Ainda sou uma garota escrita por Mel


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Hikaru os seguia de longe, mais cedo despistou o irmão e saiu em busca da garota, virá andar nos corredores com o antigo amigo e decidiu a seguir em silêncio, não brigaria, precisava evitar que discutisse, seu futuro juntos poderia ser um risco. Escondido por de trás de uma árvore aonde Haruhi não o viria. Ao ver as mãos que julgou estar “suja” tocar em sua garota, interviu, da maneira menos rude que achou conseguir.

—Solte a minha namorada, ou prefere que eu mesmo o tire de perto dela?

Chocado com a aparição, Arai a soltou rapidamente, de fato, não esperava uma aparição surpresa.

—O que faz aqui Hikaru? –Perguntou ela.

—Queria ficar a sós com ele? Ele estava te tocando com tanta facilidade, coisa que mesmo eu sendo seu namorado não consigo fazer. –A frustração permanência em sua voz.

—Não é o que esta pensando Hikaru, Arai não faria nada comigo. –Tentou defender o amigo.

—Faria sim, Fugioka. Desde que a vi novamente nas férias aquela vez, meu interesse somente aumentou por você. –Arai respondeu firme. –Me desculpe Hikaru, não sabia que estavam em um relacionamento, muito menos que era sério como demonstra. –Caminhou em direção ao outro rapaz. –Espero que cuide dela muito bem, namorado-kun.

Suas últimas palavras saíram como uma ameaça misturada a sarcasmo, o Hitachiin acenou duvidoso, deixar a pessoa que tocou algo precioso sair sem ser devidamente punido parecia ser errado.

—Arai-kun! –Ela gritou.

—Nos veremos de novo Haruhi. –Acenou enquanto andava para o interior da escola.

A Host encarou cansada o recém-namorado, cansada de tudo, sua cabeça ainda girava ao se lembrar da invasão a casa, agora, ligar com o rapaz que sabia ser imperativo, só pioraria as coisas.

—Acho melhor conversarmos depois, meu intervalo esta acabando, Tamaki-senpai com certeza virá me procurar caso demore.

Senpai que espere, temos que conversar agora, Haruhi. –Falou sério.

—Fale então.

—Iria mesmo deixar aquele garoto fazer o que quisesse com você, não notou o clima que rolava entre vocês aqui?

—Não. –Respondeu firme.

—Como não? És desligada ao ponto de não notar o que acontece ao redor, ou esta se fazendo, quando te propus em namoro, foi verdadeiro, mas pelo jeito não foi para você não é mesmo, afinal seu amigo do passado parece ser mais importante do que eu.

—Hitachinn Hikaru o que realmente pensa de mim? –Perguntou brava, como sempre parecia estar nas últimas horas. –Sabe qual o seu problema, não confiar nas pessoas e tirar conclusões precipitadas, acho que não se sentiria bem caso eu ficasse como você, já que praticamente todas as garotas desta escola falaram sobre suas apresentações com Kaoru, como são maravilhosos juntos. –Desdenhou. –Se um dia eu pensasse em trair alguém, nem namoraria, nunca esteve nos meus planos ter um relacionamento amoroso enquanto estou na escola, mas olha onde estamos minha vida esta de cabeça para baixo, em menos de um dia brigamos várias vezes, por trabalhar no clube, por conversar, por brincadeiras do seu irmão, e agora isso. Será que poderia ter o mínimo de confiança em mim, assim como tenho por você?

—Eu confio em você!

—Sinceramente, não parece. –Virou-se pronta para sair. –Desculpe, pedirei para ir para casa por hoje, preciso ver como meu pai esta, essa hora já dever ter chegado. Pego minhas coisas outra hora. Até amanha Hikaru.

Minutos depois, refez o mesmo caminho de volta para o clube, por onde sua amada havia passado antes, abriu a porta da terceira sala de música, e viu seus senpais e seu irmão parados com cara de poucos amigos, os visitantes partiram enquanto ainda permanecia no jardim. Fingiu ignorar a todos e saiu á procura da própria bolsa para ir embora.

—Onde pensa que vai gêmeo do mau? –Perguntou Tamaki, enquanto o segurava pelo colarinho da blusa.

—Para casa senhor.

—O que com minha preciosa filhinha?

—Nada.

—Hika-chan, Haru-chan chegou aqui muito triste. –Falou Honey enquanto segurava seu coelhinho de pelúcia.

—Tão ruim assim? –Perguntou apreensivo.

—Seja lá o que falou para ela, á deixou mal de verdade. –Pronunciou Kyouya.

—Forçou seus sentimentos a ela novamente irmão?

—Haruhi fala que não possuo confiança nela. –Confessou, derrotado perante á todos.

—O que disse?

Contra gosto, relatou sem muitos detalhes todos os fatos envolvendo Arai, e sua aproximação perante a menina. Afirmando que a mesma quase foi agarrada diante de seus olhos.

—Não acha que exagerou na última parte? Haruhi não se deixaria levar em uma situação como essa.

—Certo, talvez eu tenha exagerado Kaoru, mas eu tenho direitos, ninguém pode toca-la livremente, somente eu.

—Finalmente admitiu que se excedeu com esse ciúme, Hikaru.

—Mas Kaoru, nem mesmo você gosta quando a tocam!

—Sim, mas você a tem agora, ela é sua namorada, perdi para meu irmão e admito a derrota, sei o que esta sentindo, mas agora ela é sua, não como objeto a ser controlado, mas um ser humano, Haruhi passou por muitas coisas nesta vida e ela é assim por isso, agora a trate bem ou me arrependerei de tê-la entregado tão facilmente, e a tomarei de você, irmão.

Pondo um fim na conversa, Kaoru pegou sua bolça e se despediu dos membros, indo direto para o carro que o esperava, as aulas haviam terminado mais cedo assim como todos os clubes, devido á visita de mais cedo. Esperou Hikaru que entrou calado no carro e partiram para casa.

░ ░ ░

Haruhi chegou a casa e nem ao menos deu o trabalho de avisar, sabia que o pai não chegaria cedo, apenas queria evitar Hikaru, nunca pensou que namorar alguém exigiria tanto de sua cabeça. Não queria dizer que não gostava dele, muito pelo contrario, deixou-se permitir nutrir um sentimento desde o encontro que tiveram nas férias, planejado por Kaoru, - que contou mais tarde se tratar de um plano para ajudar o irmão. - Hikaru sabia se mostrar carinhoso quando queria, mas descobrir seu lado ciumento e possessivo era desagradável, não possuía confiança em si mesmo, e isso irritava a garota de poucas expressões.

—Arrumaram direitinho. –Pensou ao reparar na casa completamente correta, como se nada houvesse ocorrido.

Esticou os músculos a fim de espantar qualquer vestígio de preguiça e rumou para o banheiro. Descartou o uniforme no cesto de roupas para depois lava-lo, e entrou na banheira que terminava de encher com água quente. Ali ficou por o que pareciam horas, seus dedos enrugados a avisaram que era hora de sair, vestiu roupas costumeiras e saiu secando os curtos cabelos que pingavam. Pulou de susto ao ver o pai sentado na ponta da mesa.

—Que susto Otou-san!

—Me desculpe, avisei que havia chegado, mas não respondeu.

—Estava no banho.

—Tudo bem, preciso conversar algo com você filhinha.

—Também preciso. –Respirou fundo. –Estou namorando otou-san.

—Quem ousou ficar com a minha preciosa filha.

— Hitachiin Hikaru.

—Um dos gêmeos? –Perguntou aparentando certa surpresa.

—Sim.

—Uma surpresa, achei que seria aquela barata tonta, o que chamam de rei, como é mesmo o nome dele? Tamaki, fico aliviado que seja um dos gêmeos.

—Otou-san. –Repreendeu.

—Certo, certo. Kyouya me deixou a par de tudo que aconteceu ontem, me desculpe por não esta aqui quando precisou de mim. –Suspirou triste, sabia que a filha sentia falta de alguém para lhe fazer companhia. –Mas como está bem, vejo que não preciso me preocupar. –Falou ao ver apenas pequenos e quase imperceptíveis hematomas. –O que tenho para dizer, pode te chocar um pouco.

—Fale logo. –Ralhou preocupada, geralmente seu pai vivia trabalhando.

—Teremos que mudar.

—Como mudar?

—Nosso aluguel atrasou, e mal consigo nos sustentar, terei que arranjei um novo emprego com um dos meus amigos, fora da cidade.

—Terei que pedir transferência da escola. –Falou com desanimo.

—Negativo, apenas eu irei.

—Como assim?!

—Hoje mais cedo enquanto conversei com Kyouya pelo telefone, contei a ele nossa situação, e pedi que se pudesse, acharia um lugar para você ficar. Prontamente concordou comigo, você não ira abandonar a Ouran e nem o clube.

—Kyouya-senpai não comentou nada comigo.

—Pedi isso a ele, eu mesmo lhe contaria. Agora como esta namorando, acho que pode ficar na casa dos gêmeos, como passou a noite lá e pelo jeito nada aconteceu, acho que podes passar uma temporada até que consiga voltar e nos estabelecer aqui novamente.

—Não quero ser um fardo para eles. –Resmungou na tentativa de evitar uma grande catástrofe, de morar em uma casa com dois irmãos diabólicos.

—Me desculpe filha, sua mãe não iria gostar se eu a arrastasse por ai por não termos dinheiro. Ligarei hoje para seus senpais e avisarei a escola também. A partir de amanha a família Hitachiin será sua responsável provisória.

—Ira embora a manha?

—Amanha é o último dia que poderemos passar aqui arrume suas coisas e o que quer levar com você. –Seu ar era melancólico.

—Não fique assim Otou—san, entendo completamente.

—Minha filhinha!!

Ela se deixou ser abraçada pelo pai naquele momento, deixou-se ficar ali, afinal, amanha viveria em sua nova casa provisória, com dois irmãos diabólicos, sendo um seu namorado, no qual está brigado.


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Notas finais do capítulo

E agora??? Mora na mesma casa que aqueles dois não vai ser fácil kkkkk
Espero que tenham gostado.
BEIJOS
—Mel



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