Affection escrita por comeonkiller


Capítulo 19
Please take care of me tonight


Notas iniciais do capítulo

ee continuação do outroo emoçõees fortes nesses capítulo hehe D



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                      Anna disparou a correr quando sua mãe lhe deu a permissão para ir pensar. Correu porta a fora. Ia embora, por algumas horas precisava sumir, precisava ir antes que qualquer um a visse com os olhos cheios de água e com milhares de lágrimas ameaçando uma fuga breve. Ainda sim, precisava ir a casa de Juliet, garantir-se de que pelo menos algo valioso ainda lhe sobrava, pelo menos algo que lhe prendia ali realmente era um bom motivo.
                      Tocou a campainha da casa da loira e logo em seguida veio uma mulher de estatura mediana, mais ou menos 35 anos, cabelos loirissimos presos em um coque e um sorriso simpático atendê-la.
 -- Olá -- a mulher sorriu
 -- Oi -- Anna sorriu fingindo estar bem --Er, a Juliet está? Eu sou uma amiga de escola dela, Anna.
 -- Ah claro Anna -- a mulher que parecia mãe dela sorriu e deu-lhe passagem -- Lá em cima, a porta está com uma placa e acho que está trancada e acho que ela está com um amigo
 -- Ah então tudo bem, eu deixo para depois -- o sorriso se desmanchou devido ao ar que parara de entrar em seu corpo-- Obrigada.
 -- Por que não vai lá tentar?   
 -- Não obrigada -- ela sorriu falsamente depois que o ar voltou a entrar -- Enfim, não precisa avisar que passei aqui.
 -- Claro. Disponha Anna.
                  Anna desceu a soleira e foi em direção a rua, a mulher trancou a porta e ela correu até o parque. Eles ainda estavam lá, Bill ainda estava possuindo uma garota com quem fala há menos de uma semana. Ótimo, agora ela iria mesmo se mudar, mesmo prometendo a si mesma que não iria mudar nem se afetar se acontecesse algo entre os dois que ela arrumara mais cedo. Ela faria isso, se descartasse o fato de ela ser completamente apaixonada por ele. Como é que pode? Como é que o Bill Kaulitz que ela conhecera que sempre disse que não iria para a cama com qualquer uma que ele conhecesse, estava lá fudendo uma menina com quem ele nunca fala e que só voltou com ela porque ela propria pediu? Era muita sacanagem com ela.
                 Foi para o parque, point de encontro de todos que ela conhecia dentro daquela cidade. Qualquer lugar dentro daquele lugar seria melhor que em casa ou na parte mais isolada perto da floresta que faria com que ela desabasse, já que fora ali que ela conhecera o melhor amigo. Parou ao pé do lago, um dos lugares favoritos dela, mas e ae? Não ficaria longe do unico lugar que se sentia segura por todos eles lembrarem seu melhor amigo. 
                  Pegou o cigarro leve no bolso do moletom e o acendeu com seu inseparavel isqueiro. "Porra Bill, por que não pode cumprir uma droga de promessa de que nunca faria sexo com uma qualquer?". Anna se pegou pensando isto já que de certo modo era verdade, Bill sempre prometia pra si mesmo e para quem se interessasse em ouvir que nunca ficaria com quem não conhecesse perfeitamente, com quem não amasse verdadeiramente. Por que é que desta vez que realmente tinha alguem apaixonada por ele, ele não podia sossegar a merda do rabo ao invés de ficar fodendo um esquema que a melhor amiga arrumara? A garota deu uma longa tragada e começou a se culpar e a se remoer, afinal foi ela que arrumou tudo, ela poderia muito bem ficar quieta e deixar tudo como estava, mas segundo ela própria, ela era uma tapada que tinha que entrar no meio e dizer "Não, tudo bem, eu ajudo" isso sim era motivo para se culpar. Em resumo, ela estava chorando em silêncio enquanto dava longas tragadas no cigarro leve.
                  Passos se aproximaram e Anna não ouviu até tocarem-lhe o ombro. Olhou rapidamente, tomada pelo susto, e deparou-se com um Tom com uma expressão preocupada ao ver a garota com quem ele e Bill cresceram juntos chorando. Sentou-se ao lado dela na grama e esperou alguma reação que o disesse se ele deveria falar algo ou não. Tirou os dreads do ombro, a garota o encarou um pouco e deitou a cabeça em seu ombro, o sinal que ele precisava para esboçar alguma reação. Passou a mão pela cintura da garota e a aproximou de seu corpo, roubando o cigarro de seus dedos e dando uma tragada antes de jogá-lo fora.
 -- Devo perguntar o que aconteceu? -- Tom perguntou carinhoso, acariciando a cintura de Anna enquanto ela se aconchegava em seu corpo
 -- Por favor, não -- ela respondeu com a voz trêmula, confirmando a duvida de Tom a respeito de ela estar chorando
                Anna se encaixou ao lado de Tom, que a puxou para seu colo, ninando-a como se fosse um bebê inquieto que deveria dormir. Tom conhecia Anna desde pequena, sabia das artimanhas e dos tipos que ela fazia, não tão bem quanto Bill, mas sabia interpretar algumas expressões dela e uma delas era de que quando ela se mantem em silêncio, nenhuma palavra deve ser dita até que ela de um suspiro pesado ou algo do tipo. Mas desta vez, era um pouco pior, ela estava em um silêncio desconfortável, seus olhos estavam marejados e ele tinha certeza que a qualquer minuto ela voltaria a chorar descontroladamente.
                Tom era frio em relação a pena e o gênero, mas naquele momento ele estava coberto de pena da garota em seu colo. Eles praticamente cresceram juntos e ali estava ela totalmente indefesa e sensibilizada devido a um motivo ainda desconhecido por ele. O garoto de dreads esboçou um sorriso ao ver que Anna havia sossegado um pouco e que as lágrimas não voltariam tão brevemente e depositou um beijo levemente longo no alto da cabeça da garota o que fez com que a mesma levantasse um pouco a cabeça e os dois se fitassem.
 -- Quer que eu te leve pra casa? -- Tom perguntou carinhosamente afagando as costas dela levemente
 -- Não, to bem-- ela respondeu cambaleante ao levantar e teve de se apoiar no garoto de dreads pra não cair
 -- É, você está muito. -- ele riu e se agachou -- Sobe ai que eu te levo
 -- Sério Tom, não precisa -- Anna respondeu enquanto se arrumava nas costas do garoto
 -- Anna, se qualquer coisa acontecer com você e o Bill descobrir que eu to por perto meu pescoço que rola -- ela deu um gemido de reprovação e apertou o corpo de Tom com certa força ao ouvir o nome do garoto -- Hey, o Bill é que tem algo a ver com essa sua tristeza?
 -- Estaria me fazendo um grande favor se não abrisse a boca a respeito do assunto.
 -- Tudo bem então
                 Tom deu um sorriso confidente a Anna que retribuiu um pouco mais animada do que estava antes. O Kaulitz mais velho já tinha absoluta certeza do que teria que fazer quando chegar em casa. Já não bastava a vida dele estar suficientemente ferrada e agora a da menina que cresceu com ele e o irmão estar tambem ferrada era demais. Tom suportava tudo, menos que alguem machucasse seus amigos e no caso, a coisa estava realmente feia, considerando que era seu irmão e que Anna era a menina que ele dizia amar desde que se entendia por gente.
                Ao chegar na casa da garota, do outro lado do parque ele a desceu das costas e os dois se abraçaram forte e carinhosamente. Tom visivelmente não era Bill, a pessoa que Anna julgava ter um dos melhores abraços do mundo, mas era aparentemente uma das únicas pessoas que podia ajudá-la naquele momento e ela sabia que por trás do exteriótipo frio de eu-sou-o-fodão e eu-não-preciso-de-ajuda-posso-me-virar-sozinho habitava uma pessoa sensivel e podia ser ajudada com uma coisa singular. E o nome da ajuda que ele precisava era Cassandra.


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Notas finais do capítulo

emoções nos próximos caps, dik



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