A Saga de Íris escrita por Simon Lee


Capítulo 4
A Investida de Tatsuya!


Notas iniciais do capítulo

As guardiãs de Íris finalmente conhecem Europa de Touro. Em tempos de paz, tudo corre em plena harmonia, mas alguém está interessado em se aproveitar da situação.



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Planetário da Mansão Kido.

 

O jovem Makoto deslumbra o cosmo, observando as constelações, juntamente com Seiya. 

Seiya— mas Makoto, eu não entendi, por que me chamou aqui? 

Makoto— você lembra, quando viemos visitar o planetário quando pequenos? Você, eu Akira, Tatsuya...

Seiya - sim, eu lembro. E a Minu também.

Makoto— sim, a Minu...   

Seiya— faz um bom tempo que não a vejo. Será que ela já voltou daquela viagem que vocês falaram?

Após um breve momento de silêncio, Makoto respira fundo e volta a falar.

Makoto— meu amigo, você consegue ver ali, a constelação de Pégaso? 

Seiya - eu nunca entendi bem dessas coisas, mas, pelo que disseram, fica bem...ali! ( tentando achar, meio desajeitado).

Makoto— sabe, você um dia me disse que os cavaleiros eram regidos pelas suas constelações. Que as constelações ajudam e protegem cada cavaleiro.

Seiya— eu não lembro de ter falado nada disso hahah ( rindo desconcertado). Aliás, você disse que iria me explicar sobre toda essa confusão que está acontecendo. Pelo jeito, vocês acham que eu já fui um cavaleiro, o tal Pégaso? 

 Makoto— isso! Aquilo que você escutou, sobre ser o cavaleiro de Pégaso, e tudo mais, você deve estar confuso. A Saori pediu para que eu te ajudasse e fosse sincero contigo, por ser seu amigo. Ela não teria condições de explicar tudo. Talvez, ela tenha medo que você não compreenda...

Seiya— ...como assim?

Ambos ficam em silêncio. Mas, Seiya continua.

Seiya— Eu ainda não entendo como não lembro dessas coisas que vocês falaram. Para mim, tudo não passava de lendas. Aí então surge uma moça mascarada com uma armadura dourada no nosso jardim, emanando aquilo que vocês chamam de "cosmo" e enfrentando essas guardiãs, e a tal Íris que tem um cosmo divino, e a Saori também. Tudo é muito doido pra mim! (coçando a cabeça)

Makoto— você foi a minha inspiração para virar um cavaleiro de Atena! Os prodígios que você conseguiu resultaram em um castigo divino, no qual a sua mente foi apagada! 

Tudo fica em silêncio novamente. Makoto faz cara de quem falou demais.

Seiya— mas, como assim? Fizeram uma lavagem cerebral em mim? (assustado)

Makoto—  Seiya, você derrotou Poseidon, Éris, Hades e ainda teve a ousadia de entrar em um confronto direto com Apolo. Você lutou bravamente, tudo pela paz na Terra! Os deuses, não satisfeitos, iriam tirar a sua vida. Uma hora ou outra, você receberia algum castigo. Atena sempre esteve conosco, mas um dia, ela teve que ceder. 

Seiya— você tá me dizendo que eu enfrentei deuses? Ou seja, essas lendas aí, você também acredita nisso? 

Makoto— eu era pequeno, mas acompanhei tudo isso, pois queria alguém para me inspirar a proteger a Terra do mal. Você protegeu a todos nós, juntamente com Shun, Hyoga, Shiryu, e o Ikki também! 

Seiya— mas, se eu causei tantos estragos assim, por qual motivo não tiraram a minha vida, e só a minha memória? Isso não faz sentido algum!

Makoto— Atena disse para pouparem a sua vida. Mas, os deuses disseram que se assim fosse, que Atena esquecesse a Terra e seus habitantes. Então, em um acordo com os deuses, houve a decisão da sua punição em troca da paz na Terra!  

Seiya— eu não acredito nisso!

Makoto—  desde as eras mitológicas, os deuses preferem o tipo de punição no qual o rebelde permanece vivo, mas vagando como um qualquer por aí, sem um propósito. Para os deuses, a morte não é uma punição à altura.  Os deuses sentem prazer em te ver assim, vivendo sem sentido, sem lutas, sem cosmo!  

Seiya— Makoto, eu quero acreditar em você, mas nada disso faz o menor sentido!

Makoto— então, tudo bem. Mas talvez, seja bom te mostrar isso!

Nesse momento, Makoto começa a elevar o cosmo, e o ambiente no planetário vai se alterando. Nas constelações, fica evidente as estrelas da constelação de Raposa.

Seiya— isso é o cosmo? Então você...? 

Makoto— se os deuses tivessem matado você, seus amigos teriam continuado um ciclo com mais guerras santas e tudo mais! Essa trégua ainda prevalece, mas estamos sempre alerta! Treinei muito para seguir os seus passo, meu amigo! 

 Nisso, Makoto cerra o punho, no qual se concentra o seu cosmo alaranjado. Ele salta para trás, tomando distância de Seiya, e o encara. 

Seiya - isso me parece algo familiar, mas não lembro o que é! Cara, você está me assustando! O que pensa em fazer, Makoto? ( dando alguns passos para trás)

Makoto— Seiya, meu amigo, sei como cavaleiro que o seu verdadeiro cosmo ainda está aí dentro!  

 Makoto desprende do punho vários golpes à uma velocidade que Seiya não consegue acompanhar. Os punhos se tornam meteoros de fogo, que vão passando por todos os lados, sem atingi-lo.  

 Seiya—  mas, o que foi isso?

Nisso, Makoto está com o punho contido em frente ao rosto de Seiya, que o olha assustado, enquanto uma gota de suor escorre pelo seu rosto.

Makoto— Seiya, esses foram os METEOROS FLAMEJANTES!  Treinei muito com a sua tutora, Marin de Águia. Isso não te lembra algo? 

 Seiya— Meteoros? Marin? ( de repente, Seiya tem um rápido flash em sua memória, da luta que teve com Cássius, onde aplicou os Meteoros com maestria pela primeira vez). Não pode ser! Quer dizer então que...

 Makoto— isso, Seiya, você é o cavaleiro de Pégaso!

 Seiya encara Makoto, surpreso. Porém, nesse momento, Makoto sente algo diferente no ar.

Makoto  - sinto um cosmo muito forte, porém tranquilo, bem perto! Será Atena?

 

Ruínas do Santuário, Grécia

 

 

 Após os ânimos se exaltarem, e dois cavaleiros de prata serem derrotados facilmente, as guardiãs de Íris são impedidas por Europa de Touro de continuarem o confronto com os soldados. 

Soldados— senhorita Europa! ( dando alguns passos para trás) 

 Silena— finalmente uma oponente à altura! 

Níbia— Silena, ela faz parte da guarda suprema dos defensores de Atena! Você não acha melhor conversarmos antes e evitar um confronto desnecessário?

Europa— vocês devem ser a guardiãs da deusa Íris! 

Emma— como sabe quem somos?  

 Europa— perdoem-me o mal entendido. (olha rapidamente para os cavaleiros de prata abatidos). Parece que a nossa guarda não teria qualquer chance contra vocês. 

Silena— e você, por acaso teria?

Emma— Silena!

Europa— eu poderia até vingar esses dois pobres coitados. Mas, isso não é do meu feitio. Soldados!

Soldados - sim, senhorita Europa!

Europa— tratem de providenciar um destino digno para os corpos desses cavaleiros. 

Soldado— sim, levaremos seus corpos para o cemitério.

Lagarto — mas, senhorita Europa! Não podemos deixar que essas mulheres saiam impunes!

 Europa—  Deixem que eu cuido disso!

Lagarto— isso será considerado como traição contra o...

Nisso, um breve brilho dourado surge, e o cavaleiro é lançado longe contra uma velha parede, que desmorona.

Láquis— ela golpeou o coitado, mantendo ainda os braços cruzados! Que velocidade incrível!

Soldado - como ela fez isso?!

Europa— alguém mais quer falar alguma coisa? 

Soldados — vamos embora!

Os soldados saem carregando os corpos e ainda vão acolher o cavaleiro de Prata, que levanta cambaleando e sai escorado por dois soldados. 

Europa— agora, podemos continuar! 

 Níbia— essa armadura de ouro de Touro é linda! 

Áclama— honestamente? Achei a de Peixes mais glamorosa! 

Europa— só queria lembrar que vocês executaram dois cavaleiros da nossa guarda!  

Láquis— foi um acidente!

Europa— soube que vocês vieram conhecer os cavaleiros das doze casas! Mas, venho lhes dizer que isso infelizmente não será possível.

Damaris— pronto, podemos ir embora? 

Níbia— mas por qual motivo? Viemos de muito longe para ver de perto os lendários cavaleiros de ouro!

Emma— Europa de Touro, eu sou Emma, guerreira de Árion. Compreendo a sua preocupação, mas nós protetoras de Íris viemos em paz, sem as nossas armaduras.

 Após uma breve reflexão, Europa decide explicar melhor.

Europa— na última vez que abaixamos a nossa guarda, o inimigo nos surpreendeu. Não podemos dar brechas para...

 Voz masculina — pode deixar, Europa!

As guardiãs de Íris olham todas para o mesmo local, vendo algo reluzir feito o ouro sob a luz do sol.

Europa — então, essa presença indesejável que senti foi a sua? Não é bem-vindo aqui, Tatsuya, ainda mais trajando essa escama!

Nisso, sobre um velho pilar, alguém trajando uma armadura que reluz feito o ouro, começa a elevar o seu cosmo absurdamente.

Áclama— esse cavaleiro de ouro, parece ter um cosmo tão hostil!

Emma— acho que não somos bem-vindas nesse lugar!

Europa— ele não é um cavaleiro de ouro, é um...

Tatsuya — parabéns, Europa, por ter alertado sobre essas invasoras como o combinado! Agora, podemos salvar Atena, começando pelo extermínio das guardiãs de Íris!

Láquis— vocês planejaram isso!?

Silena — então, a intenção de Atena era nos eliminar, e por isso nos impediu de trajarmos nossas armaduras? 

 Europa— não, isso não é verdade!

 Tatsuya— afaste-se, Europa! IMPACTO DAS ONDAS!

Áclama— o quê?

Níbia - é uma emboscada!! 

Europa — Tatsuya, não!

 O cenário é tomado pelo cosmo do jovem, e surgem rochedos por todos os lados, e da direção de Tatsuya uma imensa onda vai explodindo entre os rochedos, chegando rapidamente até as combatentes. 

 Nesse momento, um cosmo suave e arroxeado toma conta do local. Os rochedos tenebrosos são tomados por um campo florido, cheio de lírios das mais diversas cores. As ondas ao chegarem nos lírios, vão se transformando em um gotículas de orvalho, que cobrem todo o local, formando um belo arco-íris. 

Tatsuya -  mas...? Como? 

Nisso, uma pétala de lírio amarelo cai a sua frente. Ao cair no chão, vai abrindo uma pequena onda de cosmo, que rapidamente some após atingir o pé de Tatsuya. 

Paloma— Níbia, ficou lindo!

Níbia—  esse cenário horrível que ele criou, não combinava com esse dia tão especial! O dia da sua morte! 

Tatsuya - Europa, é agora! Acabe com elas!

Europa— o que você está falan...?

Nisso, um cosmo dourado explode, arrastando Europa para trás. 

 Áclama— vocês acabaram de quebrar a paz! Isso é uma declaração de guerra à deusa Íris!

 Áclama estava com os punhos cerrados, e havia desferido um ataque à uma velocidade que apenas Europa acompanhara. Mesmo sem sua armadura, a guerreira não teve dificuldades em atacar a guardiã dourada.

Emma— Íris veio apenas para ajudar Atena, e seus cavaleiros declaram guerra à sua aliada?

Europa— não é nada disso!

Tatsuya— hahaha, a essa hora, Íris já deve estar morta!

Silena— como é?

Tatsuya— Atena planejou isso tudo! Mais um deus que cai pelas mãos de Atena! Em breve, o mundo será nos...

 

Nessa hora, Tatsuya é atingido por um impacto dourado, e se choca contra uma muralha, tombando.

Europa— já chega, seu...infeliz!

Láquis - precisamos voltar, não podemos confiar em Atena! 

Damaris— vamos alertar Íris!

Áclama— isso foi que burrice! Atena acabará perdendo novamente o seu cosmo, e também a vida, para que essa matança de deuses tenha um fim definitivo! 

As guerreiras começam a emanar um cosmo em sintonia, e logo criam um arco-íris que se eleva aos céus.

Tatsuya começa a se levantar lentamente, cambaleando, e observa as guerreiras sumirem em meio às sete cores. O arco-íris se desfaz, e apenas o rastro de cosmo fica no céu.

Europa—  O que você fez? (avançando à velocidade da luz e agarrando Tatsuya pelo pescoço).

Tatsuya— minha vingança demorou, mas agora, conseguirei finalmente acabar com Atena! 

Europa— você foi alertado para jamais voltar ao Santuário usando essa Escama! Eu vou acabar com você agora mesmo!

Tatsuya— argh...

Voz— já chega, Europa! Não faça isso!

Europa estava prestes a quebrar o pescoço de Tatsuya, quando é interrompida por um cavaleiro carregando uma urna dourada nas costas. 

Europa— então resolveu voltar ao Santuário, após todo esse tempo longe, Shiryu de Libra!?

Shiryu— Europa, você não é assim. Não precisamos fazer isso com ele. Ainda vejo aquele menino que Seiya tanto admirava. Ainda há esperança nele.

Tatsuya - argh...você todos irão ... pagar!

Europa— não há nada nele que ainda se salve! 

Shiryu— não, Europa! Pense no Seiya! Faça isso por ele! Faça por Aldebaran!

Europa— você é um infeliz! (jogando Tatsuya contra o chão)

Shiryu— muito bem, Europa!

Europa— precisamos ir ao encontro de Atena! Ela corre perigo!

Shiryu—  A volta do cosmo de Atena e toda essa agitação cósmica deixou todos nós em alerta. Precisei voltar o mais breve possível, deixando Shunrey em Rozan.

Europa — Psiquê de Peixes está com Atena, mas ela está correndo perigo também!

Shiryu— ela consegue resistir até chegarmos! 

Europa— não há sentido em protegermos um Santuário no qual Atena não está! Precisamos trazer Atena para cá!

Shiryu— realmente, não há tempo de aguardarmos as ordens do grande Mestre. Aliás, ele não se manifestou com a volta do cosmo de Atena?

Europa— você sabe mais do que ninguém que ele nunca foi de fazer muito contato com as pessoas. 

Shiryu— então, vamos agir! Precisamos proteger Atena, e traze-la rapidamente para o Santuário!

 Ambos brilham, e deixam um fio de cosmo dourado, deslocando-se à velocidade da luz. 

Nisso, o traidor Tatsuya se ergue do meio dos escombros.

Tatsuya — esperem! Onde pensam que vão? Ainda não terminei. 

Voz - talvez você deva se preocupar conosco!

Nesse momento, surgem três silhuetas de jovens cavaleiros. 

Atrás deles, surgem as constelações de  golfinho, unicórnio e tucano.

 O dia começa a ficar nublado, com nuvens enegrecidas cobrindo o sol.

Uma nova guerra está prestes a começar. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Após a intervenção de Tatsuya, a paz entre os mortais e os deuses começa a ser quebrada. A vida de Atena agora corre sério perigo, mas os seus defensores farão de tudo para evitar uma tragédia.
Psiquê de Peixes possui a árdua tarefa de deter as obstinadas protetoras de Íris, mas contará com uma ajuda inesperada.

Não percam, o próximo capítulo de Saint Seiya: A Saga de Atena

O RESGATE DE ATENA!



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