Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues
Notas iniciais do capítulo
Mais um capitulo...
Edward estava recostado na cama quando ela entrou no quarto.
— Oi. Ele disse e a olhou. Em silencio ela encurtou a distancia e o abraçou. Edward sentia seu corpo tremer levemente com o choro. _ O que aconteceu?
Ela se afastou secando o rosto. Com uma respiração profunda controlou a vontade de chorar.
— Provavelmente eu vou chorar mais do que deveria, mas eu vou estar sempre aqui com você. Ela disse o olhando intensamente. _ E eu sei que queria me proteger, mas não faça mais isso. Não esconda as coisas de mim. Sejam grandes ou pequenas, bobas ou importantes, somos um casal e casais dividem os momentos bons e ruins também.
Desta vez Edward a puxou para um abraço.
Queria tanto protegê-la disso, mas precisava dela ali com ele. Como nunca havia precisado.
— Desculpe. Ele murmurou em seus cabelos.
— Eu te amo. Ela disse o fazendo sorrir e a apertar em seus braços.
— Eu te amo. Ele repetiu com um sorriso nos lábios.
Eles estavam sentados de mãos dadas quando o doutor Joaquim entrou no quarto com sua habitual prancheta em mãos.
— Como estamos hoje? Ele perguntou fechando a porta.
— Eu não sei dizer. Parece que corri uma maratona quando na verdade nem sai deste quarto. Edward disse e Isabella lhe apertou a mão.
— Vejo que o bom humor esta intacto. O Doutor observou os fazendo sorrir. _ Nós vamos precisar alterar o seu tratamento. A expressão dele se tornou seria. _ A partir de hoje alem dos imunossupressores faremos uma plasmaferese.
— O que é isso?
— Basicamente, vamos fazer uma limpeza no seu sistema circulatório, eliminar os anticorpos que estão atacando seu coração.
— Certo.
— Preciso avisa-lo para que não se assuste. A Plasmaferese demora em torno de duas a três horas e você vai ficar ligado a aparelho que vão fazer a limpeza. Como se fosse uma transfusão de sangue. Você pode sentir fadiga, cansaço, enjoo, mas são sintomas normais do tratamento.
— Isto vai me ajudar a melhorar?
— Sim.
— Certo. Então vamos fazer.
O Doutor continuou a explicar o tratamento e Isabella se pegou se agarrando a esperança de que tudo ficaria bem.
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— Você parece triste. Ela observou. Ele deu algumas batidas fracas ao seu lado e ela se colocou ali. _ O que foi? Esta se sentindo mal?
Ele havia acabado de passar pela primeira sessão e parecia abatido.
— Daqui a pouco passa. Ele disse se recostando em seu ombro. Ela começou a fazer um carinho suave em seus cabelos e ele suspirou apreciando o contato. _ Isso é bom. Ela sorriu e continuou. _ Isabella. Chamou depois de alguns minutos em silencio. _ Se isso não funcionar e acontecer o pior...
— Não. Ela disse o interrompendo. _ Não vamos falar disso. Vai funcionar. Tem que acreditar.
— Eu acredito. Mas...
— Sem mas... por favor. Ela pediu em tom baixo. _ Não me peça para considerar outra possibilidade que não seja sair daqui com você, vivo e bem.
— Desculpe. Ele pediu estendendo a mão que ela segurou.
— Ainda temos uma lista, lembra?
— Lembro. É só que eu acho que você não deveria perder seus dias aqui comigo. Parou toda a sua vida por mim.
— Bem... Acho que quando tudo isso passar, eu posso explicar ao meu antigo chefe a situação e ganhar uma nova oportunidade na Empresa. Ela brincou o fazendo sorrir. _ No momento, eu estou exatamente onde deveria estar.
Ele a abraçou voltando a descansar sua cabeça no ombro dela quando ela voltou a sentar-se.
— Casa comigo? Ele perguntou de repente.
— O que?
— Quando eu sair daqui, casa comigo. Pediu novamente. Isabella abriu a boca e fechou sem sair som algum. _ Só temos uma vida e eu quero vive-la com você.
Edward ficou a olha-la a espera de uma resposta. Um pequeno sorriso emocionado nasceu em seus lábios.
— Sim. Ele sorriu apertando sua mão e a beijando levemente. Sim. Ele usaria toda sua força e energia para que este tratamento desse certo. Mais do que nunca queria viver.
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— Podemos entrar? Ricardo perguntou colocando a cabeça para dentro do quarto.
— Claro. Quando ele abriu a porta Wendy estava logo atrás dele. _ Como você esta? Ele perguntou avaliando rapidamente enquanto Wendy e Isabella se abraçavam.
— Bem. Edward respondeu e Ricardo acenou concordando.
— Oi Edward. Wendy disse se aproximando.
— Wendy. Como vai?
— Bem. Eles ficaram conversando em uma conversa agradável.
— Como estão as coisas na Hermia?
— Vão bem. Parece que finalmente vamos sair do vermelho. O novo produto esta sendo um sucesso.
— Isso é ótimo.
— Quer um café? Wendy perguntou e as duas foram a cafeteria do Hospital. Ricardo ficou encarando a porta e Edward começou a rir.
— Você esta caidinho por ela hein. Brincou com o amigo.
— Cara, olha só. Ricardo disse revelando um anel de noivado.
— Vai pedi-la em casamento?
— Estou tentando encontrar o momento certo.
— É por isso que esta andando por ai com o anel?
— Eu queria sua opinião. É muito cedo? Eu fico pensando se não estou me precipitando.
— Se você tem certeza de que é isso que quer, vai nessa.
— Você tem razão. Eu vou fazer isso.
Eles continuaram conversando ainda um pouco mais, já que Wendy e Isabella demoraram no Café.
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Dias depois....
Edward estava ligado ao soro quando o medico entrou. Pelo semblante preocupado, Edward percebeu que não era noticias agradáveis e suspirou. Andava sentindo-se mal ultimamente, mesmo com o procedimento novo.
— Noticias ruins? Perguntou quando ele se aproximou.
— Onde esta Isabella? Ele perguntou olhando ao redor.
— Ela foi em casa buscar roupas limpas. Vai voltar mais tarde.
Ele assentiu.
— Edward vamos precisar trocar seus medicamentos.
— Por que? Ele perguntou. _ Não estão funcionando não é?
— Não. Sua pressão esta caindo e os níveis de oxigênio também.
— Doutor... antes quando cheguei ate o senhor, eu não tinha motivos para viver, mas agora é diferente. Por favor, por favor doutor, eu quero viver... Edward pediu com a voz angustiada. Sem ao menos notar as lagrimas quentes desciam pelo seu rosto.
— Eu sei que é difícil. O medico falou tentando consola-lo. _ Vamos fazer tudo o que estiver ao alcance da medicina para cura-lo.
— Eu quero viver doutor. Tenho toda uma vida para aproveitar. Quero me casar, ter filhos, vê-los crescer, ver a Empresa a qual meu pai fundou chegar ao topo mais vez. Tem tanta coisa que eu quero fazer...
— Edward antes você tinha 1% de chance de conseguir o transplante, e conseguiu. A situação é a mesma agora. Não vamos desistir. Edward acenou concordando.
Isabella abriu a porta no exato momento em que Edward secava o rosto. Ela demorou alguns segundos avaliando a expressão dos dois.
— O que aconteceu? Perguntou depositando a bolsa na poltrona e se colocando ao lado de Edward.
— Tudo bem. Ele murmurou.
— Edward... Ele respirou fundo olhando em seus olhos.
— O procedimento não esta dando certo.
— Como isso é possível? Ela perguntou caminhando pelo quarto.
— Isabella...
— Não. Desde que chegamos aqui, ele tem feito tudo o que senhor diz. Como é que nada pode funcionar? Ela esbravejou. _ O que vai sugerir agora?
— Se acalme. Ele pediu.
— Tudo bem Edward. Eu entendo. O medico falou com a voz calma.
— Entende? Ela perguntou com a voz tremendo. _ Já viu alguém que você ama partindo e você não poder fazer nada para impedir?
Edward quis abraça-la, mas de repente não controlava mais seu corpo. Sua cabeça girava e a imagem dela ficava cada vez mais desfocada. Ouviu seu nome sendo chamando ao longe. E depois...a escuridão.
Isabella olhou na direção dele alarmada e o medico fez o mesmo correndo para socorrê-lo. Tudo aprecia correr rapidamente por através dos seus olhos. Em um minuto Edward estava com ela, no outro estava desacordado.
Edward foi ligado a fios e começaram a fazer massagem reanimadora. Isabella podia sentir o pavor de vê-lo assim.
Alguém a tirou do quarto e ela ficou no corredor desesperada.
Com as mãos tremendo e a visão embaçada pelas lagrimas, ela ligou para Ricardo que chegou logo em seguida.
— Como ele esta?
— Eu não sei. Não me deixaram ficar com ele. Ela respondeu nervosa andando de um lado para o outro.
O tempo parecia se arrastar, enquanto os dois aguardavam em silencio, amedrontados demais para pronunciar qualquer coisa.
Quando o medico apareceu, eles correram ao seu encontro.
— Doutor. Ricardo falou deixando a pergunta no ar.
— Ele sofreu uma parada cardíaca devido à rejeição do transplante. Esta entubado no momento.
— O que isso significa? Isabella finalmente perguntou.
— Significa que o que temíamos aconteceu. Sinto muito Isabella. Edward entrou em coma.
Ela levou as mãos ao rosto desesperada.
— Não. Não. Não. Repetia.
— Tente ficar calma Isabella.
— Doutor...por favor... ela pedia sem saber o que dizer. O medico a olhava com compaixão. _ Por favor, traz ele de volta.
— Eu sinto muito Isabella. Ele repetiu abatido.
— Eu preciso respirar. Isabella murmurou depois de um tempo paralisada no lugar.
— Isabella...
— Ele está partindo Wendy. Wendy a abraçou apertado e Isabella desabou em seus braços.
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Quero muito saber a opiniao de voces.
Bjs.