Nem tudo é um conto de Fadas escrita por Kynhaaaa
Notas iniciais do capítulo
Olha quem está de volta e com um baita capítulo.....
Acordei cedo, tomei uma banho rápido e me troquei, sai do dormitório antes mesmo que Al ou Anthony acordassem, não correria o risco de Rose repetir o que tinha feito quando sua mãe veio. Dessa vez eu não permitiria que ela enfrentasse seu pai sozinha. Fui até a porta do salão comunal da Sonserina e esperei.
Aos poucos os estudantes começaram a sair, eles me olhavam surpreso por estar então longe do meu salão comunal, mas logo ignoravam e seguiam em frente. Depois de muito tempo a porta do salão comunal foi aberta e Lyra e Rose saíram rindo e conversando. Quando me viu ali Rose me olhou surpresa e arqueou a sobrancelha.
— O que faz aqui? – ela perguntou se aproximando.
— Vim me certificar que você não conversaria com o seu pai sozinha.
Ela riu.
— Eu te prometi Scorp que não faria isso.
— Eu sei. Mas quis ter certeza que não mudaria de ideia.
— Não mudei. Pode ficar tranquilo.
— Só ficarei tranquilo depois da primeira aula, ai teremos tudo resolvido.
— Desde que horas você está aqui? – Lyra perguntou.
— A algum tempo por que?
— Porque o monitor chefe da Sonserina nós informou a pouco que nossa aula foi trocado o horário.
— Será que horas?
— Será a última – Rose disse me olhando – somente depois do almoço.
— Então quer dizer que teremos mais alguns minutos de paz?
Ela riu.
— Acredito que seja mais tempo de nervosismo do que paz. Preferiria resolver isto logo.
— Se quiser podemos ir procura-lo agora.
Ela me encarou por alguns segundos antes de responder.
— Deve ter algum motivo para nossa aula ter sido alterada o horário. Prefiro acreditar que seja um sinal de que devemos aguardar.
— Tem certeza?
— Absoluta Scorp. Falaremos com ele depois da nossa aula.
Eu confirmei e ela me deu um selinho.
— Então vamos tomar café. – Ly disse indo na frente.
Nos apenas concordamos e a acompanhamos. Eu e Rose andávamos de mãos dadas mas em silencio. Vez ou outra eu a olhava e ela parecia nervosa. Chegamos ao salão comunal e nos encaminhamos a mesa da Grifinória, todos os outros estavam lá. A Rose se sentou ao lado do irmão e eu ao lado dela.
— Vai dar tudo certo – o Hugo disse.
— Você vai conversar com ele também? – Rose disse ao irmão.
Eu percebi quando ele abaixou a cabeça parecendo decepcionado.
— Não. A Rox não quer. Disse que se eu insistir nisso ela termina comigo.
— Ela provavelmente lembra quando o Ted e a Vic assumiram o namoro. Não quer ver uma cena daquela aqui na escola.
Ele deu de ombros e não disse mais nada. Depois do café nós fomos para a aula de poção, todas as aula demoraram a passar. E então chegou a hora do almoço, mas eu não consegui comer, vi que Rose também quase não havia tocado na comida, eu não sabia o que dizer para acalma-la.
— Precisamos ir – Lyra disse nos observando.
Ela se levantou e me olhou avaliativa. Quando estávamos saindo do salão comunal ela me segurou e fez com que eu parasse a encarando.
— Você tem certeza que quer enfrentar meu pai?
— Tenho toda certeza do mundo Rose.
— Então espere pelo pior.
Eu apenas assenti e a beijei. Depois que nos separamos voltamos a andar em direção a sala de história da magia. Quando chegamos lá a porta já estava aberta e os alunos já entravam na sala.
Rose soltou minha mão e entrou na minha frente. Entramos na sala e eu vi que Al e Anthony estavam sentados na primeira fileira como estava sendo nosso costume em toda essa semana, Lyra estava em pé na frente deles conversando, fomos em direção a eles.
— Rose?
Escutei quando alguém a chamou e ela se virou. O pai dela estava próximo a mesa do professor e deu sinal para que ela fosse até ele. Ela apenas assentiu e foi em direção ao pai. Eu olhei por um minuto tentando decidir o que fazer e vi quando ela me olhou e sinalizou que eu deveria ir com os nossos amigos. Fui até eles e parei ao lado da Lyra.
— Al fica de olho na conversa deles – eu falei.
O Al assentiu e ficou observando.
— Acho melhor falarmos de algo senão ele pode perceber – Al disse sem tirar o olho dos dois.
— O Al tem razão.
— Eu não tenho cabeça pra falar sobre nada.
— Vai dar tudo certo Scorp – Ly falou colocando a mão no meu ombro – estamos com você irmão.
Eu assenti pra ela que sorriu.
— Sobre o que estão conversando? – Rose perguntou se juntando a nós.
— Na verdade estávamos apenas querendo saber o que seu pai queria – Al respondeu.
— Ele me pediu para não sentar ao lado da Ly – ela disse revirando os olhos – disse que seria um sinal de respeito a ele.
— E você respondeu o que?
— Que se ele espera que eu faça o que ele me pediu e porque ele não me conhece, que se conhecesse saberia que eu não vou cumprir a vontade dele.
Ela deu de ombros.
— Vamos mudar de assunto por favor. – Rose pediu passando a mão nos cabelos – preciso ocupar minha cabeça antes que eu tenha uma síncope.
Ela riu de nervoso.
— Boa ideia. – Lyra disse.
— Então Scorp – Anthony tentou ajudar – o treino de hoje está confirmado?
— Até o momento sim.
— Você marcou treino pra hoje? – Rose perguntou me olhando.
— Sim. Marquei hoje e sexta que vem, semana que vem jogamos contra a Corvinal quero meu time preparado.
— Você bem que poderia trocar comigo né.
— Trocar o que?
— Eu não consegui marcar treino pra essa semana, o campo só vai estar livre segunda, amanhã a Corvinal vai usar e sexta a Lufa-lufa, sábado já e nosso jogo com eles.
— E você marcou pra quando então.
— Segunda, não tive outra opção. Mas não vai fazer diferença no jogo dessa semana. Mas se você trocar comigo você fica com dois treinos semana que vem.
— Não sei se é uma boa.
— Por que não Scorp.
— Se eu trocar estarei ajudando a Sonserina. E não sei se estou disposto a fazer isso.
Ela riu alto.
— Você não deve pensar dessa maneira.
— E que maneira devo pensar ruiva?
— Que você estará fazendo um favor a sua namorada. E que ela ficará extremamente grata a você se o fizer.
Dessa vez eu quem ri.
— Você está jogando baixo ruiva.
Ela sorriu e piscou pra mim marota.
— Sente-se. – escutei uma voz atrás de mim severa.
Rose se sentou deixando uma carteira ao lado Al. Havia uma cadeira vazia de cada lado dela.
— Ly senta aqui – ela apontou para carteira entre ela e o Al – Scorp senta aqui – ela apontou para a do outro lado.
Assim que eu me sentei vi a cara que o pai dela estava nos olhando ele parecia tentar entender o que estava acontecendo ali. E como se para responder sua pergunta Rose pegou minha mão. Então instantaneamente ele ficou vermelho. Sua raiva era visível. Ele se aproximou rapidamente.
— Eu não vou permitir isso – ele disse furioso – eu devia ter feito algo quando você começou com essa amizade descabível com essa comensalzinha. Mas não vou permitir que você se engrace com esse daí.
— Eu não te pedi permissão – ela devolveu no mesmo tom.
— Enquanto você morar debaixo do meu teto você me deve respeito e fará o que eu mando.
— E eu posso saber como você me obrigará a fazer o que você manda?
— Vou fazer o que devia ter feito no seu primeiro ano. Vou te tirar dessa escola.
Ele a agarrou pelo o braço e começou a puxar em direção a saída.
— Solte ela. – eu falei segurando a Rose.
Ele foi travado já que eu e Rose fazíamos força ao contrário. Ele me olhou furioso.
— Solte a minha filha seu filho de comensal.
— Solte o senhor ela, e então poderemos ter uma conversa decente.
— Eu não conversarei com você. Não perderei meu tempo com alguém como você. Venha Rose. Você irá para Beaxbonks e estudará lá daqui por diante.
— Eu não irei pai.
Ela conseguiu soltar seu braço do aperto do pai.
— Irá sim. Você não pode fazer nada para impedir, eu sou seu responsável legal, e duvido que desta vez sua mãe ficará a seu favor.
— Pai por favor seja razoável, vamos conversar.
— Não tem o que ser conversado Rose. Você virá comigo e está decidido.
— Olha a confusão que você está fazendo pai – ela apontou em volta – todo mundo está olhando pra nós.
— Isso é culpa sua que se aliou a essa gente. Você deveria ter me escutado desde o início. Mas dessa vez eu tomarei providencias.
Ele a segurou novamente e saiu a arrastando pra fora da sala. Como ele nos pegou de surpresa ele conseguiu arrastá-la até lá fora.
— PARA PAI. ME SOLTA ME SOLTA – Rose gritava.
— Eu só vou te soltar quando estivermos fora dessa escola.
Eu fui atrás deles.
— Por favor senhor Weasley, o senhor a está machucando.
— Não fale comigo seu filhote de doninha. A menos que queira ir parar na ala hospitalar.
Ele a puxava com força em direção a sala da diretora, então ele virou em um corredor e pareceu trombar em alguém, quando ele viu quem era ficou ainda mais irritado.
— O QUE VOCÊ FAZ AQUI MALFOY?
Só então eu consegui me aproximar e vi meu pai no outro corredor.
— Weasley – meu pai disse sorrindo – pelo visto você parece irritado.
O senhor Weasley soltou o braço da Rose e se virou para o meu pai.
— O que você está fazendo aqui Malfoy. Diga que por Merlin você veio tirar o seu filho de perto da minha filha.
— Sinto lhe informar que não é por isto que estou aqui Weasley – meu pai disse com o velho sorriso Malfoy no rosto – vim aqui entregar os documentação de emancipação bruxa a minha cliente.
Vi quando meu pai olhou pra Rose e sorriu ela retribuiu o sorriso e respirou aliviada.
— Cliente? Você não está dizendo nada com nada Malfoy.
— Então deixa eu te explicar Weasley. A pedido da Rose eu entrei com um pedido no ministério solicitando a emancipação dela. Ou seja ela tem total autonomia para tomar as próprias decisões sem precisar da sua aprovação legal.
O senhor Weasley riu.
— Para você conseguir isto precisaria da assinatura da Ministra da magia e do chefe dos aurores, e duvido que minha mulher ou o Harry tenha assinado tal documento.
— Bom você já deve saber que a Ministra Weasley está de afastamento do ministério por solicitação própria e que no lugar dela ficou a subsecretaria Potter e ela juntamente com o chefe dos aurores acabou de assinar o documento.
Ele esticou o envelope e esperou que o senhor Weasley pegasse. Quando ele não o fez meu pai completou.
— Se você quiser pode conferir Weasley, aqui está uma cópia para que você e sua esposa fique ciente da emancipação da Rose.
— Aê e você pensa em se sustentar como Rose? Posso saber? Seus padrinhos ou o Malfoy iram te sustentar? Ou você acha que você optando ficar aqui com esse moleque eu irei continuar te sustentando?
— Não precise se preocupar – meu pai respondeu – como eu averiguei a senhorita Weasley tem uma generosa conta corrente em seu nome no banco Gringotes.
— Ela não tem permissão de usar esse dinheiro, quem criou essa conta fui eu.
— Sim foi você. Mas você criou a conta no nome da minha cliente, assim quando ela foi emancipada a conta passou a ser dela e eu mesmo já me encarreguei de levar os documentos ao Gringotes e dei ordens expressa que a única pessoa autorizada a ter acesso a essa conta e a Rose.
O senhor Weasley estava em um tom de vermelho inimaginável. Vi quando ele fechou o pulso e foi em direção ao meu pai, mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa a Rose entrou na frente.
— Eu não vou permitir que o senhor bata nele. – Rose disse ao pai.
— Você vai ficar do lado da doninha?
— Vou, porque ele me apoiou e me ajudou, ao invés do senhor que só sabe me criticar e querer controlar a minha vida.
— Se você prefere assim Rose. Eu espero que ele te receba na casa dele porque na minha você não entra nunca mais.
— Ronald – meu pai chamou – reconsidere, não faça isso com a sua filha.
— Não se meta na minha vida sua doninha.
E então ele saiu sem dizer mais nada.
— Alguém pode me explicar o que aconteceu? – Al perguntou sem compreender – como o senhor conseguiu essa emancipação tio Draco?
— Você não contou a eles?
— Minha mãe disse que havia uma chance de não dar certo. Então achei melhor não criar expectativas.
— Certo. Então o dia que o Scorp e a Rose me contaram que estavam juntos eu sai daqui e fui para o meu escritório. Lá eu tive a ideia da emancipação então fui até o ministério e conversei com a Granger eu sabia que ela não seria contra eles então contei a ela que eles estavam juntos e o meu plano e tudo que a Rose tinha me dito. E então ela teve a ideia de se afastar do cargo e deixar a Potter como ministra temporária assim o marido não a acusaria de estar ajudando, no mesmo dia ela pediu o afastamento. Quando veio aqui ela pegou a assinatura da Rose no processo. Mas para que desse certo precisaria que o Weasley não estivesse no ministério pois ao contrario ele não deixaria que o Potter assinasse. Então por isso a Hermione pediu para que a diretora deixasse a aula de vocês por último. Assim eu poderia ir hoje cedo ao ministério e pegar as assinaturas e foi isso que eu fiz.
— E o que você disse sobre o banco é verdade?
— É sim Rose. Sua mãe me contou sobre a conta e antes que eu viesse aqui eu passei no banco e dei as instruções. Conhecendo seu pai como conheço ele deve estar indo no banco agora.
— Muito obrigada senhor Malfoy.
— Não precisa me agradecer Rose. Só peço que vocês se cuidem, não acredito que seu pai vai desistir fácil de te tirar daqui.
— Pode deixar.
— Agora crianças eu preciso ir, acredito que aquele ruivo fará meu dia ser longo – ele riu.
Ele se virou e foi saindo então eu fui atrás dele.
— Pai podemos conversar um instante sozinhos?
— Claro filho, venha me acompanhe até a sala da Minerva.
Eu o segui mas não sem antes ver o olhar da minha ruiva.
— Não ficou feliz com o que eu fiz? – meu pai perguntou depois que nos afastamos.
— Imensamente feliz pai. Muito obrigada por isso.
Ele parou e então me abraçou.
— Eu farei o que for preciso para ajudar vocês meu filho.
— Obrigada pai. Obrigada mesmo. Mas eu queria te pedir outro favor.
— Que favor meu filho?
— O dia que o Blasio veio aqui ele e o Anthony tiveram uma briga muito feia. E o Anthony disse algumas coisas que ele jamais tinha dito.
— O que meu Scorpius.
— Pai pelo que eu entendi a mãe dele está sendo mantida a força pelo Blasio. O Anthony disse que algum dia tiraria a mãe de lá. Ele ficou bem mal pai. Não sei se você conseguiria ajudar, mas se conseguisse sei que o Anthony seria muito grato ao senhor.
— Pode ficar tranquilo eu farei o possível para ajudar meu afilhado. Sua mãe e amiga da família da mãe dele veremos o que podemos fazer.
— Obrigado.
— Te mantenho informado meu filho.
Ele sorriu e então se foi.
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Então por favor me digam o que acharam..... o próximo voltamos com o ponto de vista da Rose.