The Curse escrita por Fantasminha98


Capítulo 10
New Cell.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Segue o cap 10 espero que vcs gostem!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Resuminho dos caps anteriores:
— Cormac McLaggen, um homem primitivo propõe casamento para Mi, mas ela recusa.
— Hermione não aguenta mais viver uma vida pacata numa cidade fofoqueira.
— Maurice viajou para uma feira na cidade vizinha, se perdeu na floresta e chegou a um castelo magico onde sempre neva.
— Após conhecer seu anfitrião, um jovem leiro de olhos cruéis, o inventou parte, mas ao tentar colher uma rosa é atacado por uma fera.
— Hermione vai resgatar seu pai nas masmorras do castelo encantado, mas para isso aceita trocar de lugar com o inventor, vendo que alguém precisa pagar pelo roubo de uma rosa.



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A cela circular em que estava possuía duas saídas, uma por onde estava à porta gradeada e a outra uma parede aberta que levaria a uma queda mortal, um convite para quando qualquer prisioneiro decidisse terminar seu cativeiro definitivamente. Durante a primeira hora, Hermione considerou a opção de saltar pela abertura e tentar alcançar outro patamar para escapar, mas ao analisar a distância, constatou que era verdadeiramente impossível, afinal quem construiu aquela prisão não queria que seus prisioneiros escapassem de nenhuma forma.

 

Horas e horas haviam se passado e nenhum sinal de seu captor, talvez isso fosse um alívio, entretanto conforme o sol ia baixando e a torre ficando mais fria ,a angustia tomou conta da jovem. Será que ela havia sido esquecida ali para morrer de fome ou frio? Será que era isso que significava ser prisioneira daquele monstro? Hermione desistiu de continuar nessa linha de raciocínio pois isso só a faria enlouquecer, cansada e triste apenas se abraçou tentando preservar o máximo de calor possível, não queria pensar nas consequências de sua escolha, não quando ela a tinha feito para salvar seu pai.

 

De repente a porta da cela abre num rompante assustando a garota que logo se colocou de pé.

 

—Perdoe a invasão, my Lady. Mas eu vim para escoltá-la ao seu quarto. - Disse uma voz galante e sem rosto.

 

Rapidamente, Hermione pegou o pequeno banquinho de madeira de três pernas que estava em sua cela e o levantou acima da cabeça, pronta para atacar qualquer coisa que estivesse em seu caminho.

 

— Meu quarto? - Perguntou, hesitante, enquanto saia lentamente da cela. - Mas eu pensei que…

 

— Oh, pensou o que? Que aquele “Quando essa porta fechar, jamais se abrirá novamente!” era sério? - A voz zombou divertida, enquanto imitava o rosnado da fera. - Eu sei. Ele pode ser bem dramático quando quer.

 

Quando Hermione finalmente viu quem falava com ela, ficou tão assustada com o candelabro de ouro que lhe dizia “Olá” que não pensou duas vezes ates de descer o banquinho, que estava em suas mãos, em cima do ornamento tentando esmagá-lo. E com um grito estridente a jovem viu o banquinho se partiu no chão, mas o candelabro continuava vivo e falante, para seu total desespero.

 

— Nossa você é bem forte. Isso é uma ótima qualidade! - Continuou o candelabro enquanto reacendia suas três velas.

 

— O que é você!?

 

— Eu sou Blaise Zabini! A seu dispor. - Afirmou o candelabro ao fazer uma mensura elaborada na direção da garota

 

— E e… Você pode falar!?

 

— Bem, claro que ele pode falar. - Falou outra voz vinda das escadas. - É a única coisa que ele sempre faz. Agora, Blaise, como seu superior e chefe da casa eu comando que a coloque de volta na cela definitivamente! - Continuou o relógio, enquanto caminhava mal-humorado na direção do candelabro.

 

Hermione, por sua vez, arregalou os olhos com a visão de mais um utensílio falante e entrou na cela buscando qualquer outra coisa que pudesse usar para se defender. Pegando uma jarra de metal vazia e levantou sobre a cabeça, novamente pronta, para esmagar qualquer coisa que se aproximasse dela.

 

— O que você quer ser pelo resto da sua vida, Theodore? Um homem ou um relógio vivo? - Sussurrou para o outro. - Pronta, senhorita? - Perguntou para a jovem que saia novamente da cela, agora com outra arma. - Confie em mim. - Sussurrou novamente para o amigo antes de se voltar para a garota e acalmá-la, convencendo que nenhuma jarra seria necessária, ele só queriam realocá-la para um lugar melhor e mais confortável no castelo.

 

Hermione, sem muita opção, apenas seguiu o candelabro e seu companheiro relógio, finalmente entendendo o que seu pai queria dizer quando afirmou que o castelo estava vivo, entretanto ele nunca tinha mencionado que a mobília podia falar! Conforme cruzavam os corredores vazios e silenciosos, agora banhados pela luz dourada do sol poente, o candelabro continuava a tagarelar e apresentar o lugar.

 

— Você deve nos perdoar pelas primeiras impressões. Eu espero que não esteja muito assustada com tudo.

 

— Porque eu deveria estar assustada? - Perguntou irônica. - Eu estou falando com uma vela!

 

—Candelabro, por favor. Existe uma enorme diferença. - Continuou o candelabro enquanto gesticulava com o que seriam suas mãos. - Considere-me a seus serviços, o castelo é sua casa agora então se sinta livre para ir onde quiser.

 

— Com exceção da Ala Oeste. - Afirmou o relógio ao se virar para a jovem que o seguia. Porem ao ver a expressão do amigo gesticulando uma negativa, logo se arrependeu do que tinha dito. - Que não existe. É claro! - Continuou nervoso ao direcionar um sorriso amarelo para a jovem.

 

— Por que? O que há na ala oeste? - Hermione já tinha entendido que a Ala era real e que por algum motivo, seus novos “amigos” estavam escondendo alguma coisa.

 

— Ah, nada!

 

— Nada. É um depósito!

 

— Isso! Um depósito. - Tentou desconversar o candelabro ao notar a direção em que a jovem olhava.

 

— Por aqui, por favor. - Chamou o relógio voltando a guiá-los na direção oposta a qual teoricamente estava a misteriosa ala. - Para a Ala Leste!

 

— Ou como eu gosto de chamar, a única ala! - Riu nervoso o candelabro.

 

Blaise, o candelabro e Theodore, o relógio, levaram Hermione até outra torre que diferente da prisão, era um enorme quarto ricamente ornamentado e belo. Com paredes pintadas em verdes-água envelhecido, detalhes foliados a ouro e um piso de madeira polida, a entrada por si só já era magnífica, mas nada se comparava ao amplo espaço.

 

— Bem-vinda ao seu novo quarto! É modesto, mas confortável. - Apresentou Blaise.

 

Hermione estava estupefaça, o quarto era lindo e delicado. Arvores de ouro com seus ramos floridos pendiam do teto como se as delicadas plantas realmente crescessem pelo quarto cobrindo o teto e as paredes. Tudo era decorado com esmero e bom gosto. O verde-água e o ouro rosado cobriam todos os espaços, mas o teto era pintado como o céu no verão, azul-celeste com nuvens fofas e brancas. O espaço circular possuía, à esquerda da porta de entrada, duas grandes janelas nas laterais da cama de dossel e à direita, três alcovas com um pequeno sofá para leitura, depois um grande guarda roupa e por último uma penteadeira.

 

— É lindo.

 

— Mas é claro! O Lord queria que ficasse com o melhor quarto do castelo. - Continuou o candelabro, pulando e caindo deitado na cama levantando uma nuvem de poeira. - Oh! Não estávamos esperando convidados. - Desculpou–se pela sujeira enquanto a jovem apenas ria.

 

— Encantada, senhorita. - Falou uma espanadora de pó em forma de pavão branco que surgiu voando e rodopiou entorno de Hermione. - Não se preocupe. Vou deixar esse quarto brilhando em um minuto. - Continuou a delicada recém-chegada, que rapidamente dançou pelo ar e foi abraçar o Candelabro. - Esse seu plano é perigoso. - Sussurrou para o parceiro sem que a jovem ouvisse.

 

— Eu arriscaria qualquer coisa para beijá-la novamente, Millicent.

 

— Não, meu amor. Já fui queimada por você antes. - Falou afastando o rosto sem realmente soltá-lo. - Devemos ser fortes.

 

— Como posso ser forte se você me faz tão fraco. - Continuou. E por mais que soasse como uma cantada ruim, Hermione viu nos olhos de Blaise o amor que ele tinha pela outra, mas logo o casal apaixonado foi interrompido por uma tosse do relógio e assim, perceberam que não estavam sozinhos. O candelabro parecia verdadeiramente envergonhado, mas a espanadora ficou visivelmente irritada pela interrupção do amigo.

 

—Tudo por aqui está vivo? - Perguntou a jovem olhando em volta. - Olá. Qual é seu nome?

 

— Isso é uma escova de cabelo. - Explicou Theodore como se falasse com uma criança, enquanto Milicente tentava conter a risada e Blaise apena batia a mão na testa decepcionado.

 

Entretanto, Hermione nem teve tempo de ficar envergonhada, porque o guarda-roupa de repente começou a cantar uma nota extremamente aguda, digna de uma Soprano Spinto de ópera, assustando a todos e a morena que estava perto da mobília deu três passos para trás com o susto.

 

— Não se alarme. É apenas seu guarda-roupas. Conheça a Senhorita Daphne Greengrass, uma ótima cantora!

 

— Quando consegue ficar acordada. - Acrescentou Theodore girando os olhos, ou o que seria considerado olhos em um relógio vivo...

 

— Senhor Nott! Uma Diva precisa do seu sono de beleza. - Defendeu-se o guarda-roupas, mas longo bocejo.

 

— Continue conosco, senhorita. Nós trouxemos alguém para você vestir! - Continuou Blaise indicando Hermione.

 

— Ah! Finalmente! Uma mulher! - O guarda-roupas, ou melhor Daphne, puxou a jovem para mais perto de si. - Lindos olhos. Rosto delicado. Pele perfeita. Sim! Eu vou achar um vestido digno de uma princesa!

 

— Oh… Eu não sou uma princesa. - Hermione tentou recusar, realmente detestava aqueles vestidos de baile cheios de babados e fitas, pareciam mais um bolo de casamento cheio de glacê do que uma roupa de verdade.

 

— Tolice! Agora, vamos ver o que eu tenho nas gavetas… - Froufrou, venha ajudar a mamãe. - Chamou e logo em seguida o banquinho da penteadeira veio saltitando e latindo animado.

 

Magicamente, tecidos e fitas começaram a dançar no ar, girando entorno da garota, enquanto costuravam-se num vestido rosa e vermelho extravagante e extremamente exagerado, com tudo aquilo que Hermione detestava: babados, brocados e fitas para todos os lados! Mas o trágico toque final foi a típica e ridícula peruca francesa.

 

— Oh! Perfeita!

 

— Sutil, discreto. Eu… eu adorei! - Falava o candelabro enquanto nada sutilmente saia do quarto acompanhado dos outros dois. - Até logo!

 

— Froufrou, diga a Astória que eu a amo! - Pediu Daphne para o banco-cãozinho que saiu correndo e latindo antes que a porta do quarto se fechasse.

 

Automaticamente, assim que a porta se fechou, o guarda-roupas voltou a dormir e ressonar, já Hermione aproveitou para se libertar aquele monte de tecidos e correu para janela. Entretanto quando a abriu se viu em uma torre tão alta quanto a da masmorra e constatou que suas chances de fugir eram tão pequenas quanto em sua antiga cela.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal????? O que acharam dos personagens (não tão) novos??????

Teorias? Sugestões? Algo que preciso explicar ou escrever melhor?

Bom sugestão de fic... Hummmm deixa eu ver...
— The Duchess
https://www.spiritfanfiction.com/historia/the-duchess-11562483

E de musica... Ahhhhh!!! Vcs conhecem Katie Melua?
— Nine Million Bicycles
https://www.youtube.com/watch?v=eHQG6-DojVw

— Wonderful Life
https://www.youtube.com/watch?v=abGe6uM9Ias



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