Still escrita por JuliaMiguel


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Os passos caminhavam lentamente pelo assoalho de madeira velho da casa ecoava os passos do salto fino da medibruxa. Os longos cabelos longos loiros balançavam com o andar da mulher, os olhos castanhos estavam por detrás dos óculos redondos. Em mais de vinte anos de carreira nunca havia visto um caso como aquele que acompanhava a quatro anos.

Se aproximou do quarto da paciente sua auxiliar estava esperando na porta.

—O que houve? - perguntou se aproximando

—Ela está agitada hoje Senhora Jackson. Já jogou o café em três funcionárias.

A loira respirou fundo. Olhou para porta a sua frente, pensando no que faria hoje. Era raro sua paciente ter esses ataques.

—Vá até o escritório e avise-o da situação.

A funcionária confirmou com a cabeça e saiu por onde a mulher havia vindo. Alexia Jackson seguiu até o quarto. Era um local diferente dos hospitais onde havia trabalho em toda sua vida, aquilo era um quarto normal, paredes brancas um guarda roupa no canto esquerdo, um pequeno tapete felpudo no pé da cama de casal, uma poltrona ao lado e duas escrivaninhas com vasos de flores, uma estante com livros, um pequeno som e um baú pequeno.

A jovem paciente de 32 anos estava sentada na cama com uma cara amarrada e os braços cruzados sobre o peito. Os cabelos ruivos estavam na altura dos ombros, a pele clara contrastava com os olhos azuis.

—Quem é você? Vai tentar me sedar igual as outras. - disse a jovem ríspida.

—Não senhorita Weasley,  eu vou apenas conversar com você. - falou sentando na poltrona pegando o prontuário da jovem na mão.

Rose J. G. Wesley , 32 anos, Amnésia Indutiva, Obliviação e Transtornos de memória causados por magia.

—Eu não quero conversar. Por que eu estou aqui? E como sabe meu nome? - Falou a jovem.

—Venho ver você tem quatro anos senhorita. Essa é sua casa.

—Isso é loucura. - falou Rose jogando o jarro de flores no chão quebrando-o.

—Qual sua última lembrança senhorita Weasley?

Rose tentou forçar a memória, mas somente uma luz forte ela conseguia enxergar.

—Eu não gosto disso. - falou virando pro lado.

Alexia anotou algo e sorriu de leve. Viu sua assistente entrando com um olhar preocupado.

—Ele disse que não abre mão de vê-la. - falou ao ouvido da doutora.

A loira já esperava essa reação do jovem dono da casa. Quando recebeu a proposta dele achou aquilo meio absurdo, porém quando conheceu melhor o caso, não pode abrir mão da paciente, ainda mais sendo filha de quem era.

—Tudo bem, mande-o vir. - falou a sua assistente- Rose, quero que conheça uma pessoa.

A jovem fixou seu olhar na porta. Quando por ela passou o jovem, usava uma blusa preta de mangas longas, com uma calça Jeans, um tênis preto, os cabelos loiros revoltos, a pele branca e os olhos cinzas fixos em Rose.

—Como está nossa paciente hoje doutora?

—Um pouco agitada.

—Eu estou aqui sabiam. -falou ruiva brava vendo que falavam por ela.

Alexia e o jovem se entreolharam, como se fosse um pedido silencioso para que ela o deixassem os a sós.

A medibruxa se retirou calmamente vendo o jovem se aproximar da estante.

Assim que ela saiu um silêncio reinou no local. Rose analisava o jovem a sua frente como se já o conhecia mas não se lembrava de onde.

Ele se aproximou da estante de lá tirou um livro velho.

Sentou-se na poltrona ao lado da cama ainda em silêncio.

A ruiva analisava o local onde estava e o jovem a sua frente. Suas memórias estavam bem bagunçadas, não se lembrava de muita coisa, na verdade ainda não se lembrava de nada. Olhou para o jovem e reparou que ele tinha os olhos bem fixos no livro.

—O que você está lendo? -perguntou se aproximando da beirada da cama.

—Romeu e Julieta. Quer ler? - respondeu o jovem apontando o livro para ela.

 

A biblioteca da escola estava lotada então a ruiva de 13 anos estava sentada em frente ao lago de Hogwarts, onde havia quase ninguém e um pouco de sossego para ler.

Pode sentir quando alguém sentou ao seu lado ficando em silêncio, não querendo interromper sua leitura.

A garota continuava sua leitura sem querer prestar atenção a quem estava ao seu lado. Já que a pessoa conseguia muito mais do que sua atenção.

—O que você está lendo? -perguntou a voz do jovem ao seu lado.

A garota fechou o livro e encarou o rapaz ao seu lado, olhando os cabelos loiros bagunçados e os olhos cinzas vividos.

—Romeu e Julieta. Quer ler? - perguntou apontando o livro para o garoto.

—Por que eu leria uma história trágica de jovens italianos Weasley?- falou o garoto dando ombros para a jovem.

—Porque se trata de uma história de amor, Malfoy. E todas as histórias de amor precisam ser ouvidas trágicas ou não.

 

—Por que ler uma história de amor trágica como essa? - falou a jovem.

—Porque todas as histórias de amor são trágicas. - respondeu o rapaz.

Rose encarou os olhos cinzas do rapaz, pareciam sem vida ou como se faltasse algo neles.

—Bem, pode ler se quiser, na verdade pode ficar a vontade o quarto é todo seu. - disse o jovem se levantando.- Preciso resolver algo, mas se quiser comer algo ou beber só chamar.

Nisso saiu do quarto deixando a jovem sozinha.

 

A ruiva já estava sozinha havia algum tempo e o loiro não havia voltado, estava começando a sentir falta da companhia de alguém quando a doutora voltou para examiná-la.

—Sinto que você faz isso todos os dias. - falou a ruiva. - Quanto tempo estou assim?

—Assim? -estranhou a pergunta.

—Assim, confusa.

Alexia olhou para a jovem a sua frente, era primeira vez que Rose fazia uma pergunta desse tipo. A jovem nunca havia tido um lapso de memória voltando, sempre eram as mesmas coisas todos os dias, vinha analisava a ruiva e nada de diferente, e pelo que o prontuário dizia era assim a seis anos. Ela via todos os dias os familiares da moça entrarem e saírem da casa sem que ela se lembrasse deles, nem meus dos seus pais ela conseguia lembrar. O jovem dono da casa fazia quase a mesma abordagem todos os dias, e a medibruxa via desespero dele com o passar dos anos.

—Você quer realmente saber?- perguntou a loira.

A ruiva apenas confirmou com um balançar de cabeça.

—Seis anos. Eu estou aqui a quatro lhe acompanhando.

—Aqui é tipo uma clínica? Há outros como eu aqui?

—Na verdade não, aqui é uma casa normal. Você é minha única paciente aqui.

—O que houve?

A loira suspirou, era muito complicado explicar a jovem a sua frente o que lhe aconteceu, não sabia o quanto sobre o mundo bruxo ela lembrava.

—Ainda não é hora de você saber Rose. Mas acho que você deveria dar uma volta no jardim fará bem a você, há girassóis um mais bonito que o outro. Soube que são seus preferidos.

 

A ruiva sentou-se brava na mesa da sua casa na hora do jantar de segunda jogando o buquê sobre a prima, era a terceira vez só naquele dia que algum rapaz lhe convidava para o passeio de sábado. Porém todos eles vinham com a mesma abordagem, uma caixa de chocolates e um buquê de rosas.

Rose detestava rosas, porque eram as flores do seu nome, e por isso todos achavam que ela gostava de rosas, porém não.

—O que foi Rose?- Perguntou Lilly para a prima.

—Mais um idiota me deu rosas.- bufou Rose. - Detesto Rosas.

—E quem foi dessa vez?- perguntou a Potter.

—Jacob Nott.

—Do sétimo ano?

—Existe outro Jacob Nott em Hogwarts Lilly Luna Potter?

A Potter levantou a mão como sinal de rendição, sabia quanto difícil era o gênio da Weasley ao seu lado.

—Onde está Roxanne? - perguntou Rose a não ver a morena na mesa.

—No dormitório de vocês. Disse que estava sem fome e que qualquer coisa assaltava a cozinha mais tarde.

—Elas está aprontando algo. -falou Rose.

—Acho que quem está aprontando algo é meu irmão e o Malfoy. Não vi os dois hoje.

—Seu irmão e a doninha Júnior devem estar se pegando em algum armário de vassoura.

—Rose! Falando assim  até parece que não tem uma queda pelo Malfoy. -falou Lily rindo da expressão da prima.

—Eu? Ora Lilly, Scar é só meu melhor amigo, e não deixe Al saber disso.

—Saber do que Rosita? - disse Albus sentando ao lado da irmã enquanto o loiro que estava junto com ele sentou ao lado de Rose.

—Nada.- respondeu Rose rapidamente.

—Rose recebeu um buquê de rosas novamente.- falou Lilly rapidamente vendo a prima a fuzilar com os olhos.

—Outro? De quem? -perguntou Albus.

—Jacob Nott.

—Do sétimo ano?

—Vocês Potter são tão lerdos assim? Por acaso existe outro nesse castelo.-falou Rose indignada. - Aliás a mesa da Sonserina é do outro lado.

—Rosas de novo? -perguntou o loiro segurando o buquê que estava jogado sobre a mês. - Você detesta rosa.

—Acho que só você sabe disso Malfoy. -falou Lilly. - Mas alguém sabe qual a flor preferida da Rose?

Lilly sabia que a prima detestava rosa, mas não sabia qual era o flor preferida da ruiva.

—Girassol. -respondeu Malfoy.

Rose olhou para ele, surpresa, achou que só seus pais soubessem disso. Mas o loiro ao seu lado sabia.

—Como sabe?- perguntou Albus vendi a reação da prima.

—Simplesmente eu sei.

 

O loiro estava sentado em seu escritório olhando os papéis a sua frente. Era difícil conciliar a vida que tinha. Havia deixado o sonho de ser auror logo após o acidente de Rose, teve que largar para poder cuidar da ruiva, então resolveu assumir parte dos negócios da família. Assim poderia se dedicar mais a Rose.

Ouviu batidas na porta do escritório.

—Entre.

Os cabelos ruivos parecidos com a cor dos jovem que percorria sua casa. Os traços do jovem rapaz apareceram na sala, os cabelos baixos e ruivos a barba cheia ruiva e os olhos castanhos marcantes. Na mão direita era possível ver a aliança de noivado recente.

—Como está Hugo? E Alice? -perguntou o loiro ao ruivo.

—Vamos bem e você?

—O mesmo de sempre. Veio ver Rose?

—Também. Precisava ver você primeiro. Al está preocupado com você. Não é sua obrigação cuidar da Rose.

—Não devia. Nem mesmo você. Preciso cuidar da sua irmã. Ela é a única coisa que me resta ainda.

 

O loiro estava sentado na sala da Mansão Malfoy. Não imaginou que as vinte anos perderia os pais de uma só vez. Um bruxo tentou roubar a Mansão a quatro dias mas acabou encontro Draco e Astoria acordados então revoltado matou os dois a sangue frio. Scorpius não estava em casa, havia saído com Rose, então no meio da sua comemoração de quatro anos de namoro até que o elfo da casa veio avisar do acontecido, porém quando o loiro chegou a casa os dois já estavam sem vida.

Agora estava aqui, na mesma sala do acontecido sentado na poltrona onde seu pai se sentava, após o enterro dos dois.

—Scar.- ouviu a voz da namorada entrando no recinto.- Levei sua tia até a porta e pedi para Elfia arrumar algo para você comer.

—Não tenho fome.- foi tudo que o Loiro respondeu.

Rose conhecia a teimosia do rapaz, sabia também o quanto o loiro estava abatido, já que seus avós maternos e seu avô Arthur já haviam falecido. Mas a dor do loiro era maior.

—Saber, se quiser dormir lá em casa posso mandar um patrono para minha mãe pedindo para preparar tudo. - disse a ruiva sentando ao braço da poltrona.

—Acho que vou incomodar.

—Não vai amor. Vai ser bom para você sair desta casa. Ainda tem outras coisas para você resolver então é melhor você descansar um pouco. Além disso, eu vou está lá para você.

Os braços do loiro contornaram a cintura da ruiva e sua cabeça repousou sobre o colo dela. Rose passou a mão pelos fios loiros do namorado, fazem um carinho afeto.

E então ele chorou. Não havia chorado em momento algum durante o velório, ou quando chegou em casa, havia se mostrado forte, mas naquele momento no colo da mulher que amava ele podia desabar, sabia que Rose estaria ali por ele, assim como ele por ela.

—Você é tudo que me restou Rose.

 

Rose estava sentada na varanda dos fundos da casa, reparou o quanto a propriedade era grande e como não tinha dificuldade de se perder no local, como se já o conhecesse. A varanda dava para o jardim de girassóis amarelos vivos. A ruiva já havia almoço junto com a Alexia, que teve que ir resolver um problema.

—A vista é realmente bonita.- disse a voz atrás dela, fazendo a olhar para trás vendo um rapaz ruivo.

—É mesmo, mas você precisa ver no por do sol.

Hugo assustou, Rose nunca falava com ele, e ela havia o respondido com uma memória, a do por do sol no jardim de girassóis.

—Posso sentar? - perguntou o garoto.

A ruiva confirmou com a cabeça.

—Como vão as coisas? -Perguntou Hugo.

—Confusas. Minha cabeça dói, doutora Alexia disse que é normal, porém não tenho certeza.

Outra vez Hugo foi surpreendido por Rose.

A ruiva olhava para o jovem ao seu lado e sentia um afeto muito grande por ele como se ele fosse importante demais para ela.

Reparou na mão dele um anel de noivado.

—Está noivo? -perguntou Rose.

—Sim, oito meses. Deve-me casar no meio do próximo ano.

Um silencio ficou entre os dois por um determinado tempo, Hugo havia se assustado, nesses seis anos desde o acidente Rose jamais havia falado tanto com ele, era como se ela estivesse voltando.

—Quer jogar xadrez? -perguntou Rose.

 

As duas crianças corriam pela casa deixando a morena louca já que havia trazido trabalho para casa. O que não facilitava. Rose e Hugo eram muito agitados, ainda mais na idade de 8 e 6 anos. Queria ter deixado eles na Toca, porém Molly já estava com Molly II e Lucy para Percy, sem contar em Albus, James e Lilly que deveriam ter ido para lá hoje.

Rony ainda não havia chegado, o quartel de aurores estava meio agitado havia acontecido alguns ataques sem explicação então estavam a todo vapor.

Quando o ruivo estava em casa às crianças tinham alguém com quem brincar mesmo  que seu marido chegasse cansado sempre arrumava algo para fazer com os pequenos.

—Rose e Hugo não corram na cozinha é perigoso. -gritou ouvindo as crianças derrubarem as panelas.

—Então dando trabalho hoje.- disse Ronald aparecendo no pequeno escritório de Hermione.

—Você não tem ideia. Não ouvi chegar. - disse a morena.

O ruivo se aproximou dela depositando um beijo em seus lábios.

Mas de repente o momento deles foi atrapalhado por um choro infantil vindo da sala.

—Hugo.- disseram os dois juntos.

Ao chegarem na sala depararam com Hugo chorando no chão por ter caído e Rose tentando acalma o irmão.

—Falei que um de vocês ia machucar.- disse Hermione meio brava e preocupada.

—Mamãe. - chorou Hugo.

—Hermione, acha que sei um jogo legal para os dois que nenhum vai sair machucado pelo menos esperem aqui.

Rony subiu até o quarto dos dois e voltou de lá com uma caixa que Hermione conhecia muito bem e Rose já havia visto o pai e o tio mexerem.

—Ronald eles não são muito novos para isso?- indignou a esposa.

—Eu tinha sete anos quando aprendi, acho que já estava na hora deles. - falou o ruivo mais velho sentando na ponta da mesa.- Rose, Hugo sentem aqui.

As duas crianças seguiram o pai até a mesa.

—O que isso papai? - perguntou Rose sentando na cadeira.

—Isso é xadrez. -explicou Rony.- Um jogo para dois jogadores.

Rony explicou aos filhos naquele final de tarde como se jogava xadrez, o que acabou virando tradição entre os irmãos.

 

O loiro observava de longe Rose e Hugo jogarem xadrez, já era a terceira partida entre os dois, estranhou comportamento de Rose, ela não se aproximava das vistas, sempre ficava acuada, mas hoje havia interagido com todos ao seu redor.

Enquanto isso na mesa de xadrez Rose ganha pela terceira vez contra Hugo. O que não entendi como ainda podia perder para ela.

—Acho que já está na hora deu ir.- falou Hugo levantamento indo em direção a porta. - Foi bom ver você Rose.

—Foi bom te ver também Hugo.

Tanto Hugo quanto o loiro assustaram com a resposta da ruiva. Hugo foi embora enquanto o loiro foi atrás da medibruxa. Já Rose seguiu até o quarto novamente se espantando com a capacidade de andar pela casa. Assim que chegou no quarto se jogou na cama, porém algo chamou sua atenção na estante, o baú. Levantou pegou o baú e foi para a poltrona ao lado. Abriu um baú devagar e dentro dele havia algumas coisas, mas o que chamou atenção da ruiva foi uma boneca de pano velha. Tinha a pele clarinha e dois botões azuis nos olhos, e o cabelo era vermelho. Sentiu uma saudade ao olhar a boneca, porém não sabia do que.

 

—Me devolve. - falava a pequena ruiva de 11 anos no corredor do castelo para três meninos da Sonserina do mesmo ano.

Um deles segura a boneca da menina nas mãos e ficavam jogando a garota entre si.

—Olha gente a Weasley ainda brinca de boneca. - falou o garoto balançando a boneca para os amigos que riam.

—É minha me devolve foi minha avó que fez para mim. - dizia a garota com lágrimas nos olhos.

Os garotos caçoavam dela por causa da boneca fazem os demais que passavam pelo corredor rirem.

O pequeno loiro observava aquilo de longe, a garota era prima do seu novo amigo. Havia se apegado aos detalhes da garota e como ninguém parava para ajudar, aquilo estava tirando ele do sério. Então como uma coragem que não era dele, empurrou o garoto que estava segurando a boneca, fazendo ela cair no chão.

Os três garotos viraram para ele bravo.

—O que pensa que tá fazendo Malfoy? - disse o que segurava a boneca.

—Deixem ela em paz. - disse o loiro.

—Tá querendo arrumar confusão é! - falou um dos garotos.

Depois daquilo Rose não sabia muito bem como explicar o que havia conseguido. Ela havia pegado a boneca de volta enquanto os garotos focavam no  loiro. Porém o loiro chamou atenção dela ainda sendo minoria ele enfrentou os três dando um soco no primeiro, mas os outros o tentaram segurar ele, mas na hora Neville apareceu no corredor e levou os três para sala da Minerva.

O loiro estava tomando uma bronca da diretora pois os três rapazes inventaram uma história onde o Malfoy havia batido neles por nada.

—Vou ter que chamar seu…

Três batidas na porta interromperam o discurso dela sobre o garoto.

—Com licença Minerva.- disse Neville voltando a sala. - É que alguém viu a briga e pode dizer melhor o que aconteceu.

O loiro não acreditou quando viu a ruiva passa pela porta da diretora acompanhada do professor.

—Ele me defendeu professora Minerva. Os garotos da Sonserina estavam caçoando de mim por causa da minha boneca e o Malfoy me defendeu.- disse Rose a diretora

—Isso é muito grave Senhorita Weasley.

—Minerva eu perguntei a mais alguns que estavam lá e eles confirmaram a história.

—Eu entendo. Malfoy- disse olhando para o garoto.- Me desculpe pelo incomodo que teve pode ir para seu salão comunal, vou pedir para a professora Mith para buscar os outros envolvidos. E a senhorita também pode ir para seu salão.

Rose e Scorpius fizeram todo o caminho em silêncio, quando chegou a hora de se separarem o garoto seguiu seu caminho porém nem andou nem um metro e foi chamado pela ruiva.

Ele olhou para trás e viu ela sorrindo, e aquilo desmontou o garoto.

—Obrigada por hoje.

—De nada Weasley. Fiz o que devia ser feito. - ele continuou o caminho dele.

—Malfoy. - Rose chamou novamente. - Quer ser meu amigo?

O garoto sorriu com a próstata feita pela ruiva.

—Talvez Weasley.

 

Rose abraçou a boneca e continuou sua descoberta pelo baú e nele achou um arquinho no formato de chifre de capetinha. Ela reparou que eles piscavam, porém parecia que não havia mais bateria neles. Havia ao lado uma auréola de anjo, como se completassem um ao outro. Rose olhou aqui por algum tempo como se aquilo fosse uma lembrança boa.

 

Só podia ser James Potter para conseguir fazer aquele tipo de festa em Hogwarts. A sala precisa estava abarrotada de pessoas fantasiadas afinal era Halloween e James Sirius Potter teve a excelente ideia de dar uma festa a fantasia na sala precisa a meio noite de Halloween.

E a ruiva mesmo não queria estar aqui, porém se não fosse sua prima Lilly Luna Potter, encher seu saco dizendo que ela deveria curtir um pouco para tentar esquecer o que sentia pelo Malfoy, não estaria aqui e ainda mais vestida da forma que estava.

Rose usava um vestido vermelho de alças finas com um decote v e muito curto para qualquer padrão, uma sandália baixa, a ruiva detestava saltos e uma tiara de chifrinhos vermelha que piscava. Dominique havia feito sua maquiagem e o cabelo estava liso sem os cachos de sempre. A ruiva daria tudo para estar deitada na sua cama em seu quarto. Não queria ver Scorpius se atracando a qualquer garota. Mas já estava aqui toda produzida, talvez devesse curtir um pouco. Já havia reparado os olhares sobre si enquanto caminhava até o bar improvisado.

Enquanto a ruiva ia calmamente até o bar, o loiro a observava de longe. Claro que Scorpius não queria ser apaixonado por sua melhor amiga, porém o sentimento foi mais forte que o querer dele. Parecia ironia do destino a fantasia de ambos, ela de diabinha, e ele de anjo. O loiro estava sem camisa deixando os músculos trabalhados pelo quadribol a mostra, dava para ver os elásticos das asas que usava, havia uma auréola na cabeça e estava apenas de calça branca. Reparou o olhar de diversos rapazes sobre a Weasley e não gostou nem um pouco. Então foi ao encontro dela no bar.

Rose havia pedido um dose de Firewhisky, não gostava de beber, mas assim que viu o Malfoy vindo em sua direção sem camisa, precisava de um pouco de álcool na sua veia.

Virou a dose de uma vez e o líquido desceu ardendo em sua garganta.

—Mais uma por favor. - pediu batendo o copo no bar.

—Vai com calma aí ruiva. Nunca vi você bebendo.- falou o loiro parando ao lado dela.

Scorpius teve que se controlar, já havia bebido um pouco e ver a garota daquele jeito mexeu não só com seus sentimentos e sim com seus hormônios também.

—Por que você não vai se atracar a alguma vadia e me deixa em paz Malfoy. - falou Rose virando outra dose. -Mais uma por favor.

Os dois haviam brigado a algumas semanas e não se falavam desde daquele dia. Rose e Scorpius eram monitores chefes cada um de sua casa. Porém em uma noite, Rose viu o loiro se atracando a uma corvina bem no horário da ronda deles. Aquilo foi a gota d'água para ela, que já não tinha tido um dia muito bom. Então eles brigaram.

—Rose…

—Me esquece Malfoy. -falou a ruiva indo ao encontro das primas.

A festa estava correndo bem, pelo menos para a ruiva, que havia dançado e bebido a noite toda, já o loiro que veio a festa para aproveitar acabou não conseguindo tirar os olhos da ruiva.

Quando começou a tocar Crazy in Love, Rose pulou de onde estava sentada dizendo que amava aquela música e ali naquele momento na pista de dança começou a tortura de Scorpius Malfoy.

Rose rebolava sensual de uma forma que acabou chamando a atenção de quase todos os homens naquele local. Ela passava a mão pelo corpo enquanto dançava, as alças do vestido já estavam abaixo dos ombros quase revelando seu corpo, porém quando ela começou a subir o vestido, o loiro foi tomado por um atitude descontrolada, foi até onde ela estava, pegando-a pelo pulso e a tirando da pista de dança.

—Eu quero dançar Malfoy.- dizia a Rose embriagada.

—Você já deu show de mais Weasley. - dizia ele sério.

—Mas a festa nem está na metade.- falava ela enquanto tropeçava nos próprios pés.

O loiro ficou calado até saírem da sala precisa e irem em direção às masmorras, onde ficava o salão comunal da Sonserina.

—A Torre fica para lá. - tentava dizer a garota.

—Hoje você não dorme lá. -disse ele bravo.

—Me solta Malfoy.- puxava ela o braço que ele segurava.- Me solta, tá me machucando.

Foi só quando Rose disse aquilo que ele percebeu o quão forte segurava o pulso da garota. Então ele a soltou.

—Me desculpa. - pediu abaixando a cabeça.

—Quem você acha que é meu pai?- falou ela passando a mão no pulso. - O que você quer Malfoy? Eim? - perguntou vendo loiro ficar mudo. - Eu imaginava.

Nisso Rose seguiu em direção oposta de onde vieram. Fazendo Malfoy acorda do transe e ir atrás dela.

—Onde pensa que vai? - perguntou ele.

—Para torre da grifinória.

—Não mesmo. - disse parando novamente a garota.

—O que você quer Scar! Me enlouquecer? - disse Rose vendo que o rapaz não a deixaria ir embora.- Eu quero esquecer você, mas você não deixa. Você está em tudo a minha volta e não me deixa arrancar esses sentimentos de dentro de mim. Você é um galinha que fica com qualquer uma, que já pegou quase boa parte das meninas de Hogwarts e partiu vários corações. Mas o mais partido é meu. Porque eu te vejo com as outras e isso me mata por dentro. Eu até namorei o Lorcan para tentar te esquecer e não deu. Tudo o que eu queria era não ser apaixonada pelo meu melhor amigo. Sabe porque Scar. Eu sempre gostei você.

Rose tinha os olhos cheios de lágrimas, a bebida havia feito ser sincero com Malfoy como nunca havia sido na vida.

Scorpius estava estático na frente depois de tudo que a ruiva havia dito. Ela também gostava dele. Era um sentimento correspondido. Scorpius sabia o que fazer daqui para frente. Ele sabia o que devia fazer.

—Pelo menos você sabe como me sentia vendo você com o babaca do Lorcan.

E nisso ele a beijou, o primeiro beijo dos dois.



Sentiu um aperto no peito ao pegar naqueles objetos, como se tivesse esquecido de algo extremamente importante. De como se faltasse algo para ela.

Havia somente mais um objeto no baú. Era uma pequena caixa de jóias, como uma caixa de alianças, preta de veludo, havia uma serpente desenhada sobre ela e o brasão de alguma família.

Ao abrir Rose viu uma aliança solitária prata dentro, com uma pedra de esmeralda bem no meio, havia uma inscrição em latim "Te amo magis quam vivere".

Uma dor invadiu sua cabeça e um clarão apareceu nas suas lembranças.

 

Já estava acostumado com os atrasados de Scorpius para o jantar, sua mãe contava que seu pai era assim também, era o serviço de aurores. Mas nunca se acostumava com a casa vazia. Estava guardando a roupa dos dois no armário. Após a morte dos pais Scorpius havia vendido a mansão Malfoy e comprado um apartamento para ele e convidou Rose para poder ir morar com ele. No início foi difícil, mas atualmente as coisas estavam boas para os dois, depois de quase dez anos de namoro, claro que estariam. Rose estava guardando algumas blusas de Scorpius na gaveta quando reparou que havia uma caixinha de anel no meio das coisas dele. Era uma caixinha de veludo preto havia uma serpente desenhada sobre ela e o brasão da família Malfoy. Ao abrir Rose viu um anel Prata delicado com uma pedra de esmeralda no meio. Havia a inscrição "Te amo magis quam vivere" na joia.

Scorpius planejava pedi-la em casamento. Aquela era a aliança da família Malfoy.

Rose sorriu, fechou a caixa e a guardou no mesmo lugar.

Ouviu um barulho vindo da sala," Scorpius" pensou. Foi caminhando em direção a sala porém quando chegou lá não era o Malfoy e sim dois homens.

—Ora Jason temos alguém em casa. - um dos bandidos

Não conseguia ver o rosto deles pois estava tampado, mas conseguia ver as carinhas na mão. Eram bruxos.

A ruiva havia deixado a varinha no quarto o que a deixava desarmada.

—O que querem aqui? -perguntou Rose aflita.

—Quieta.- Falou um deles se aproximando se Rose passando a varinha pelos seus cabelos.

A ruiva ficou estática, não se mexia. Porque logo hoje não teve plantão no hospital ou o loiro tivesse chegado mais cedo.

—Seu namoradinho, prendeu um dos nossos, então resolvemos fazer uma surpresa para ele. Porém não imaginamos que a filha da primeira ministra estivesse em casa.- falou o outro.

—Elas está desarmada Jason. - disse o que havia se aproximado de Rose.

A Weasley estava em pânico. Não havia nada que podia fazer, os dois rapazes eram maiores que ela e sem sua varinha não podia agir contra eles.

Porém um barulho veio da lareira alertando que alguém havia chegado pela rede de Pó de Flu.

—Rose eu estou em casa.- disse a voz do Malfoy.

O bandidos ficaram imóveis. Haviam instalado a rede Flu no escritório já que costumavam receber visitas trouxas.

Malfoy estranho o silêncio na casa. Rose sempre era muito agitada então sempre vinha recebê-lo.

Levantou uma das mãos com a varinha em punho.

E caminhou silenciosamente até a sala.

Chegando lá um desespero tomou conta de se. Rose estava de refém de um dos bandidos e o outro apontava a varinha para ele.

—Calminha aí Malfoy, ou sua namorada é quem vai sofrer. - disse o que fazia a ruiva de refém.

—Rose…

—Abaixa a varinha. -falou o outro vendo.- Agora.

Scorpius foi então abaixando deixando sua varinha no chão, levantando a mãos para cima.

—Soltem ela. -pediu o loiro.

Era primeira vez que Rose via medo nos olhos de Scorpius, medo de perder a única coisa que ainda lhe restava que era ruiva.

—Calado!- gritou o bandido que estava com Rose nos braços.- Ela sabe de muita coisa Malfoy.

—O que vocês querem? -perguntou o loiro desesperado.

—Você prendeu Scott Fliman nosso líder. Agora queremos vingança.-falou o que apontava varinha para o loiro. - Jason ande logo com isso. Essa garota precisa ser eliminada logo. Quero ver o Malfoy sofrer.

Scorpius olhou para Rose que se desesperou ao ouvir a última frase. Era como se tentasse dizer a ela que tudo ficaria bem, mesmo que estivesse morrendo de medo.

O bruxo que segurava Rose jogou ela no chão fazendo a bater a cabeça com força.

—Vamos torturar ela um pouco também Mike

Ele estava pronto para lançar um cruciatus quando Albus e outras dois aurores entraram na sala, então ele errou a mira e acertou o rosto da Weasley que tudo que conseguiu ver foi um clarão e ouvir os frutos desesperados de Scorpius e depois tudo se apagou.



Havia lágrimas no rosto da jovem, que se emocionava com as lembranças que estava retornando aos poucos. Não sabia se era permanente ou passageiro. Porém o desespero tomou conto dela.

A ruiva largou a caixa no chão e estava atordoada. As memórias iam voltam era como se peças se encaixassem.

Então num ato de desespero ela correu.

Correu por toda casa até chegar ao jardim de girassóis, onde estiveram mais cedo com seu irmão.

Seu irmão! Como havia esquecido de Hugo. Havia dito nome dele mas não se lembrava dele. Como havia se esquecido de sua família.

Como se esqueceu de todos os momentos que havia vivido. Como se esqueceu dele. O amor da sua vida.

Ele havia feito de tudo por ela e ela havia esquecido dele.

Então uma dor forte se alastrou no peito. Reconheceu a casa onde estava era a casa de campo do Greengrass que Scorpius havia herdado da manhã. Ele havia feito o um campo de girassóis só para ruiva e planejavam se casar ali.

E lá estava ela ao pôr do sol no lugar mais lindo que já havia visto. Então Rose em lágrimas entendeu tudo que ele havia feito por ela. Ele a amava e ela o amava tinham sempre um ao outro. Precisava dele mais do que tudo.

—Scar! - gritou Rose o apelido que havia dado a ele quando ainda eram amigos.- Scar!



O loiro estava ao telefone com Albus. O Potter queria que o loiro fosse a sua casa para comemorar seu aniversário, porém ele insistia em dizer que precisava ficar com Rose.

—Albus isso não é discutível. - falava ao amigo no telefone.

O loiro já estava nervoso com a insistência do moreno. Quando ouviu algo "Scar" de longe.

Aquilo mexeu com ele algo estava errado.

—Al depois te ligo.- e desligou o telefone.

Saiu do escritório e foi caminhando até o saguão onde os gritos ficavam cada vez mais forte.

Era a voz de Rose.

Ela nunca havia chamado por ele nesses seis anos. Tudo que fazia era fugir dele. Mas hoje ela estava diferente. Havia reconhecido a história de Romeu e Julieta, havia falado nome de Hugo.

Mas aonde ela estava ele não sabia.

—Elfia! - chamou a velha elfa da casa.

—Chamou senhor. - perguntou a velha elfa.

—O que está acontecendo?

—É a senhorita Weasley senhor. Já ia subir e te chamar. Ela abriu o baú da estante, parece que algo aconteceu. Ela está no jardim gritando pelo nome do senhor.

Então como um estalo o loiro correu até o jardim com o coração na mão.

Será que ela havia lembrado dele? Lembrado de tudo. Quanto mais o campo ia se aproximando mais ele podia ouvir Rose gritando.

—Scar! - chamou ela mais uma vez.

Então ele a viu. Com um vestido leve rodada branco, descalça com os cabelos bagunçados e olhos cheios de lágrimas.

Ela estava parada no meio dos girassóis como se esperasse o loiro.

—Rose! -gritou o loiro.

Assim que a ruiva o viu correu ao encontro dele se alojando nos braços dele em um abraço enterrando a cabeça em seu peito.

—Scar… - disse ela baixo.

—Eu tô aqui Ro. Aqui com você. Sempre.- disse fazendo carinho no cabelo dela.

—Me desculpa por esquecer você.- ela disse chorando.

—Você não teve culpa foi um acidente.-falou o loiro tentando acalmar ela.

—Eu tenho medo de esquecer você de novo.- disse a ruiva olhando nos olhos dele.

—Você não vai Rose. -disse limpando as lágrimas dos olhos dela. -Mas se esquecer faço de tudo para você lembrar. Porque eu te amo Rose Weasley.

—Eu te amo Scorpius Malfoy.

Nisso os dois se beijaram de uma forma cheia de saudades e amor. Como se fossem um só.

 

Os raios de sol invadiam a janela do quarto onde o loiro se encontrava. Não sabia se havia tido um sonho ou se foi realidade, mas lembrava de ter passado a noite inteira com Rose naquela cama.

O perfume dela alegava que não havia sido um sonho.

Scorpius sorriu pelos lábios. Era bom ter Rose outra vez em seus braços.

Passo a mão pelo outro lado da cama e não encontrou nem um corpo ao seu lado.

Levantou-se correndo a olhando pelo quarto procurando pela ruiva.

—Rose.- chamou sem nenhuma resposta.

Será que ela havia acordado e se assustado e saído correndo.

Se isso tivesse acontecido onde ela estaria agora.

—Rose.- chamou novamente sem respostas.

Levantou-se, vestiu a calça moletom e segui pelo corredor indo até o quarto onde a ruiva ficava. Mas ele estava vazio.

—Rose. - chamou mais uma vez.

Então começou a sua busca pela casa.

 

A ruiva estava na cozinha e ouvia os protesto de Elfia para poder ir descansar e deixar que ela cozinhasse.

Rose estava apenas com a blusa de Scorpius pelo corpo o que a fazia lembrar da noite passada.

Não sabia explicar como sua memória havia voltado. Somente sabia que estava mais confusa e esquecida.

—Senhorita Weasley devia descansar. -falava a Elfa vendo Rose se desvendando a cozinha do chalé.

—Não se preocupe Elfia, estava com saudades de estar em uma cozinha.  - disse a ruiva. - Pena que não sei onde está minha varinha.

A porta dos fundos foi aberta o por ela passou a medibruxa loira que assustou ao ver Rose na cozinha.

—Senhorita Weasley?

—Doutora Jackson! Bom dia.- respondeu a ruiva com se fosse normal.- Aceita um café? Foi criado de modo trouxa se não se importa pois não sei onde está minha varinha.

—Claro.

Alexia ainda estava perplexa com que acontecia à sua frente. Nunca nesses quatro anos a paciente havia falado com ela desta forma. Como se fosse normal ela estar ali na cozinha.

—Está tudo bem doutora? - perguntou Rose vendo a cara que a mulher fazia.

—Bem… Onde está o senhor Malfoy ou Elfia?

—Elfia foi preparar um banho para mim, depois de muita luta para ela me deixar mexer na cozinha. Já Scar deve está dormindo lá em cima. -disse Rose colocando uma xícara de café para a loira.

—O que houve ontem? -perguntou a medibruxa.

—Eu meio que me lembrei. Não sei como aconteceu, mas eu sei que tudo está de volta aqui na minha memória. - Falou Rose sentando a mesa com ela- Na verdade eu queria conversar com você. Preciso que me examine. Quero ter certeza de que não esquecerei outra vez. Não posso esquecer outra vez. Scorpius precisa de mim.

Alexia Jackson não havia tido nenhum caso parecido como o de Rose. Durante esses quatro anos não houve nenhuma evolução do caso, mas desde de o início da semana era possível ver algo diferente. Scorpius havia viajado, o que não era comum e só retornou antes de ontem de madrugada, então não percebeu a evolução da ruiva. Mas ontem, foi como um estopim. Reparou como ela olhava as coisas como se quisesse saber o que tinha a deixado confusa. Tinha ido embora junto com o irmão de Rose que relatou o acontecido entre eles. Aqui seria um sinal de evolução. Mas não imaginou que a memória dela voltasse tão rapidamente.

—Senhorita Weasley, você como eu é medibruxa e sabe a importância de um diagnóstico completo. Eu não posso dizer se sua memória irá partir outra vez ou ficar sem exames. Mais tarde vamos olhar isso com mais calma. Você parece agitada, então acho melhor se acalmar um pouco.

Rose sorriu para a doutora em sinal de compressão.

—Entendo doutora. Mas tudo que eu quero é não esquecer de novo. Não deixar Scorpius sozi…

Rose foi interrompida por um furacão loiro entrando pela porta da frente da cozinha por ela.

O loiro parecia que havia corrido a casa toda. Estava abafado e nervoso. Quando viu Rose sentada na mesa junto com a doutora respirou aliviado.

—O que houve Scar? - perguntou a ruiva.

—Não achei você na cama, achei que tinha esquecido de nome e surtado.

Rose riu de leve e levantou se aproximando dele.

—Bobo. Não quis acordar você.

—Mas ainda sim me preocupei. O que houve?

—Acordei mais cedo e sentir fome. - falou Rose sem graça.

—Tudo bem. - falou abraçando a ruiva.

Só então Malfoy percebeu a medibruxa presente no recinto.

—Doutora Jackson. Bom dia.

—Senhor Malfoy. Bom dia.

—Bem eu vou deixar vocês dois, acho que precisam conversar, vou aproveitar o banho que Elfia preparou para mim.

A ruiva deu um selinho em Scorpius e saiu da cozinha.

 

Já havia se passado uma semana desde que a memória da ruiva havia voltado. Somente Scorpius os pais de Rose e Hugo sabiam que a memória dela.

A doutora Jackson disse que havia sido um milagre sua recuperação.não havia nenhum tipo de sequela.

Hoje era aniversário de Albus que já havia ligado três vezes para o Malfoy perguntando se o loiro vinha a festa.

—Acho que devemos ir. - disse Rose quando saiu do banheiro.

Os dois já dividem o mesmo quarto novamente.

—Acho que ainda é cedo para você se expor.

—Scar eu quero ver minha família, sem contar quero deixar todos feliz com minha recuperação. - disse a ruiva sentando na cama onde o loiro deitava.

Scorpius olhou para Rose que estava com a cara de criança pidona, uma cara que o Malfoy conhecia muito bem.

—Você tem certeza? -perguntou o loiro.

—Sim!

O loiro cedeu às vontades da ruiva que pulou de alegria e foi correndo se arrumar.

Scorpius estava feliz com Rose ao seu lado. Era uma novo homem novamente. A ruiva preenchia seus dias de forma única. Então achou que não havia melhor hora para aqui. Então foi até a gaveta da escrivaninha e tirou de lá a caixinha de alianças preta e seguiu até o banheiro onde Rose se arrumava.

—Ro. - chamou a ruiva na porta.

—O que foi Scar?

Scorpius se aproximou da ruiva que o encarava esperando o quê ele fosse falar ou dizer.

Então o loiro ajoelhou na frente da ruiva que levou a mão até a boca surpresa. Abrindo a caixinha que fez ela recuperar suas memórias.

—Rose Jean Granger Weasley, você aceita se casar comigo? -disse o Malfoy. -Seique não sou o cara perfeito, mas eu amo você e você é tudo o que eu tenho. Aceita ser minha pro resto da vida.

Rose estava emocionada, havia algumas lágrimas no rosto. Ela se ajoelhou na frente do Malfoy ficando com ele cara a cara de joelhos e sorriu.

—Scorpius Hyperion Malfoy. Eu te amo mais que se pode imaginar e eu aceito ser sua pro resto da minha vida.

Nisso os dois se beijaram selando o amor que um sentia pelo outro. Um amor capaz de trazer memórias outra vez.





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Notas finais do capítulo

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