Love Live! Rebellion!! escrita por Kemur


Capítulo 6
Memórias e Lamentos


Notas iniciais do capítulo

Eita que é só eu terminar o cap que eu vejo que o site voltou...
Esse cap ta gostoso, pq Love Live em si é muito gostoso
Boa leitura!



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— 1, 2, 3, 4. – Moe contava, enquanto batia palmas. — Mais uma vez. 1, 2, 3, 4.

Enquanto Moe fazia a contagem, Julia e Erika ensaiavam os passos da coreografia criada por Julia, mas estava difícil delas conseguirem sincronia e acabavam escorregando ou se esbarrando durante os passos.

— Ok, vamos fazer uma pausa. – disse Moe.

— Finalmente! – Julia e Erika dizem juntas, enquanto se senta no chão.

— Vocês estão melhorando. – dizia Moe, enquanto as oferecia uma garrafa de água. — Acredito que em breve poderão se apresentar.

— Eu não acho que estou melhorando tanto. – disse Erika.

— Você logo se acostuma. – disse Julia bebendo sua água. — Eu passei o final de semana inteiro estudando dança de  idols para tentar criar essa coreografia.

— Mas no fim, você colocou mais dança de rua do que de idol. – Moe brinca.

— Eu só consigo dançar se for dança de rua! – disse Julia. — Você nem imagina o trabalho que foi misturar os dois.

— Está sendo trabalhoso para todas nós, senpai. – Erika ri.

Já havia se passado uma semana desde que Erika se juntou a Julia e Moe para o clube de idols, o que pegou todas de surpresa, pois ao invés de apenas criar uma música, ela decidiu que se tornaria uma idol escolar junto de Julia. Por não ter onde ensaiar, elas acabaram optando pelo telhado da escola, uma vez que após as aulas terminarem, ninguém que participava dos clubes usava o telhado.

— Como está indo com a música? – Moe pergunta.

— Meu pai me ajudou e acho que ainda hoje eu tenho a música pronta, mas só vai faltar a letra, pois estou tendo dificuldade nessa parte. – Erika bebe sua água. — Eu pensei em usar uma letra que encontrei num caderno velho meu, mas ela não combina com a melodia.

— Entendo. – disse Moe.

— Ei, por que não tenta escrever sobre nós? – Julia sugere.

— Como assim? – Erika pergunta.

— Bem... Um dos grupos que eu estudei, seu nome era µ's. — Julia explica. — Elas escreveram uma música de amor chamada “Snow Halation”, mas esse amor era o sentimento que elas compartilhavam juntas.

— Amor pela amizade? Pode dar certo. – Moe sorriu.

— Mas não acho que uma música de amor combinaria com a coreografia. – disse Erika fazendo uma cara de pensativa.

— Não precisa ser amor, pode ser algum sentimento que a gente compartilha. – disse Julia.

— Vou pensar em algo. Obrigada pela ideia. – Erika sorri.

— Vamos continuar? – disse Moe se levantando.

— Sim! – as outras duas se levantam ao mesmo tempo.

— O que está acontecendo aqui? – uma voz ecoou de trás delas.

— Ah, vice-presidente. – disse Julia ao reconhecer a garota.

Uma garota de baixa estatura, longos cabelos da cor laranja presos em duas caudas. Seus olhos são heterocromáticos, sendo um da cor rosa e outro castanho. Usagi Tsukihi, a vice-presidente do conselho estudantil e filha da diretora do colégio Sakuranomiya. Julia a conhece, pois no dia que veio com seu tio para fazer a matrícula na escola, ela estava junto da diretora Tsukihi.

— Então, o que estão fazendo aqui? – ela pergunta novamente.

— Ensaiando. – Moe responde.

— Ensaiando? Para o que?

— É que pretendo criar um clube de idols escolares. – Usagi se surpreende com a resposta de Julia. — Estamos ensaiando para quando tivermos a oportunidade de nos apresentar.

  — Entendo. – Usagi encara Julia. — Ainda bem que escolheu algo seguro para fazer, Akutagawa-san.

— Ei! – Julia reclama, pois ela havia pedido para manter segredo das outras alunas sobre seu passado.

— Desculpe. – ela se vira. — Não vou reclamar de estarem usando o telhado sem permissão, então podem continuar o ensaio.

As três observam a garota ir embora.

— Cara, eu realmente não gosto dela. – disse Julia.

— O que ela quis dizer com “seguro”? – Moe pergunta.

— Digamos que, eu andava muito de moto em Detroit e acabei me metendo num acidente. – Julia mente. — Por isso acharam melhor me mandar pra cá, pois talvez aqui eu andasse na linha.

— Isso explica as ataduras que você usa no braço direito, senpai? – Erika pergunta.

— Ah, não. – Julia olha para o braço. — Não contem para ninguém, mas eu tenho uma tatuagem no braço.

— Eh?! – as duas se espantam com revelação.

— Fiquei com medo de meter em problemas com a máfia por causa disso. – Julia explica.

— Máfia? – Moe começa a rir. — Você anda vendo muitos filmes.

— Tenho que concordar com a Moe-senpai. – Erika ri junto.

— Qual a graça?

Após muitas risadas e terem dado continuidade ao ensaio. Cada uma vai para sua casa. Erika e Julia descobriram que moram apenas com uma estação de diferença, então passaram a pegar o trem juntas.

— Ei, senpai. – Erika chama por Julia. — Que tipo de sentimento você acha que nós compartilhamos?

— Nós duas perdemos tempo. – Julia responde.

— Eh?

— Eu estava num obscuro e silencioso abismo, até que sua voz me alcançou. – Julia sorri ao se lembrar. — Você tinha um sonho que queria realizar, mas não tinha forças para isso.

— Até que você veio e brilhou tão forte que me deu forças para se reerguer. – Erika sorri e Julia fica sem jeito.

— Bem... Sim... – seu fica tão vermelho quanto seu cabelo. — No fim, se não tivéssemos um sentimento em comum, nunca teríamos nos encontrado no telhado da escola aquele dia. Perderíamos mais do nosso tempo se lamentando, mais do que já perdemos por estarmos fazendo isso.

 — Acho que entendi... – Erika cruza os braços. — Nós tentávamos fechar as feridas e guardar tudo para nós.

— Memórias tristes nunca mudam, mas são as lembranças fortes que nos fizeram brilhar. – Julia diz.

— Senpai... Ah! É minha estação! – Erika corre para fora do trem. — Até amanhã, senpai!

— Até! – Julia acena para a garota.

Julia segue o resto do caminho pensando em tudo que lhe aconteceu até agora, mas diferente das outras vezes em que ela apenas demonstrava tristeza, ela sorria.

...

Moe chega em sua casa, que se tratava de um pequeno apartamento onde morava sozinha. Seu pai viaja muito a trabalho e ela não mantém mais contato com sua mãe depois de um certo evento que ocorreu entre elas.

— Estou em casa. – ela dizia, mesmo sabendo que não iria receber uma resposta.

Jogando sua mochila na cama e indo até uma varanda do apartamento, de onde ela tinha a vista perfeita de uma praça ali perto do prédio onde morava.

— Vovó... – ela começa a se lembrar dos passeios que dava com sua avó, com quem morava até três anos atrás. — Eu finalmente fiz amigas e aos poucos estou voltando a ser quem eu era...

Ela encara o local como se estivesse num transe, até que o som de seu telefone tocando a faz acordar e então ela corre para atender a ligação.

— Aqui é a Moriko. – ela diz.

— Princesa? – uma voz masculina ecoa do telefone.

— Papai?! – ela abre um sorriso ao ouvir a voz dele. — Papai, como está?!

— Mais atarefado do que nunca. – ele ri de forma boba. — Então, como estão as coisas por ai? Já se adaptou a nova escola?

— Sim, está tudo bem. – Moe responde.

Durante seu primeiro ano no ensino médio, Moe teve de mudar perto do final do ano por conta do trabalho de seu pai. Ela mal ficou quatro meses no colégio Sakuranomiya e já foi para o segundo ano, dessa forma ela não conseguiu fazer nenhuma amiga ou se juntar à algum grupo. Até que conheceu Julia e notou que ela era transferida, foi por isso que decidiu se aproximar dela, pois assim não teria mais aquele medo de ser a aluna nova.

— Sabe, eu fiz duas amigas muito legais nesses dias.

— Sério? Quem são?

— A Julia e a Erika. – Moe responde. — A Julia é estrangeira, morava nos Estados Unidos e se mudou para cá durante as férias, ela toda esquentadinha e parece uma delinquente, mas no fundo é uma fofa e a Erika é uma caloura, ela é bem na dela, mas é uma garota divertida e canta muito bem.

— Entendo, fico feliz que tenha feito amigas. – o pai de Moe se sente orgulhoso. — Você pretende entrar em algum clube esse ano?

— Eu já estou, ou melhor, vou estar quando a gente oficializar o clube. – ela responde.

— E que clube é?

— Bem... É um clube de idols escolares...

— Idols? – o tom de voz de seu pai muda para um tom mais sério e preocupado. — Tem certeza? Sei que aquilo ainda deve doer para você.

— Sim, dói muito. – ela sente uma lágrima escorrer seu rosto. — Mas apenas estou ajudando, estou responsável pelo figurino delas e sou eu quem guia os ensaios. Não pretendo me apresentar com elas.

— Entendo. Não se force a nada, certo?

— Certo. – ela limpa seu rosto. — Quando o senhor vai voltar?

— Ainda não sei, as coisas estão complicadas por aqui. – ele responde. — Acredito que antes da Golden Week eu devo estar de volta.

— Entendo, não se esforce demais, tá?

— Sim, pode deixar comigo. – ele faz uma pausa. — Desculpa princesa, mas eu preciso ir agora.

— Sem problemas, se cuida papai.

— Você também, princesa.

A ligação se encerra e Moe coloca o telefone no gancho novamente, mas após isso ela despenca e cai de joelhos, em seguida ela começa a chorar.

— Ainda dói... Dói muito...

As memórias dolorosas de Moe começam a se repetir como se fossem um loop. O palco, as pessoas, as câmeras, tudo que ela queria era brilhar para eles, mas ai a sombra veio até ela. Um demônio, a encarnação do mais puro  mal. Sua mãe...


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Notas finais do capítulo

Eita que o próximo vai ser bom, ó ahsuahsuahusha
Até mais!



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