O Segredo da Capital do Oeste escrita por Izzy Aguecheek


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Sim, sim, eu sei, faz 84 anos. Mas entre a faculdade e dar uma última revisada no meu livro que vai ser publicado esse ano, eu não tô tendo tempo pra muita coisa :s



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— Você não acha que eu sou louca por pensar em acreditar nisso, né?

Michelle pensou por um instante.

— Não. Eu não acho.

— Pois eu acho! – exclamou Andressa. – Tudo bem, é uma fanfic muito bem feita e que encaixa direitinho, mas nem por isso quer dizer que é verdade.

Era a tarde depois do encontro com Hugo no Memorial, e ela estava andando de um lado para o outro no quarto minúsculo da amiga. Michelle estava sentada na cama em meio a apostilas e anotações; ela estivera estudando quando Andressa decidira procurá-la.

— Você não pensou em pedir uma prova? – perguntou ela. Andressa parou de andar para encará-la.

— Uma prova – repetiu. Michelle deu de ombros.

— É. Tipo, se alguém diz ter o poder de manipular o fogo, ou metais, ou que quer que seja, essa pessoa deve ter alguma forma de provar isso.

Andressa se deixou cair na cama ao lado dela, amassando algumas das anotações, se sentindo absurdamente estúpida.

— Isso simplesmente não me ocorreu na hora – admitiu. Michelle lhe deu um tapinha reconfortante no ombro.

— Tudo bem. Você também pode escolher acreditar neles só com base no lance do desmaio. Eu não vou achar que você é louca. Longe de mim julgar qualquer pessoa assim.

Andressa imaginou que ela estivesse se referindo às vezes em que ela mesma foi julgada como louca ou anormal. Michelle não se encaixava no padrão dos gêneros binários; ela se identificava como demigirl ou demimenina, o que, segundo ela explicara para Andressa logo depois que as duas se conheceram, queria dizer que, apesar de ter sido declarada menina, ela se sentia um tanto desconectada daquela definição, apesar de esse desconforto não ser o suficiente para causa disforia corporal. Não era uma coisa que as pessoas tendiam a entender logo de cara; a própria Andressa tivera algumas dificuldades com o conceito.

Por outro lado, Michelle também podia estar se referindo ao fato de ser naturalmente inclinada a acreditar naquele tipo de coisa. Andressa sabia que a amiga acreditava firmemente na existência de fadas, duendes e coisas do tipo, e sempre encarara aquilo como parte da excentricidade que a tornava tão única. Ela mesma não acreditava nem em religião, que dirá em magia.

— Tudo bem nada – Andressa deu um tapa na própria testa. – Eu sou muito é burra. Agora eu vou ter que ligar praquela louca pra pedir uma prova, e ela vai achar que eu tô acreditando nesse negócio...

— Andressa. Você acreditando nesse negócio.

— Tá, tudo bem, talvez um pouquinho – admitiu ela. Subitamente, outra opção lhe ocorreu: – Ou eu posso perguntar pra Hugo.

Michelle sacudiu a cabeça.

— Olha, eu não conheço essa Woodstock, mas numa coisa eu concordo com ela: você devia desistir desse boy aí.

Suspirando, Andressa pensou que talvez ela tivesse razão. Hugo não havia nem mandado uma mensagem depois para perguntar se ela estava bem, nem dado qualquer sinal de vida. Ela imaginava que ele estivesse envergonhado, mas era realmente uma pena que eles fossem se separar daquele jeito sem ter trocado ao menos um beijo. Mágico ou não, escroto ou não, ele era bem atraente.

— Além disso, esse pessoal que falou com você parece bem gente boa – continuou Michelle. – Se eles tavam dispostos a explicar tudo de forma tão paciente...

— Ou a inventar uma história muito elaborada pra tirar uma com a minha cara.

Foi a vez de Michelle suspirar.

— Por que você não pode ter um pouco de fé na raça humana?

— Porque eu assisto o jornal, Michelle.

Antes que Michelle pudesse retrucar, o celular de Andressa começou a vibrar em seu bolso. Ao ver o nome na tela, ela grunhiu.

— Falando no diabo...

— Quem é? – perguntou Michelle, antes de espiar por cima do ombro da amiga. Ela também fez uma careta. – Você vai atender?

Andressa pensou por um segundo. Na verdade, ela não via nenhuma vantagem em ignorar a chamada. Não apagaria os acontecimentos do dia anterior.

— É, né – disse, dando de ombros. – Vai que ele pode ajudar.

Michelle pareceu cética, mas Andressa atendeu à ligação mesmo assim. A voz de Hugo estava hesitante quando ele disse:

— Alô?

— Oi. Pode falar.

— Oi! É, ahn, sou eu. Tudo bem?

Ignorando o olhar inquisidor de Michelle, Andressa se levantou e voltou a andar pelo quarto, pensando se deveria fazer Hugo se sentir mal pelo dia anterior ou não. Ele poderia ter ficado por tempo o suficiente para se certificar de que ela estava bem, ao invés de sair correndo e largá-la com uma desconhecida.

— É, tô bem – respondeu ela, por fim. – Bastante perdida, mas bem. E você? Seu pai te deu uma bronca por ter saído escondido?

Hugo suspirou. Parecia aliviado por Andressa não estar gritando com ele, o que quase fez com que ela tivesse vontade de gritar com ele.

— Ele ainda acha que eu realmente tava estudando a história do cangaço.

— Também, né – Andressa olhou para Michelle e revirou os olhos. – Depois do esforço que você fez pra esconder minha presença... – Hugo permaneceu em silencia, e ela acrescentou: – Magia? É sério? Você tem tanto medo do seu pai assim?

— Achei que você não tinha acreditado na parte da magia – murmurou Michelle. Andressa lhe lançou um olhar de advertência.

Do outro lado da linha, Hugo gaguejou um pedido de desculpas antes de dizer:

— Na verdade... A gente realmente precisa falar sobre isso.

— Ah, você acha?

Ele deixou escapar outro suspiro. Seu tom destoava do menino confiante que Andressa conhecera no Memorial, e, pela primeira vez, ela considerou a possibilidade de ele estar realmente chateado com o que acontecera.

— Eu devia ter ficado pra explicar – disse ele. Soava quase como outro pedido de desculpas. Andressa descobriu que não conseguia ficar com raiva dele; ela tinha outras preocupações mais urgentes.

— Aquela menina, Woodstock, me explicou tudo. Bem, mais ou menos tudo – Ela se lembrou da conversa com Jessé e Woodstock no Subway, que, apesar de ter sido bastante informativa, a deixara ainda mais confusa. – Pantáculos, Arsonistas, et cetera, et cetera. Muita informação. Muita maconha.

Hugo hesitou.

— E você acreditou neles?

Andressa olhou para Michelle, que ouvia seu lado da conversa com atenção.

— O júri ainda está deliberando quanto a isso – respondeu. Ela ergueu a mão para tirar a franja dos olhos, e lembrou do anel de Hugo, ainda em seu dedo. Ela havia pensado em deixá-lo em casa, mas o discurso de Woodstock sobre perder o controle da magia a impedira. – Eu ainda tô com seu anel, por sinal. Foi por isso que você ligou?

Não havia acidez por trás da pergunta; ela considerava um motivo justo, embora fosse gostar muito mais de ouvir que Hugo havia ligado porque gostara dela o suficiente para querer um segundo encontro, apesar do desastre do primeiro. Ou para ter certeza de que a magia idiota dele não a havia deixado completamente traumatizada, ou de que a desconhecida com quem ele a abandonara não a havia sequestrado e matado. Isso também serviria.  

— Mais ou menos – admitiu Hugo, e, logo em seguida, ajuntou, apressado: – Quer dizer, eu também queria saber se você tinha chegado bem em casa, mas, hm, enfim, tem a ver com o anel, também. E com todo o lance da magia.

A apreensão na voz dele fez o estômago de Andressa dar um nó.

— Tá bem. O que foi?

Ela ouviu Hugo respirar fundo. Então, ele disse, apressado, como se as palavras tivessem um gosto ruim:

— Você não ficou só com uma parte da minha magia. Você extraiu tudo.

Andressa não sabia dizer se aquilo fazia alguma diferença para ela, mas claramente fazia diferença para Hugo. Ela teve a impressão de que ele ainda não havia acabado.

— Certo – disse, devagar. – E?

Dessa vez, ele não hesitou em responder:

E eu preciso dar um jeito de pegá-la de volta.

***

O barulho da porta do carro batendo ecoou pelo ar, fazendo com que Woodstock fizesse uma careta. Não era uma boa chamar atenção para si mesma ali, mesmo que não houvesse ninguém por perto. Ela não tinha certeza, mas achava que, tecnicamente, o que ela e Jessé estavam fazendo ainda era considerado invasão de propriedade, mesmo que a propriedade em questão estivesse abandonada.

O posto de controle da Polícia Rodoviária Federal estava abandonado havia tanto tempo que Woodstock nem se lembrava da época em que ele funcionava. Ficava bem na saída da cidade, alguns quilômetros depois da rodoviária – longe o suficiente para não ser considerado parte de Mossoró, mas perto o bastante para ser de fácil acesso, se você soubesse a rota certa. Woodstock não fazia a menor ideia do porquê de ele ter sido desativado; talvez tivessem concluído que aquela parte da estrada não era movimentada o suficiente para precisar de um posto de controle.

Apesar disso, o local estava cheio de carcaças metálicas de carros apreendidos: alguns pareciam praticamente intactos, e outros não passavam de amontoados de ferro retorcido. Esses veículos eram precisamente o motivo pelo qual Woodstock conhecia o local: seu pai a levara até ali algumas vezes para ensiná-la a controlar a magia, já que era mais seguro praticar em carros que não tinham mais nenhuma utilidade do que nas peças que ele utilizava em sua oficina.

Mesmo depois da morte de seu pai, Woodstock continuara indo ali com Jessé; aquele se tornara uma espécie de refúgio para os dois, e ela sabia que era ali que seu amigo se escondia quando precisava se afastar do mundo.

Como esperado, Jessé estava sozinho, sentado no teto de um carro, vários metros atrás da pequena construção que era o posto propriamente dito. Não havia vegetação ou outros veículos perto dele; ele se encontrava no meio de uma clareira artificial circular, tão estéril e árida quanto poderia ser. Woodstock se lembrava bem de quando eles haviam retirado todas as plantas daquela área e verificado cuidadosamente que o tanque daquele único carro estava vazio e limpo. Mesmo no refúgio deles, Jessé ainda não conseguia se sentir a salvo.

Ele não se virou quando Woodstock caminhou até ele e encostou no metal quente, fazendo uma careta. Ela desistiu de subir no teto para alcançá-lo; ao invés disso, disse:

— Não tá meio quente pra você ficar aí fritando, não?

Jessé se virou com um sobressalto; seus dedos faiscaram e se acenderam com chamas, fazendo com que Woodstock desse um passo para trás. Ela se xingou mentalmente por ter se aproximado daquela forma. Talvez ele ainda precisasse de espaço.

Ao vê-la, Jessé respirou fundo e fechou os olhos. Os dedos de sua mão direita apertavam a tatuagem no braço esquerdo, e Woodstock sabia que ele estava tentando apagar as chamas, fazê-las desaparecer. Ela já vira aquela cena antes, nas duas versões: aquela em que ele conseguia, e a em que ele não obtinha sucesso.

Apesar dos esforços de Jessé, as chamas se recusavam a ir embora. Ele abriu os olhos e encarou Woodstock com raiva.

— E por acaso eu posso voltar pra casa assim?

Woodstock tentou não levar para o lado pessoal. Ela era amiga de Jessé há tempo o suficiente para saber que aquela reação era pura frustração, que se manifestava na forma de animosidade. Então, ao invés de tentar discutir com ele, ela disse:

— Como você chegou aqui, aliás?

Jessé havia acabado de completar dezoito anos, e ainda não tinha carteira de motorista; geralmente, quando queria ir ao refúgio deles, ele pedia uma carona a Woodstock, a menos que estivesse perturbado demais para se controlar durante o percurso, o que parecia ter sido o caso. Ele apontou com os dedos ainda em chamas para o posto de controle. Encostada na lateral da construção, havia uma bicicleta velha.

Woodstock sacudiu a cabeça.

— Você veio pedalando?

— Deu só uns vinte minutos – respondeu Jessé, sem olhar para ela. – Ou vinte e cinco. Não sei.

— Você podia ter sido assaltado ou sei lá.

Jessé abriu um sorriso desconcertante. Woodstock detestava aquele sorriso.

— Eu provavelmente teria tocado fogo no assaltante – disse ele, como se não fosse nada demais.

— Você podia só ter me chamado – murmurou Woodstock. Jessé sacudiu a cabeça. Ele estivera abraçando os próprios joelhos, mas agora suas pernas pendiam pela lateral do carro, e uma delas estavam balançando ansiosamente.

— Eu vim às quatro da manhã. Não quis acordar você às quatro da manhã. Não quis tocar fogo no seu carro. Sabe como é.

Por mais que desejasse, Woodstock não tinha como argumentar com aquilo. Ela não quis nem apontar que já eram quase duas da tarde, o que significava que ele havia passado mais tempo do que de costume tentando se acalmar, o que era alarmante. Ela ficou em silêncio por alguns instantes, e, quando tornou a falar, foi apenas:

— Você vai voltar pra casa?

Jessé demorou para responder, e Woodstock não o pressionou. Ela observou enquanto ele fechava os olhos e se concentrava novamente. Dessa vez, as chamas em sua mão se apagaram uma a uma, como velas de aniversário sendo sopradas. Em seu aniversário de dezoito anos, Jessé não conseguira apagar as velas e quase causara um incêndio. Woodstock as havia apagado por ele.

Ele correu os dedos pela tatuagem em seu antebraço, um dragão amarelo ligeiramente troncho. A pele ali era irregular, marcada por uma cicatriz antiga que a tinta não escondia muito bem.

— Às vezes, eu passo a noite toda acordado – disse ele, por fim. Não era uma resposta à pergunta de Woodstock, mas pelo menos ele não parecia mais tão irritado.

Woodstock assentiu, observando, preocupada, a expressão do amigo.

— Eu sei. Eu imaginei.

— Não ajuda – concluiu Jessé. – Eu continuo pensando nele, e em tudo que aconteceu, e, eventualmente, eu tenho que dormir de novo.

Ele soava tão cansado; Woodstock resistiu ao impulso de subir no carro e abraçá-lo. Ela sabia que Jessé não gostava de contato físico a menos que estivessem cem por cento sob controle.

— Isso é normal – disse ela, em voz baixa. – Ele era seu irmão. E você era só uma criança. É normal que você se lembre.

Eles já haviam tido aquela conversa várias vezes antes, mas Jessé nunca parecia muito tranquilizado pelas palavras da amiga, e nunca revelava, exatamente, sobre o que eram os pesadelos que frequentemente o faziam acordar no meio da madrugada, com os lençóis fumegando e a testa molhada de suor. Woodstock supunha que tinha algo a ver com Josafá e os eventos que haviam levado àquela cicatriz, e, nesse caso, era perfeitamente compreensível que ele não quisesse falar no assunto, mas ela gostaria de saber como ajudá-lo.

Claro, Woodstock tinha uma ideia para ajudá-lo, mas eles ainda estavam a muitos livros e vários dias de pesquisa de distância. Isso sem mencionar a concorrência que surgira nos últimos tempos.

— É, acho que sim – disse Jessé. Por fim, ele desceu cuidadosamente do carro. – Acho que a gente devia voltar para casa, né?

As pessoas costumavam achar que eles moravam juntos, pela forma como se referiam às suas casas, mas os dois eram apenas vizinhos: a família de Jessé morava de frente para a casa de Woodstock, que ficava acima da oficina de sua mãe. Logo, seus pais eram amigos, e eles haviam crescido juntos, como irmãos, mesmo que não estudassem nem no mesmo colégio.

Woodstock ofereceu o que esperava que fosse um sorriso encorajador para ele, enquanto os dois começavam a caminha na direção de seu carro. Jessé parou no caminho para pegar a bicicleta.

— Ótimo. A gente pode almoçar, e você pode tirar um cochilo, e, mais tarde, quem sabe, podemos fazer um pouco de pesquisa de campo.

Jessé ergueu uma sobrancelha. Seu rosto estava avermelhado pela exposição prolongada ao sol, mas o calor, ironicamente, sempre parecia ajudá-lo a se acalmar.

— Você tá bem empolgada hoje, hein? Isso tem alguma coisa a ver com aquela menina do memorial?

Eles haviam chegado ao carro. Woodstock revirou os olhos e abriu o porta-malas; enquanto eles se esforçavam para colocar a bicicleta de Jessé lá dentro, ela respondeu:

— Não, seu besta. Tem a ver com o homem de terno, na verdade.

— Aquele que tava te irritando por estar, supostamente, nos stalkeando? Quando foi que isso passou a te deixar animada?

Na verdade, Woodstock havia pensado bastante sobre aquilo na noite anterior. Ela não era uma pessoa otimista por natureza, mas, considerando que Jessé e todos ao seu redor pareciam sempre enxergar o lado negativo das coisas, ela aprendera a procurar pelo lado positivo para balancear esse hábito. Não fora tão difícil encontrar um naquela situação específica.

— Bem, se você olhar pelo lado bom – começou, enquanto dava a volta no carro para entrar no assento do motorista. Àquela altura, ela nem estranhava mais o fato de aquela ter se tornado uma de suas frases mais utilizadas. –, quer dizer que estamos no caminho certo, e que a Tábua, ou ao menos uma pista pra localização da Tábua, está por aqui. Quer dizer, esse cara obviamente não é de Mossoró, ou, pelo menos, se é, nunca frequentou o Mercado...

— Ou nunca teve interesse pela Tábua antes – murmurou Jessé. Woodstock o ignorou alegremente, dando partida no carro.

— E ele não teria vindo até aqui, nesse fim de mundo, se não achasse que tem algo importante acontecendo aqui, não é?

Antes que Jessé pudesse responder, o celular de Woodstock vibrou, anunciando a chegada de uma nova mensagem. Como estava dirigindo, ela disse:

— Olha aí pra mim o que é, por favor.

Jessé pegou o aparelho, que estava enfiado de qualquer jeito no porta-copos, e olhou para a tela.

— Número desconhecido.

— Desbloqueia a tela e olha o que ele tá dizendo, né, ô bicha burra.

— Grossa – resmungou Jessé, mas fez o que ela mandou. Woodstock não viu sua expressão, mas dava para ouvir o sorriso em sua voz quando ele disse: – É a menina de ontem. A do memorial.

Woodstock foi pega de surpresa; àquela altura, ela já havia concluído que Andressa os achava malucos e não entraria em contato.

— O que ela disse?

— “Tá, tudo bem, você venceu” – leu Jessé. Dava para ouvir que ele estava contendo o riso. – “Eu quero saber mais sobre esse negócio de magia. A gente pode se encontrar?” O que eu respondo?

Woodstock pensou por um instante. Lá ia o plano de passar a tarde pesquisando.

— Diz pra ela que sim. Quando chegar em casa, a gente combina direitinho.

Ela se perguntou se Andressa simplesmente concluíra que tinha evidências o suficiente para acreditar neles, ou se algum fato externo fizera com que ela mudasse de ideia. Fosse como fosse, ela estava animada. Ao que parecia, aquele seria outro dia produtivo.


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Notas finais do capítulo

Dica: não escrevam livros com mias de 300 páginas. O eu futuro de vocês vai agradecer.
(Se eu tiver falado algo errado com relação ao gênero da Michelle, por favor, avisem. Eu nunca escrevi personagens trans antes, então acho possível ter alguns erros.)



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