Assim que Brass entrou em contato com Tânia ele subiu pra conhecer  pequena Laila com Sara em seus calcanhares.

— Tânia vem? 

— Vem, ja está  a caminho, expliquei o que pude a ela, me parece que ela ia passar conversar com um juiz pra que vocês  dois fiquem com ela provisoriamente.

Sentada no meio da cama a garota ria de qualquer coisa que Grissom lhe contara antes deles chegarem.

— Oi princesa, meu nome é  Jim Brass, posso te fazer umas perguntas.

— Pode.

— Seu tio Tom, tinha amigos por aqui, conhecia alguém?

— Só  o moço  da barraca vermelha, ele tava na minha casa qdo desci do meu quarto...

— Sabe o nome dele?

— humm... não.

—Ok.

— Ei - diz Catherine da porta do quarto.

— Ela é  a Cath? - pergunta Laila.

— Sim pequena - responde Sara - ela precisa te examinar, tudo bem?

— Você  vai ficar Sara?

— Sempre.

Depois de tudo que podiam coletar na garota ela finalmente tomou banho e dormiu.

— O que acham Cath, os meninos tem alguma coisa já? - pergunta Grissom.

— Não, os quartos estão intactos, temos alguns copos de uísque pra analisar, mas tudo indica que foi um assalto, ou uma reunião que não  terminou nada bem.

— Oi gente - Diz Nick - acho que temos um suspeito.

— Ta brincando? - pergunta Sara.

— Não, Greg encontrou um extrato bancario do Sr. Colemann, a dois dias atrás ele transferiu dez mil para George Antonini, que sabemos que tem ligação  com a mafia italiana.

— E onde se encontra o tal George? - Pergunta Grissom.

— Em custódia, em Vegas, foi pego na rodovia entrando em Vegas o carro dele é  pura lama, grama, e temos uma arma que pode ter sido usada aqui.

— Quem diria, vou ver a Laila, obrigada  meninos,  Griss se a Tânia  chegar me avise estarei la em cima.

— Ok Honey.

Assim que Sara subiu Catherine disparou um milhão  de perguntas.

— E ai? Vai mesmo apoiar essa ideia de adoção? Você  esta mesmo pronto pra sair do posto de solteirão  a pai do ano?

— Que exagero Cath, eu sinto que se não  fizer isso por ela não  vou estar sendo justo com Sara, ela não  merece mais sofrer, grande parte de tudo que Sara sofreu é  minha culpa...

— Grissom, sem casamento sabe que não  conseguirá adotar Laila.

— Quem disse que não vai ter casamento? Tânia disse ao telefone que vamos conseguir uma guarda provisória, vai ser tempo suficiente para que nossa nova casa fique disponível, e você  sabe que tanto eu como Sara achamos que casamento formal é  só  um papel assinado por nós, não  me importo com isso ela sempre foi e pra sempre será  a dona do meu coração, da minha vida e da minha alma Cath.

— Uau, quem é  você  e o que fez com o Grissom que eu conhecia?

— Eu ainda sou o mesmo Cath, mas esses ultimos meses me mostraram o quando eu poderia ser feliz a anos atrás se não  fosse tão medroso.

Luzes do lado de fora anunciavam que alguém estava chegando, e só  poderia ser Tânia, Grissom e Catherine foram até  o jardim recepciona-la.

Foi uma conversa curta, simples e objetiva, os Grissom's por assim  dizer tinham trinta dias pra organizar a casa e entrar com pedido formal de guarda total da pequena Laila, e pra eles isso era mais que o suficiente.

Depois que todos foram embora Sara adormeceu ao lado de Laila e Grissom sabia que ali estava sua familia completa, e graças  ao pequeno aue dormia aos pés  da cama, aquele acidente tinha nome agora, querendo  ou não, Hank lhe deu mais que uma chance ao lado da mulher que tanto amava, lhe dera uma razão  pra tentar ser melhor e a partir daquele dia elas e o pequeno Hank seriam sua unica preocupação.

O sol nasceu e ao mesmo tempo duas pecinhas corriam escada acima e escada abaixo, quando ouviram Laila rindo no andar de baixo Sara e Grissom se assustaram.

— Como ela saiu da cama sem percebermos? - pergunta Sara ainda de olhos fechados.

— Não faço ideia Honey.

— Eu vou la, enquanto você se arruma.

— Obrigada Querida.

Sara não  sabia se era sonho ou se era uma cena de guerra.

O andar de baixo era uma mistura de espuma, água e terra, com um cachorro correndo de uma criança  molhada gritando a plenos pulmões 

—Hank, volta aqui a mamãe  não gostar de ver você  sujo preciso terminar seu banho.

— Laila... Hank - suspira Sara.

— Oi mãe, posso te chamar assim né? 

— O que foi que aconteceu aqui?

— A culpa é  do Hank, papai disse que hoje ele ia tomar banho, só  que parece que ele não  gosta muito não, viu a bagunça  que ele fez?

— Gilbert Arthur Grissom...

Tanto Laila como Hank estavam ao pé  da escada com olhares curiosos e culpados.

— O quê....

— Você  deu a ideia a ela ontem, você  limpa a bagunça  eu limpo a criança  e o cachorro, não  fale comigo até  tudo isso estiver em ordem.

— Honey...

— Não  me venha com Honey, Laila suba agora.

— Viu Hank a culpa é  sua mamãe  ta brava comigo porque você nao ficou quietinho na agua la fora.

— La fora? - questionou Grissom.

— É  pai ele correu por toda a lavanderia e também pelo jardim.

Ja no banheiro enquanto Sara lavava seu cabelo Lalila choramingava.

— Você  não  vai mais me querer não  é  mamãe?

— E porque você acha isso?

— Porque fiz bagunça.

— Se prometer que isso não  vai se repetir está  tudo bem.

— E como Hank vai tomar banho?

— Papai resolve, ok?

— Tá. 

— Vem você  ta ficando enrrugadinha ja, chega de agua, vamoa ajudar seu pai.

— Mas ai vou ficar suja de novo.

— Não vem com essa não  pequena.

Eles passaram um bom tempo limpando tudo e quando terminaram resolveram sair para almoçar em familia.

Ja em Vegas as coisas não estavam tão  boas assim, mesmo com George sendo suspeito nada se encaixava, e isso significava que a pequena familia Grissom ainda não  estava segura.