me abandonar a cada manhã quando abro os olhos e ainda estou presa a esse coração errático.

   — Alice. – Minha mãe entra no quarto com sua mochila nas costas e um lindo e esperançoso sorriso, sorriso que não a deixa, ainda que seja fingimento, ele parece estampar seu rosto como uma máscara, está lá, falso e desesperado, tentando desesperadamente me enganar, fingindo que não estamos mergulhadas nessa luta há dez anos.

   — Estou pronta. – Digo a ela sem vontade de prolongar as despedidas.

   — Vamos amar Florença, meu anjo. Tenho certeza, o ar vai ser mais limpo, não vamos ter que lidar com esse barulho constante de carros e...

   —Tudo bem, mãe. – Eu corto seu discurso. – Quero ir. – Ela me abraça, beija meu rosto e ajeita meus cabelos, posso ver em seus olhos a tristeza por não serem mais longos e vistosos cabelos que ela amava escovar por horas toda noite enquanto me contava histórias na hora de dormir.

   — A estrada vai estar tranquila, vamos gostar da viagem. – Foi difícil convence-la a irmos de carro, três horas de estradas perfumadas e cheias do verde das videiras que se estendem por toda ela e as vezes são substituídas por fileiras de girassóis.

   Deixamos juntas o quarto, atravesso o pequeno apartamento até a porta, todos os móveis cobertos por tecidos brancos, saímos sem levar nada além das roupas.

   Cansada da falta de respostas dos médicos, mamãe decidiu tentar outro lugar, recomeçar a vida, somos apenas nós duas tem pelo menos uns oito anos, papai foi embora quando a doença foi demais para ele, sumiu, perdeu contato, mamãe nunca tentou encontra-lo. Acho que foi magoa, raiva, ele nos deixou quando mais precisávamos dele, soubemos por um tio não muito íntimo que se casou de novo e vive na Alemanha.

   Que seja feliz. É tudo que desejo a ele, ainda que sinta o quanto magoou minha mãe, posso entender que foi demais para sua fraqueza, médicos, remédios, noites em claro, semanas em hospitais, ele não suportou, partiu, nos deixou, ela não. Minha mãe é forte demais, corajosa demais e apaixonada demais para me deixar.

   — Fomos felizes aqui meu anjo e seremos em dobro na nova casa.

   —Eu sei, mamãe. – Ela ergue a bolsa com os remédios, e damos as costas ao passado.

   Não deixo nada, nem pai, nem amigos, todos eles escaparam como a vida, assim que a doença se manifestou.

   Caminho lentamente até o carro na garagem quando o elevador abre suas portas e um vento frio sopra espalhado pela grande garagem no subsolo.

   Minha mãe é tão jovem e bonita, era para viver mergulhada em seus próprios sonhos, mas a doença nos tomou por inteiro e vejo que um dia ela simplesmente vai se render a verdade, o tempo está acabando.

   — Vou na frente uma parte do caminho. – Digo a ela que balança a cabeça concordando. – Musica e cerveja. – Ela ri.

   Que garota não sonhou com isso? Pegar uma longa estrada com amigas, música e cerveja, com vento no rosto e sonhos.

   — Música sim, cerveja em breve. – Ela é positiva, está sempre a se enganar com isso. Um dia vou estar curada.

   Quando me acomodo no banco e prendo o cinto, sinto como se tivesse corrido uma maratona, mamãe se senta atrás do volante, meu balão de oxigênio no banco de trás, coloco o pequeno cano de borracha fino nas narinas e uma onda de oxigênio parece invadir minha vida e clarear meus pensamentos.

   — Pé na estrada? – Minha mãe questiona e balanço a cabeça em um sim mudo, ainda estico um pouco os olhos quando o carro deixa a garagem e encaro o prédio de arquitetura moderna em que cresci.

   Vamos deixando as ruas da cidade de Roma, eu começava a dar meus primeiros passos livres, sair com amigos, me apaixonar. Benicio era o mais gentil e engraçado de todos os garotos da turma, me fazia rir tanto que podia sentir dor de barriga, nos beijamos pela primeira vez na frente do Coliseu. Numa tarde quente de verão, quinze dias antes do primeiro desmaio, seis meses depois ele mal me olhava nos olhos, se perdeu no passado como quase todos os amigos.

   Tenho que admitir que nem todos quiseram me deixar, eu os deixei também, muitos deles fingiram força, mas sempre achei mesquinho prende-los as minhas limitações. Libertei os jovens garotos e garotas que tentaram ficar ao meu lado.

   — Pensei que a música seria por sua conta. – Minha mãe me desperta, desencosto do banco e giro o botão do rádio em busca de algo para ouvir, deixo em uma música romântica, preguiça de caçar um tipo de música épica em que eu e mamãe cantaríamos juntas aos gritos com vento no rosto, algo sobre rebeldia e liberdade enquanto nossas malas no porta-malas chacoalham em direção ao novo e desconhecido mundo das aventuras juvenis.

   Não é assim, somos eu e minha mãe em fuga silenciosa, meu coração não aguenta emoções violentas, mal consegue bombear sangue o bastante para irrigar meu corpo.

   — Sente falta dele? – Pergunto a ela que aperta um pouco mais o volante dominando a ira.

   — Franco foi meu primeiro namorado, se tivesse pensado bem, jamais teria me casado com ele, não pensei que um dia seria um amor desses de perder o norte, mas acreditei que éramos amigos o bastante para enfrentar... ele é um fraco, sinto falar assim do seu pai, mas é assim que ele é.

   — Sente ou não? – Ela gira e não diz nada, foge de uma resposta simples e rápida.

   — Não. – Mamãe responde.

   —Um dia vai amar alguém de novo. – Sentencio.

   — Você também. – Minha mãe diz em um sorriso de esperança. Odeio quando ela sonha assim.

   — Que tolo homem seria capaz de amar a morte?

   — Você é vida e também é esperança, não é morte e qualquer cara que gasta um minuto a olhar para você poderia se apaixonar.

   — Sabemos que não.

   — Sabemos? Eu não sei disso. – Ela debate decidida a me convencer.

   — Não posso sair de casa, uns minutos de caminhada e estou esgotada, sexo nem pensar. – Faço careta. – Nada de banhos de chuva, férias em Acapulco, sorvete na praça, o que diabos um cara veria em mim se não a morte a me rondar?

   — Um bom filme, abraçadinhos no sofá, livros e boa música, conversar interessantes, algumas piadas, comida saudável.

   — As vezes me pergunto se meu coração está doente a ponto de não poder amar. Acho... acho que ele está tão fraco que não consegue se apaixonar.

   — Um dia vamos saber. – Ela diz concentrada na estrada. – Vamos pensar na casa nova.

   — Tudo está pronto, o que temos para pensar.

   — Vai amar a vista do seu quarto. A cama é duas vezes mais confortável, o prédio é tão simpático, duas quadras do hospital, tenho certeza que nos dias bons vai poder andar para o hospital.  

    Minha risada a assusta, eu logo domo o riso porque ele toma meu ar e acelera meu coração.

   —Qual a graça? – Mamãe pergunta.

   — A que ponto chegamos mamãe. Viu o que disse? Um dia vai poder andar até o hospital. Que grande porcaria poder ir a pé para me enfiar em um hospital.

   — Melhor que não poder caminhar até lá.

   — Treinando o jogo do contente de Pollyanna?

   — Seu primeiro livro. – Minha mãe desvia os olhos um momento para me sorrir. – Seu pai que comprou.

   —  Franco estava sempre me dando presentes, acho que tentava compensar a ausência.

   — Eu sei que ele foi um canalha, mas acho estranho quando chama seu pai pelo nome.

   — Eu sei, mamãe. É que tem quatro anos que não nos vemos, não consigo mais vê-lo como meu pai.

   — Podemos melhorar essa música? Vamos começar vida nova, porque estamos remoendo o passado? – Ela muda o rumo da conversa.

   — Tem razão. “Rock in roll baby”. – Encontro uma música alegre, guitarras e bateria se espalham pelo carro e minha mãe balança a cabeça espalhando seus cabelos e me fazendo rir.

   —Vamos ser muito felizes em Florença, Alice. Muito!

   — Tenho certeza que sim. – As vezes acredito, as vezes finjo, por ela eu me esforço, nem todo dia da para ser assim, mas eu nunca desisti de tentar.

   Duas horas de estrada e mamãe estaciona, deixo o banco da frente e me deito na improvisada cama no banco de trás, um travesseiro e um lençol, me acomodo e fecho os olhos enquanto minha mãe coloca o carro mais uma vez em movimento.

   Insuficiência cardíaca diastólica. Ainda consigo ouvir a voz do médico ao dar o diagnostico, não doeu ouvir, quinze anos, o que eu sabia disso? Nada, achei que tomaria um remédio por umas semanas, que mamãe ficaria a me mandar calçar sapatos e evitar o vento e depois eu seria de novo eu mesma, Alice, jovem feliz e cheia de sonhos.

   Não. Esse foi o começo de uma luta que dura dez anos. Aos vinte e cinco o tempo parece estar se esgotando, é como me sinto, as vezes tudo melhora, me sinto quase bem, remédios novos são testados e parece que vai dar certo, mas então tudo muda. Já se falou em transplante, mas é só algo que ouvi ser comentado em uma consulta em que o médico pareceu não levar minha mãe muito a sério.

   Quem sabe esse novo hospital, essa nova equipe e esse novo lugar façam as coisas serem diferentes?

   O sono me toma antes que possa completar os pensamentos e quando mamãe toca meu ombro estamos paradas e escuto barulho de carros.

   Me sento lentamente, tomando aos poucos consciência do meu corpo e dos meus olhos. Florença.

   — Chegamos? – Pergunto tirando a borracha do nariz, ela está tão linda e risonha, feliz mesmo depois de guiar por três horas.

   — Em Florença, vem sentar aqui comigo, quero que veja as ruas da nossa nova cidade. Uns minutinhos e estamos em nossa nova casa.

   Passo para o banco da frente, prendo o cinto de segurança e ela dá partida, o radio está desligado, é perto das três da tarde, tem poucas pessoas nas ruas em um dia quente de verão no meio da semana.

   — Mãe, olha o Dommo! – A cúpula da igreja parece possível de ser vista de qualquer lugar da cidade.

   — Sim, vai ter essa vista da janela do seu quarto, o Dommo da Igreja de Santa Maria del Fiore.

   — Acha que vou conseguir ver a ponte Vecchio? O rio Arno. – Lembro das histórias que li sobre casais apaixonados a se declarar sobre a ponte e atirar cadeados ao rio em sinal de amor.

   — Vamos poder passear nela, Alice.

   Mamãe estaciona diante de um prédio baixo, construção antiga, janelas largas, flores em canteiros coloridos cercam a construção. Portas em arco são um convite ao passado. Tijolos vermelhos e uma pequena fonte na porta.

    — Veja se não é incrivelmente delicado. Aqui é nossa nova casa. O que me diz?

   —Perfeito.

   — Ótimo, vamos subir. – Ela solta seu cinto de segurança, deixamos o carro, mamãe me ajuda com alguns poucos pertences que temos no banco, minha bolsa a sua e o cilindro de oxigenio que não uso sempre, mas é bom ter quando sinto muita falta de ar.

   O elevador é antigo, trocamos um olhar aventureiro quando puxamos a grade e ele começa a subir, terceiro andar. A porta do apartamento é de madeira escura, o corredor também é escuro de paredes em um amarelo desbotado, mas quando a porta se abre um mundo de luz invade o ambiente, lindas e grandes janelas, cômodos amplos, luz o dia todo, piso de madeira brilhante, móveis aconchegantes.

   Percorremos juntas todo o espaço, dois quartos, sala, cozinha, escritório para ela trabalhar em paz.

   — Duas suítes, mamãe! – Sorrio animada por ter meu próprio banheiro.

   —Closet anjo, closet! – Mamãe faz uma mesura. – Um pequeno palácio.

   — Amei tudo! – Ela me puxa para seus braços, trocamos um longo abraço apertado, é um lindo lugar, mamãe me puxa pela mão com olhos marejados depois do abraço, caminhamos até meu quarto, com uma linda vista de Florença, ruas e museus, esculturas, afrescos, telhados vermelhos, um céu esplendoroso.

   — É lindo! – Digo emocionada. Cheia de uma nova vontade de viver, com um aperto no coração que precisa ser contido. – Olha o Dommo! – Aponto a cúpula da igreja ao longe.

   — Sim. Tudo para que seja mais do que uma prisão. Te amo.

   — Obrigada, mãe. Já posso me ver sentada aqui a desenhar meus modelos. Um vestido lindo. Uma coleção toda inspirada em Florença, o que acha?

   — Que um dia vou enviar seus trabalhos para alguma grife e vai virar uma estilista famosa. – Suspiro. Uma que não pode correr atrás de tecidos e modelos, que fica escondida em um apartamento no alto de uma torre, presa pela bruxa malvada da doença sem solução.

   — Onde fica a clinica? – Pergunto a ela que se curva um pouco na varanda debruçada na grade para me apontar.

   — Da para vê-la logo mais na frente. Amanhã vai conhecer seu novo médico.

    — Acha que ele é mesmo bom?

   — O cardiologista mais renomado da cidade, tem ótimas referencias e consegui a custo um encaixe para você, então sim, acho que é bom o bastante para mudar nossa história.

   — Vou descansar um pouco enquanto monta seu computador, sei que está doida para trabalhar, hoje eu faço o jantar.

   — Nada disso, Alice, hoje vamos pedir comida, vou buscar nossas malas, não, eu não quero ouvir seus pedidos infinitos de desculpas por não poder me ajudar a carrega-las. – Mamãe me conhece, era exatamente o que eu pretendia começar a fazer.

   — Certo. Vou tomar um banho e provar o colchão sei lá quantas vezes melhor que o antigo.

   Depois do banho, com as malas abertas sobre a cama, pego um pijama e escovo os cabelos, descanso um momento antes de me deitar encolhida ao lado das malas, cansada demais para desfaze-las.

   Acordo com um abajur aceso, as malas desfeitas e o quarto arrumado, ela não para, não descansa. Não consegue desligar, deixo a cama e encontro minha mãe em seu novo escritório.

   Nossa sorte é seu talento como designer gráfico. É isso que nos sustenta com tranquilidade, mamãe pode trabalhar em casa, é requisitada por muitos, ganha muito bem e temos a herança de sua família, algumas casas alugadas em Roma e uma aplicação razoável. Me encosto no batente da porta enquanto ela parece mergulhada no trabalho, é ele a salva-la da angustia de me assistir enfraquecer.

   — Com fome? – Ela pergunta sem desviar os olhos do computador, parece sentir meu cheiro, porque tenho certeza que não fiz qualquer barulho.

   —Obrigada por desfazer as malas.

   — Bobagem. Pede o jantar? – Ela pergunta girando a cadeira e me olhando com um todo seu amor que é tudo que me mantém de pé.

   — Sim. Depois quero desenhar um pouco. Acho que o ar daqui é mais limpo mesmo, me sinto tão melhor.

   — Ótimo, quero que fique bem, tenho planos de ir conhecer a famosa San Gimignano.

   — Uma vinícola, imagina, mamãe? Seria emocionante. – Eu não queria ser uma sonhadora, eu não queria me dar essas esperanças, mas é irresistível, conhecer uma vinícola e quem sabe colher uvas em uma vidima é um tipo de velho sonho adolescente.

   — Vai ser. – Ela pisca. – Comida moça. Alimente uma mãe dedicada.

   —Agora mesmo.

   Jantamos no sofá da sala, um confortável sofá, assistindo a uma série, depois eu lavo os poucos pratos, quando termino o trabalho, estou esgotada, meu coração acelera, hora dos remédios e cama.

   Salvatore Serturini é o nome da minha nova esperança, o cardiologista que vai me examinar amanhã pela manhã e dar seu parecer, mamãe não aceita menos que bons prognósticos, qualquer coisa diferente disso ela muda de médicos.

   A lua brilha no céu e posso ver com clareza da cama, cheia a iluminar o quarto, deve ser a melhor coisa da nova casa, poder ver a lua a brilhar toda noite da minha cama.

   — Até amanhã doutor Salvatore!


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Notas finais do capítulo

Beijos e até amanhã.



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