Romance Proibido escrita por Juliana Lorena


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi,people. Voltei! Boa leitura!



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POV. ALLY

Eu estava exausta! A noite mal dormida estava cobrando seu preço. Tive que me controlar muito para não dormir nas aulas. A manhã hoje até que passou rápido. Estava guardando meus livros no armário para ir embora quando Cassidy e Dallas vieram se despedir de mim, estava no corredor indo em direção à saída, quando a tal de Brooke e suas “seguidoras” como diz Cassy, vinham em minha direção vestidas de líderes de torcida e com pompons nas mãos, elas passaram direto por mim e eu continuei o meu caminho. Fui andando em direção ao local onde o loiro debochado me pegaria. Estava parada esperando, quando ouço um miado. Procuro para ver de onde vinha e após um tempo procurando percebo que o miado vinha da lata de lixo que estava tampada. Fui até lá e destampei a lata de lixo, encontrando um gatinho branco malhado com manchinhas marrom e olhos azuis. Tão lindinho!

— Oi, gatinho. O que você está fazendo aí? – disse o pegando com cuidado. Ele miou como se me respondesse – Você é muito lindo. Quem foi a pessoa malvada que te deixou ali dentro? – Eu falava com ele como quando falamos com bebês. Sempre fazia isso com animais. Eu amava gatos e esse era tão lindo, eu não poderia abandoná-lo ali. – Eu vou levar você pra casa e cuidar de você e seu nome será Milk.- Nesse momento o loiro azedo chegou, fui em direção a ele com o gatinho nos braços.

— O que é isso? – perguntou olhando para Milk
— Um gato, não está vendo?- Respondi o óbvio. Ele revirou os olhos.
— Eu sei que é um gato, quero saber o que você está fazendo com ele.
— Eu o encontrei preso na lata de lixo e vou levá-lo pra casa para cuidar dele. – Eu disse.
— O quê? Você ficou louca? Nem pensar.- disse balançando a cabeça negativamente.
— E por que não?
— Minha mãe não vai gostar e eu detesto gatos.- disse ele.
— Eu converso com a Mimi, sei que ela não vai se importar. E o fato de você detestar gatos só me faz ter a certeza de que vou levá-lo pra casa. – falei decidida, entrando no carro e colocando o cinto, ainda com Milk nos braços.
— Quero só ver o que minha mãe vai achar dessa história, ela nunca foi muito fã de gatos.- disse sorrindo confiante de que Mimi não me deixaria entrar em casa com o gato e deu a partida. O gatinho dormiu nos meus braços o caminho todo, parece que agora ele já estava bem tranquilo. Chegamos em casa e eu desci do carro e o gatinho que antes dormia, acordou. Entrei em casa e fui direto para a cozinha ver se tinha um pouco de leite para dar a ele, depois de conversar com Mimi, eu compraria ração. Maria estava fazendo o almoço e me olhou confusa ao ver o gato em meu colo.

— Ma, eu preciso de um pouco de leite para dar para ele. – eu disse.
— Onde você achou esse gato, Ally? – ela perguntou indo pegar uma vasilha para colocar o leite.
— Perto da escola.
— Não sei se a Mimi vai gostar de ter um gato em casa. – ela disse me entregando a vasilha com leite.
— Eu vou conversar com ela, Ma. Talvez ela me deixe ficar com ele. – Coloquei a vasilha no chão para que Milk pudesse beber. – Isso, beba tudo gatinho. – falei fazendo carinho no pelo dele. O gatinho bebeu o leite com uma rapidez impressionante, devia estar faminto. Eu também estava faminta e o cheiro maravilhoso da comida de Maria só fazia meu estômago roncar. Subi para o meu quarto para tomar um banho e trocar de roupa, estava um calor insuportável em Miami hoje. Tomei um banho frio rápido e vesti uma regata e um short curtinho, calcei meu chinelo e desci para almoçar, deixando Milk dormindo tranquilamente no meu quarto. Não tinha ninguém na cozinha, o loiro azedo já devia ter almoçado. Me servi e me sentei para comer, dei uma olhada nas redes sociais e olhei novamente se a mensagem tinha sido entregue para Mel e nada. Algo estava errado, disso eu tinha certeza e estava preocupada. O que poderia ter acontecido para Mel não olhar o WhatsApp nos últimos dias? Ela está sempre conectada e por isso estava preocupada. Olho sua foto de perfil, como eu estava com saudades da minha loirinha. O resto da tarde passou e eu fiquei em meu quarto com Milk, que gato dorminhoco. Eu estava lendo um romance tão apaixonante que nem vi a tarde passar, é de uma autora brasileira e o nome do livro é “Perdida”. O livro é tão maravilhoso e tem mais 4 livros da série publicados, preciso devorar todos. Ler tantos romances, me faz imaginar se existem garotos como os dos livros. Os mocinhos literários são tão perfeitos, tão diferentes dos da vida real, pelo menos dos que eu conheço. Eu não quero alguém perfeito, porque sei que isso foge da realidade, mas quero alguém que possa me amar e que eu possa amar também. Nunca me apaixonei, já fiquei com um garoto sim, mas nunca cheguei a me apaixonar. Tenho vontade de saber qual é a sensação, sentir as coisas que as mocinhas nos livros dizem sentir quando estão apaixonadas. Quem sabe um dia alguém me faça sentir essas coisas. Deixo esse pensamento sonhador de lado e vou tomar banho. Mimi já devia estar quase chegando e eu pretendia falar com ela sobre o gato durante o jantar. Tomo meu banho, visto um short e uma camiseta e desço. Todos já estavam na mesa conversando.
— Querida! – diz Mimi se levantando para me abraçar e dar um beijo em minha bochecha.- Como foi seu dia?- perguntou enquanto eu me sentava e me servia.
— Foi bom e o de vocês? – Perguntei.
— Foi ótimo, as vendas hoje foram muito boas.- disse Mike sorrindo.
— Que bom. Eu tenho uma coisa pra falar com vocês.- disse um pouco nervosa.
— Pode falar, querida. – diz Mimi me olhando com curiosidade.
— Bom, eu encontrei um gatinho na rua e trouxe para casa, eu queria ficar com ele. – falei e olhei para o loiro azedo que sorria presunçoso como se soubesse que eu levaria uma bronca daquelas.
— Tudo bem, meu bem. Pode ficar com ele. – Olhei para ela surpresa e a expressão do loiro debochado foi de presunçosa para totalmente indignada em menos de um segundo.
— Como é que é? – perguntou chocado.
— Ally pode ficar com o gato, filho.
— Mas...Mas você nem gosta de gato, mãe. -diz ainda chocado
— Eu nunca disse que não gostava de gatos, apenas disse que preferia cachorros, mas posso aprender a gostar de gatos também. – diz sorrindo para ele. Ele olha pra mim indignado e eu apenas dou um sorriso vitorioso.


POV. AUSTIN

Não é possível! Minha mãe deixou a marrenta ficar com o gato. Meu Deus, que feitiço é esse que essa garota lançou sobre meus pais (principalmente minha mãe) para que fizessem todas as vontades dela? Minha mãe nunca nem pensou em ter um gato e foi só ela aparecer com um e pedir para ficar com ele que ela deixou. Eu precisava mesmo dar uma lição nela e já tinha o que precisava, comprei assim que saí da escola, antes de pegá-la. Eu daria a lição amanhã de manhã, antes de sairmos pra escola, meus pais não estariam mais em casa. Terminamos de jantar e cada um foi pro seu quarto. Me joguei na cama e fui mexer no celular. Estava no Instagram e de repente me deu curiosidade de ver se a marrentinha tinha Instagram. Pesquisei por Allycia e achei seu perfil. Ela tinha várias fotos, eu não podia negar que a marreta era bonita. Em muitas das fotos, ela estava com uma loira muito bonita também, deve ser muito amiga dela. Olhei todas as fotos, eu estava virando um stalker. Depois disso resolvi dormir.
Acordei 6:00 e fui me arrumar para mais um dia de aula, meus pais já tinham saído quando desci. Já estava com o que eu precisava pra pregar a peça na marreta no bolso da calça, eu queria muito ver a reação dela. Tomamos nosso café e Maria saiu para comprar as coisas que estavam faltando na despensa. Allycia subiu para escovar os dentes e eu vi que havia deixado sua mochila no sofá da sala. Perfeito! Coloquei a enorme caranguejeira de borracha que eu havia comprado em cima da mochila dela e fui para a garagem. Alguns minutos depois, eu ouvi um grito estridente e uma Allycia desesperada saindo feito um jato pela porta.

— O que aconteceu? – Perguntei me controlando muito para não rir.
— U-uma a-aranha – falou gaguejando. Fui até lá e peguei a caranguejeira e voltei até Allycia e a joguei em cima dela. Ela gritou e começou a pular para tirar a aranha dela. Não me controlei e comecei a gargalhar. Gargalhei tanto que minha barriga começou a doer. Nunca tinha visto uma cena mais hilária do que essa. Olhei para Allycia e ela me olhava com a cara mais assassina que eu já havia visto e ainda com a mão no peito tentando controlar os batimentos cardíacos, mas eu não conseguia parar de rir.

— Eu não acredito nisso, seu idiota! – gritou irada. Ela pegou a aranha de borracha no chão e jogou em mim que ainda ria e foi para dentro pisando duro. Pouco tempo depois voltou com sua mochila nas costas ainda vermelha de raiva. Eu já havia me recuperado da crise de riso, entramos no carro e ela se virou pra mim e disse:
— Se você pensa que essa sua brincadeira idiota vai ficar por isso mesmo, pode pensar de novo. Eu vou me vingar e vou pegar pesado. Me aguarde.- depois disso colocou seus fones de ouvido e olhou para a janela.

POV. ALLY

Que ódio! Eu ainda tremia de raiva e de susto, nunca tomei um susto tão grande quanto esse. Eu tenho verdadeiro pavor a aranha e chegar para pegar minha mochila e ver uma aranha enorme em cima dela, me fez entrar em parafusos e sair correndo e gritando. Mas tudo não passou de uma brincadeira idiota daquele loiro imbecil. Ele vai me pagar, ah se vai. E eu não vou pegar leve. Ainda não sei o que vou fazer, mas tem que ser uma coisa que faça esse loiro aguado ver que não pode comigo. Eu vou mostrar pra ele quem é Ally Dawson. Quando chegamos ao local que ele sempre me deixava, eu já tinha me acalmado do susto e caminhei calmamente até a escola. Logo na entrada, encontrei Cassidy e contei a ela o que o loiro aguado havia feito, ela gargalhou tanto que ficou vermelha como um tomate. Bela amiga eu fui arrumar. Dallas chegou depois e Cassy contou a história pra ele que também gargalhou. Que traíras! Não falei para eles que queria me vingar, afinal, eles eram amigos do aguado também, se eu contasse o que estava planejando, eles podiam deixar escapar. Era melhor eu fazer isso sozinha. Hoje eu teria aula de matemática e português. O sinal tocou e eu fui para sala com Cassidy, Dallas teria outra aula. Nessa sala estava Brooke e algumas seguidoras suas. A aula correu normalmente, tirando o fato que vez ou outra via Brooke cochichando com suas amigas e olhando pra mim. Isso me incomodou muito. Já estava na hora do intervalo, eu estava guardando meus livros e quando fechei a porta do armário dei de cara com Brooke e suas seguidoras.

— Toma.- Ela disse simplesmente me entregando 3 cadernos. Olhei pra ela sem entender.
— O que é isso? – perguntei
— Meu caderno e das minhas amigas, você vai fazer nossas lições de casa. – disse olhando suas unhas falsas.
— E o que te faz pensar que eu faria isso?- Perguntei, a raiva fervendo em meu sangue. Quem essa garota pensa que é?
—Eu notei que você é muito boa em matemática e nós somos péssimas, então você vai fazer a lição pra gente.- disse com desdém.
— Eu não vou fazer lição nenhuma pra vocês.- digo devolvendo os cadernos para ela.
— Você vai sim. É isso que os nerds dessa escola fazem , a minha lição. – disse sorrindo e colocando os cadernos em minhas mãos novamente. Isso fez minha paciência chegar ao limite. Eu joguei os cadernos no chão e pisei neles. As três me olhavam sem acreditar. – Tá louca, garota?- gritou Brooke.
— Louca tá você de achar que eu vou fazer a lição de casa pra você e suas cadelas. – grito com raiva. Brooke iria avançar pra cima de mim, mas uma das que estavam com ela a segura e diz:
— Deixa ela, Brooke. Vamos treinar, amanhã é um jogo importante e o Austin vai jogar. - disse a garota segurando Brooke pelo braço.
— Você vai ver, garota. Ninguém mexe com Brooke Clark e sai impune nessa escola. – disse me olhando ameaçadoramente.
— Estou morrendo de medo.- grito pra ela que já estava indo embora. Achei interessante o que a garota disse, amanhã vai ter jogo de futebol e o aguado vai jogar, é a chance perfeita de me vingar e eu já sei como, só preciso de uma coisa.

 


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Notas finais do capítulo

É isso aí. Me digam o que acharam. Até o próximo ❤️



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