Back To Neverland escrita por nahinthesky, annab


Capítulo 1
As Coisas Que Eu Nunca Imaginei


Notas iniciais do capítulo

oi *---*
Então, algumas coisas antes de ler, a gente fez algumas modificações, e a historia vai sendo baseada muito mais em "Peter Pan O Filme" do que no desenho animado, ou mesmo no livro.
Tá, uma das primeiras mudanças é o fato dos meninos perdidos não terem ficado na casa da Wendy, era algo que a gente achava muito estranho, e que a gente não gostou.
Os nomes dos irmãos da Wendy estão na versão original, em inglês.
E acrescentamos personagens próprios nossos, e como vocês vão perceber, a historia toda acontece com a filha da Wendy,



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Quando eu tinha meus amados 14 anos, contava historias aos meus irmãos mais novos, Jonh e Michel, e certa noite, nossos pais haviam saído para um dos jantares dados no banco em que papai trabalhava.

Naná, nossa cachorra, cuidaria de nos naquele noite, junto de nossa madrinha.

Lembro de estar sentada em minha cama, Jonh e Michel, cada um deitado em sua cama, olhavam atentos, escutando cada palavra como se fosse mágica.

Michel bocejou de sono, e eu mandei tanto ele quanto Jonh irem dormir, acomodei-os em suas camas, como se fosse sua mãe, e dando um beijo em suas testas.

Me deitando em minha cama e desejando boa noite a eles.

E eu lembrei de tudo que havia acontecido desde a chegada de minha madrinha a nossa casa em Londres.

Do que ela havia falado pouco após de me ver tocando piano, quando se sentou do meu lado no banco e olhou atentamente no meu rosto.

Dizia que eu tinha um beijo no canto da boca.

Ignorei aquilo, eu não queria crescer, queria ser criança durante muito tempo.

E tive essa chance, mas a ignorei tambem.

Na mesma noite, eu acordei com um barulho, um garoto procurando sua sombra.

Eu o perguntei sobre o que acontecia, e ele respondeu algo como “minha sombra fugiu!”, e tambem tinha um fada, Sininho, a fadinha usando um vestidinho verde e de cabelos loiros cor de palha voando e brilhando pelo quarto.

Eu o ajudei a costurar sua sombra de volta, e ele me propôs me levar a Terra de Nunca, onde eu nunca cresceria.

O por que da pergunta?

Porque ele escutava minhas historias todas as noites, e as recontava para seus Garotos Perdidos, que ele havia contado serem garotos que haviam se perdido dos berços e sido salvos por sua fada, Sininho.

Eu, encantada, perguntei mais sobre essa tal Terra do Nunca.

E ele respondeu como sendo um lugar encantado, onde viviam piratas e fadas, sereias e índios.

Falei que iria com ele, desde que meus irmãos fossem junto, mesmo estando insigura sobre deixar meus pais, Naná e minha madrinha, totalmente preocupados, em Londres atrás de crianças que não estariam em lugar nenhum, que estariam na segunda estrela a esquerda sempre em frente.

Como iríamos para essa estrela?

Peter Pan, o garoto que procurava sua sombra, voava.

Apenas com os pensamentos felizes que enchiam sua mente.

Ele também havia me dito algo como que sua fada nos faria voar, com sua poeira mágica.

Ele deixou levar Michel e Jonh junto de mim, meio contrariado mais deixou.

Acordei meus irmãos com presa, e os contei tudo, os contei dos piratas, e no momento em que falei dos índios, eles concordaram, definitivamente queriam ir para a Terra do Nunca.

Peter tentou nos ensinar a voar, mas nossos pensamentos pareciam não ser felizes o suficiente para voar sozinho, então, ele convenceu com muito esforço sua fada a lhe um pouco da poeira mágica que nos faria voar, e, a jogando em cima do nos, começamos a voar, ele nos levou até a janela aberta, e seguimos pelo céu azul até a estrela.

Acho que voar pelo espaço foi a coisa mais legal, se não fosse pela velocidade, e por ter de segurar no pé imundo do Peter (N/N: Preconceito u.ú).

Como mágica, passamos para o céu claro da terra do nunca, nos acomodando em nuvens para observar o navio pirata que boiava calmamente no oceano.

Lembro, não do por que, mas de uma bala de canhão atingiu a nuvem, fazendo tanto eu, quanto meus irmãos, cairmos de lá.

Se eu lhes conta-se tudo que eu passei naquela ilha, ficaríamos horas falando, e vocês logo dormiriam.

Mas depois de um tempo... a realidade voltou para minha mente, nos começamos a esquecer do nosso passado, de nossos pais, de nossa família adulta, os Garotos Perdidos e Peter eram nossa família.

E quando eu notei isso, conveci Peter de que meu lugar não era ali, e que ele tinha de nos levar de volta para casa.

Mas, quando saiamos da casa na arvore fomos capturados pelo Capital Gancho e seus piratas, levados ao navio, ameaçados de morte, amarados em um poste vimos o céu escurecer subitamente.

Nos dias em que me aliei ao Capitão Gancho – não que me orgulhe disso – ele havia me contado que no dia em que o céu escurecer e o mar se agitar subitamente, iria ser o dia de sua vitoria, de sua gloria novamente.

Peter Pan havia morrido.

Eu fiquei desesperada, esperando a morte.

Mas não, eu devia ter sorte, Sininho havia salvado Peter da morte bebendo do veneno que Gancho havia dado a ele.

Se você acha que Sininho morreu, e essa foi sua trágica morte, não, Peter a salvou.

Sabe a pequena frase que mata fadas? Essa mesmo, “Eu não acredito em fadas”, já falou ela ao contrario?

Eu também não sabia, mas se você falar “Eu acredito em fadas” talvez você, junto da súbita vontade de todas as crianças do mundo de falarem isso, você pode salvar uma fada da morte.

E Peter conseguiu, ele salvou Sininho da morte, e essa, o levou ao navio para nos salvar.

Lutamos contra piratas... e pouco antes do fim da luta, eu beijei Peter, óbviamente tinha uma razão, Gancho o havia deixado fraco.

Aquele beijo ficou na minha mente durante anos.

Depois da luta, fomos levados de volta a nossa casa, pedi que Peter ficasse, cresce-se junto a mim.

Mas não, crescer era o maior medo dele, nem a morte o dava tanto medo quando crescer, quando deixar de ter 14 ou 15 anos para sempre.

Os anos passavam, e sempre lembrava dos dias que eu havia passado na Terra do Nunca, todas as noites antes de dormir passando os dedos sobre o “beijo” – colar – que Peter me deu.

E eu tinha vontade de chorar, como eu sentia saudade de tudo naquela ilha!

Desde a cachoeira á casa da arvore.

Desde de Peter até os gêmeos com chapéu de quaxinim.

Dos piratas ate o Tic Toc.

Eu queria voltar, só uma vez... mas quando vi, já tinha 18 anos e estava prestes a me casar com um homem de poder.

E alguns meses depois, já estava grávida, e dali a alguns anos, estaria grávida de novo.

Meu primeiro filho foi uma garota, Lilian, e o segundo, um garoto, Michel – mesmo nome do meu irmão -, Lilian era a exata mistura minha e de Roger – meu marido -, os cabelos pretos como a noite, e os olhos azuis como os meus, a pele pálida, salpicada em sardas.

Michael já era uma copia minha, os cabelos castanhos arruivados, e os olhos também azuis.

Eu nunca havia me imaginado passando pelo que minha havia passado, eu nunca havia pensado que Peter Pan levaria minha filha para a Terra do Nunca, e agora Lilian tinha 13 anos, e era considerada desaparecida.

 

- Mamãe? – Michel entrou no quarto me chamando com sua voz de bebê.

 

- Sim filho? – Eu perguntei, tentando inutilmente deixar minha voz menos melancólica.

 

- Onde está Lily? – Ele coçou os olhos com a mão em pulso, andando até mim com o ursinho arrastando no chão.

 

- Eu não sei filho. – O peguei em meu colo.

 

- Ela vai voltar? – Ele me olhou com os olhos pidões de carinho.

 

- Claro. – O abracei, logo começando a escutar a respiração calma e sonolenta dele. – Peter Pan tem de trazê-la de volta. – Murmurei para mim mesma.

 

-NahCullen


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Notas finais do capítulo

Reeeviews?
Beeeijos (L)



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