Avengers-next generation escrita por TGon


Capítulo 8
Capitulo 8- Stark's


Notas iniciais do capítulo

Olá! Antes de você ler é importante informar que esse capitulo terá três tipos de narração. Espero que gostem! Até o final.



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Capitulo 8- Anthony Stark Jr.

 

—Anthony, não quero você voando com velocidade! —Minha mãe disse quando já estávamos no ar.

—Desculpa, mãe, mas a vida da Torunn depende dessa velocidade exagerada que vou dirigir... —me virei para Azari, que estava sentado ao meu lado.— E eu adoro dirigir rápido.

—Eu ouvi isso! —Minha mãe disse.

—Deixa ele, Pep... Quero dizer, ele está fazendo isso pela menina... —meu... pai, é, pai, disse.

—Friday, está ai? —questionei.

—Sempre estarei para o senhor.

—Que belezinha, piloto automático. —disse e sai da minha cadeira, me aproximando da Torunn que ainda estava desacordada.

A viagem não foi tão longa graças a velocidade da nave. Durante todo o trajeto, minha mãe e minha irmã contaram tudo que aconteceu conosco durante todos esses anos. O Tony concordava com a cabeça, mas eu podia jurar que ele não prestava atenção em muitas coisas. Seus olhos estavam fixos em mim e, toda vez que eu o olhava, ele dava um leve sorriso acolhedor para mim. Isso estava me deixando mais nervoso com toda essa situação.

É estranho, você vive uma vida toda sem um pai e de repente ele está lá. Mesmo eu sabendo que ele voltaria, eu não estava preparado para isso ainda. Tentava permanecer calmo, mas sentia um frio na barriga todo o tempo. Meu corpo tremia e só o que eu podia fazer era respirar fundo e tentar prestar atenção nos outros que estavam lá. Mas, por mais que eu tentava focar em outras coisas, acabava olhando na direção dele e continuava a receber aqueles sorrisos.

—Eu já volto... — Sem dar explicações, caminhei a passos apressados até o minúsculo banheiro que existia na nave e tranquei a porta. Apoiei-me então na pia e comecei a respirar ofegante. —O que está havendo comigo...? Eu sempre quis ter um pai, sempre quis que ele estivesse aqui, então por que estou agindo dessa forma?

 Meu peito subia freneticamente em busca de ar.

—Tonico? —ouvi minha irmã bater na porta— Está tudo bem? —respirei fundo e lavei o rosto, abrindo a porta em seguida, com um sorriso no rosto.

—Eu estou bem, só estou preocupado com a Torunn.

—Ela vai ficar bem, ela é uma guerreira. Além disso, ela já acordou.

Afastei-me às pressas da minha irmã e me aproximei da minha amiga, que estava sentada conversando com todos.

—Você está bem?

—Eu estou, Stark. Não vai se livrar tão rápido de mim. —Ela sorriu, convencida.

—Eu espero, porque sem você, só me sobra a Natasha para encher o saco. —Retribui o sorriso, um pouco aliviado.

Ela então se levantou e se afastou um pouco, acompanhada de Azari. Quando me virei, notei que o assunto da conversa dos meus pais era eu.

—Filho, vem aqui um pouco. —minha mãe me chamou, animada. — Estava contando para seu pai sobre o seu talento para mecânica.

—Parece que isso vem de família, não é? —meu pai disse, com um sorriso nos lábios.

—É, acho que sim. —sorri sem graça.

—O Anthony é o meu bebê.

— Mãe, eu já disse, não sou bebê! Tenho 13 anos, sou um homem, a muito tempo. —Eu disse e ela riu, como em todas às vezes.

—Para uma mãe, seu filho sempre será um bebê, você sabe disso.

— Mas eu não sou um bebê. A senhora sabe que eu não gosto disso.  — Respondi rispidamente. Odiava ser chamado de bebê. Meu pai, para mudar de assunto, começou a puxar conversa comigo.

— E então, garotão, você é o Homem de Ferro mirim? — A pergunta dele fez minha mãe engolir seco. Acho que ela ia ter um treco a qualquer momento, e isso me fez segurar uma gargalhada.

—O Homem de Ferro é você. Não existe substituto.

—Ahm, e o que você faz quando vai a oficina?

— O mesmo que você faz, concertar as coisas. É isso que nos faz Stark, não?

—Anthony! —Minha mãe chamou minha atenção.

Percebi meu pai ficar com um olhar surpreso pela forma que eu agi. Não estava me sentindo a vontade ali, todos pareciam estar nos olhando e isso me deixava mais nervoso ainda.

—Me desculpe... Não, não foi por querer.

—Nem esquente, garoto. Você está cansado. — meu pai sorriu.

—Senhor, estamos chegando. —Friday me informou e eu me afastei, agradecendo mentalmente por ter sido interrompido.

—Eu acho que ele não gostou muito de mim.

—Não se preocupe, ele só está confuso.

Pude ouvir, de forma baixa, a conversa dos meus pais. Pensar que ele achou que eu não gostei dele me deixou com um aperto no coração. Mas, será que eu gostei? Não demorou muito e já estávamos todos na base da SHIELD.

—Senhor Stark? —Ouvi a voz tremula de Peter quando desci do jato. Ele estava tremendo, com os rosto já todo molhado pelas lágrimas.

—Pirralho? —Meu pai disse, curioso, recebendo um aceno positivo de cabeça. —A ultima vez que te vi você era um pirralho do colegial de 15 anos.

—Agora eu estou com 30. —Ele disse, rindo. Meu pai se aproximou dele e o abraçou, não antes de analisar todas as feições dele.

—Tony? —Happy disse. O mesmo estava em choque pela visão a sua frente.

—De onde o Happy apareceu? —Jake respondeu. Só então fui me dar conta de que eles já haviam voltado.

—Jake! —Exclamei, aliviado, por ver mais um rosto amigo lá. Ignorei por total todo o reencontro que estava havendo e me foquei em meus amigos. Só faltava a Natasha para o clube estar completo. —Como foi lá?

—Não deu muito certo. Acho que não teremos a Gamora de volta. —Ele disse, dando de ombros. Realmente eu já suspeitava disso.

—Acontece que aquela Gamora é a Gamora de 2014, aquela que não conhecia ainda os guardiões e não sabia que era do bem. —Henry disse.

—Isso tudo é bem confuso.  —Azari disse e Torunn concordou.

—Mas e a missão de vocês? Deu certo? —Jake perguntou e Torunn concordou, apontando para o grupo de adultos atrás de nós que choravam como crianças que acabaram de perder o doce. —Que isso... —Ele disse, e começou a rir.

—E como você está sabendo que agora tem um pai? —Henry me questionou aquilo que todos queriam saber.

—Bom, é normal. Quero dizer, eu não sei como é essa sensação ainda.

—Você vai gostar, ele parece ser daora. —Jake disse, me dando um leve soco no ombro.

 -Crianças, vamos para a sala de reuniões. Venham. —A voz de Nick soou como um chamamento que fez todos os seguirem até a sala de reuniões.

—Eu já vou, preciso arrumar uma coisa no jato. — Disse e o tapa-olho concordou.

[...] NARRAÇÃO EM TERCEIRA PESSOA.

 

Todos estavam sentados entorno da enorme mesa que tinha lá, apenas jogando conversa fora. Happy e Peter contavam a Tony como havia sido os últimos 14 anos. As crianças jogavam conversa fora sobre assuntos aleatórios. As mulheres colocavam o assunto em dia e o restante que estava lá apenas jogavam conversa fora.

—Tony? —Pepper chamou o marido, calmamente.

—Oi Pep. —O moreno se virou para ela, sorrindo.

—Onde está o Anthony? —Sua mão deslizava pelo rosto dele.

—Ele disse algo sobre arrumar o jato, coisa assim.

—Primeira coisa que você deve saber sobre o nosso filho... —ela sorriu ao pronunciar ‘’nosso’’. — nunca deixe ele sozinho com alguma coisa para concertar.

—Por que?

—Da ultima vez, ele só saiu do quarto para ir atrás de você.

—Ele fez tudo isso? —Perguntou, abismado, recebendo um aceno positivo em resposta. —Vou atrás dele. —Tony disse, já se levantando e indo a procura do filho.

[...] NARRAÇÃO: Anthony Stark Jr.

Todos foram para a sala e eu caminhei em direção ao jato. Na verdade, não tinha nada para arrumar, queria apenas um segundo a sós. Precisava colocar meus pensamentos em ordem. Primeiro, redescubro a maior invenção do meu pai. Segundo, vou atrás dele e ele volta. Terceiro, agora eu tenho um pai. Meu coração começou a acelerar, minhas batidas estavam desenfreadas, fora de ritmo. Encostei minha costa no banco e tentei puxar uma quantidade de ar. Meu pulmão parecia não funcionar, o ar só saia e isso me deixava mais desesperado, eu não conseguia respirar. Senti meu peito buscar incansavelmente por oxigênio. Me levantei, com a ideia de ir até uma janela, mas meu corpo falhou e eu desabei em direção ao chão.

—Friday... o que? —Minha voz estava completamente falha.

—Você está tendo uma crise de ansiedade, senhor.

—Eu? —Perguntei, incrédulo. Nesse momento, ouvi meu pai me chamar na porta do jato.

—Anthony? —Ele me chamou pela segunda vez e, ao me ver no chão, ele correu até mim. —Anthony! O que está havendo?

Tentei responder, mas não consegui. Sentia algumas lagrimas começarem a escorrer pelo meu rosto, mas ao mesmo tempo sentia todo o meu corpo ficar dormente.

[...] Narrado por Tony Stark.

—Onde esse garoto se meteu? —Olhava para os lados, mas não via sinal dele. —Anthony? Anthony! —Gritei duas vezes seguidas. Quando olhei para dentro do jato, vi o meu pequeno garoto caído no chão. Minha reação foi apenas correr em direção a ele. —Anthony! O que está havendo?

Ele não me respondeu. Segurei-o pelo ombro e notei a pela pálida e a boca roxa. Seu peito buscava incansavelmente por ar. Eu reconheceria todos os sintomas de longe, era uma crise de ansiedade.

—Calma, garoto. Vou te ajudar, você confia em mim?  —Ele resmungou alguma coisa em sinal de concordância e eu dei um sorriso tranquilo para ele. —Ótimo.

Carreguei-o no colo. Por incrível que pareça, não era tão difícil. Imaginei que seria complicado o carregar, mas, ele ainda não era tão alto e era leve, isso facilitou muito. Com ele em meus braços, sai a pressa do jato e caminhei até a janela mais próxima. Para meu alivio, estava nevando. Então isso queria dizer que estávamos próximos do natal, mas isso era outra história.

Coloquei-o no chão, próximo a janela. Ele estava extremamente pálido e seu peito subia freneticamente em busca de ar e eu pude notar que isso, o fato de não estar respirando, estava o deixando mais nervoso.

—Ei, garotão, olha pra mim. —Disse, com a voz calma para passar tranquilidade para ele, e ele me olhou nos olhos. Aqueles olhos castanhos brilhantes eram muito semelhantes ao meu, procurando por auxilio, procurando por ajuda. Isso fez meu coração doer. Era a primeira vez que eu tinha um contato direto com ele e não estava sendo em um momento tão bom. —Vou abrir sua camiseta e você vai tentar respirar, certo?

Ele concordou e eu o fiz. Abri a camiseta dele, deixando o peito dele mais livre. Ele tentou puxar o ar mas não conseguia. Levei minha mão até o peito dele e fui acompanhando o movimento que ele fazia, forçando o peito dele. Demorou um pouco, o que me deixou mais preocupado, mas ele começou a se acalmar.

—Você está se sentindo melhor?

Perguntei, colocando a mão no ombro dele e o olhando, no fundo dos olhos. Ele então pulou nos meus braços, me abraçando com força. Senti minha roupa começar a ficar molhada. Ele estava chorando, e não era pouco. O apertei com força contra meu peito, afim de trazer um pouco de segurança para ele, algo me dizia que era isso que ele queria. Palavras de conforto saiam de meu lábio, aquele garoto era meu filho e ele precisava de mim nesse momento, como precisou de mim a vida toda dele, mas, diferente de antes, eu estarei aqui agora. O corpo do garoto começou a relaxar e as lagrimas cessou, ele estava mais calmo e isso era bom. Separei-o dos meus braços e o olhei, com um sorriso leve no rosto.

[...] Narrado por Anthony Junior

Eu acho que precisava disso, ter um surto. Quero dizer, bom, eu tinha muita coisa acumulada. Quando meu pai me levou para a janela pude sentir que a crise estava passando, mas as lagrimas estavam vindo.

—Você está se sentindo melhor? —Meu pai perguntou e eu apenas tive o instinto de ir até os braços dele em busca de abrigo. E eu consegui, era tão... diferente o sentimento de ter um pai. Isso me confundia muito. Meu pai então me afastou quando eu já estava mais calmo e me olhou, me olhou sorrindo. Eu tinha gostado disso. —Sabia que nós tivemos uma ligação instantânea?

—Como assim? —Perguntei, confuso. Ele puxou a manga da blusa dele, cobrindo a mão e levando a mesma até meu rosto, secando os resquícios das lagrimas que tinha lá.

—Algo me disse, no momento que coloquei meus olhos em você, lá no cemitério, que eu deveria te proteger, dar minha vida por você. Se isso não quer dizer que estamos conectados eu não sei o que quer dizer. —Ele riu.

—É, talvez sim. —Deu uma risada e notei o brilho dos olhos dele que minha mãe tanto falava.

—Sabe, queria te pedir desculpa por não estar presente na sua vida. A Morgan eu ainda vi ela, mas você...

—Não se preocupe, você fez o que achava o certo para dar um mundo melhor pra gente.

—Você é o meu garoto. —Senti um arrepio prazeroso subir pelo meu corpo ao ouvir a fala, um sentimento bom começou a transbordar meu peito. —Vamos até os outros? Acho que sua mãe deve estar pirando.

—Isso me lembra... minha mãe não pode saber disso?

—E por que não?

—Ela iria pirar e me levar para o hospital.

—É, belo motivo. —Ele se levantou e estendeu a mão para me ajudar. —Temos 15 anos de atraso para colocar em dia.

—Eu tenho 13 anos.

—13? Menos tempo então. —Ele gargalhou. —Preciso pensar em um apelido para você. Que tal bebezão?


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Notas finais do capítulo

Sinto muito se desapontei alguns que acharam que a Natasha já ia voltar, mas isso precisava acontecer antes!
Aaaaaaaa, estou tão feliz! A fic ultrapassou a marca de 1000 visualizações, isso me deixou tão empolgada que estou pensando em fazer um capitulo especial! O que acham? Se vocês gostarem da ideia, sobre o que vocês gostariam que fosse esse capitulo?
Uma novidade! Em parceria com um amigo meu, foi criado um instagram! O perfil é @avengersng , da uma olhadinha e segue lá!
Até o próximo capitulo! Beijinhos!



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