O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Espelho, Espelho meu




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P.O.V. Erik.

 Ela me trouxe um presente.

—O que é isto?

—Pendurem na parede. Sejam delicados.

Os criados penduraram.

—Obrigado, agora saiam por favor.

Depois que os criados saíram ela olhou para mim.

—Vá lá. Puxe o pano.

Puxei e lá debaixo havia um imenso espelho redondo.

—Um espelho?

—Conhece a história da Branca de Neve?

—Temo que não.

—Pra resumir, a Rainha era a mais bela de todas ai veio a Princesa Branca de Neve e roubou este título dela. Ela ficou pistola e tentou de todas as formas matar sua rival e acabou morta. Mas, na história havia um espelho e no espelho havia um feitiço. O mesmo que eu botei neste ai.

—E de que me serve um espelho enfeitiçado?

Clarissa se prostrou diante do imenso espelho com moldura de madeira rebuscada. E então disse:

—Espelho, espelho meu... ponha me em contato com o meu pai.

—Não aconteceu nada.

—Oh! É claro. O feitiço tem que rimar. Burra. Certo. Espelho, espelho meu... ponha me em contato com o homem que a vida me concedeu.

Então, a superfície do espelho começou a mudar e o reflexo que apareceu era o de um homem.

—Pai. Pai. Pai!

—Clary? Clary! Porque você está numa vasilha de água?

—É uma superfície reflexiva. Eu estou em Paris, em mil oitocentos e dois.

—Caminhando no tempo? Clary...

—Eu sei pai. Só precisava ajudar um amigo.

—Clary se mudar uma coisa que seja pode acabar não nascendo.

—É meio tarde pra isso. Porque eu mudei mais de uma coisa.

—Clarissa! Eu vou te esganar!

—Oi mamãe.

A mulher de cabelos castanhos apareceu.

—Nem adianta piscar esses olhinhos pra mim! Eu conheço esse truque! Eu que inventei!

—Eu tinha que tentar né?

—Volte pra casa agora! Nós não queremos efeito borboleta.

—Tá bem. Já to voltando. Amo vocês. Adeus.

A imagem sumiu. 

—Eles estão certos. Tenho que voltar. Olha, toda vez que for usar o espelho, comece a frase com espelho espelho meu. Para invocar seu poder. O espelho serve como ferramenta de comunicação, localização. Pode achar tudo e o que quiser usando ele. Não importando em que época ou local esteja. E o feitiço tem que rimar. Sempre rimando no fim. Este é um espelho de Héstia. É muito raro e extremamente poderoso. Você tem que mantê-lo escondido. 

—Muito bem. Por isso escolheu esta ala e este cômodo.

—Sim. Mais uma chave. Mantenha a porta sempre trancada.

—Porque todo este tesouro neste lugar?

—Uma armadilha.

—Armadilha?

—Não é óbvio? O tesouro é para enganar alguém que tentar roubar. Se alguém conseguir entrar vai levar tudo menos o bem mais valioso desta sala.

—Você é brilhante!

—É claro. Eu fiz o espelho. Encontrei o encantamento escondido numa biblioteca mundana. Bom, adeus Erik. Se eu não responder quando me chamar, por favor não se magoe. Se eu não responder na hora é porque não estou em casa. Prometo tentar fazer contato todo dia. Adeus meu amigo. Lembre-se da sua promessa. Seja feliz.

—Serei. Graças a você. Sempre lhe serei grato.

—Eu sei.

Clarissa abraçou-me.

—Á propósito, ninguém além da Christine e do Raoul se lembram que você é o Fantasma da Ópera.

—O que?

—Eu sinto muito, mas eu precisava. Ouviu o que o meu pai disse. Se eu mudar coisas demais, posso acabar nunca nascendo e se eu não nascer não poderei vir salvar você.

—Está certa. Obrigado novamente.

Então, ela foi embora.

P.O.V. Clarissa.

Eu sou Clarissa Moreau, filha mais jovem do Senhor Erik Moreau. Tenho um irmão mais velho Pierre. Meu pai é um homem de negócios e um homem muito gentil, ele é caridoso, amoroso e não é tão autoritário. Mamãe confidenciou-me que em toda a sua vida de casado papai só fez uma exigência. Que a primeira filha mulher que eles tivessem se chamasse Clarissa. E assim foi feito.

Papai tem hábitos um tanto diferentes, nos ensinou coisas que os outros pais não ensinam aos filhos.

—Clarissa, Pierre há algo que precisam saber.

—O que papai?

—Vampiros, bruxas, lobisomens... eles são reais. Caminham entre nós.

—Papai.

Então ele nos mostrou um vampiro. Não era nada do que eu esperava. Era apenas um homem.

Nos ensinou sobre as fraquezas deles, sobre como feri-los, como matá-los, como nos proteger deles.

—E quanto á prata papai?

Ele riu.

—Quando um lobisomem é ferido por prata... cicatriza. É mais letal para nós do que para eles. Não bebam de cálices de estanho. Vinho e estanho junto é veneno.

—Para lobisomens?

—Para qualquer um. Lobisomens são alérgicos á acônito. O acônito os queima, para eles é tóxico. Se ingerirem uma grande dosagem pode matá-los.

Ele não nos ensinou a sermos caçadores, nos ensinou a sermos defensores. Tanto dos humanos quanto das demais criaturas.

—Nós caçamos aqueles que nos caçam e protegemos aqueles que não podem se proteger sozinhos. 

—E quanto aos vampiros?

—Há algumas famílias de vampiros com as quais você não quer brigar, de jeito maneira. Os Mikaelson, Os Corvinus e Os Cullens.

—Porque não, senhor meu pai?

—Porque os Mikaelson e os Corvinos... são Os Originais. Os primeiros de suas raças. Os mais fortes, mais letais e os Mikaelson são totalmente e completamente imortais. Não há arma no mundo que os mate.

—E quanto aos Cullens?

—Os Cullens são uma família pacifica, demais para os padrões da raça deles. São surpreendentemente humanos. Porém são dotados. E são estes dons que os tornam perigosos.

—Há mais?

—Os Volturi. Um Clã de Vampiros filhos de Corvinos que também é extremamente dotado, muito mais letal. E eles se alimentam de sangue humano. Matam sem misericórdia.

—Então, não deveríamos matá-los?

—Quem dera pudéssemos. Na raça dos Corvinos, chegou a um ponto onde apenas um é capaz de matar o outro. Nós somos de carne, mas eles são de mármore. Extremamente belos, belos demais. Sua beleza é uma isca, um ardil para atrair a presa desavisada.

Verbena, veneno anti-vampiro. Impede que qualquer vampiro, de qualquer raça controle nossas mentes. Torna nosso sangue venenoso para eles e impede a transformação.

—A prata pode não funcionar contra lobisomens, mas funciona contra os filhos do Clã Corvinos. Por mais impenetrável que sua pele seja, a prata passa. Queima. E mata.

Ele nos ensinou a matar e nos defender de quase tudo. Vampiros, demônios, fantasmas. Mas, também nos ensinou que matar alguém apenas por ele ser o que é, é errado.


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