A Variável Não Planejada escrita por Miss Oakenshield


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!! Esse cap n é tão grande quanto os outros, mas eu juro q vou melhorar, espero q vcs gostem, me digam o que posso melhorar e se n gostaram de algo nesse cap me digam q talvez eu possa mudar.
Espero q goatem, bjs ;)



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Katherine e Thomas corriam o mais rápido que podiam. A garota nem sabia mais para onde estavam indo, seu único objetivo era se safar daquele monstro nojento até que amanhecesse e pudessem voltar para a clareira.

— Por aqui!

Katherine ainda segurava a mão dele e o puxou para um corredor na direita. Mas parece que o verdugo conhecia mais o labirinto do que os corredores, já que em segundos apareceu na frente deles pronto para ataca-los.

— Pra esquerda! Esquerda! – gritou ela

Depois de correram aleatoriamente pelos corredores, chegaram à um corredor sem saída.

— Mas que mértila. – resmungou Katherine

— O que fazemos agora?!

— Deixa eu pensar.

— Não temos tempo!

— Eu sei, mas não tenho ideia de onde estamos!

A discussão foi interrompida com a chegada do verdugo. Sem pensar muito Thomas agarrou a mão de Katherine e correndo tomaram impulso numa enorme pedra no chão e pularam em direção à parede segurando nas heras.

Depois de subirem, Thomas segurou a mão da garota de novo. Correram e saltaram de uma das divisões do labirinto para outra, mas o verdugo ainda estava atrás deles.

Continuaram correndo, Katherine tentava não pensar que estava a vários metros acima do chão. Pararam de correr quando o “caminho” deles terminou, não podiam voltar porque o bicho estava logo atrás deles.

— E agora? – disse Thomas

— Acho que você já sabe. – ela olhou pra ele – Só temos um caminho.

Thomas assentiu e juntos correram para tomar impulso e conseguirem se agarrar nas heras da parede a frente. Os dois estavam um ao lado do outro.

Não tiveram tempo para comemorar, o verdugo logo em seguida saltou na direção deles.

— Desce Thomas! Desce, desce, desce!!!

O verdugo caiu sobre ele tentando ataca-lo com o ferrão na cauda. O garoto conseguiu desviar e descer ficando longe do monstro. Quando o verdugo foi tentar pega-lo novamente as heras não aguentaram o peso e foram cedendo.

Thomas e Katherine conseguiram sair do embolo de plantas rapidamente, o verdugo não teve tanta sorte e ficou preso...pelo menos por um tempo.

— Rápido, temos que sair daqui. – disse Katherine

— Sabe pra onde vamos agora?

— Só preciso de um minutinho.

Ela estava dando o máximo de si para conseguir lembrar-se de alguma coisa, estava nervosa e os gritos do verdugo não ajudavam em nada. Mas parece que por um milagre tudo pra ela ficou mais claro.

— Por aqui, vem!

Virando à direita e indo reto até o fim do corredor, ela olhou para a passagem na sua esquerda.

— É essa! Vamos, essa área já vai fechar!

Katherine saiu em disparada indo até o fim do corredor, chegando lá percebeu que o garoto não a tinha seguido.

— O que você tá fazendo?! Vem logo!!!

Ele olhou pra ela e voltou a olhar para o verdugo, tomando coragem ele gritou:

— Vem cá!

Pouco antes que o monstro conseguisse pega-lo ele saiu correndo a toda a velocidade.

— Corre Thomas!!! Não olha pra trás só corre!!! Não pare de correr!!!

Com todo o embalo ele conseguiu passar poucos segundos antes da parede se fechar. Katherine acabou caindo de costas no chão com Thomas em cima dela.

Os dois se encaravam como que não acreditando no que acabara de acontecer. Com o verdugo esmagado entre as paredes, agora tudo estava em silêncio. Thomas estava começando a ficar envergonhado com a posição em que eles se encontravam, mas não teve tempo de reagir quando a garota o abraçou fortemente.

— Você conseguiu! Matou aquela coisa! Nós vamos sobreviver!

— É...é o que parece... – disse ainda tímido

Katherine o soltou e quando percebeu a situação em que eles se encontravam seu sorriso radiante sumiu e suas bochechas coradas apareceram.

Desviando o olhar um do outro eles se levantaram e arrumaram as roupas.

— Você foi ótimo Thomas. Obrigada por me ajudar.

— Que isso...eu também não teria conseguido sem você.

— Vamos, temos que achar onde colocamos o Alby. Vamos nos manter escondidos entre as plantas até que chegue o horário das portas se abrirem caso mais alguma daquelas criaturas apareça.

 

 

 

Enquanto isso, dentro da clareira, os garotos ainda não conseguiam acreditar no que estava acontecendo. Em um único dia os clareanos perderam duas pessoas muito importantes na vida deles, as duas pessoas que passaram por todos os momentos difíceis primeiro e ajudaram a todos os outros a serem fortes e nunca desistir.

Gally e Chuck não tinham saído da frente das portas desde que elas se fecharam. Antes olhavam para elas descrentes e esperando que abrissem de uma hora para outra mostrando seus amigos do outro lado são e salvos. Mas, claro nada disso aconteceu. Agora os dois estavam encostados nos muros, os outros clareanos ou estavam dormindo ou estavam pelo menos tentando.

— Vocês ainda estão aqui?

Os dois que estavam sentados se viraram na direção da voz, viram Newt se aproximando.

— Acho melhor vocês irem dormir. Ficar sentado aqui não vai fazer com que eles voltem.

— Eu sei disso Newt, tá bom! – disse Gally estressado e com o olhar fixo na grama, com os braços cruzados

Newt ignorou o tom do amigo, sabia pelo que ele estava passando. Ele sentou-se em frente aos dois garotos.

— Sei que querem estar aqui quando as portas abrirem e encontrarem eles, mas ficar aqui não vai mudar nada...

Gally soltou um suspiro de agonia e segurou a cabeça com os braços apoiados nos joelhos.

— Ei Chuck, o que acha de ir na frente? Eu te encontro nas redes e durmo perto de você na rede do Thomas, hum?

— Ok.

O garotinho levantou e foi andando com a cabeça cabisbaixa e os braços enrolados ao redor do próprio corpo. Assim que Chuck estava longe o suficiente para que ele não os ouvisse Newt começou a falar.

— Gally...eu sei o que você está sentindo, mas...

— NÃO! VOCÊ NÃO SABE! – gritou ele olhando o outro com os olhos arregalados – Eu perdi ela! Eu perdi tudo! O que eu vou fazer agora?

— Me escuta! – disse Newt raivoso – Eu sei que você gosta dela tá bom? Sei que não está sendo fácil, mas é o mesmo pra todo mundo aqui, ok?! Ela é minha irmã, como acha que estou me sentindo?! E ainda tem o Alby e o novato. Você pelo menos parou um segundo sequer pra olhar para os outros clareanos? Eles estão à beira do desespero Gally, Chuck não deu nem um pio até segundos atrás, todos estão esperando por um milagre para que o líder e a deusa deles volte ao amanhecer. Mas se isso não acontecer...eles estão contando com a gente Gally...o segundo no comando e o garoto mais forte da clareira.

Newt se levantou, Gally mantinha os olhos fixos nele.

— Você não é o único que está sofrendo... – Newt lhe estendeu o braço – Não está sozinho Gally...

Mesmo hesitante Gally pegou o braço de Newt e se levantou.

— Me desculpe...fui egoísta, eu só...me sinto tão culpado...eu devia ter entrado lá, tirado ela de lá mesmo quebrando as regras.

— Eu sei, todos nós devíamos ter feito algo, mas fomos covardes demais...mas ainda somos a esperança pra esses garotos, eles confiam em nós.

— Você tem razão, o Chuck deve estar arrasado...

— Ele está bem apavorado, os três são muito importantes pra ele.

— Eu vou dar uma olhada nele.

Enquanto Gally se afastava Newt se aproximou das portas, tocou-as com uma mão como que esperando que elas abrissem ao seu toque. O garoto estava tentando ser forte pelos outros, mas estava sendo muito difícil.

“Você prometeu que iria voltar Kathy...por favor não quebre essa promessa...”

Com uma última olhada para as portas gigantes, uma lágrima caiu de seu olho, ele virou-se e foi deitar-se.

 

 

 

No dia seguinte, vários garotos esperavam pela abertura das portas, entre eles estavam Newt, Minho, Chuck, Clint, Jeff, Caçarola e claro Gally. O grandalhão não parava quieto nem por um segundo, estava nervoso e roendo as unhas.

Chuck foi o primeiro a chamar a atenção de todos quando as portas começaram a se mexer.

— Oh gente, levanta!

Para a infelicidade de todos do outro lado não havia ninguém, nenhum deles tinha conseguido voltar. Todos ficaram em silêncio olhando desacreditados para o labirinto. Gally queria chorar de ódio, virou-se andando a passos pesados, não queria que ninguém o visse chorar, porém parou de andar assim que ouviu o grito de Chuck.

— Yeah! Isso!

Surgindo do escuro do labirinto, Thomas e Katherine vinham trazendo um Alby desacordado, cada um segurava um braço dele. Os três estavam sujos e cheios de arranhões.

Assim que colocaram os pés na clareira os outros garotos vieram ajuda-los a colocar Alby deitado no chão.

Newt não perdeu tempo, agarrou Katherine pelo braço e a apertou bem forte em um abraço. Ele a segurava com um dos braços enquanto passava a outra mão pelo rabo de cavalo desarrumado dela.

— Eu te daria um sermão se não estivesse tão feliz em te ver. – ele sussurrou pra ela

— Eu te prometi não foi? – ela abafado no peito dele

Os irmãos se olharam, mas a atenção da garota foi atraída para o outro garoto loiro que vinha correndo logo atrás. Katherine se afastou do irmão para que pudesse receber o outro garoto.

Gally a abraçou tão forte que ela mal conseguia respirar, naquele momento ela percebeu o quanto tinha sentido falta do grandalhão.

— Parece que alguém sentiu mesmo a minha falta. – comentou ela quando ela a soltou um pouco para respirar

— Não sabe o quanto senti falta das suas provocações.

— Se foi tanto quanto eu senti de você, posso imaginar que foi muito...

Gally olhou para ela com um sorrisinho insinuador.

— Sentiu tanto assim a minha falta?

— Senti...quero dizer, senti falta de todos vocês... – disse ela tímida e corada

Katherine foi salva de ter que responder mais perguntas quando Chuck avançou contra ela abraçando-a forte pela cintura.

— Você viu um verdugo? – perguntou o garotinho para Thomas, ainda abraçado com Katherine

— Vi, eu vi um. – respondeu ele simplesmente

— Ele não só viu um. – disse Katherine chamando a atenção de todos – Ele matou um.


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