Revenge escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Capítulo 1: Emily Thorne




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P.O.V. Emily.

Ter que trabalhar como uma louca por um salário mínimo. É melhor do que nada. Trabalhar, estudar, pagar a faculdade.

O Stowaway nem é tão ruim e o meu chefe Jack Porter é um cara legal.

Estou cursando medicina. Sempre fui boa com ervas, é um dom de família.

Por isso vou me especializar em medicina alternativa. Meus pais morreram quando eu era criança, meu pai foi preso e morreu na cadeia, minha mãe foi assassinada. E eu meio que tive que me virar sozinha.

Passei a vida pulando de um lar adotivo para o outro. Para acabar em Nova York, nos Hamptons. Eu vejo essas menininhas riquinhas filhinhas de papai e honestamente? Não as invejo. São criancinhas birrentas que nunca tiveram que passar por uma dificuldade na vida. E por mais que ninguém jamais vá admitir, o crescimento e o aprendizado são sempre processos dolorosos. Ninguém jamais conquistou nada sem sangue, suor e lágrimas.

Não desmereço o trabalho dos empresários e não considero todos eles "ladrões" alguns são honestos, alguns não são.

P.O.V. Daniel.

Eu vou a um bar com os meus amigos, esfriar a cabeça. Minha mãe e suas festas beneficentes combinadas com as suas tentativas de me amarrar a alguma das filhas das amigas dela estão me estressando.

—Bem vindos ao Stowaway Bar, já querem pedir?

Olhei bem para ela e apesar do cabelo ser loiro, os olhos e as sobrancelhas eram castanhos.

—Porque você não senta com a gente, gatinha? Te pago uma bebida.

A resposta dela foi a mais inesperada possível.

—Bem, me chamem quando decidirem.

Disse se virando e saindo.

—Ai! Essa doeu ein, cara?

O cabelo loiro estava amarrado num rabo de cavalo e ela anotava os pedidos das outras mesas. Então, chegou o Nolan Ross. O cara era um pé no saco.

P.O.V. Emily.

Eu reconheceria aquela figura em qualquer canto deste planeta.

—Nolan Ross!

—Emily Thorne. Como vai a minha garçonete favorita?

—Por favor, sou a única garçonete que você conhece e com quem você fala. E como sempre estou ralando pra caramba e ganhando quase nada. E ainda tenho que aturar os mimadinhos dando encima de mim.

—Você tem sorte. Chove homem na sua.

—Só esses descabeçados. Nenhum que valha a pena.

—Nem o Jack?

—Ah, pelo amor de Deus! Ele é meu chefe. E somos só amigos.

—Ele tem um abismo por você. Mas, estou aqui para dizer que te arrumei um convite VIP para o evento mais importante dos Hamptons. O chá anual da Victória Grayson.

—Nolan, eu não tenho intenção de me misturar com essa gente.

—Isso me inclui?

—Você sabe que não.

—Então venha. Como minha convidada.

—Se e bota um grande Se na frente. Eu for, que roupa eu vou usar?

—Eu pensei nisso pra você. Te arrumei um Gucci da nova coleção.

—Você sabe a minha condição para vestidos e roupas certo?

—Certo. Não se preocupe, a sua marquinha vai ficar coberta.

—Tudo bem. Mas, se você me largar lá sozinha no meio das cobras eu acabo com você.

—Acho que as cobras é que tem que ter medo de você. Não é mesmo? O seu veneno é mais mortal que o delas. Vou te pegar amanhã de manhã.

—Mas, o diabo do negócio não é só de tarde?

—É. Mas, você minha amiga merece o tratamento real para deixar as cobras no chinelo.

—Ai Nolan, você não tem jeito mesmo.

O mauricinho voltou.

—Então, já decidiram o que vão pedir?

—Que tal o seu telefone?

Fingi pensar e escrevi o número no papel. Dei um beijo e devolvi.

E ele saiu todo se achando.

—Pensei que garotos como o Daniel não fizessem o seu tipo.

—E não fazem.

—Então porque deu seu telefone pra ele?

—Ai, Nolan... como você é ingênuo. Eu escrevi a primeira sequência numérica que me veio na cabeça.

P.O.V. Nolan.

Comecei a rir, gargalhar. Só ela mesmo. As cobras que se cuidem.

—To orgulhoso de você Ems.

—Obrigado. O de sempre?

—O de sempre.


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