Décimo dia do sexto mês, segunda-feira, aniversário de Hajime. Tooru estava radiante, e com razão: comprou um bolo com chantilly e morangos para os dois, beberam chá gelado e Oikawa fez com que Iwaizumi soprasse as velas. Uma noite agradável para ambos que comemoravam sozinhos aquele dia especial com uma grande insistência de Oikawa, já que Iwaizumi disse que não queria nada. Mas ora, quem disse que Hajime nega algo a Tooru? Pois é.

Já alimentados, Oikawa e Iwaizumi estavam deitados na rede da varanda do apartamento que dividiam desde o início da faculdade. Uma quietude confortável adornava o momento e, olhando para as estrelas, Oikawa o chamou:

— Iwa-chan.

— Hm?

— Você acredita em alienígenas?

— Não sei...

— Como não sabe?

— Não sabendo ué, não fico pensando nesse tipo de coisa...

— Pois deveria, porque se eles forem reais, deixando claro que eu acredito que sejam, eles poderiam vir aqui na Terra.

— Eles seriam idiotas de vir aqui.

— Por quê?

— Porque os humanos são idiotas.

— Iwa-chan, rude.

— É a verdade, supere.

— Iwa-chan?

— Hm?

— E se os aliens viessem e me abduzissem?

— Por que eles iriam abduzir você? – O tom de Hajime foi de curioso para sarcástico em questão de segundos.

— Porque eu sou um ótimo exemplo de ser humano!

— Você tem umas ideias estúpidas.

— Nossa, Iwa-chan! Que cruel! – Oikawa resmungou.

O sossego voltou a reinar ali. Hajime permaneceu abraçado a Tooru, acariciando seus cabelos. Para Iwaizumi aquilo era sinônimo de perfeição, ficar sem fazer nada ao lado de Oikawa, lhe dar beijos e vê-lo ruborizar com o excesso de carinho... era o tipo de coisa que Hajime adorava fazer depois de um dia ruim ou depois de um dia bom.

— Se eles viessem... eu não deixaria... — Iwaizumi foi quem rompeu o silêncio dessa vez.

— O quê?

— Não deixaria que te levassem...

— Por que não?

— Porque eu não iria aceitar que te tirassem de mim — Para Tooru, Hajime corado era sempre um colírio para os olhos.

— Oh, Iwa-chan! Você é tão fofo! — Oikawa agarrou-se mais ainda a lateral do corpo de Iwaizumi – Mas se você quiser... – comentou em tom malicioso.

— O quê?

— Pode me abduzir e me levar para nossa cama.

— I-idiota – Hajime ficou desconcertado.

Oikawa riu e afundou o rosto no pescoço de Iwaizumi, inspirou seu perfume e colocou os braços em torno do abdômen do namorado. Estava extremamente confortável e já quase pegava no sono quando Hajime desvencilhou-se de seu abraço e ergueu-se. Antes que pudesse reclamar Hajime lhe estendeu a mão.

— Anda logo, shittykawa — Iwazumi o chamou — Vamos logo!

— Para onde? — Tooru estava confuso.

— Para nossa cama.