Hoje escrita por Black Cat Men


Capítulo 1
Capítulo unico




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Hoje

 

Shikamaru acordou, a contragosto com a claridade do sol que entrava pela janela de seu apartamento. Com a hora que chegara em casa, levemente embriagado devido a noite no bar, juntamente com Naruto e Chouji, esquecera de fechar a cortina, deveria estar fechada, para evitar que o sol lhe acordasse tão cedo.

O rapaz se levantou, foi até a janela, fechando a cortina, e se deitou novamente, sua cabeça dava leves pontadas e sentia uma leve enjoo, graças a ressaca. Shikamaru olhou para o relógio ao lado da cama, eram nove da manhã do dia treze de Outubro, era impossível não lembrar dela naquele dia.

Shikamaru alisou o colchão e abraçou forte o travesseiro, imaginando Temari ali contigo, tentou pegar no sono novamente porém, acabou desistindo depois de alguns minutos sem conseguir pegar no sono, apenas com o sorriso dela na cabeça.

Levantou e foi tomar um banho gelado para tentar aliviar um pouco daquela ressaca.

A um pouco mais de três anos atrás, Shikamaru havia perdido a mulher de sua vida. Ela morrera devido o trabalho de parto, dando a luz ao seu filho, Shikadai. Sakura, que fora quem realizara o parto, tentou de tudo para salvá-la mas não conseguiu.

Fora uma época extremamente difícil, se sentindo mal e depressivo por ter perdido a esposa mas tinha que se manter firme, ele tinha um filho pra criar e cuidar, sozinho.

Na maioria dos dias o luto e a tristeza mantinham-se adormecidos, graças as felicidades que seu filho lhe dava. ele prometera, ao saber da morte da esposa que seria o melhor pai do mundo para seu filho e que manteria-se firme por ele.

Porém em alguns dias, como aquele em especial, a tristeza lhe acertava como um trem.

Hoje eles completariam cinco anos de casados. Hoje eles acordariam, fariam um maravilhoso sexo matinal e então Shikamaru levantaria, faria um belo café da manhã e levaria para a cama.

Ao contrário disso, Shikamaru estava na cozinha, sozinho, tomando seu café puro, forte e sem açúcar. o rapaz, que antigamente achava casamento uma baboseira, tinha achado em sua esposa a pessoa mais importante de sua vida. e agora não a tinha mais

o que ele mais queria era que ela estivesse ali com seus cabelos curtos e bagunçados, com olhos de sono, provavelmente reclamando que os roncos do marido haviam lhe tirado o sono, ou lhe chamando de desastrado devido ao café que shikamaru sempre derrubava ao se servir. Não conteve-se e sentiu algumas lágrimas rolando pelo rosto.

Shikamaru terminou de tomar seu café, se trocou e saiu de casa para ir buscar seu filho.

Na noite passada, Shikadai havia dormido em sua avó, para que Shikamaru pudesse sair com seus amigos, sua mãe sabia que isso podia fazê-lo se sentir melhor.

A casa de sua mãe não era longe e em alguns minutos, Shikamaru estava tocando a campainha.

—Oi meu filho - comprimentou, Yoshino - entre

Shikamaru deu um beijo no rosto de sua mãe e se sentou no sofá

—Como você esta?

—É, bem, na medida do possível. Ela sempre me fará falta

—É o mesmo que sinto pelo seu pai, meu filho

—Queria ir visitar o túmulo deles hoje - comentou Shikamaru - Quer ir comigo?

—Posso ir sim, espere só Shikadai acordar, vou arrumar café pra gente

Yoshiro se retirou, indo até a cozinha, deixando o filho sozinho na sala. Alguns minutos depois, Shikadai entrou pela sala coçando os olhos, ao ver o pai, correu para abraçá-lo

—Papai - Disse o garoto

—Oi meu filho - respondeu Shikamaru - Dormiu bem?

—Sim, eu e a vovó assistimos desenhos ontem a noite

—Que bom que se divertiu com sua avó

—Eu amo a vovó - comentou Shikadai olhando para Yoshiro, que respondeu mandando um beijo para o neto

Yoshiro, além de ser super importante para Shikamaru, (era a única pessoa além de seu filho que ainda tinha em sua vida) era a única figura materna que Shikadai tinha por perto.

—Venha comer, rapazes - chamou Yoshiro

Os dois foram até a cozinha, sentaram-se a mesa, tomando café da manha, em familia.

Shikamaru observava o filho. Mesmo sendo muito parecido com ele, seus olhos eram o reflexo de sua mãe, verdes, profundos.

— Shikadai, depois que comer, vamos ver a mamãe e seu avô Shikaku ok?

—Tudo bem pai

Ao terminar de comer, Shikamaru arrumou o filho e aguardou até que sua mãe se arrumasse  e então saíram de casa

O dia estava ensolarado e com ventos fortes, o clima que Temari mais gostava. Pelo caminho, resolveram passar na floricultura dos Yamanakas pra levar algumas flores para Temari e Shikaku

—Oi Ino - Comprimentou Shikamaru ao adentrar na floricultura

—Oi Rapazes, oi Senhora Yoshiro

—Oi tia - comprimentou o pequeno Shikadai se aproximando de Ino - o inojin ta ai?

—Oi gatinho, não ele ta com o tio Sai em casa - Ino abaixou-se dando um beijo na testa do pequeno garoto - a que devo essa visita?

—Bem, eu gostaria de dois buquês, vou visitar meu pai e a Temari.

—A sim - Respondeu ino, com, a feição visivelmente triste, seu pai também havia morrido, juntamente com Shikaku  - E qual flor você deseja, para o buquê?

—Deixo por sua conta, acho que você sabe melhor qual flor devo levar

—Ok - respondeu a loira se retirando

Alguns minutos depois Ino retornou com três lindos buquês, dois maiores e um menor, todos de flores brancas, com um perfume suave e agradável

—Toma - disse entregando ao amigo - São buquês de Lírios-Japoneses. eles representam a paz e a tranquilidade. Fiz esse terceiro buquê, um pouco menor, voces poderiam colocar no túmulo do meu pai? é impossível não lembrar dele

—Claro Ino, sem problemas - respondeu Shikamaru, pagando os dois Buquês - obrigado, bem temos que ir

—Eu que agradeço a vocês, eu lhes acompanho até a porta - Ino deu um abraços em cada um deles e os levou até a porta da floricultura, se despedindo.

Alguns minutos a mais andando e eles chegaram no Cemitério de Konoha, resolveram ir primeiro no Túmulo de Shikaku e de Inoichi. Eles se encontravam na área dedicada a grandes heróis da aldeia, passaram pelo túmulo de Inoichi, deixando o pequeno buquê no seu túmulo. Ao lado estava o túmulo de seu Shikaku.

Yoshiro, com algumas lágrimas rolando sobre o rosto pegou o buquê, e colocou sobre o túmulo de seu marido, Shikamaru abraçou sua mãe e sentiu algumas lágrimas também rolando pelo seu rosto

—Por que estão chorando? - Perguntou Shikadai, inocente

—Saudade, meu amor - Respondeu Shikamaru

Depois de alguns minutos ali, se dirigiram ao túmulo de Temari. Quando ela faleceu, Shikamaru teve medo de que seus irmãos quisessem a levar para a aldeia da areia, porém Gaara acho correto ela ficar próxima do marido e do filho.

Ao chegar no túmulo, Shikamaru abaixou-se colocando o buquê sobre as palavras “Temari Nara, grande guerreira”.

—É aqui que a mamãe dorme não é? - perguntou Shikadai,

—Sim meu filho - Respondeu Shikamaru, segurando as lágrimas

—Vamos amor, seu pai quer ficar sozinho - Disse Yoshiro, dando a mão para o neto se retirando, deixando Shikamaru sozinho

—Oi meu amor - Disse Shikamaru, sentando em frente o túmulo de sua esposa - Fazia tempo que não vinha aqui, me desculpe, mas hoje é um dia especial, fazemos cinco anos de casado, seria tão maravilhoso se você estivesse aqui hoje com a gente. Aliás, nosso filho, como você viu, esta ótimo, é a minha cara, apesar de ter seus olhos e eu acredito que ele vai ser mandão e confiante como a mãe dele - Fez uma pausa e não aguentou mais segurar as lágrimas - Eu tento me manter firme mas tem dias que não dá, você faz tanta falta aqui. Hoje eu preciso de você, com qualquer humor, não importa. quem sabe tomar um café junto com você, ouvir você reclamando porque eu derramei ao me servir. te beijar, sentir seu cheiro, ai meu Deus que saudade do seu cheiro.

Shikamaru secou as lágrimas, e alisou a pedra gelada do túmulo, lembrando da pele macia e quente que Temari tinha. Tirou um cigarro do bolso e o acendeu

—As vezes eu sinto que apenas tua presença aqui, novamente tiraria essa tristeza de mim, me deixaria feliz de novo - Shikamaru olhou ao longe, Seu filho, que brincava com a avó, no chão gramado - assim como disse na noite que te perdi, eu serei o melhor pai do mundo, criarei o nosso filho o melhor possível, e ele nunca vai deixar de saber a mãe maravilhosa que ele teve.

Shikamaru Levantou-se, limpando as gramas de suas roupas

—Eu preciso ir, tenho que trabalhar, se você estivesse aqui, provavelmente estaria me dando bronca por estar atrasado - Disse Shikamaru, sorrindo em meio as lágrimas - Você sempre fará falta, mas eu sei que você sempre estará aqui - disse apontando para seu coração

Ao concluir a frase, sentiu seu peito aquecer levemente, como se alguém colocasse a mão naquela região e ao mesmo tempo um vento forte bateu em seu rosto, porém, um cheiro peculiar naquela brisa fez um sorriso brotar em seu rosto

O cheiro de Temari


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Notas finais do capítulo

espero que gostem, comentem



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