I Found - Stucky escrita por Arii Vitória


Capítulo 1
One "I Found"


Notas iniciais do capítulo

Hey cupcakes da Marvel!
Realmente não sou nenhuma profissional em one's, mas espero muito que gostem!
dedicado à todos que também shippam stucky.



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narrado por steve rogers 

—Merda! Merda! Merda! 

Não sei porque estou gritando como uma grávida no meio de um parto, mas é isso que estou fazendo, sozinho no meu apartamento, enquanto dou incontáveis socos em sequência no meu saco de pancada. 

—Steve, seu idiota! Pare de pensar em James Barnes por um segundo sequer! -digo para mim mesma, finalmente largando o saco de boxer e indo até o banheiro. -Idiota! -grito para meu reflexo no espelho, levando as mãos ao cabelo, me sentindo tenso. 

Mas sou obrigado a parar de me xingar quando batem na porta. Sei que se trata de Dona Célia antes de atender, ela é quem mora no andar de baixo. Abro a porta, forçando um sorriso. 

—Steve, meu querido. Está tudo bem? -ela pergunta, não sei dizer se quer saber pra poder fofocar com as outras vizinhas depois ou se ela está realmente preocupada. Mas eu respondo: 

—Sim, Dona Célia. Estava apenas treinando, sabe?! 

—Você poderia fazer isso mais baixo? É dia de palestra na minha casa. -ela avisa, mas eu já sei disso porque ela está sempre colocando panfletos de suas palestras debaixo da minha porta, como se acreditasse que tudo que eu preciso é de biscoitos e ouvi-lá falar por duas horas seguidas. Também não sei porque suas palestras são tão tarde da noite, mas decido por não questionar. 

—Ah, claro. Desculpe, não vai acontecer de novo! 

—Tudo bem, querido. Mas você deveria aparecer lá um dia, é muito útil, você pode dizer o que quiser, ou apenas escutar. -ela convida novamente, me obrigando a forçar outro sorriso. 

—Talvez eu apareça um dia, obrigada Dona Célia. 

Ela sorri, espero até que ela se vire para ir embora, mas ela continua me olhando com o sorriso irônico no rosto, como se tivesse ouvido meus gritos e soubesse de todos os meus problemas. Quando ela finalmente desce as escadas, volto para dentro e procuro pelo meu celular, disco o número da Natasha, afinal, tudo isso é culpa dela!

Espero até a décima chamada para entender que ela não vai mesmo me atender. Primeiro ela coloca ideias ridículas na minha cabeça de que eu posso estar apaixonado pelo meu melhor amigo sem me dar conta, e depois me ignora. Ótimo!

Batem na porta novamente, o que me surpreende porque não consigo imaginar ninguém que possa me visitar as oito da noite, além da Dona Célia ou o Bucky, porque ele adora entrar e sair do meu apartamento, e como diria a Natasha, eu adoro o fato dele estar sempre presente.

Abro a porta quando batem pela segunda vez, e lá está ele! Com os cabelos mais longos e bagunçados do que eu me lembrava e uma roupa amassada no corpo, ainda assim, parece um anjo. 

—Ei, Steve. Por que está com cara de quem viu um fantasma? -ele pergunta, passando por debaixo de meus braços apoiados na porta e invadindo meu apertamento.

—Não, eu achei que era a Dona Célia de novo. -minto, fechando a porta atrás de mim. Observo os movimentos de Bucky, ele abre a minha geladeira e tira uma cerveja, logo depois me encara como se estivesse me oferecendo uma das minhas cervejas, eu nego com a cabeça e ele se joga no meu sofá.

—Ela ainda quer que você participe das famosas palestras?

—Ela acha que um homem que passou 70 anos congelado possa ter problemas psicológicos, acho que não posso julgá-la. 

—É, não pode. -ele responde, e eu me sento ao seu lado no sofá. 

—Então, o que faz aqui essa hora? -pergunto, tentando não deixar perceptível que tem algo estranho no ar, mas sei que ele logo vai perceber. 

—Eu estava na vizinhança. -ele responde e sei exatamente o que ele quer dizer com a frase. Significa que ele estava na casa de alguma de suas várias pretendentes do Brooklyn. 

—Deixa eu adivinhar! Na casa de alguma mulher que conheceu no bar ontem a noite? -pergunto, esperando uma confirmação do seu lado. 

—Essa é diferente, ela me pediu em namoro. -ele diz com naturalidade, então tento reagir da mesma forma, mas de repente não estou mais tão confortável. 

—O quê? 

—Ela disse que eu precisava me estabilizar com alguém para que pudesse me sentir parte do mundo de novo. Acho que talvez ela tenha razão. -ele explica, e em seguida bebe um grande gole da cerveja enquanto eu ainda tento agir com naturalidade. 

—Então, você aceitou? 

—Claro que não! Eu já tenho minha estabilidade, ela é você, Steve! 

Não sei como reagir a sua frase, porque normalmente eu brincaria com aquilo, mas depois de horas com a Natasha tentando me fazer enxergar que eu gosto dele de outra forma, apenas deixo o silêncio constrangedor tomar conta do momento. 

—Aconteceu alguma coisa? -ele pergunta porque também percebeu. Bucky me conhece mais do que qualquer pessoa do mundo, se qualquer coisa me incomoda ele percebe imediatamente.

—Nada demais. -respondo, mas ele continua me encarando perto demais do meu rosto, e meu Deus, de repente meu coração está acelerado, e eu sei que não é “nada demais” e sei também que Natasha tinha razão sobre tudo. 

—Você esconde coisas demais, cara. Acho que se esqueceu que te conheço desde que eramos moleques e sonhávamos em morar sozinhos e salvar o mundo. -ele sorri ao lembrar, e me dá um soquinho no braço antes de continuar. -Eu e você contra o mundo, lembra? 

Ele me olha de novo. Odeio o fato de estar apaixonado por ele, porque se fosse por qualquer outra pessoa era pra ele em que eu pediria conselhos, e agora não posso. Mesmo assim, não consigo evitar começar a falar: 

—Foram apenas umas coisas bizarras que a Nat colocou na minha cabeça. 

—Você é o Capitão América! O que é bizarro pra você? 

Engulo em seco, tentando tirar coragem de dentro de mim. 

—A ideia de nós dois… juntos. -me arrependo assim que solto a frase gaguejada, porque outro silêncio constrangedor surgi entre nós, sei que Bucky está pensando à respeito o que é mais constrangedor ainda. 

—Como um casal? -é o que ele pergunta após mais alguns segundos. Achei que ele fosse se ofender ou achar maluquice, mas ele só faz uma pergunta, o que me motiva a continuar falando.

—Eu sei que é ridículo, mas ela começou a encher minha cabeça com essa história. Dizendo que a gente tem ciúmes um do outro, coisas assim. É besteira, mas você sabe como eu sou… É ridículo.

—Então você me acha ridículo? Eu sou um ótimo partido, cara, as pessoas sempre dizem isso. -ele diz, parece mesmo estar se sentindo ofendido. 

—Não! Eu sei que você é... incrível. Mas nós dois somos como irmãos desde sempre... 

Paro de falar, porque agora Bucky está me encarando ainda mais perto do que antes, ele está com um sorriso gostoso, como se estivesse se divertindo com toda essa situação. E assim que percebe que eu notei seu olhar e seu sorriso, ele olha pra minha boca e se aproxima ainda mais. E acho que meu coração parou. É, definitivamente ele parou! 

—Irmãos... -ele sussurra, se aproximando ainda mais. -Não fazem... Isso... 

Ele me beija. Me surpreendendo completamente. Eu retribuo imediatamente, com medo de eu estar em algum sonho prestes a acordar. O começo é leve e lento, mas logo o beijo se intensifica, e ele me beija como se o mundo fosse acabar dali a alguns segundos, e essa fosse nossa última chance. 

Seguro o fôlego, o beijando o mais intensamente que posso, com medo que o momento acabe e ele se arrependa.

—O que estamos fazendo? -eu sussurro no curto tempo em que nossas bocas se afastam, antes de se juntarem novamente e eu perceber que não tenho mais nenhum controle sobre o meu corpo. Muito menos Bucky, por isso ele está em cima de mim agora, e eu nem sei como isso aconteceu. 

—Espera! Bucky! -digo quando finalmente recupero o controle do meu corpo, saio debaixo dele, o deixando de cara com o sofá. Em pé, começo a andar de um lado para o outro, ainda com medo de ser um sonho. Fecho os olhos e os abro novamente, ele ainda está ali, então o pergunto: -O que foi isso? 

Ele também se levanta, ficando de frente comigo, mas eu me afasto alguns centímetros. 

—Eu contei a Natasha uma semana atrás. Fiz ela prometer que não contaria pra você, mas ela é péssima com segredos.

—Bucky, do que você está falando? -o pergunto, porque tenho certeza que escutei errado. 

Ele se aproxima novamente. Passa os dedos pelo meu rosto, me fazendo fechar os olhos e apenas sentir seu toque. Como passei tanto tempo sem aquele toque? 

 

—Contei a ela que eu amo você. Desde sempre. Há muito tempo. Não consigo evitar isso, e acho que não consigo passar mais um dia sem que você saiba também.

Abro os olhos, ele está me olhando com carinho, de um jeito que ninguém nunca olhou.

—Mas e quanto todas as suas namoradas? -pergunto, confuso demais para saber o que mais dizer. 

—Elas não são você. Eu amo você, Steve Rogers! -ele afirma com tanta convicção que me faz sorri, ouvir aquilo me faz sorri mais sinceramente do que qualquer outro sorriso que já dei na vida. 

E ele me beija de novo, e eu retribuo porque agora nada me detém. Meu coração parece gritar "ele me ama! ele me ama!" no mesmo ritmo em que bate. Nos beijamos como se nos necessitássemos, e não só naquele momento, em todos os momentos sempre senti que precisava dele. 

Não sei como aconteceu, mas estou escorado na parede agora. E depois ele é quem está. E logo mais estamos no quarto, eu não conseguiria me soltar dele nem se precisasse. Acho que quebramos a cama, mas eu não me importo. 

Só paramos porque as batidas na porta são tão altas que nos assusta. 

—STEVE? VOCÊ ESTÁ BEM? -é a voz da Dona Célia, mas de jeito nenhum eu sairia dali para falar com ela. 

Bucky ri, e o riso dele é tão lindo que eu volto a beijá-lo. 

—Steve, eu acho mesmo que você deveria ir na palestra. -Dona Célia volta a gritar, nos interrompendo novamente, mas dessa vez nós dois soltamos um risada. Ele se deita ao meu lado, e faz carinho na minha bochecha, me olhando com o mesmo carinho de sempre. 

—Vamos ter que nos mudar aqui. -ele sussurra como se fosse o maior dos segredos, eu só consigo sorrir. 

—Eu vou pra qualquer lugar com você. -garanto a ele. 

—Isso é bom, porque eu nunca mais vou sair do seu lado de novo. 

Entrelaço seus dedos nos meus. 

—Promete isso? -pergunto, encarando nossas mãos dadas. 

—Eu já não conseguia antes. 

E ele me beija. E eu o beijo. E finalmente me sinto completo, como se alguém me entendesse completamente. Sinto que encontrei tudo que procurava e nem sabia. E não vou soltar nunca mais. 

...


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Notas finais do capítulo

Talvez eu tenha exagerado, mas eu não controlo meu cérebro iludido por esses dois. Sorry! ahahahah.



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